Incomplete escrita por Sorrow Queen


Capítulo 18
21 Guns


Notas iniciais do capítulo

Alo alo voces sabem quem sou eu? Alo alo graças a Deus! VOLTEI! Tá foda de postar por causa das provas e do cursos, mas vamos lá.

Segura esse capitulo ai monamur! Revelações, intrigas, me chama que eu vou

Aproveitem!



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A porta do banheiro estava aberta. Ela não estava ali, somente uma garota lavando as mãos que se assustou e eu sai como se nada tivesse acontecido. Andei pelo corredor, mordendo o lábio tentando pensar onde, Thalia estaria, bati na minha cabeça, enquanto corria ao corredor dos dormitórios femininos.

—Thalia abre a porta! – gritei, forçando a maçaneta. – Eu sei que você está aí. – Nada em resposta, coloquei meu ouvido no na porta e ouvi o barulho de torneira aberto, minha respiração começou a ficar pesada. Dei um empurrão na porta com o ombro, nada nem se moveu. Chutei a porta com muita força, a quebrando, porém isso era preocupação para depois, entrei no quarto as pressas e vi que a porta do banheiro estava fechada, tentei abrir e nada. Eu sabia que ela estava ali. –Thalia?

—Sai daqui! – ela gritou e eu fiquei enfurecido, não deixaria ela ali dentro, quebraria aquela porta. Me afastei e com um empurrão consegui.

Com a porta finalmente aberta, eu tive a visão de uma garota que sempre possuía os olhos elétricos e rebeldes, agora estavam marejados completamente cansados e sem vida, a maquiagem sempre forte estava toda borrada abaixo dos olhos, a boca sempre vermelha de um tom escuro, estava branca. Thalia estava na frente do espelho, com o pulso pingando, vi um corte na vertical e fazia o sangue escorrer pelo braço.

—Vai embora, Jackson. – Sua voz saiu mais chorona que o normal, senti o vento gélido passando pelo meu corpo. Ainda estava estático vendo, ela daquela maneira– Você não tem mais direito, de tentar fazer nada por mim. –Uma raiva passou diante do meu corpo, o que me fez acordar do transe.

—Não vou embora. – minha respiração estava falhando, me cortava ver ela daquela maneira. Olhei rapidamente para os lados, a procura de algo para estacar o sangue que insistia em sujar a sua mão, vi uma maleta em cima de algumas coisa, era vermelha e tinha uma cruz bem grande, pedi aos céus que tivesse alguma coisa de útil ali. Corri até ela e abri, havia gaze, uma tesoura alguns curativos. Peguei a maleta com uma mão e fui na frente de Thalia, que murmurava algumas coisas. – Senta ali. – disse apontando para o banco branco, encostado na parede com uma calça jeans sobre ele.

—Voce não sair, né? – a encarei serio, ela sentou emburrada. Vi mais de perto o corte, não parecia ter sido tão profundo, porém era na vertical se ela tivesse feito com mais força, poderia não conseguir suturar as veias, ela realmente estava tentando se matar.

—Me da o braço. – Ela o estendeu fazendo uma cara de dor, com a outra mão limpava as lagrimas sobre seu olho. Ela odiava que os outros a vissem chorar, lembro-me da primeira vez que a vi chorar, depois de uma bela discussão com seu pai. Ela fugiu de casa, me ligou desesperada pedindo ajuda, nesse dia ela me contou dos problemas que tinha, foi quando percebi que ela era minha melhor amiga. Balancei a cabeça, depois de lembrar daquilo. Peguei a gaze e passei lentamente sobre o corte, ela fez um gemido de dor. –Achei que tivesse parado com isso, você prometeu. – Notei no seu olhar ameaçador.

—Ambos fizemos promessas, nenhuma se cumpriu. – ela disse seca, eu realmente não fazia a menor ideia do ela dizia. Continuei a limpar seu braço, precisava esterilizar, peguei uma garrafa de agua oxigenada. –Não. –Vi que ela ia levantar o braço e joguei a agua em cima do corte, Thalia deu um leve pulo, porque devia estar ardendo muito. O ódio veio ao seu rosto, porém continuei a limpar e pegar os curativos e a colocar no seu braço.

—Não consigo entender o motivo de todo esse ódio. – Ela me encarou incrédula e levantou o braço com força.

—Deixa que eu termino isso, vaza daqui. Não suporta mais olhar nessa sua cara de falso. – Senti o veneno escapando da sua boca, me acertando em cheio. A raiva a dominava, a última vez que a vi assim ela quase se matou, porém agora era diferente ela podia me bater. A raiva estava direcionada a uma pessoa, a mim. –Pode ir. – a vi pegando o curativo e o colocar sobre o corte que a mesma tinha feito. Já estava saindo pela porta, quando senti algo familiar naquela cena, aquele tipo de sensação de que se eu saísse pela porta me arrependeria amargamente.

