Draco Malfoy

—O que os caras de hoje mais pensam? – falei espatifado em uma cadeira jogando uma bolinha pra cima e pra baixo

—Festa?

—Garotas?

—Quadribol?

—Acho que é tudo isso... – Harry diz entediado tocando algumas notas no piano aleatoriamente – as meninas já devem ter feito a música, e nós nem sabemos sobre o que escrever essa coisa

—Uma música pra as pessoas se identificarem? – falei pra mim mesmo – Isso parece coisa de música dramática, do que faz as mariquinhas chorarem, não sei fazer isso, acaba com meu orgulho

—Então vamos fazer uma música de festa! – Blásio se ajeitou na cadeira como se tivesse uma ideia

Todos olhamos pra ele na mesma hora, qualquer ideia é bem-vinda, já que estamos a uma meia hora aqui e não saiu nada descente

Rony pegou uma pena para escrever e um dos papeis rabiscados que estavam jogados no chão, estamos cercados por eles, por cima da mesa e o chão, foram muitas tentativas, uma pior que a outra, tenho até vergonha de falar disso, foi cada bomba...

—Uma coisa que todo cara gosta de fazer é festejar, paquerar garotas, se divertir... Vamos fazer uma música dançante, o Harry é bom nisso

—Brilhante! – Harry se animou

—Está aí, gostei da ideia, uma música de paquera e festa, combinação perfeita – eu sorri esfregando as mãos – esse tipo de música costuma ser bem viciante, acho que os alunos vão gostar

Então Rony começou a escrever a letra, Blásio não gostou, Harry perguntou se ele fazia melhor, defendi meu amigo e uma discussão começou

E foi assim quase a noite inteira.... É como eu disse pra Hermione, nós quatro ser amigos? Impossível, precisaríamos de um milagre, e acho que a cota de milagres de Merlin pra mim acabou, quando eu um Sonserino, me apaixonei por Hermione Granger.

Amigo de Harry Potter e Rony Weasley? Eu acho que não, no máximo nós nos aceitamos e somos colegas de coral, só.

Depois de muito tempo, a letra e a música inteira ficou pronta, e demoramos mais tempo ainda discutindo os solos (quase soquei o Potter por que esse bosta queria a minha parte), nós conseguimos chegar a um acordo

—Chega por hoje, vou matar alguém se ficar aqui... – Blásio reclamou vestindo seu casaco

—Eu digo o mesmo... – Rony diz levantando – vai agora Harry?

—Não, eu e o Malfoy vamos terminar a música pra amanhã

Joguei minha cabeça pra trás e bufei, por um momento eu tinha esquecido desse maldito dueto!

“Pela Hermione, pela Hermione! Pensa em como ela vai ficar feliz!” eu gritei comigo mesmo nos pensamentos, pensar na Hermione feliz me dava forças pra encarar ele

Blásio deu um tapinha no meu ombro me dando forças e foi embora com Rony

—A letra está pronta? – eu perguntei para Harry

—Quase pronta

—Como quase pronta?

—Não consigo fazer o coro

Ele jogou o caderno pra mim e eu li a letra silenciosamente

Odeio admitir, mas esse cara escreve bem, aliás, tem alguma coisa que esse idiota não saiba fazer bem? Pelo amor de Merlin! Isso chega a ser irritante

—A música é boa... – eu admiti baixinho e ele riu da minha expressão – um coro... Deve ser fácil, é só escrever uma coisa que a gente conhece. Eu sou bom com palavras quando falo com uma garota...

—Espero que você esteja falando de antes da Mione – Harry cruzou os braços e me encarou

—Está me acusando de trair sua amiga?

—Eu não disse isso, talvez seja sua consciência

—Eu não traí a Hermione

—Que bom, se isso acontecer você ia morrer

—Então acho que não estou perto da morte – eu disse sério e ele bufou

—Vamos se concentrar nessa música, se a gente desistir acho que a Hermione vai fazer um discurso, e eu também não quero, é uma boa ideia apesar de tudo – ele diz me dando a pena – agora põe essa cabeça pra funcionar e escreve logo

Ok, vou escrever...

