Ocean Wide escrita por Pih Chan


Capítulo 13
Capitulo 13 - O poder do ciúmes. Nami está apaixonada.


Notas iniciais do capítulo

Yoo, povo! Prometido e feito (atrasado, como sempre, masok), aqui está o capitulo õ/
Feliz LuNa week aê (eu até postei um three shot para comemorar, se alguém tiver interesse em ler XD), alguém mais escreveu?
Nossa, eu demorei porque, infelizmente, estou em semana de provas e está difícil ficar quieta no computador, minha criatividade não têm ajudado também.
Bom, espero que gostem õ/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397505/chapter/13

Capitulo 13 - O poder do ciúmes! Nami está apaixonada.

─Eles estão demorando... ─ A arqueóloga apoiou o rosto na palma da mão direcionando seu olhar enigmático para a ilha a sua frente. ─ Espero que não tenham sido devorados por crocodilos.

─Gaaah! R-Robin, não diga esse tipo de coisa! ─ O narigudo estremeceu com as palavras sombrias da companheira.

– - - - - - - - - - -

Supresa. Essa era apenas um reação lógica para qualquer pessoa que encontrasse o amigo que você julgava ser assexuado dormindo sobre a bruxa interesseira que você chama de “nakama”.

Esse não era um casal que Zoro pensaria ser possível nem em um milhão de anos. Luffy não parecia ser o tipo de Nami, um idiota sorridente e doce.

E definitivamente ninguém parecia ser o tipo de Luffy, a menos que fosse um tipo de mutante-robô-zumbi-gigante, ai então você receberia um olhar de admiração do garoto e um sonoro “SUGOOI!” (*).

Mas aquele olhar estupefato rapidamente fora substituído por um sorriso sarcástico. Oh, ele realmente tinha ganho seu dia apenas de imaginar a cara do cozinheiro pervertido quando lhe contasse sobre isso.

─Não me olhe assim, tire ele de cima de mim. ─ Nami tentou manter a pose mesmo diante da situação atual, claro que ela não parecia tão incomodada alguns segundas atrás quando o esverdeado a pegou acariciando os cabelos negros do adolescente adormecido. ─ Esse sorriso idiota vai lhe custar 50 mil berries.

─Bruxa.

─55 mil berries. ─ Ela declarou por fim.

[...]

Zoro carregava o capitão adormecido desajeitadamente, basicamente com o mesmo cuidado que teria com um saco do batatas enquanto a ruiva lhe guiava fazendo questão de mantê-lo por perto.

─ZORO! EU DISSE DIREITA! ─ Ela gritou ao fitar o espadachim indo para o lado errado (novamente).

─A culpa não é minha se você não especificou a direita!

─Qual é o seu problema? Não consegue nem mesmo andar em linha reta!

– - - - - - - - - -

─Yosh! Nico Robin, tudo SUPEEER pronto para a partida. ─ Avisou o cyborg antes de tomar mais um gole de sua cola.

─Agora só faltam o Luffy, a Nami e o Zoro. ─ Completou Usopp que estava a ajudar o amigo de cabelos azuis alguns minutos atrás.

─Robin-chwaaaaaaaan! Eu trouxe seu café! ─ O cozinheiro rodopiou antes de deixar a xicara ao lado da mulher de cabelos negros.

Fora quando gritos encheram o lugar, discussões distantes porém facilmente decifráveis. Argumentos, vozes, estava claro quem eram os causadores de tamanha confusão.

─NAMI! ZORO! LUFFY! ─ A pequena rena berrou saltando em terra como os três companheiros entraram em seu campo de visão.

Chopper abraçou o rosto de Zoro de forma que o mesmo tropeçou passos para trás sem ar e assim deixando o capitão cair no chão quebrando seu perfeito cochilo.

Robin colocou a mão em frente aos lábios que esboçavam um fino sorriso onde era deixado escapar um baixo riso misterioso.

─Xoxer xaia xe xim (Chopper saia de mim!) – Havia uma clara irritação na voz de Zoro enquanto ele tentava tirar a rena de sua cara, mas quanto mais tentava mais apertado Chopper se prendia.

Luffy esfregou seus olhos tentando afastar a sonolência de segundos atrás.

─Esses dois idiotas se perderam e eu tive que ir atrás deles. – Nami bufou.

─Eu não me perdi! – Luffy retruca na mesma hora, mas então ele parece ficar num tanto entristecido. ─ Eu... eu vi o Ace e fui atrás... dele.

O rosto de Zoro suava sob os pelos quentes do médico, o ar lhe fazia falta, apenas se aproveitou da súbita pausa causada pelo espanto para tornar-se livre do companheiro.

─A-ace? Você tem certeza Luffy? ─ Usopp indagou trêmulo. Desde o incidente de dois anos atrás, esse nome era como um tabu naquele navio.

─Ace? ─ Zoro, diferente dos outros, não parecia tão surpreso. ─ Eu pensei ter visto uma amiga de infância minha vagando por ia, mas ela já está morta também.

