Ocean Wide escrita por Pih Chan


Capítulo 12
Capítulo 12 - Consequências de lembranças passadas. A Nami é um velho pervertido.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, eu esqueci, mas na última atualização foi aniversário de 1 ano de Ocean Wide então: Yay, feliz aniversário OW. Obrigada a todos leitores que acompanharam e comentaram durante todo esse tempo, fico muito feliz gostem do que eu escrevo. Vocês são demais.
Como comemoração, eu ia fazer um capitulo maior que o normal, mas isso implicaria em quebrar meu prazo (que eu já quebrei, mas foram só algumas horas e a maioria de vocês nem perceberiam se eu não tivesse dito. Hihihi), então preferi postar agora e deixar com LuNa extra.
Hm... Ia rolar um pouco de ecchi, mas como os infelizes dos meus amigos só me chamam para sair ou para conversar quando eu tenho coisa para fazer, acabei por esquecer minhas ideias e ficou assim mesmo XD
A capa foi improvisada e não tem muito haver com a história porque eu tive uma crise de "Eu odeio essa imagem" com a outra (Porque eu fiquei encasquetada com o nariz da Nami que tava horroroso ~~Não, não tentem entender, eu sou estranha mesmo)
Bom, são atualmente 4 da manhã aproximadamente e eu realmente preciso dormir, amanhã eu corrijo quaisquer erros.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/397505/chapter/12

Capítulo 12 - Consequências de lembranças passadas. A Nami é um velho pervertido.

Pov Narrador

Aos olhos da navegadora, seu capitão parecia agir de uma forma num tanto peculiar. Fitava o nada e às vezes jogava frases ao vento sem qualquer sentido para ela.

Seu olhar encontrou o ponto de foco de Luffy pousando sobre um galho baixo a balançar.

Tomada pela preocupação, estava para se aproximar quando seus ouvidos ouviram com curiosidade aquela voz inocente pronunciando seu nome.

–O que tem a Nami? – Luffy perguntou limpando as lágrimas que haviam se formado alguns segundos atrás.

Amaldiçoou-se mentalmente por desejar tanto desrespeitar a privacidade do companheiro ouvindo o que viria à seguir.

─Nami, já lhe disse que não é legal ficar espiando. ─ O corpo inteiro da ruiva congelou ao ouvir a voz de tom brincalhão. Só o pensamento de ter sido descoberta pelo garoto do chapéu de palha fez seu corpo estremecer, mas logo percebeu que aquela não era a voz de seu companheiro.

Familiar, no entanto.

Virou-se para trás enquanto tentava lembra-se de onde havia ouvido aquela voz.

Seu queixo caiu. Sua mente caçoava de si “Aqueles idiotas finalmente conseguiram te deixar louca” dizia ao fitar aquela pessoa que a tanto não via.

─B-Bellemere-san?! ─ Nami segurou a voz para não gritar chamando a atenção do companheiro.

Os olhos da mulher de cabelos vermelho-púrpura caiu sobre o garoto de aparentemente 19 anos que olhava atônito para o nada enquanto murmurava palavras desconexas.

─Fufu... ─ Riu dando uma tragada no cigarro. ─ Pelo jeito aquele garoto conseguiu mudar sua opinião sobre piratas, não? ─ Ela fitou o garoto mais uma vez. ─ Me parece uma boa pessoa.

─C-como sabe do Luffy? ─ Nami estava bastante confusa, Bellemere nunca havia o visto antes.

Sua mente desconfiada começava a formular teorias num tanto desagradáveis sobre a mulher a sua frente. Talvez fosse apenas mais uma armadilha...

─Nunca sai de perto de você ou de Nojiko. ─ Seus pensamentos quebraram com a menção da irmã. ─ Aliás, estou orgulhosa de vocês. ─ Se referia aos acontecimentos passados durante 8 anos em Kokoyashi depois de sua morte. ─ Vi cada aventura de vocês... Seus amigos são ótimas pessoas, fico feliz de você ter os encontrado.

Bellemere-san redireciona seu olhar para Luffy novamente e algo parece lhe incomodar de modo que a mesma começa a sumir.

─Vá ajuda-lo. ─ A figura de cabelo rosado pisca empurrando a filha de consideração em direção ao companheiro. Finalmente desaparecendo por completo, conseguiu murmurar algumas últimas palavras. – Estarei sempre com você e Nojiko. Eu amo vocês.

