Lord's Princess escrita por Brigadeiro


Capítulo 5
4 - Novo Caminho Para Andar


Notas iniciais do capítulo

Leitoras amadas do meu coração, estou mais do que feliz e satisfeita com vocês. Os reviews que recebi foram maravilhosos e amei cada um deles, agradeço a Deus pela vida de cada uma de vocês. Um muitissimo obrigada, de coração!

Uma agradecimento super especial para a Bells_dkb, que deixou a primeira recomendação da história, e uma recomendação linda e perfeita! Muito obrigada, amada! Suas palavras me cativaram, fiquei eufórica quando vi!

Nome do capítulo: inicio da música Dançar Na Chuva, do Fernandinho!

Tenho dois avisinhos lá embaixo, não deixem de ler, ok?

Beeeeeeijão e boa leitura!

B♔



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395552/chapter/5

EDWARD PDV

Naquela tarde saí do estúdio e fui direto para o hospital, mas Rosalie e Dominique não estavam mais lá, então fui para casa. Rose iria simplesmente me matar quando soubesse o que eu tinha feito.

Sim, eu concordei em fingir ser pai de Edeline Carme Cullen. Passei horas em uma longa conversa cheia de explicações e informações, aprendendo como deveria agir e algumas coisas sobre a Edeline também. Recebi uma cópia de algumas fichas sobre ela. Aquilo era real, eu havia me tornado praticamente pai de uma criança. Rosalie ia surtar.

— Tio Edward! — Dominique foi a primeira que correu para mim assim que entrei pela porta. Ela parecia melhor agora, passei o dia inteiro preocupado com ela.

— Você está bem, querida? O que aconteceu no hospital? — perguntei a ela.

— O caroço começou a doer e eu gritei. A mamãe me levou para o hospital e eu tomei uma injeção. Doeu.

Ela passava a mão no local da injeção enquanto fazia um biquinho. As injeções que ela tomava anulavam a dor por um bom tempo. Beijei sua bochecha e ela riu.

— Onde está a mamãe? — eu perguntei enquanto a colocava no chão.

— Edward? — Rose surgiu da cozinha com um pano de prato no ombro. — O que aconteceu? Você desligou o celular na minha cara! Fiquei preocupada.

— Rose... Precisamos conversar.

Eu olhei para Nick e depois para ela, minha irmã assentiu e fomos para a minúscula cozinha enquanto Nick ficou na sala. Eu encarei a pessoa que era meu único apoio nesta vida sem saber exatamente o que dizer.

— Rose...

— Está me assustando, Edward. Diz logo o que aconteceu.

Eu fiz uma pausa dramática. Por conta de todo o estresse sob o qual vivia, minha irmã tende a ser um pouco mais irritadiça do que as pessoas normais, por isso era melhor não enrolar muito.

— O quão contrária você seria a ganhar uma sobrinha famosa? — perguntei meio sem jeito. Rosalie fez uma careta.

— O que isso quer dizer?

— Por favor, não grite. Sei que você vai ficar doida, mas não me interrompa até que eu termine, tudo bem?

Ela assentiu e eu comecei a minha história.  Expliquei tudo o que Bella havia me dito. Contei sobre a proposta e sobre quem era a menina, expliquei teríamos que fazer algumas visitas de vez em quando e que ela pensaria que sou pai dela. Ela conheceria a tia e a prima de mentira em breve e eu até disse a Rose que poderíamos ser uma boa influencia para aquela garota. Só não havia contado ainda a parte do dinheiro. Rosalie foi paciente e me deixou falar. Quando disse em que teríamos que nos mudar, ela ficou quase roxa.

— NOS MUDAR?! Você esta me dizendo que vai deixar a casa dos nossos pais porque assinou um contrato para ser pai da Princesinha da América?! FICOU LOUCO EDWARD?

Eu me encolhi enquanto ela brigava comigo. Mesmo sendo a mais nova, Rose sempre me deu medo. É claro que ela reagiria assim, sempre fomos contra mentiras e ainda mais se tratando de uma criança que considerávamos tão mimada.

— Ei, não fale assim da sua sobrinha — eu tentei descontrair o clima. Não deu certo.

