P.s.: Eu Te Amo escrita por Dreamy


Capítulo 35
Bela Adormecida


Notas iniciais do capítulo

Oiii...
Então... o começo desse capítulo é um tanto quanto... caliente!
Tem umas cenas quentes, então se alguém não quiser ler é só pular uns três parágrafos e tá tudo certo! Mas por que será que eu tenho a impressão que ninguém vai ligar pra esse aviso? kkkk
Aproveitem!



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Capítulo 35 – Bela Adormecida

Antes de abrir os olhos eu me lembrei de cada detalhe.

E sorri.

Abri os olhos e observei James dormindo. Eu nunca, nunca em minha vida, até aquele momento tinha sido tão feliz. As lembranças da noite anterior passavam na minha mente como um filme trouxa, a noite que parecia que não ia ter fim nunca. Não que eu quisesse um fim, muito pelo contrário, por mim ela duraria para sempre, contudo já era de manhã e mesmo assim eu resplandecia felicidade. Comecei a fazer uma caricia leve nos cabelos de James, não consegui me conter, eu tinha que senti-lo e então ele abriu os olhos.

–Bom dia. – ele disse com a voz rouca.

–Me desculpe por te acordar. – falei sem tirar a mão dos cabelos dele.

–Não tem problema. – ele sorriu me puxando para si e eu me aconcheguei em seus braços fortes, másculos, viris... “Pare com esses pensamentos Hestia, pare já com esses pensamentos!” eu me repreendi.

–Eu pensei que a noite passada tinha sido só coisa da minha cabeça. – admiti inspirando o cheiro dele... Ah aquele cheiro!

–Você não tem tanta imaginação assim. – ele falou me provocando.

–Tem certeza? – perguntei me levantando para encará-lo enquanto minha mão direita aranhava levemente o peitoral dele e a esquerda descia rumo ao membro já ereto dele. James começou a ofegar.

–Oh... Não para. – ele gemeu e eu aumentei os movimentos com a minha mão.

–Responde. – perguntei provocando-o enquanto diminuía os movimentos de vai e vem.

–Oh Hestia... – ele gemeu ofegante.

Eu comecei a ofegar, antes, porém que ele chegasse ao êxtase, James inverteu nossas posições ficando por cima de mim e me beijando com uma voracidade que beirava a agressividade. E eu gostei, gostei da forma como ele me pegou, gostei da forma como ele me beijou, gostei da forma como a mão dele foi aonde eu precisava que fosse, gostei da forma como ele me beijava no momento exato me fazendo me perder em tantas sensações no meu corpo. Então ele me levantou e me sentou no colo dele, ele agarrou meus cabelos os puxando para trás e avançando para o meu pescoço, meu colo, meus seios enquanto eu ficava completamente entregue as vontades dele. Mas eu queria mais...

–James... – sussurrei arranhando as costas dele.

–Pede... – ele mandou e eu ofeguei, as mãos dele... eu simplesmente precisava de mais.

–James... – gemi mais uma vez.

–Pede por favor. – ele mandou mais uma vez. E eu não tinha condições de negar, então eu pedi.

–Por favor... – sussurrei agarrando os cabelos dele e trazendo a boca dele para a minha.

Então James atendeu meu pedido. Ele começou devagar, em um movimento lentamente torturante, que foi aumentando conforme eu gemia, conforme ele ofegava e foi se tornando um movimento incansável, ritmado e poderoso. Poderoso porque tanto eu quanto ele estávamos entregues àquele momento e então nós explodimos em um prazer louco, desenfreado, único. James deitou na cama e eu cai por cima dele, por enquanto eu não tinha forças para nada e nós ficamos em silêncio até que James começou a rir.

–Retiro o que eu disse, você tem toda imaginação possível.

Eu ri com ele. Ficamos algum tempo assim, apenas juntos até que olhei no relógio no criado mudo e vi as horas. Passavam das 9 horas.

–Onde está Helena que não está aqui? – perguntei me levantando e indo para o banheiro.

–É verdade, ela não é de acordar tarde. – James confirmou olhando meu corpo nu com cobiça – Se bem que eu agradeço por ela não ter aparecido enquanto nós dois... nos acertávamos.

