Por muito pouco ele conseguiu desviar, mas eu continuei atacando. O diretor apenas ficou olhando. Snape apenas bloqueava e se defendia, mas em nenhum momento ele revidou.

“Isso mesmo Lohane, acerte ele.”

“O que eu estou fazendo? Porque estou atacando ele?”

Eu estava em um conflito interno, parte de mim me mandava ataca-lo, mas a outra parte não queria isso.

— Lohane se acalme você precisa se controlar! – a voz do diretor me fazia ter um pouco de controle, mas cada vez que eu olhava para o Snape tinha vontade de ataca-lo.

“Não, eu não quero ataca-lo. Eu não quero fazer isso.”

“Sim Lohane... Você que ataca-lo.”

  Em um momento de distração, Snape aproveitou para me desarmar.

— Expelliarmus! — a varinha voou da minha mão para a mão dele. Para outros bruxos isso seria ruim, mas para mim isso não era problema, eu conseguia perfeitamente usar minha magia sem varinha.

— Você sabe muito bem que isso não é problema para mim... – eu disse com um sorriso no rosto.

“Droga Lohane se controla, ele é seu pai!”

“Não Lohane... Ele não é seu pai.”

— Lohane, olha para mim, você tem que se controlar! – Snape falou. Eu olhei para ele, mas não ajudou muito. Estiquei minha mão e o fiz flutuar.

“Isso Lohane agora faça o sofrer, assim como ele te fez!”

“Não eu não quero isso!”

— Lohane você não quer fazer isso... – Dumbledore falava suave. – Você não odeia ele... – as palavras dele entravam em mim de uma forma que eu não sabia explicar. Eu fechei os olhos com força e fui fechando minha mão. Ouvi um gemido de dor, vindo do Snape. – Lohane você não quer fazer isso... – minha respiração ficou acelerada. – Lohane você precisa manter o controle. Você não odeia ele...

“Não o escute Lohane. Você odeia sim ele... Ele te fez sofrer, faça o mesmo com ele.”

Outro gemido de dor foi ouvido, Snape estava de olhos fechados, tentando aguentar a dor que estava sentindo.

— Lohane, minha menina, você é forte, você consegue se controlar...

— Eu não consigo... – eu choraminguei.

— Consegui sim. Lembra quando você teve que fazer aquele contrafeitiço em seu pai. – não sei porque, mas comecei a chorar. – Você sabe que consegue minha jovem.

“Não Lohane, pare de escuta-lo, ele está mentindo.”

— Lohane você não odeia seu pai. – Dumbledore falou confiante.

Eu lutei contra mim mesma para tentar abrir minha mão. Era difícil, mas eu estava lutando.

“Você odeia ele... Você odeia ele...”

— NÃO! EU NÃO ODEIO ELE! – eu gritei.

— Isso Lohane você consegue, é só querer. – eu começava e ter um pequeno controle sobre meu corpo.

“Não Lohane não faça isso. Ele te fez sofrer. Ele merece sofrer também. Ele te abandonou!”

Com muita vontade eu abri minha mão, e na mesma hora o professor caiu. Minha magia se descontrolou mais ainda. Levei minhas mãos à cabeça e me ajoelhei.

— Não eu não odeio ele... – eu segurava minha cabeça e girava de um lado pro outro.

— Isso Lohane você consegue. Basta querer! – o diretor falou.

Eu tentava, mas era muito poder, muita magia, eu tinha que expelir isso.

— Professor é muita magia... Eu não estou consegui controlar... Me ajuda... – choraminguei de novo.

— Severus, ela precisa eliminar uma grande quantidade de magia. Você precisará usar toda a sua magia para bloquear a dela. – ouvi o diretor conversar com Snape.

— Como irei fazer isso? – ele perguntou.

— Ela terá que te atacar e você terá que revidar fazendo assim suas magias se colidirem, causando uma drenagem de poderes.

— Mas isso não é perigoso? – perguntou aflito.

— Sim... Mas é a única maneira. – o diretor suspirou.

— Tudo bem! – ele falou meio relutante.

— Lohane só tem um jeito de fazer sua magia voltar ao controle, você precisa esgota-la. – o diretor me explicava.

— Certo mais como vou fazer isso. – disse esticando minha mão para uma árvore e destruindo-a.

— Você terá que lançar um feitiço em Severus e ele irar revidar.

— Isso é perigoso! – eu falei.

— Eu sei Lohane, mas é a única maneira de te ajudar! – Snape falou ficando frente a frente comigo.

Eu não gostei muito da ideia, mas como não tinha outra maneira eu tive que aceitar.

— Confie em mim, vai dá certo! – ele falou. Eu assentir em resposta. Naquele momento sentir algo diferente. Ele estava pedindo para confiar nele... – Pronta? – ele perguntou, eu fiz sim com a cabeça. – Quando você quiser!

Respirei fundo e estiquei a mão. A minha varinha que estava com ele voou de volta para minha mão, eu a segurei firme e proferi um feitiço não verbal. Um feixe de luz vermelha saiu de minha varinha em direção ao professor. Ele como um bom duelista também lançou um feitiço, revidando o meu.

Ou ele era muito fraco ou eu que estava muito forte, pois nossa magia estava igualmente nivelada. Por isso eu acredito que era a segunda opção. Severus Snape em minha opinião era o segundo bruxo mais poderoso, olhe lá se já não fosse o primeiro, melhor até que Dumbledore.

— Lohane você precisa usar toda sua magia. – o diretor falava com sua voz ampliada com magia, já que era quase impossível ouvi-lo. – Severus aguente firme. – o professor impulsionou mais força, me fazendo dá um passo atrás.

— Fraquejando Kendys? – ele falou com um sorriso torto. Eu retribuo o mesmo sorriso e impulsiono mais magia, o fazendo recuar um passo.

— Não mesmo!

Continuamos nessa disputa, um passo para frente outro para trás. Um passo para trás outro para frente, até que ambos já estávamos cansados.

“Precisamos acabar com isso agora!”

— Professor é agora ou nunca, sinto que já estou no meu limite. Vamos acabar com isso. – disse firme e confiante.

— Quando você quiser! – ele me respondeu. Respiramos fundo e atacamos um ao outro com toda força.

Nossos feixes de magia ficaram duas vezes maiores, até que se colidiram e fizeram uma pequena explosão. Um grande clarão, árvores se destruindo, galhos voando e eu voando para trás e caindo com toda força no chão.

Meu corpo doía, sentia que estava sangrando, ouvia alguém me chamar, segurando minha mão e pedindo para aguentar firme... Tudo que me lembro antes de me deixar levar para o inconsciente.