Nami caiu de joelhos, mas rapidamente se recuperou ao vê-la sumir, sentiu o coração parar por alguns segundos, mas respondeu “Eu te amo” apenas com o movimento dos lábios para que o capitão não ouvisse.

Não que fosse um problema. Ele estava tão distraído mirando o nada que nem parecia notar sua presença.

Ela não podia deixar de se sentir um aperto no coração vendo aquela garoto sempre tão alegre e extrovertido que tanto amava naquele estado tão frágil e desolado.

─A-ace. ─ A ruiva pode ouvi-lo murmurar fracamente enquanto caía de joelhos no chão. Ela decidiu que precisava dizer algo.

─Luffy? ─ Chamou-o gentilmente enquanto agachava ao seu lado deixando sua mão pousar no ombro do companheiro num gesto de reconforto. ─ Tudo bem?

“Seja forte, se não em você, em quem vamos confiar?” as palavras do espadachim ecoaram na mente do garoto de cabelos pretos.

Limpou as lágrimas que começavam a escorrer o mais rápido que pode e fez seu máximo para se recompor.

Monkey D. Luffy não era o tipo de pessoa que escondia sentimentos, na verdade, ele não fazia a menor questão de esconder qualquer coisa. Esse era um dos maiores motivos de não manter pensamentos trancados apenas para si, não se importava de dizer cada um deles em voz alta e clara para que qualquer um ouvisse.

Porém essa era uma situação à parte, não que ele mantivesse o comportamento esperado de um capitão pirata, mas como um líder natural, algo dentro de si lhe dizia que não era uma boa ideia preocupar seus companheiros com isso naquele momento.

Um sorriso se estendeu por aquela face, ele não estava mentindo para Nami, estava mentindo para si.

─S-sim. ─ Seus lábios se curvaram num bico infantil como passou a assobiar deixando gotas de suar se formarem em sua face devido ao nervosismo evidente. Monkey D. Luffy era definitivamente um péssimo mentiroso.

Isso era fofo de sua parte, porém. Sua sinceridade era tão verdadeiramente pura que o garoto era totalmente incapaz de proferir uma mentira sequer.

Nami sorriu para isso, mas logo seu punho estava fechado com força contra a nuca do companheiro.

─Ai! Por que você fez isso? ─ Ele reclamou colocando a mão sobre o galo que se formava.

─Isso é por mentir para mim.

Os fios negros caíam sutilmente por seus olhos como ele lentamente abaixava a cabeça. Agora o seu famoso chapéu de palha fazia sombra.

─E-eu vi o Ace. ─ Ele murmurou quase que para si mesmo.

Fora apenas um impulso. Algo que Nami queria fazer há algum tempo. 2 anos, sendo mais especifica.

Entrelaçou os braços sobre o capitão envolvendo-o em um abraço maternal.

─Idiota, não guarde isso apenas para você. ─ Respondeu a ruiva passando a mão pelas costas do companheiro enquanto algumas lágrimas desciam pelo próprio rosto.

Num primeiro momento, o capitão levou algo parecido com um susto, mas logo retribuiu o abraço carinhoso enterrando o rosto no pescoço da companheira e trazendo seu corpo para mais perto do dele.

Nami poderia dizer que odiava a si mesma naquele momento pelo que aquelas pequenas ações inocentes estavam fazendo consigo. Coração a palpitar, pele a estremecer, rosto a corar e principalmente por gostar tanto da proximidade.

Ao seu ver, era quase como se estivesse se aproveitando de seu capitão inocente.

Afastá-lo? Ela não poderia fazer isso, não agora. Não com Luffy nesse estado.

Seus pensamentos vagaram longe ao relembrar daquele pequeno incidente às margens do lago cristalino. Naquela mesma ilha. Causado pelo mesmo motivo: sua impulsividade.

Sim, aquele momento em que Nami honrou seu título de “Gata Ladra”, mas o que ela roubara não fora ouro ou jóias, mas sim o primeiro beijo do garoto de borracha.

O gosto de carne. O cheiro de maresia. A navegadora lambeu os lábios inconscientemente com a lembrança que lhe dava vontade de repetir a dose, não uma, mas milhares de vezes e...