Eu sorri, tentando não imaginar a cena, James provavelmente teria tido um ataque do coração e eu teria que explicar para minha filha de quase 4 anos sobre sexo. Não, essa eu passava. Não estava psicologicamente preparada para isso. E achava que nunca estaria na verdade.

–Quer dizer, nós nos acertamos não foi? – perguntou James me tirando da linha de pensamento, olhei para ele e percebi que James estava apreensivo. Achei tão fofo!

–Eu espero que sim, por que não sou moça de ir para a cama com qualquer um sabe? – disse brincando.

Entrei no banheiro e liguei o chuveiro, James veio atrás de mim. Nós banhamos juntos, quer dizer, depois nós banhamos, antes nós fizemos muitas outras coisas... mas enfim saímos no banheiro, eu vesti minha roupa e fui até o quarto de Helena, ela com certeza estava aprontando alguma coisa...

–O que acha que ela está fazendo? – perguntei apreensiva a James.

–Não tenho certeza se quero descobrir. – ele tinha uma expressão cautelosa no rosto. Helena quieta até às nove da manhã significava confusão.

Eu tinha medo de abrir totalmente a porta e me deparar com o quarto todo destruído ou algo do tipo, Helena era bem capaz disso, eu tinha certeza. Minha danadinha! Abri a porta em um ato de coragem e fiquei boquiaberta por que Helena estava dormindo. Olhei para James que estava tão atônito quanto eu.

–Helie – James chamou começando a fazer cocegas nela – vamos filha acorda. Tem uma surpresa para você.

Helena resmungou alguma coisa incompreensível, mas continuou dormindo. Alguma coisa me disse que isso não estava certo, Helie adorava surpresa e presentes, era só falar uma dessas palavras que ela pulava da cama. “Ela só está cansada!” me assegurei, não devia ser nada.

–Helena. – chamei e ela abriu os olhinhos sonolentos.

–Mamãe. – ela gritou levantando e se atirando em mim.

Com certeza ela estava bem, isso era apenas coisa da minha cabeça.

–Quer tomar café da manhã comigo e seu pai? – perguntei olhando para James ao meu lado.

–Quero – ela gritou toda animada.

Enquanto James estava preparando o café, eu dei um banho e arrumei Helena para o dia. Era domingo e não tinha nada para fazer, mas eu tinha certeza que Helie teria muitas visitas. Cheguei a cozinha com ela no colo, mas a sapeca pulou dos meus braços e foi buscar um dos brinquedos que tinha ganhado e estava na sala, James se aproximou colocando a mão na minha cintura, mas eu não tinha certeza se devia beija-lo na frente de Helena, quer dizer, nada podia dar certo entre nós, então era melhor manter Helena fora disso. Isso era o que eu pensava. James, porém tinha outras coisas na cabeça, por que deu um beijo em Helena antes que ela saísse correndo e em seguida outro em mim. Na boca. De língua.

Se os lábios de James Sirius estivessem longe dos meus eu tinha força de vontade o suficiente para dizer não a ele, mas a partir do momento em que ele me beijava eu podia dizer adeus a qualquer vontade ou outro pensamento que não envolvesse beijá-lo mais e mais. E eu que pensava que isso teria passado com os anos!

Uma risadinha me trouxe de volta a razão. Helena nos olhava com a mãozinha tampando a boca, eu quis socar James, apesar de tudo.

–A gente vai morar nós três agora? – ela perguntou sorrindo.

Toma essa James Sirius!

–Você quer que a sua mãe more com a gente? – James perguntou. E eu estava com medo, medo de que isso só acabasse fazendo Helena sofrer, Merlin, eu não podia deixar isso acontecer!

–Ah agora eu vou ser que nem a Holly e nos vamos assistir juntos e comer juntos e eu vou ter a mamãe morando comigo, a gente vai morar onde? – ela falava tão rápido que era difícil entender e os olhinhos dela brilhavam. – Mamãe você vai morar com a gente não vai? – ela perguntou segurando tanto minha mão quanto a de James.