E as palavras pareceram sumir da minha mente, li mais uma vez a letra e suspirei. Tem a ver com amor e superar dificuldades, talvez... Se eu pensar na Hermione eu consiga escrever

Pensei um pouco e escrevi o que veio na minha cabeça, Harry nem estava prestando atenção no que eu escrevia, por que estava trabalhando nos arranjos da música, mas notou quando terminou e tirou o papel de mim

—É legal, é você é bom em paqueras – ele admitiu ainda olhando o papel

—Tem a ver com a Mione – eu disse baixo e olhei pra Hermione a metros de distância de nós, junto das outras garotas

—Quer mesmo que eu acredite que isso é pessoal? Rony e eu só aceitamos vocês dois juntos por que é a vida da Mione e ela parece feliz – ele levantou uma sobrancelha em provocação – não consigo imaginar você sendo mesmo sincero, mesmo com tudo que está acontecendo... Quer dizer, isso soa estranho. Você não acha?

—É, eu acho – eu comecei a rir – mas não é por que é estranho eu mudar que não seja verdade. Aquele velhinho nunca ti ensinou a acreditas nas pessoas?

—Aquele velhinho tem nome, mas não se você se preocupa, por que você quase o matou, eu vi! – Harry pareceu bravo com o assunto e se jogou em uma cadeira

—Acho que você precisa de óculos com um grau mais forte, você viu o que aconteceu, eu não queria matar ele! – estava bravo também, não gosto de falar do sexto ano, ele foi um dos mais difíceis que eu tive

Sentei em uma cadeira longe dele e o encarei

—Voldemort me mataria e a minha mãe também, se eu recusasse a tarefa. Você Potter foi destinado a salvar o mundo, eu não. Eu conforme meu pai devia ser um orgulho comensal da morte, mas eu nunca me orgulhei disso

—Não é o que parecia

—Por que estamos falando sobre isso? – eu digo cansado – Eu não preciso falar disso com você, já vou ter um dia difícil amanhã

—E o que tem amanhã?

—Vou na mansão com a Hermione

—O que?

—Surpreso?

Harry só assentiu

—Tenho assuntos a tratar com a minha mãe. Agora podemos voltar a música?

—Claro

Hermione Granger

A música não foi difícil de escrever, sou uma veterana no assunto e foi fácil achar algo que todas as garotas podiam entender

—Garotos indecisos e sem atitude. Tem coisa mais irritante? – Gina perguntou enquanto escrevia as últimas notas na pauta

—Acho que você disse tudo – Pansy respondeu – Se o seu relacionamento não vai bem, por que simplesmente não acabar de vez com ele, em vez de ficar querendo ir e voltar, é muito exaustivo

—O melhor é fazer uma coisa super divertida e fácil de lembrar a letra – Astoria fala sorridente lendo a letra – ela é bem engraçada, principalmente a parte do TPM, muito bom Pansy

Pansy riu

—Vamos ensaiar, meninas? Pequem os papéis – eu digo pegando o meu na mesa – acho que já até sei a letra decorada, é meio hilária

As garotas pegaram os instrumentos. Pansy na bateria (único instrumento que ela toca), Astoria no baixo, Gina na guitarra e eu no teclado, mas todas iam cantar um solo

[Katy Perry – Hot and cold http://www.youtube.com/watch?v=kTHNpusq654]

—Você muda de ideia, como uma garota troca de roupa. Sim, você tem TPM, como uma vadia eu deveria saber. – Pansy cantou a primeira parte - Você sempre pensa, sempre fala em códigos. Eu deveria saber que você não era bom pra mim

—Porque você é quente e logo esfria. Você quer e depois não quer. Você tá dentro e depois tá fora. Você está feliz e depois está triste. Você está errado quando está certo. É preto e é branco. Nós brigamos, nós terminamos. Nós nos beijamos e voltamos – nós cantamos o coro juntas - Você, você realmente não quer ficar, não. Você, mas você realmente não quer ir, oh. Você é quente e logo esfria. Você quer e depois não quer. Você tá dentro e depois tá fora. Você está feliz e depois está triste

—Nós éramos exatamente como gêmeos, tão em sincronia, com a mesma energia, mas a bateria acabou, costumávamos rir sobre nada, agora você está entediante. Eu deveria saber, que você não irá mudar – Astoria cantou tocando de frente pra nós

—Porque você é quente e logo esfria. Você quer e depois não quer. Você tá dentro e depois tá fora. Você está feliz e depois está triste. Você está errado quando está certo. É preto e é branco. Nós brigamos, nós terminamos. Nós nos beijamos e voltamos – nós voltamos juntas no coro - Você, você realmente não quer ficar, não. Você, mas você realmente não quer ir, oh. Você é quente e logo esfria. Você quer e depois não quer. Você tá dentro e depois tá fora. Você está feliz e depois está triste

—Alguém chame um médico tenho um caso de amor bipolar, presa uma montanha russa da qual eu não consigo descer – eu cantei sozinha— Você muda de ideia, como uma garota muda de roupas...