—Não. – disse me voltando pra ela, dando meia volta. Ela me encarou séria, levantando uma sobrancelha.

—Como é que é?

—Eu não vou embora, cansei de ficar sem respostas. – Thalia me encarou confusa, mas não perdeu a pose. – O que eu fiz pra você me odiar? – respirei fundo, aquilo estava tão entalado durante anos. – Me olhar com tanto desprezo, fingir que eu não existo? O que eu fiz? – gritei a ultima parte, um sorriso sádico saiu de sua boca como um deboche.

—Como pode ser tão hipócrita? – sua voz vacilou, como se ela fosse começar a chorar. – Você sabe o quanto eu sofri por causa disso?

—Disso o que, Thalia? – disse sentindo o meu rosto esquentar, vi o braço de Thalia começar a sangrar de novo embaixo do curativo. Ela estava entrando em um colapso. – Me deixa de te ajudar. – disse chegando mais perto.

—Não toque em mim, Perseu. – ela cuspiu as palavras e eu recuei. – Eu tenho nojo de você.

—Thalia, eu não sei o que você pensa que eu fiz para você. Eu nunca fiz nada contra você, sempre te vi como uma irmã, e-eu. – minha visão começou a ficar embasada, porém eu me segurei para não chorar na sua frente. Algo passou pela minha cabeça, me fazendo ficar enfurecido. – O que ele disse pra você?

—Quem? – Os olhos de thalia estavam iguais aos meus, querendo derramar lagrimas para libertar a alma. –Se você estiver falando de Luke, pare.

—Ele disse algo então, o que ele disse que eu fiz? – meus punhos se fecharam, eu não estava acreditando no que eu ouvia.

—Sério? – ela riu irônica. – Agora vai negar que nunca postou aquelas fotos e ligou pra tia may, você causou o infarto dela. Covarde. – ela deu um ótimo ênfase na palavra covarde, eu estava extremamente confuso.

—Do que você tá falando? – a questionei. – Que fotos? O que a mãe de Luke tem haver com isso?

—Larga de ser idiota, Perseu. Muita gente se machucou pelos seus atos. – Arregalei meus olhos, quem se machucou nessa historia fui eu, quem teve diversos ferimentos mentais e na pele, FUI EU.

Me aproximei de Thalia, mesmo ela recuando. Olhando dentro dos seus olhos, azuis elétricos.

—Olha no fundo do meu olho. – Ela encarou a porta. – No meu olho, Thalia. – disse serio, ela me encarou e eu vi que nos dois iriamos desabar se as coisas não fossem ditas naquele banheiro. – Eu não estou mentindo para você, eu nunca menti pra você.

—Como você quer que eu acredite em, depois que você mandou aquilo para todo mundo. – Ela me acusou, sem piscar. – Você não tinha esse direito, de me humilhar tanto. – Uma lagrima caiu do olho de Thalia, ela estava tão machucada quando eu, eu só queria a abraçar, abraçar a garota que um dia fora minha irmã. – Luke me mostrou que foi você que enviou as fotos, me contou que você ligou pra mãe dele e contou que ele estava pegando drogas com alguns traficantes. Tudo isso pra que?

—Thalia, eu nunca fiz isso. Eu vou te contar o meu lado da historia, a que você não sabe e ninguém nunca te contou. – respirei fundo, eu estava a ponto de começar a chorar. Mexi no cabelo para disfarçar. –Há três anos, em um fim de semana aquele que você foi viajar com o seu pai para a Colômbia. Eu, Nico e Luke ficamos na escola e resolvemos aprontar na sala do diretor, quebramos varias coisas lá dentro, jogamos papel higiênico em tudo. Luke resolveu entrar no computador do Dionisio e foi direto na pasta dos alunos e lá... – meu coração parou por alguns instantes, doía lembrar aquilo.

—O que isso tem haver? – respirei fundo, contei ate três mentalmente, eu estava revivendo tudo aquilo, toda aquela angustia o medo.

—Lá dizia que, eu não tenho pai, lá dizia que o Paul não é meu verdadeiro pai. – Thalia fez uma cara de surpresa. – Porem, bem... Você mais do que ninguém conhece Luke, a hierarquia, a ambição de sempre estar melhor. –Ela respirou fundo, como se lembrasse de alguma coisa. – Ele bem. –enguli a seco e mexi no cabelo. – Ele e Nico, chamaram o time de basquete. – a primeira vez naquela noite, Thalia me lançou um olhar de pânico, ela entendeu o que aconteceu.

—Ele fez isso? – sua voz falhou, assenti com a cabeça.

—Eu fiquei três dias desacordado,  na enfermaria. Eu não me lembro de ter chegado lá. – estava mais difícil me manter de pé, aquela altura. Reviver aquela dor, ser espancado, por aqueles que você realmente faria qualquer coisa, era como uma faca que acabara de voltar de um amolador me cortando lentamente no peito. Eu sentia as dores dos hematomas, como se estivessem chutando ali. Com tudo aquilo na minha mente como um flash, derramei algumas lagrimas. – Desculpa, dói demais lembrar disso. É como se estivesse acontecendo de novo, de novo. – limpei as lagrimas, ela começou a soluçar.