Como eu poderia dizer não a Helena? Como eu poderia dizer não a James? E mais ainda, como eu poderia dizer não a mim mesma? Era isso que eu queria, sempre foi isso. Ter James, depois minha ambição ficou maior e eu passei a querer Helena também e ali naquele momento me estava sendo ofertado tudo que eu queria. Eu não poderia dizer não, então eu fiz a única coisa que me restava. Eu disse sim.

... ... ... ... ... ...

Eu estava quase correndo ate o ponto de aparataçao. Droga, droga, droga! Eu estava atrasada, muito atrasada. Ainda tinha que passar na minha casa para pegar o presente de Helena e correr para a Toca. Quando finalmente cheguei a saída gemi em desespero, a fila para aparatar estava gigantesca. Merlin que me ajude! Eu não ia conseguir chegar antes de cortarem o bolo desse jeito. Olhei mais uma vez no relógio e comecei a bater o pé impaciente. Por que, em nome das barbas de Dumbledore, as pessoas demoravam tanto para aparatar?

15 minutos depois eu estava no meu apartamento com o presente de Helena em mãos. Olhei no relógio – de novo – daria tempo. Fui até o banheiro para dar um jeito na minha cara, eu tinha acabado de sair de um plantão, não dormia a 36 horas e mesmo tomando uma poção anti-sono o corpo cobra o preço por exageros. Soltei meu cabelo, não fez muita diferença já que eu tinha cortado no dia anterior, passei alguma coisa no rosto para desfaçar as olheiras, e sai de casa aparatando em seguida.

–Merlin! Pensei que você não ia chegar a tempo. – ralhou Rose me interceptando na porta e me arrastando para dentro.

–A culpa não foi minha, não consegui sair antes. – respondi mal-humorada.

–Bem, pelo menos você chegou. – incrível como uma mulher enorme de grávida como Rose conseguia ser desagradável e ao mesmo tempo me arrastar quase correndo para o quintal que estava cheio de criancinhas.

Abracei Helie entregando o seu presente. Ela estava tão elétrica e tão feliz que estava quase saltitando e eu estava mais feliz ainda por poder participar da vida dela assim. Agora mais do que antes, não que eu estivesse me mudado para a casa de James, não, isso não. Eu tinha minha casa e não iria me mudar só por que nós estávamos pseudo-namorando. Na verdade eu não sabia qual era o tipo de relacionamento que eu tinha com James, quer dizer, seria possível que depois de tudo, eu e ele pudéssemos namorar? Isso parecia tão bobo, mas por falta de palavra melhor era isso que nos éramos.

–Onde está Helena? – perguntei a Rose me aproximando dela, uma vez que não consegui achá-la no meio de tantos pirralhinhos.

–Brincando com uma amiguinha – Rose respondeu – Vai lá procurar ela, temos que cortar o bolo – ela pediu enquanto se encaminhava para um dos pirralhos que estava brincando com os gnomos – Não faça isso querido! – ela virou para mim e completou – James está te procurando.

Meu coração acelerou. Merlin, como isso era estúpido! Meu corpo já devia ter se acostumado à menção do nome dele, mas não, toda vez que eu escutava ‘James’ meu corpo reagia de modo constrangedor.

Procurei em toda a área livre da Toca, mas nada de Helena. James, porém, eu encontrei.

–Não precisa mais procurar, você já encontrou o seu namorado. – ele sussurrou no meu ouvido me puxando para um abraço bem fraternal, isso se contar as crianças a nossa volta.

–E quem disse que eu estava procurando por você senhor... como foi mesmo que você disse? – arqueei uma sobrancelha – Ah é, namorado.

–Você é má! – ele exclamou rindo.

–Viu Helena? – perguntei.

–Está brincando com a Holly. – ele contou, a mão dele perigosamente perto dos meus seios.

–James Sirius Potter nem ouse fazer isso! – falei incisiva.

–O que? – ele se fez de inocente.

–Você não me engana. – respondi.

–Quer fugir da festa e transar no banheiro? – ele perguntou com cara de safado.

Eu confesso que fiquei tentada a aceitar.