—Porque você é quente e logo esfria. Você quer e depois não quer. Você tá dentro e depois tá fora. Você está feliz e depois está triste. Você está errado quando está certo. É preto e é branco. Nós brigamos, nós terminamos. Nós nos beijamos e voltamos – Gina cantou o primeiro verso sozinha

— Porque você é quente e logo esfria. Você quer e depois não quer. Você tá dentro e depois tá fora. Você está feliz e depois está triste. Você está errado quando está certo. É preto e é branco. Nós brigamos, nós terminamos. Nós nos beijamos e voltamos – nós cantamos juntas mais alto e puxamos mais as notas do que antes - Você, você realmente não quer ficar, não. Você, mas você realmente não quer ir, oh. Você é quente e logo esfria. Você quer e depois não quer. Você tá dentro e depois tá fora. Você está feliz e depois está triste

A música acabou e nós nos entreolhamos. Nós quatro evoluímos muito juntas.

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—Com medo? – Gina me perguntou

É de manhã cedo, os alunos do sétimo ano estão se organizando na frente do castelo para a visita desse sábado para Hogsmead

No entanto, Gina e eu estamos dentro do castelo, perto da entrada da sala de McGonagall. Draco e eu usaremos a lareira dela para viajar a rede de pó de flu para a mansão Malfoy

—Um pouco – eu admiti – algo me diz que essa visita não será são boa

—É normal, por que você vai conhecer sua sogra – Gina diz se encostando na parede – qualquer um fica nervoso

—Não é por isso – eu suspirei – alguma coisa me diz que não vai acabar bem

Não estou mentindo para Gina, não é por que estou com medo por ser apresentada a minha sogra, isso só em um bônus de estresse, a verdade é que alguma coisa dentro de mim está gritando, dizendo que essa visita não vai terminar como o esperado

Ouvimos passos no corredor, virei-me e vi Draco e McGonagall vindo em nossa direção, Gina acenou com a cabeça pra mim com um sorriso singelo no rosto, forcei um sorriso de volta e ela saiu andando pelo corredor

McGonagall foi a primeira a entrar na sala, a segui indo logo atrás, porém Draco me segurou para que eu não a seguisse

Ele esperou ela sumir da nossa linha de visão para finalmente me olhar nos olhos

—Algum problema, Hermione? – ele parecia preocupado

Xinguei-me mentalmente por deixar tão na cara minha preocupação. Respirei fundo e tentei fingir tranquilidade

—Não – eu sorri

Ele levantou uma sobrancelha e eu entendi que ele não havia engolido minha atuação fajuta

—Estou tendo um mal pressentimento – eu suspirei – tem certeza que quer ir falar com sua mãe? Quer dizer, você vai tentar se explicar sobre o coral, mas como vai ser a reação dela? Ela deve estar muito chateada, talvez tenha até concordado com seu pai ter retirado a sua herança

—Prefiro acreditar que tenho alguma chance de mudar a cabeça dela

—E se não conseguir?

Ele suspirou

—Eu realmente preciso ir lá – ele tentou fugir da pergunta – vai ir comigo mesmo?

—Não vou abandonar você agora – eu apertei sua mão direita e ele sorriu

—Eu sei que você é corajosa, mas... – ele mesmo se interrompeu

—Mas o que? – perguntei desconfiada

—Eu sei que é difícil pra você entrar na mansão depois do que aconteceu com Bellatrix, eu me arrependo muito de não ter ti ajudado naquele dia...