— Sei que você é uma manteiga derretida e se comove com qualquer historia triste, mas daí adotar uma criança já é demais, não acha? O que deu em você para aceitar isso? E por que temos que nos mudar?

Ela se jogou na cadeira velha da cozinha, onde nossos pais tantas vezes também se sentaram. Eu entendia o porquê era difícil. Apesar dos perigos daqui, foi o bairro onde nascemos e crescemos, conhecíamos a vizinhança desde sempre. E, mesmo com os maus bocados que passamos ali, era o nosso lar.

— Acha mesmo que a família Cullen deixaria a princesinha deles vir nos visitar nesta parte da cidade? Certamente Alice Cullen já deve ter comprado outra casa para nós a essa hora.

— Não quero me mudar, Edward! Sei que essa casa é velha e minúscula, sei que o bairro é uma droga e perigoso, mas... É a casa que o papai e a mamãe compraram com muito esforço. Nós crescemos aqui...

Ela parecia um pouco assustada. Sentei na cadeira ao lado dela e segurei suas mãos nas minhas. Rosalie já tinha sofrido mais do que deveria em seus vinte e três anos de vida. Ela precisava de constância, mudanças a deixavam nervosa.

— Ei, não precisamos vender. Vamos alugar! Será uma renda a mais — eu disse, tentando suavizar a situação. — É uma boa oportunidade, Rose. Vamos deixar para trás tudo de ruim que aconteceu. Vamos esquecer e recomeçar. Nunca tivemos condições de fazer isso.

Rose apertou a ponte do nariz, como se não pudesse acreditar na barbaridade que estava ouvindo. Eu sabia que aquilo era muito para qualquer um assimilar e por isso deixei-a se acalmar.

— E onde está o pai verdadeiro dessa menina? Ela tem que ter um, certo?

— Rose, essa menina é produção independente, lembra? — passei as mãos no cabelo em nervosismo.

Claro que ela sabia, o mundo inteiro acompanhou a decisão e a gravidez de Isa Marie. O bebê da América encomendado sob medida para a celebridade número um do país. Rosalie bufou.

— Uma cantora te chama pra ser fingir ser pai da filha dela e você aceita! O que foi que te levou a fazer isso?

Ela não estava mais gritando, mas parecia exasperada. Eu ainda não havia tocado no assunto do dinheiro, não estava me sentindo muito bem com aquilo. Era como a anos atrás, quando vendi meu espermatozoide. Agora eu estava me vendendo, mas não poderia voltar atrás agora. Tudo por Nick. Quase sussurrei ao contar o que deixei de fora.

— Bella se ofereceu para pagar toda a cirurgia e o tratamento da Nick. E ela ainda vai pagar todos os estudos dela.

Não mencionei que Bella ofereceu também uma soma em dinheiro na minha conta todo o mês porque eu não aceitei aquela parte. Eu não queria ser rico, só queria minha sobrinha viva e saudável. Rose foi de roxa para branca em um segundo. Sua expressão se suavizou e eu sabia que ela estava dividida entre a incredulidade pelo que fiz e a alegria de saber que a filha estaria salva. A alegria venceu. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela me abraçou, começando a chorar.

— Eu... Não sei o que dizer. É muito para uma pessoa só e em tão pouco tempo.

— Você sabe que eu faria qualquer coisa pela nossa pepita do ouro. Se o preço for fingir ser pai de uma criança, que seja.

Ela assentiu, um pouco aliviada e também resignada.

— Ainda não concordo que tenha aceitado mentir para uma criança em troca de dinheiro, mas estou realmente agradecida pelo que fez. Não vou te julgar, também. Vou tentar ser uma boa tia de mentira, eu prometo — ela forçou um sorriso e me abraçou novamente.

— Obrigada pelo apoio, Rose.

Ela me deu um beijo na bochecha e saiu correndo para a sala, quando cheguei lá ela estava com Nick entre os braços enchendo a filha de beijos. Minha sobrinha ria e tentava afastar a mãe.

— Está me sufocando, mãe!

— Amor não sufoca!

