A Filha Do Velho Morcego escrita por Guyn, Any Cristine


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

~~º-º~~ Meus amores, tudo bom? ~~º-º~~

~~º-º~~ Aqui estou para postar mais um cap. para vcs! Boa leitura Galerinha! ~~º-º~~



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Minha semana estava tranquila. Como eu suspeitava o morcegão não contou nada para o diretor. Tornando assim minha maior diversão aborrecer um certo professor, que ultimamente estava ficando muito diferente, ele não estava tão rabugento como no início do ano, até estranhei.

Hoje, sexta feira, a última aula era de astronomia às nove horas da noite. Todos odiavam essa aula, e comigo não era diferente, mas como tinha que frequentar essas aulas chatas, eu estava indo para a torre norte, sem contar é claro que já estava atrasada. Quando cheguei ao local da aula, na porta havia um bilhete avisando que seria na torre sul. Primeiro fiquei com ódio de ter que andar até o outro lado do castelo, segundo pensei na hipnose de nem pisar lá, mas ai lembrei que se faltasse mais uma aula de astronomia ficaria para recuperação. Então a contragosto comecei a correr em direção à torre sul.

No meio do percurso esbarrei em alguém e fui direto ao chão, ganhando um belo ferimento no cotovelo direito.

— Que droga! Olha por onde anda seu idiota! – bufei de raiva. Não quis nem saber quem tinha sido o idiota que eu havia esbarrado.

— Olha como fala garota! Você que não deveria estar correndo pelo castelo. – uma voz grave falou.

"Santa paciência, esse cara só pode estar me seguindo, em todo quanto que estou, ele também estar! Merlin do milênio!"

— Estava correndo por que como o senhor bem sabe, estou sempre atrasada para minhas aulas. – disse sem muita importância. Queria mesmo era olhar qual era a gravidade do ferimento. Não era muito feio, mas estava sangrando muito.

— Às vezes me pego perguntando, porque é tão difícil para você chegar no horário? – ele disse um tanto suave para o normal de sua voz. Fazendo-me olha-lo com uma sobrancelha arqueada, e mais ainda quando ele me ajudou a se levantar e falou. – Venha, precisamos cuidar desse ferimento.

Fiquei ainda um momento parada, primeiro pela a gentileza dele e segundo eu não queria ir com ele, mas também não queria ir para aula. Uma dúvida cruel eu olhei para o caminho que levaria para a torre de aula e depois para onde o professor estava.

"Indo para sala eu apenas irei dormir em uma cadeira dura e desconfortável, indo com ele tenho a oportunidade de irrita-lo e até me divertir".

— Se o diretor vier falar comigo porque faltei mais uma vez a aula, irei dizer que foi culpa do senhor! – disse brincado.

— Sendo assim, sugiro que continue seu percurso para a sala de aula. – ele falou com um sorriso de ironia.

— Claro que não! – peguei seu braço e sair puxando. – Vamos o senhor tem um cotovelo para curar!

Ele me levou até a sua sala e mandou-me aguardar. Ele entrou em uma porta atrás de sua mesa que provavelmente era seus aposentos.  Eu pra não perder o costume, caminhei até a sua mesa e me sentei em cima dela e fiquei balançando os pés. Não demorou muito e eu ouvir a porta atrás de mim se abrir.

— Mas você não aprende mesmo né! – ele disse dando um leve tapinha na minha cabeça. – A cadeira que foi feita para sentar garota!

— Eu sei professor, mas como eu já disse, me sinto mais alta sentada aqui! – disse sorrindo.

— Insolente! – devo admiti nossa relação apesar de tudo era divertida. – Anda, estica o braço. – sentindo um pouco de dor, estiquei-o. Com um aceno da varinha ele limpou o local e ia começar a passar um tipo de pomada. – Isso vai arder um pouquinho. – e com isso começou a passar e depois enfaixou.

— Aiiii! – eu gemi. – Doer um pouquinho? Isso tá queimando! – eu reclamei, e o que me deixou mais irritada foi que ele riu de mim.

— Calma bebezinha, logo passa! – ele falou suave e alisou meus cabelos. Mesmo sendo ironia ele foi um pouco carinhoso e quem visse aquela cena diria que aquele não era o temido Snape e sim um pai dedicado e carinhoso.

Aquelas palavras por algum motivo me tocaram, e depois de anos novamente senti aquela angustia que sentia quando criança. Involuntariamente lagrimas começaram a descer.

— Algum problema Kendys? – ele perguntou um pouco sério, ao ver minhas lagrimas. Eu fiz que não com a cabeça. Desci da mesa e o empurrei para o lado e sair correndo de sua sala indo para meu quarto ainda aos choros.

Já na minha cama eu estava deitada abraçada com um dos meus ursos e chorava. Chorava que nem quando tinha meus cinco anos. Chorava que nem quando tinha meus dez anos, pelos mesmos motivos. Sempre aquela angustia de solidão e abandono. No passado era menos doloroso, pois não conhecia nenhum dos meus pais, tinha sempre a ilusão de que eles haviam morrido. Mas agora sabendo que eu tinha um pai e que ele não me queria era muito mais doloroso, meu coração doía.

E ao ouvi-lo me chamando de bebezinha, me fez relembrar as várias vezes que imaginei uma família unida, com uma mãe e um pai que sempre cuidariam de mim, que me dariam amor e carinho. Que compartilhariam de todos os momentos felizes e também os momentos tristes.

Não sei por quanto tempo ainda fiquei naquela posição, mas sei que chorei como a muito não tinha chorado. Chegando a um limite e me deixando levar pelo inconsciente.


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Notas finais do capítulo

~~º-º~~ Capitulo bem forte em galera! O que vocês acharam? ~~º-º~~

Bjss a todos!