Um silêncio pesado se formou ao fim de sua frase, seja pelo peso do uso da palavra “morta” nesse assunto tão delicado ou pelo fato de dois membros da tripulação terem presenciado o aparecimento de entes mortos.

—E-eu vi minha mãe... Mas achei que era coisa da minha cabeça... Ela morreu quando eu era pequeno. – A voz de Usopp foi ouvida mais ao fundo do navio como se quisesse se esconder estando com medo quanto a isso.

—Eu vi a Bellemere-san... – Agora foi a vez de Nami. – Mas ela também já morreu.

—Isso é interessante. ─ Robin declarou por fim ao recolher o livro grosso que lhe tomara grande parte de seu tempo.

—Acho que posso ajudar... — Uma voz fraca quebrou o silêncio momentâneo entre a fala de Robin e a próxima sentença que estava prestes a proferir. Tripulação estremeceu com a ideia de um fantasma adentrando o Sunny Go, quer dizer, excerto, é claro, pela arqueóloga.

—Ah! Você acordou! — Disse Chopper animado ao ver o velho que os ajudara ainda a pouco saindo de sua sala. – Fico feliz que esteja bem!

—Estou bem graças a você, doutor Chopper.

—IDIOTA! NÃO PENSE QUE VOU FICAR FELIZ COM SEUS ELOGIOS! — Berrava a rena enquanto dançava no auge de sua felicidade fazendo o velho rir um pouco com aquele pequeno ser fofo e estranho.

—Você disse que poderia nos ajudar... Você sabe de algo? — Intrometeu-se Robin.

—Ah, sim, minha jovem... Essa ilha é conhecida por trazer a tona nossas memórias do passado... — O senhor responde calmamente como se fosse algo extremamente normal de se dizer.

—I-isso quer dizer... — O Usopp disse ao tentar pedir uam explicação melhor ao velho.

—Sim, é como se essa ilha fosse o lar de uma parte de pessoas queridas que pensamos ter nos deixado, mas elas nunca nos deixam de verdade... (~Avatar feelings hu3hu3)

Mal tendo completamente a frase já haviam nove cabeças debruçadas sobre a borda no navio olhando curiosamente para a ilha que se afastava lentamente.

Agora viam um grupo de pessoas sorridentes acenando para eles, todos dizendo palavras reconfortantes para um dos membros da tripulação.

—Você encontrou seus companheiros, Robin, eu disse que ninguém fica sozinho para sempre! — Saulo gritava ao lado da mulher de cabelos brancos.

—Cuidem do meu irmão problemático para mim! — Ace gritava para todos com um sorriso.

—Pessoas só morrem quando são esquecidas, Chopper!

A ilha se afastava rapidamente e aquelas pessoas queridas eram deixadas para trás enquanto saiam de seus campos de visão.

Amaldiçoando-se mentalmente todos queria estar naquela ilha mais um pouco e conversar mais uma vez com aqueles a quem não queriam dizer adeus mais uma vez.

─Kyaaaaaaaaah! ─ O grito da navegadora rompeu o clima nostálgico de alguns segundos atrás. Oh, aquele navio precisava mesmo de tantas viradas emocionais por minuto?

─O que aconteceu Nami? ─ O Chapéu de palha correu ao lado da ruiva em preocupação.

─O Log pose ficou maluco, eu não sei para onde devemos ir. ─ Ela olhava com os olhos arregalados para a pequena bússola em seu pulso.

─Não é só esperar reajustar? ─ Chopper perguntou como se isso soasse óbvio.

─Normalmente sim, Chopper, mas essa ilha não foi apontada pelo log pose quando chegamos, logo, ele deveria estar apontado para as mesma 3 ilhas de quando chegamos.

—Minha ilha não fica muito longe daqui, se não for muito incomodo, poderiam me deixar lá? Eu tenho um Eternal Pose (*). – O velho entregou o pequeno objeto de madeira com a agulha apontando para o leste para Luffy.

—Vamos te levar lá então, ossan. — Um sorriso de orelha a orelha estampou-se no rosto do garoto de borracha infantil. –Hey, Nami! – Ele jogou o eternal pose para sua navegadora.

Por um segundo, a ruiva sentiu seu corpo inteiro congelar quando viu o nome da ilha. “Com tantos lugares para ir, tinha que ser justo esse?” era o único pensamento na cabeça de Nami naquele momento.

—L-Luffy, temos mesmo que ir para lá?

—Por quê?

—Nada, nada não. — Ela tentava disfarçar virando-se para o outro lado e agradecendo por seu capitão ser um idiota.

“Tanto esforço para nada... Eu nem sei porque eu escondi aquele eternal pose idiota.”

– - - - - - - - - -

Nami estava sentada em frente a sua escrivaninha com uma pena em mão, é claro, ela tinha uma sala apenas para fazer isso, porém seu humor não era o melhor desde que colocara os olhos no eternal pose mais cedo.