— Tio Edwaaaaaard! — ela me gritou, implorando por socorro.

— Rose, se você não soltá-la como ela vai comer a panela gigante de brigadeiro que eu vou fazer agora? — perguntei rindo.

Nick soltou um gritinho, empurrou Rose com toda a força que uma criança de seis anos pode ter e se atirou nos meus braços. Ela me envolveu pelo pescoço e descansou a cabeça no vão do meu ombro. Quando correspondi o abraço pude sentir o calombo em suas costas.

— Você é o melhor, tio Edward!

Dominique não poderia saber da farsa, ela teria que acreditar na mentira, assim como o resto do mundo. Como ela reagiria ao saber que ganhou uma prima? Como reagiria ao saber que iremos nos mudar para longe de tudo o que ela conhecia? Eu praticamente exigi a Alice que encontrasse uma casa pequena e simples, eu ficaria sinceramente bravo se ela exagerasse.

Fui para a cozinha preparar o chocolate. Aquela receita demorava para ser feita e precisava que alguém ficasse lá mexendo a panela.

— Então... Bella, hum? — Rosalie entrou na cozinha com os braços cruzados e uma expressão completamente maliciosa no rosto.

— O que tem ela? — desconversei.

— O mundo inteiro chama aquela mulher de Isa, mas você a chamou de Bella.

— Ela me pediu para chamá-la assim — eu dei de ombros. — Ao que parece todos na família e amigos mais íntimos a chamam assim.

— E você se encaixa nesta categoria desde...

— Desde que me tornei o pai da filha dela.

Rosalie riu, mas não falou mais nada. Eu continuei mexendo o chocolate e tentando imaginar como seria o dia de amanhã.

ISABELLA PDV

Minha filha tinha um pai.

Um pai lindo, responsável e dedicado. Mas, em compensação, ela tinha uma mãe louca, impulsiva e que contratou um faxineiro para ser pai dela.

Confesso que fiquei surpresa quando Edward me disse que, se fosse aceitar aquilo, iria se dedicar. Ele realmente queria ser o pai dela. Acho que fiquei um pouco emocionada, mas sabia que não havia como resistir à minha filha. Fui por todo o caminho até a casa dos meus pais pensando nele. Como alguém conseguia ser tão encantador? Sua voz mansa e preocupada quando estava falando ao telefone, seus olhos tão verdes, o jeito como ele mordia a parte de dentro da bochecha quando estava preocupado... Eu sabia que algo dentro de mim estava perguntando como eu notara aquilo, mas não me importei. Quando cheguei na casa dos meus pais o segurança reconheceu o carro e me deixou passar, nem mesmo bati na porta para entrar.

— Bella! Eu já estava preocupada com você, querida!

Esme e Carlisle estavam sentados em um dos sofás luxuosos de uma das salas de estar. Ela estava mexendo em um tablet, provavelmente em mais um dos seus projetos de arquitetura. Minha mãe era arquiteta formada, mas passava a maior parte do seu tempo fazendo trabalhos beneficentes em prédios de caridade que precisavam de reformas, ela tem até um programa na TV. Carlisle estava folheando uma revista, provavelmente alguma matéria sobre o novo filme.

— O que aconteceu, docinho? — Carlisle perguntou, ambos se levantaram para me receber.

— Alice e Emmett já estão em casa? — perguntei enquanto jogava minha bolsa no sofá e me sentava. Eles precisavam estar aqui para jogarmos a bomba na família.

— Não vejo Alice desde que saímos do estúdio, mas Emmett me ligou há alguns minutos e me disse que estava chegando aqui — Esme me respondeu.

— E onde está Edeline? — perguntei afobada, sem deixar ninguém terminar uma frase. Eu a deixara com Emmett, que prometeu trazê-la para cá.

— Eden já está dormindo no quarto dela. Bella, o que está acontecendo? — Carlisle perguntou seriamente.

Quando saí do estúdio liguei para eles e avisei que quando retornasse teria uma noticia muito importante para dar a eles. Carlisle era curioso por natureza e Esme sempre preocupada demais. Eu devia saber que os dois estariam se remoendo por dentro para saber o que era.