Ela repreendeu-se mentalmente por entrar novamente naquela linha de pensamento.

Nami não ouvia mais o fungar do capitão e sua respiração agora parecia mais calma e ritmada.

Luffy aconchegou a cabeça no ombro da navegadora deixando seu nariz roçar levemente por seu pescoço durante alguns segundo. Estava se tornando torturante para a ruiva como ele a puxou para ainda mais perto e sua respiração quente continuou a bater num ponto sensível logo abaixo da orelha.

─Luffy. ─ Ela fez seu máximo para manter um tom normal de voz sem deixar transparecer seu nervosismo evidente.

Ele remexeu-se mais uma vez deixando escapar um leve gemido como seu corpo pareceu pender na direção da navegadora.

E bingo. Lá estava uma cena que poderia gerar facilmente segundas interpretações. Terceiras e quartas, talvez...

Um segundo de distração. Apenas um e quando deu por si, a navegadora se encontrava caída de costas no chão com o capitão deitado confortavelmente sobre si.

─L-lu... LUFFY! ─ Ela gritou mais alto do que esperava em total surpresa não podendo evitar o avermelhar de suas bochechas.

Fora quando o som de um ronco se fez presente. Oh, seria seguro dizer que Monkey D. Luffy estava completamente adormecido.

Nami ficou paralisada por um momento em total descrença.

Seu nariz se tornaria maior do que o de Usopp se dissesse que não estava gostando da sensação. (*) Sentia-se algo próximo de um velho pervertido com os pensamentos que o jovem de chapéu de palha estava gerando em si.

Seu corpo pareceu hesitar um pouco antes de empurrá-lo levemente na tentativa de sair de baixo de seu capitão, mesmo que sua mente mandasse claramente fazê-lo.

Assumindo que o corpo da navegadora não estava de forma alguma boicotando-a, poderíamos apenas dizer que Luffy era pesado demais para ser levantado por aquele braços finos. Claro, esse era o único motivo.

─Luffy. ─ Chamou fracamente obtendo apenas um ronco como resposta.

Os arbustos se mexeram trazendo para o campo de visão da ruiva uma silhueta conhecida.

Passos pesados e resmungos. Cabelos verdes e três espadas, nada mais, nada menos que Roronoa Zoro, o futuro melhor espadachim do mundo.

─Aqueles idiotas, se perderam de novo. ─ Ouviu-o dizer.

Às vezes parece que as pessoas têm a habilidade ─ ou quem sabe, o prazer ─ se aparecer nas piores horas possíveis. Se você está apenas sentada consolando seu amigo com a melhor das intenções, saiba que estarão completamente sozinhos, porém a partir do momento em que segundas interpretações forem possíveis, a chance de meio mundo aparecer de surpresa é quase total.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hmmmm, esse foi um dos capítulos que eu peguei o rascunho e simplesmente disse "Dane-se essa merda", então é, totalmente improvisado, sinto que fugi completamente da personalidade deles nesse capitulo, tentei realmente justificar algumas ações, mas não acho que esteja como eu queria. ~~Afinal, foi completamente improvisado. Essa ideia simplesmente surgiu.
Tentei também caprichar um pouco mais na escrita já que achei que os detalhes foram num tanto escassos nos últimos capítulos.
Bom, o que acharam? Bom? Ruim? Uma bosta? Eu deveria voltar para a escrita com menos detalhes ou assim está bom? Estão gostando do rumo da fic? Estou indo rápido demais? Ou já está mais do que na hora de um certo menino de chapéu de palha se tocar? O que acharam desse pequeno momento LuNa? Estou fugindo das personalidades? Estou enrolando demais ou a história está num ritmo bom? O que mais gostaram? E o que menos gostaram?
Hmmm... Desculpe, são mais perguntas que o normal, mas fiquei num tanto insegura com esse capitulo.
Espero que tenham gostado.
(*)”Seu nariz se tornaria maior que o de Usopp se dissesse que não estava da sensação”, oras, acho que não necessita de explicação, mas vou explicar mesmo assim: quando você era criança sua mãe nunca disse “Não minta ou seu nariz vai crescer”? E quem nós conhecemos tem que um nariz enorme? É, isso aê, o Usopp.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ocean Wide" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.