–Saia de perto de mim seu tarado. – respondi me fingindo de ofendida – Eu tenho namorado sabia?

–Ele não precisa ficar sabendo. – ele respondeu rindo.

–Talvez outra hora querido. – respondi um tanto quanto triste.

–Helena ficaria radiante se ganhasse um irmãozinho de presente. – ele falou como quem está tentando ser legal.

–Guarde essa ideia para mais tarde. – respondi piscando para ele – Agora precisamos encontrar aquela pestinha.

Helena não estava em lugar nenhum com as outras crianças, nem eu e James nos separando para procurá-la conseguimos achá-la. Eu comecei a ficar preocupada – James me chamou de paranoica – mas ela simplesmente não estava em lugar nenhum... Até que nós a encontramos no antigo quarto de Ginny na Toca... Alívio... Helena estava dormindo... Pânico.

–Dormindo de novo. – sussurrei para James.

–Ela só deve estar cansada. – e apesar de me tranquilizar ele tinha uma expressão preocupada no rosto.

–Cansada? – disse apática – No aniversário dela? Com mais crianças que adultos correndo por toda a Toca? Com dezenas de presentes para ela abrir?

James não me respondeu, apenas se aproximou de Helena e a acordou. Ela disse que veio pegar um brinquedo e ficou com sono, James me olhou apreensivo.

–Helie filha, você está bem? – perguntei com medo da resposta dela.

–Estou mamãe. – ela sorriu.

–Você tem certeza de que está se sentindo bem?

–Tem. – ela respondeu pegando uma boneca.

–Não está sentindo alguma dor querida?

–Não. – respondeu ela, já sem interesse por aquela conversa.

Ela começou a correr porta a fora. Não deveria ser nada, ela nem tinha dormido direito essa noite por causa da festa, deveria ser apenas isso, garanti a mim mesma enquanto a seguia até o aglomerado de crianças.

–Vamos levá-la ao St. Mungus. – disse James me deixando nervosa – Segunda-feira. Esse sono não é normal.

“Não entre em pânico Hestia, não entre em pânico!” eu disse a mim mesma, mas se até James achava que não era normal, isso com certeza era motivo para pânico. Eu não consegui abrir a boca para responder, apenas assenti enquanto observava Helena brincando.

... ... ... ... ... ...

Eu estava sentada com James no sofá da sala da casa dele. Nos últimos dias eu passava mais noites lá do que na minha própria casa, não que eu estivesse reclamando, nada disso. Eu gostava de ver a felicidade nos olhinhos da Helie quando me via em casa, quer dizer, na casa de James. Enfim, Helena estava no chão em estado de êxtase com os presentes, ela não parava de sorrir e eu e James estávamos como dois bobos assistindo ela brincar. Tínhamos chegado da Toca a pouco mais de uma hora e ela ainda estava elétrica. O alívio era quase palpável, tanto o meu quanto o de James, uma vez que Helena não podia estar melhor, tanto que não quis de jeito nenhum ir dormir.

–Vou tomar um banho – disse James, a mão dele na minha.

–Ok, - respondi recebendo um beijo dele – vou fazer alguma coisa para Helena comer.

–Ótimo – ele sorriu – aproveite e veja alguma coisa para mim também querida.

Não consegui resistir e acabei rindo da forma como ele falou. Revirei os olhos, mas ele não viu, já tinha saído da sala.

–Muito bem – falei indo me sentar ao lado de Helena no chão – o que você quer comer colega?

–Bolo. – ela falou olhando para mim com aqueles olhos pidões.

–Só por que ainda é seu aniversário. – respondi dando um beijo na cabeleira negra dela.

Me levantei e fui para a cozinha, feliz e reanimada. Olhei em volta e peguei um pedaço de bolo de abóbora que tinha sobrado da festa. Coloquei em um dos pratinhos dela, o que tinha Asha, Altheda e Amata acenado alegremente no fundo do prato e em outro prato coloquei um pedaço para James. Dez minutos depois, quando voltei à sala, Helena estava caída no chão, inconsciente.


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Notas finais do capítulo

Reviews??