—Draco para – eu quase implorei quando senti meu corpo fraco ao falar desse assunto, inocentemente tirei a minha mão da dele para pegar no meu braço, a tatuagem hoje marcava a noite de tortura que eu tive há um tempo atrás com a tia do meu namorado – Isso foi a muito tempo, temos uma vida nova agora, não quero mais falar sobre isso, nunca

—Tem certeza que quer ir até a mansão? Essa luta é minha, você não precisa participar dela – ele parecia firme em afirmar que a luta é dele – Eu achava que você precisava ir comigo, pra me dar forças, mas agora que eu sei o que aquela mansão faz com você, não vou ti obrigar a ir comigo

—Você não está me obrigando, a escolha é minha

—E o que você escolhe?

—Não deixa você ir sozinho

Ele sorriu e beijou meus lábios

—Então vamos, não podemos deixar ela esperando

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Harry Potter

—Então você está gostando da Astoria? – eu digo depois do fim da história de Rony – vocês vão sair juntos hoje?

—Não posso fazer isso, por que ela gosta do Simas, e ela quer que eu a ajude com ele

—Cara, você está enrascado... Você viu a Cho?

—Eu estou aqui! – Cho chegou com um sorriso largo e me deu um abraço apertado – Olá Rony, você não parece tão bem...

—Ah eu vou ficar bem – Rony diz sem saber disfarçar a insegurança – eu preciso encontrar a Astoria antes de abrirem os portões, nos falamos depois Harry

Os alunos esperaram um pouco mais, até que finalmente a saída para Hogsmead foi autorizada.

Como havia combinado com Cho, passamos o tempo inteiro juntos, é bom ter a companhia dela, tirando o assunto do coral, ela é uma garota legal

—Então vocês acordaram sem lembrar de nada? – ela diz rindo

Eu contava sobre o que nós passamos na balada, quando todas as bebidas foram drogadas, claro que eu omiti a parte de eu ter ficado com uma tal Gabriela (muito louca por sinal), eu queria esquecer o ocorrido

—É, é bem engraçado quando se lembra – eu respondi rindo

—Foi assim que Astoria conseguiu as mechas?

—Sim, e a Hermione a tatuagem, foi uma noite bem maluca

—Hermione teve uma coragem gigante pra colocar aquilo no braço, é constrangedor, você não acha? Bom, quanto o cabelo da Astoria, eu admito que gostei

—É sério? – eu digo surpreso

—É bonito. É normal fazer essas mechas no cabelo no mundo trouxa? – ela parecia curiosa – Por que eu nunca tive muito contato com trouxas...

—É bem normal – eu sorri – mas eu nunca faria

—Talvez eu fizesse, o que acha de azul?

—Hum... Ficaria diferente

Nós andamos pela rua de braços dados, quando ela apontou para o Três vassouras, uma loja no fim da esquina

—Faz tempo que não bebo uma cerveja amanteigada... – ela disse animada me puxando pra loja

Íamos nos sentar nas cadeiras de frente do balcão, mas Cho me segurou

—Eu vou ao banheiro, volto já – ela diz indo depois correndo

Estranhei isso, mas me sentei e pedi uma bebida para um garçom

Pouco depois a bebida chegou nas mãos de uma moça morena, é a primeira vez que a vejo aqui. Altura medial, magra e forte. Pele morena clara, olhos castanhos claro, lábios rosados e cabelos castanhos claro ondulados e compridos. Bonita e fofa na verdade

Sem qualquer vislumbre de animação ela colocou a bebida em cima do balcão, olhou pra mim pra dizer alguma coisa e tomou um susto

—ei, você é Harry Potter! – ela diz colocando a mão na boca e soltando um gritinho abafado pelas mãos – sou sua grande fã, e olha eu já gostava de você por você ser o eleito e tal, mas agora com tudo isso sobre o coral gosto ainda mais de você

—Ah... Obrigado – eu digo sem saber como reagir a tamanha animação da garota

—Ah desculpa, eu não me apresentei – ela ria de si mesma – meu nome é Sophia Michele, tenho 23 anos, fui da Lufa Lufa por meio ano, até que fui transferida pra outra escola, eu lembro de você bem pequeno. Você cresceu muito viu! Sabe, meu aniversário de 24 anos é semana que vem, e eu queria contratar uma banda especial, pensei um pouco e achei que seria legal ter o coral de Hogwarts cantando na festa

—Isso é sério? – eu sorri ajeitando o óculos – Seria muito bom

—Vou fazer um cachê muito bom pra vocês, por que merecem, o que vocês estão fazendo é muito legal, sou super a favor da cultura trouxa

—Isso é ótimo, Sophia. Minha professora vai vir aqui negociar com você, muito obrigado

—Obrigado digo eu!

