Pov Snape

Era noite de natal e eu estava em meus aposentos sentado em minha poltrona lendo um livro, quando escuto alguém bater em minha porta.

— Entre!

— Olá Severus meu filho. – o velho adentrou o recinto e sentou à minha frente.

— O que quer Albus?

— Eu e Minerva estamos mandando uma coruja entregar os presentes da Srta. Kendys queria saber se você tem algum para mandar?

— E porque teria? – disse sem emoção.

— Ora Severus, eu não sei por que toda essa dificuldade. Hoje você poderia muito bem está com ela se divertindo, do que está aqui sozinho. Ela é uma garota inteligente, bonita, porque você não conta logo toda a verdade?

— Você pensa que é assim tão simples Albus. – disse um pouco mais alto.

— Sim Severus! É muito simples!

— Não Albus, não e simples. – falei muito bravo. – Quantas noites eu passei em claro, me culpando pelo meu ato, eu a abandonei. Deixei que ela vivesse a própria sorte. Nunca a procurei. E quando ela chegou aqui, eu só fiz com que a menina criasse uma raiva por mim. Sei muito bem o quanto ela odeia o pai, ela já me disse isso com todas as letras. Não nego que no início eu não a queria aqui, mas com passar do tempo eu comecei a gostar da garota. Nossas brigas de certa forma nos ligaram.

— Então meu filho porque você não conta logo toda a verdade?

— Por que eu sei que ela não irá me perdoar. Ela sente raiva por ter sido abandonada, sente falta de uma família e de carinho e por sentir a falta desse sentimento, ela também se odeia por isso... Há algumas semanas atrás... Ela saiu daqui chorando ao me ouvir disse uma frase que disse apenas com ironia... – me levantei e caminhei até a lareira onde fiquei encarando as labaredas de fogo. Depois de um momento falei em um tom muito baixo. – Doeu Albus! Doeu muito vê-la chorar, não sei exatamente o porquê, mas eu não quero que ela sofra mais ainda ao saber que o seu pai esteve presente nos últimos meses e só a destratou. Não! Eu não quero isso!

— Severus! Sei como se sente, mas vai chegar uma hora que ela irá descobrir, e ai sim será mais difícil de ela te perdoar. Pense bem meu filho. Não deixei que o tempo afaste-os, mas do que ele já os afastou. – ao terminar ele se levantou e saiu da sala.

Ainda fiquei um tempo parado olhando o movimento das chamas. Depois fui ao meu quarto e peguei uma caixa de dentro do guarda roupa. Ali tinha todas as lembranças da única mulher que um dia correspondeu o meu amor. Todas as fotos, cartas e alguns objetos. Todos guardados com carinho. Sentei-me na cama, e comecei a olhar algumas fotos.

“Me perdoe Lohane, por não ter cuidado de nossa menina como você me pediu, fui fraco e incapaz...” Algumas lagrimas começaram a cair. “Hoje me arrependo, ela é uma garota linda e inteligente, se parece muito com você. Queria poder te visto seus primeiros passinhos e as suas primeiras palavras!”

No fundo da caixa tinha uma pequena pulseira anel foleada à oura. Foi o primeiro presente que dei a Lohane no nosso primeiro natal juntos. Peguei ela e embrulhei. Peguei um papel e escrevi uma simples mensagem. Chamei minha coruja e pedi para ela entregar o presente.

Na manhã seguinte muito a contragosto me direcionei para o salão principal, detestava a manhã de natal, mas o diretor sempre me obrigava a participar desse café da manhã que ele tanto achava importante comemorar com os amigos.

Determinado momento, algumas corujas entraram no salão e começaram a entregar alguns embrulhos, cartas e jornais.

Uma coruja muito atrapalhada, que deveria ter pousado em frente ao diretor, passou por ele e se esbarou em meu prato, deixando algumas cartas caírem e derrubando meu café.

— Coruja idiota! Tinha que ser dos Weasley. – disse espantando a coruja.

— É uma carta de Lohane, endereçada a mim a você e a Minerva. – o velho falou abrindo a carta. Eu e Minerva prestamos atenção à leitura da carta.

Feliz natal professores!

Querido diretor, gostei muito do presente, vou guardar com muito carinho. Meu presente para o senhor e uma foto que está dentro do envelope.

Professora Minerva, adorei o vestido, ficou muito bom em mim, como soube que gostava de azul? Espero que a senhora goste do seu presente é de coração.

Querido professor Snape, agradeço o presente, ele é muito lindo. Infelizmente não comprei nada pro senhor, admito que fiquei muito surpresa ao receber um presente seu, mas adorei. Porém não se preocupe quando eu retornar a escola lhe darei um presente que o senhor vai adora! E tem tudo a ver com o morcegão das masmorras! Rsrsrs Por favor, não me dê uma detenção por isso.

A todos um feliz natal!

Ps: Harry também agradece os presentes e deseja a todas um feliz natal.

Lohane Kendys e Harry Potter

O diretor dobrou a carta e colocou-a na mesa. Pegou o envelope e tirou de dentro um pequeno pingente no formato de um coração e entregou a Minerva e depois tirou uma foto e nos mostrou.

Desconsiderem o casal

“Potter? A Lohane está com Potter?”

Não gostei nada da foto. Visto que fui o único, já que Minerva e Albus sorriam feitos bobos.

— Eles formam um lindo casal. – a bruxa falou.

— Não! Eles não formam! – disse bravo.

— Não? – ela perguntou.

— Claro que formam Minerva. Severus que está com ciúmes da garotinha dele. – Albus falou sorrindo.

— Quem diria em! Harry Potter genro do Snape! – Minerva falou rindo junto com o diretor. Eu bufei de raiva e me levantei da mesa. Mas ainda pude ouvir um comentário do diretor.

— Coitado do nosso Potter!