Queria ficar sozinha e desenhar mapas fora o jeito que encontrara de relaxar, mas mesmo depois de horas a fio encarando aquele mesmo pedaço de papel, nem mesmo uma linha fora desenhada.

Sua cabeça cheia de pensamentos diversos era refletida na ação de mergulhar a pena na tinta sem nunca perceber que já tinha o suficiente.

Ela não poderia mais negar para si mesma que nutria sentimentos pelo capitão e que só a ideia de vê-lo sendo agarrado incessantemente pela imperatriz pirata lhe incomodava muito.

Lhe parecia claro agora o motivo de suas ações ao esconder o a carta de Luffy, como fora idiota.

As lembranças do beijo à beira do pequeno lago lhe vieram a cabeça naquele momento também, suas bochechas se coloriram com o tom de rosa, mas estaria mentindo se dissesse que se arrepende de alguma forma.

Ela passou a inconscientemente rascunhar o rosto do capitão no papel em branco enquanto se envolvia mais e mais em pensamentos. Sentia-se triste ao pensar que poderia ter forçado a barra em algum momento.

Luffy era um idiota e agia como tal até mesmo diante das atuais situações, ele não pareceu reagir quanto ao beijo, era apenas como se nunca houvesse acontecido e esse fato massacrava o coração da ruiva em pequenos pedaços.

Consequentemente ela agia como se não se importasse. Nami era uma como uma rocha encoberta por uma grossa camada de orgulho por fora, porém quando sua casca era rompida podia-se encontrar uma garota com sentimentos como todas as outras.

Uma casca havia se formado em torno de si durante os últimos 8 anos de sua vida antes de conhecer o garoto do chapéu de palha, poderia-se dizer que estava próxima de inquebrável por fora ao mesmo tempo que o interior morria aos poucos.

Ele havia lhe mostrado como a vida podia ser maravilhosa e o que era ter amigos que estariam sempre consigo causando-lhe a primeira rachadura que deixava transparecer alguns poucos raios de luz, mas depois de tanto tempo na escuridão, isso apenas feria o que estava dentro.

Queria que fosse sempre assim, mas a figura de um certo homem peixe lhe assombrava, tornando mais doloroso o fato de não poder seguir viagem com as pessoas que lhe chamaram de “companheira”.

Quando Arlong lhe enganou, ela sentiu a casca se romper por completo, lágrimas contidas por todos esses anos rolavam sobre seu rosto como já não podia mais segurá-las. Fora quando Luffy aparecera novamente lhe confiando seu tesouro.

Depois de tudo, o garoto que julgava ser idiota, sabiamente lhe mostrou o caminho para a felicidade, não só isso, ele lhe ofereceu a mão e a guiou até ali e por isso ela era eternamente grata.

Não que aquilo fosse grande coisa para o capitão, ele parecia sempre estar a ajudar todos que achava merecer e nem se dava conta de quantas vidas mudara no caminho, talvez ela pudesse dizer que era o que mais gostava nele.

Na verdade, ela amava como ele estava sempre para olhar em frente, como ele sorria mesmo diante de todos os problemas, amava aquele olhar retardado e até mesmo como ele exalava a inocência de uma criança, como ele cuidava de seus amigos e se preocupada com eles. Basicamente podia dizer que amava tudo que constituía o pirata de 400 milhões de berries, Monkey D. Luffy.

─Namii! ─ Aquela voz irritantemente infantil e fofa quebrou seus pensamentos tornando-a num tanto irritada. ─ O jantar está pronto e o Sanji disse que não vai me dar carne enquanto você e a Robin não chegarem!

A reação dela não poderia ser outra se não cobrir a folha onde se encontrava o rascunho de um rosto sorridente e cabelos negros bagunçados sob um chapéu de palha.

─Namiii. ─ Ele chegou mais perto da figura tensa da navegadora que se encontrava curvada sobre a mesa.

─Eu não estou com fome. ─ Ela bruscamente amassou a folha.

─Mas Namiii...! ─ A ruiva odiava quando ele distorcia seu nome daquela forma, porque sempre lhe dificultava para dizer não. Principalmente quando aqueles olhos de cachorrinho se juntavam ao conjunto ridiculamente fofo.

─Eu já disse que não estou com fome, sai daqui, Luffy. ─ Ela persistiu duramente.

─Eu preciso fa...!

─LUFFY! SAI! VOCÊ ESTÁ ATRAPALHANDO! ─ Ele obedeceu em silêncio sabendo que a companheira não estava para conversa.

Nami sabia que estava sendo dura com o pobre garoto que nada fez, mas de alguma forma algo parecia estar desparafusado dentro de si desde que ele recebera aquela carta.

Esse era o poder do ciúmes?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Eternal Pose - Em One Piece, é como uma bússola que aponta sempre para a mesma ilha, não importa onde você esteja.
*Sugoi - Significa "Legal"
Huhuhu, sabe, comentários são legais s2 Eu mereço alguma? *Indireta diretamente direta aqui* Nyaa, eu prometo não morder ninguém õ/