Duas Opções escrita por Bea


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, quero pedir para vocês voltarem ao capítulo oito e darem uma lidinha na entrevista. Mudei umas poucas coisas na entrevista.
Outra coisa é: desculpem a demora e o capítulo curto. Minha criatividade está péssima, mas prometo melhorar nos próximos.
É isso, obrigada! Espero que gostem. Deixem reviews :)



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Antes de dormir, tomei um pouco de leite quente com analgésicos para me acalmar e para eu passar a noite toda dormindo. Não tive pesadelos porém acordei estressada com um grito de Charlotte: faltavam somente três horas para a partida. Nesse meio tempo, a correria foi grande. Enquanto tomava um banho, minha equipe de preparação entrava apressando-me para comer logo e me arrumar. Meu café da manhã foi preparado com todos os nutrientes necessários para eu poder encarar a arena. Muitas frutas, pão, leite e tinha até um cozido de boi para eu me sustentar. Não pude resistir e comi uma tilápia ao molho de maracujá. Tem gosto de casa. Minha equipe de preparação me preparou, massageando-me e colocando uma maquiagem básica em mim. O traje era leve, com uma jaqueta que me protegeria de um frio de até 5 graus, de acordo com Timber. Puxaram meu cabelo em um rabo de cavalo alto e eu estava pronta para a partida.

Chegou a hora da decolagem. Jared estava acompanhado de Mags enquanto Finnick me acompanharia até a sala do tubo, onde eu seria lançada para a arena. Isso dá mais ou menos um trajeto de uma hora de aerodeslizador. No caminho, Finnick andou abraçado comigo, tentando me proteger. Proteger-me de algo que ninguém tem mais controle exatamente, nem a Capital nem ninguém. Nos separamos quando tivemos que entrar em aerodeslizadores diferentes. O meu era equipado com 8 lugares. Reconheci que Taylor e Zoe estavam no mesmo que eu e acenei para eles. Taylor estava pálido e apenas assentiu. Na hora da partida, seres encapuzados começaram a injetar o que chamavam de "identificadores". Isso quer dizer que, quando eu morrer na arena, eles saberão. Quer dizer também que eles saberão onde eu estou na arena. Cada um foi deixado em uma sala de lançamento, onde tinha seu acompanhante esperando. A sala era pequena e continha um banco pequeno e um tubo, ainda fechado. Era clara e fria. Finnick estava sentado no banco quando eu cheguei. Ele colocou o colar em mim.

— Não significa só boa sorte. Significa que estarei com você independente de qualquer coisa. — ele suspirou — Annie, eu não consigo esperar mais. — eu fiquei em silêncio, olhando para o chão — Olhe para mim! Você sabe o quanto isso dói? Ver que a única pessoa que eu cheguei perto de amar está sendo lançada para um abatedouro? E que talvez essa será a última vez que eu a verei e eu não posso fazer nada para impedir?

Então, fui pega de surpresa quando ele me encostou na parede e seus lábios roçaram o meu pescoço.

60 segundos.

Ouvi o tubo abrir, mas eu não queria parar. Ele não queria parar. Eu não queria sair dos braços dele nunca mais.

40 segundos.

Presa na parede, ele começou aos poucos se soltar de mim. Ficamos abraçados, como se fossemos um só ser. Esperando apenas o momento certo para nos soltarmos.

10 segundos.

—Eu te espero aqui a alguns dias. ele disse, se controlando para não chorar. — Prometa para mim, Annie Cresta.

— Eu prometo, Finnick Odair.

Eu entrei no tubo com um último beijo de adeus e o prato em que eu estava em pé começaram a subir. Uma contagem de sessenta segundos começou enquanto eu ainda me situava onde eu estava. Por conta do sol, não consegui abrir meus olhos por alguns segundos. A arena era como uma cidade. Uma cidade destruída. Era como o Distrito 13, cinza e cheia de prédios aos pedaços a minha volta. Olhei para os lados à procura de algum aliado e tudo que encontrei foi Louise, cinco pratos longe do meu. Do meu lado estava Yumi, a garota do Distrito 3. Tentei achar Jared, mas provavelmente ele estava atrás da Cornucópia.

— Está aberta a 70ª edição dos Jogos Vorazes. Que a sorte esteja sempre ao seu favor.

Corri para a Cornucópia junto com Louise e foi onde começou o banho de sangue. Tudo que tinha no centro dela eram armas e algumas mochilas verdes. Sem exitar, achei uma lança e peguei junto com a mochila verde. Logo depois fui procurar Jared. Consegui ver o garoto do onze que era grande e alto assassinar o garoto do doze com um martelo grande. Quando olho para o lado, um facão atinge a minha mochila e me faz cair. Tento me levantar quando um garoto de cabelos pretos me prende no chão, arrancando a lança que estava na minha mão.

— Cadê os seus aliados? Cadê os carreiristas, lindinha? — tentei me soltar, mas ele era muito forte.

— Jared! Jared! — eu gritava, mas Jared não dava as caras. Quando ele pegou o facão e estava prestes cortar meu pescoço, vejo uma mão segurar com força sua cabeça e gira-la em um ângulo humanamente impossível. Ouço um estalo baixo, indicando sua morte. É onde ele desmorona sem vida, sobre. Empurro seu corpo para o lado e procuro quem me ajudou. Não era Jared. Era Brendon, o garoto do Distrito 1 que fez aquilo. Peguei a minha lança e fui à procura de Jared. É onde eu o vejo em uma poça de sangue e praticamente sem vida.


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