— Pai... Mãe... Eu...

— CHEGUEI! — Alice praticamente escancarou a porta de entrada e saltitou para dentro da sala, jogando-se no sofá logo em seguida. Emmett veio atrás dela a passos lentos e bem mais calmo — Boa noite, família!

— Suponho que vocês dois já saibam o que sua irmã está aprontando? — Esme perguntando, lançando um olhar feio aos dois.

— Sim, sabemos. E por falar nisso — Emmett olhou para mim e me estendeu uma pasta. — Aqui está seu dossiê.

Eu sorri. Emmett ficou responsável por reunir todas as informações sobre Edward que eu queria. Ele parecia perfeito, mas eu não permitira que ele assumisse publicamente a minha filha se já tivesse sido preso ou algo do tipo.

— Dossiê? — Carlisle perguntou — Dossiê sobre quem?

— Me dê apenas um segundo, pai — eu disse, abri a pasta e comecei a ler rapidamente.

Um silêncio mortal recaiu sobre a sala enquanto eu lia as informações que Emmett me trouxera. Eu quase podia ouvir a ansiedade de Carlisle e a preocupação de Esme, era como a pulsação de um coração.

Levei mais alguns segundos para terminar, não havia muito que saber. O nome completo dele era Edward Anthony Masen, tinha exatos 27 anos, filho de Elizabeth e Edward Masen que morreram há oito anos atrás. Ele morava com a irmã de 23 anos de quem me contara, Rosalie Lilian Masen, e com a sobrinha, Dominique Elizabeth Masen de seis anos. Nenhuma prisão, sem nome sujo, nada além de trabalho honesto por toda a vida. Eu estava satisfeita.

— Tudo nos eixos, Emm. Ele é o cara certo — eu sorri para o meu irmão, que assentiu.

— Quem é o cara certo para o quê? — Carlisle perguntou.

— Isabella Cullen, me diga agora mesmo o que está havendo! — Esme exigiu.

Eu estiquei o dossiê para eles e mandei que olhassem. Carlisle leu primeiro, seguido de Esme. Eles se entreolharam.

— Quem é este Edward Masen, Bella? — Carlisle foi quem me perguntou — Por que mandou investigá-lo?

Eu lancei um olhar para Emmett e depois outro para Alice. Alice me encorajou com o olhar.

— Edward é o pai da Edeline.

Eu pensei que todos começariam a gritar, mas o silêncio foi pior. Esme e Carlisle se entreolharam.

— O pai... biológico? O doador? — Esme me perguntou.

— Sim.

— Mas espere... Eu vi esse rapaz ontem trabalhando no estúdio. É o novo faxineiro — Carlisle afirmou, eu sabia que ele ligaria os pontos. — Como ele descobriu? Ou foi você que procurou por ele?

— Eu o procurei, mas Heidi tê-lo contratado foi pura coincidência — eu suspirei, como se realmente nada daquilo fosse culpa minha. Eu era uma atriz de sucesso, afinal. — Eden me pediu pelo pai. Ela estava tão triste e me pediu de uma maneira tão linda que eu não pude resistir. Mandei um investigador ir atrás a partir dos papéis da clínica em que fiz a fertilização e então foi fácil achá-lo.

Eu detestava mentir para eles, as palavras soavam amargas enquanto eu as pronunciava, mas a expressão em meu rosto permaneceu impecável. Carlisle suspirou de maneira irritadiça e Esme me olhou duramente. Alice estava torcendo as mãos em nervosismo e Emmett ficava trocando o peso de uma perna para a outra. A tensão em que eu me encontrava era palpável.

— Eu sempre disse que você exagera demais quando o assunto são as vontades da minha neta, Isabella! Você foi atrás do rapaz apenas porque Edeline perguntou pelo pai?

— Ele a quer! — eu insisti — Eu conversei bastante com ele ontem. Ele está mais do que disposto em assumi-la.

— Eden já tem tudo o que precisa! Você já pensou que ele pode ser uma má influencia? E se o cara for algum bandido!

— Foi exatamente por isso que mandei investigá-lo antes, mãe! — revirei os olhos.