Ela saiu saltitando para a cozinha do bar, me deixando sozinho.

Esperei por Cho, mas ela não vinha, me estiquei um pouco e encarei a porta do banheiro feminino, estava aberta, e eu não consegui ver ninguém lá dentro. Então onde Cho está?

Deixei a bebida em cima do balcão e saí do bar, pro meu desgosto vi Cho conversando com Lilá

Elas pararam de falar assim que me viram, Lilá foi embora lançando um último olhar em Cho, que não parecia bem. Depois de Lilá ir, Cho se aproximou de mim, mas eu me afastei dela

—O que foi? – ela perguntou

—Você prometeu que ia ficar longe dela – eu disse sério

—Lilá é complicada, não me deixou em paz

—Ela não ti obrigou a vir aqui falar com ela, Cho você descumpriu sua promessa

—Não é nada sério – ela tentou se explicar – vamos esquecer isso. Tudo bem?

—Não, pra mim já chega, acabou Cho

—Como assim?

—Eu estou terminando com você

Draco Malfoy

Hermione apertou minha mão com mais força quando chegamos à frente da mansão, decidi viajar por aparatação do que com pó de flu como era esperado, me fazia melhor entrar pela porta da mansão do que entrar direto para sala, eu precisava ir devagar com isso

Pareciam ter colado toneladas de tijolos nas minhas costas, me impedindo de dar qualquer outro paço adiante, e isso me irritava, me fazia me sentir um fraco, e não há nada pior para um Sonserino

Bom, talvez existisse algo pior pra mim, como minha mãe não me entender

Respirei fundo e sorri para Hermione, ela fez o mesmo, mesmo que os olhos castanhos dela só conseguissem transmitir medo

É impossível não pensar o mesmo que ela, e a dor chega a ser insuportável, perder meu pai não é nada, comparado a perder Narcisa Malfoy.

Eu bati na porta e um elfo atendeu, ele olhou torto para Hermione, mas me obedeceu quando mandei que ele chamasse minha mãe

—Não é preciso mandar que me chamem, Draco – ouvimos uma voz forte e feminina, senti Hermione ficar desconfortável do meu lado e eu enlacei sua cintura

O elfo me puxou para dentro com Hermione e fechou a porta atrás de nós, correndo de volta para a cozinha logo depois

—Vejo que trouxe a Granger – ela diz descendo os últimos degraus da escada sorrindo, mas era um sorriso forçado e diplomático – Ouço comentários sobre vocês, não vi qualquer confirmação em jornais até agora, mas um filho de uma amiga minha afirmou que os dois estão tendo um envolvimento amoroso

—Estamos namorando – eu digo logo evitando os rodeios que ela faria do assunto – acho que você já conhece sua nora

—Ah claro, eu conheço

—É um prazer revê-la, Sra. Malfoy – Hermione usou seu tom cordial, embora estivesse tímida até aquele ponto da conversa

Aquele momento de tensão estava me irritando, tudo que eu queria era acabar com aquilo, então resolvi começar a falar e pôr um ponto final nisso

—Você pediu para que eu viesse me explicar – eu comecei meu discurso – bem eu estou aqui pra dizer que eu estou no coral estilo trouxa de Hogwarts e pretendo ficar até o fim, tenho meus motivos pra isso, fim da historia

—Cantor de música trouxa em Hogwarts... – minha mãe diz baixinho pra si mesma, cruzou os braços e suspirou, sua voz transmitia raiva, mesmo tentando ser passiva também – Seu pai e eu sempre soubemos seu amor por música, sabíamos que tinha uma admiração por aquele mendigo nascido trouxa e seu instrumento que ele tocava todos os dias perto dessa mansão, eu sempre soube que meu garotinho lá no fundo gostava desse estilo, mas eu nunca achei que empurraria isso pra fora... É absurdo

Não respondi, apenas esperei que ela continuasse a falar

“Por favor, tente entender mãe” eu pensei

—Draco, eu quero que saia já dessa casa, não quero ver você nunca mais

—Mãe, você não pode...

—Draco vá agora!