— Eu e Luke estávamos namorando, você sabe. – ela respirou para conter o choro entalado. – E bem, eu enviei umas fotos pra ele. Duas semanas depois essas fotos se espalharam e toda escola possuía elas, eu não conseguia andar pelo corredor, todos falavam de mim. – Fiquei surpreso, eu só me lembrava do olhar frio dela naquela época. – Eu fui tirar satisfação com ele, obvio. Ele disse que nunca faria isso comigo e me lembrou de que as únicas pessoas que sabiam a senha do meu celular era ele e você.  – Lagrimas caiam dos olhos de Thalia, passei a mão pelo cabelo diversas vezes. – Disse que você tinha feito aquilo para se vingar dele, já que Luke acabara de conseguir ser o capitão do time e que... – Ela se aproximou rápido de mim, me assustei principalmente porque ela me abraçou extremamente forte e eu só pude retribuir. – Falando agora isso em voz alta, não faz sentido. – Thalia disse soluçando, cobrindo minha camisa de lagrimas.

—Thalia? – perguntei e ela começou a soluçar. – Ei olha, tudo bem.

—Não tá tudo bem, eu devia ter falado com você. Eu amava tanto ele, eu enfiei na minha cabeça que ele era vitima. – ela disse se afastando e me encarando, sua maquiagem estava mais borrada que antes.

—Nós dois fomos vitimas, ele nos destruiu. Eu deveria ter ido te procurar também, mas eu estava com medo. – Thalia arregalou os olhos azuis, como se lembrasse de algo.

—Eu tentei fazer a Annie se afastar de você, me desculpa Percy. – A abracei forte dessa vez com lagrimas que teimavam em cair dos meus olhos, minha camisa estava molhada, com o silencio no banheiro, só podia ouvir os soluços vindos de mim e de Thalia. Nos afastamos um pouco, na primeira vez em três anos seu olhar não havia ódio, parecia que estávamos no nono ano, roubando bebidas e o carro de nossos pais e não a beira desse mercê de problemas e responsabilidades.

—Está pensando nele não é? – a questionei e ela balançou a cabeça positivamente, jogou o cabelo escuro todo para o lado.

—Quando achamos que conhecemos alguém, percebemos que tudo se passava de uma grande mentira. – ela disse e concordei com a cabeça. – Podiamos ter tido essa conversa se eu não fosse tao manipulada, quando ele voltar de viagem. – um sorriso psicopata saiu dos lábios de Thalia. – Eu vou fazer ele não querer ter nascido, vou espancar ele tanto. – Fiquei até com medo de falar para Thalia, não fazer isso.

—Quando ele voltar vai me matar... Nem gosto de pensar nisso. – fui sincero, Thalia fez uma cara confusa. – Thalia, grande parte do meu ensino médio eu apanhei, fiz trabalhos extras, peguei detenções que não eram minha, isso tudo só porque eu respiro. Se Luke sonhar que eu estou namorando a prima dele, estou jogando futebol americano ou estou olhando e falando com diversas pessos. Ele me mata, é sério. – Parei um pouco antes de perceber que Thalia estava estica, notei na quantidade de coisas que eu havia feito que não fazia há anos, realmente Annie estava me reerguendo.

—Ele o que? – Ela voltou a ter os olhos furiosos e eletrizantes. – Por isso voce andava mais estranho, estudioso e literalmente saiu do mundo social. –  sorri a ouvir aquilo, aquela era a Thalia que eu conhecia, uma verdadeira escorpiana com ascedente em sagitário. –Porque esta rindo estranho?

—Nada, eu estou feliz só isso. – disse e ela arqueou a sobrancelha. – Voce me chamou de estranho? – ela revirou os olhos azuis.

—Estranho e lerdo. – Thalia disse rindo. – Vem aqui. – ela me puxou para mais um abraço de urso. – Senti a sua falta seu grande estranho lerdo. – dei um peteleco na sua cabeça. – Se me ataca eu vo ataca.

—Tambem senti a sua, Thals. – uma lagrima desceu do meu rosto, porém eu sabia que era de alegria. Era uma sensação tão boa, parecia que era um sonho,  ter minha melhor amiga de volta na minha vida.

 

 


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Notas finais do capítulo

Demorei, porém to postando tudo revisado de novo em outro site no social! Eu queria deixar as duas bonitinhas iguais ♥

Eai? O que acharam dos acontecimentos? TEM MUITA COISA PRA ACONTECER SUHAUHA já estou escrevendo o próximo ♥
Se quiser bater um papo e me xingar twitter @nayaracbezerra


Até o próximo ;)



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