— Mas Bella...

— Querida, talvez isso seja bom para Eden — Carlisle interferiu na bronca. — Ele me parece ser um bom rapaz, talvez seja bom para Eden ter uma influência paterna.

Eles se entreolharam por uns instantes e eu quase gritei de alivio quando Esme assentiu. Eu sabia que a decisão dela seria a mais importante, porque influenciaria a decisão de Carlisle.

— Tudo bem, vou dar uma chance a ele. Quero que o traga aqui, ainda esse mês. Farei um almoço e quero conhecer ele, a irmã e a sobrinha. E é bom que os três compareçam — dito isso ela se levantou do sofá e foi em direção às escadas. — Vou chamar Edeline para vocês irem para casa.

Ela subiu as escadas batendo os saltos no assoalho de madeira. Apesar de tudo eu estava aliviada. Dona Esme sempre foi muito firme e superprotetora com a família e eu esperava uma reação bem pior. Claro que, mais uma vez, Carlisle foi quem veio ao meu socorro.

— Obrigada, pai.

— Eu vou fazer minha própria avaliação, mas acho que isso é uma coisa boa.

Minha mãe desceu com a razão da minha vida no colo. Eden estava meio acordada e meio dormindo, seus olhinhos estavam na metade do caminho e ela bocejou. Eu a peguei no colo e acariciei seus cabelos.

— Você demorou, mamãe — ela reclamou.

— Desculpe, bebê. Mamãe estava resolvendo algumas coisas, mas tenho uma surpresa para você quando chegarmos em casa.

Ela assentiu e voltou a deitar a cabeça no meu ombro. Eu me despedi da minha família e fui para a minha casa, nem Emmett e nem Alice me acompanhariam naquele dia. Eu precisava conversar com Eden sozinha.

Fomos no meu carro e minha filha não dormiu no caminho de volta. Embora ainda estivesse sonolenta e bocejando a cada cinco minutos, seus olhos verdes permaneceram abertos durante todo o trajeto. Eu estava ansiosa para contar a novidade, amava ver um sorriso grande em seu rosto.

Me despedi de Felix e Demetri  quando passamos do portão blindado no inicio do jardim de entrada. Mais uma vez havia fotógrafos tirando fotos de toda e qualquer pessoa que entrasse e saísse da minha casa. Felix e Demetri eram mais úteis para afastar pessoas histéricas e enxurradas de flash do que de perigos propriamente ditos. Os dois grandões seriam substituídos pelos seguranças noturnos e eu entrei com Eden.

— Menina Bella! — Felicia, nossa cozinheira e conhecida dos Cullens há anos, foi a primeira a nos recepcionar — Eu estava preocupada. Fiz o jantar como mandou, mas vocês não apareceram.

— Estive ocupada, me desculpe. Tenho certeza de que o jantar está ótimo, mas eu estou sem fome e Eden jantou na casa dos meus pais.

— Tudo bem, menina — ela sorriu maternalmente. Eu amava Felicia desde a primeira vez que a vi na casa dos meus pais e tive que implorar para ela vir morar comigo quando me mudei. Eu adorava tê-la comigo, era a melhor cozinheira do mundo — Leah ainda está acordada para dar banho na pequenina aí, mas creio que Esme já deu conta do serviço. Ficarei satisfeita em dividir a refeição com ela.

— Faça isso então. Até amanhã, Cici.

Eden estava muito quieta ao meu lado. Apenas lançou um aceno de mão para Felicia antes de subirmos a enorme escadaria que levava ao seu quarto. Ela já estava com um pijama que Esme deve ter colocado nela, portanto só tive o trabalho de cobri-la depois que ela se aconchegou.

— Querida, podemos conversar? — perguntei enquanto retirava os sapatos e me deitava na beira da cama ao lado dela. Comecei a acariciar seus cabelos levemente e ela se virou de frente para mim.

— Estou com sono, mamãe.

— Eu sei, mas acho que você vai ficar feliz com o que tenho pra te contar — ela se ajeitou de forma a ficar quase sentada, novidades eram sempre bem-vindas para ela — Lembra do que eu te prometi ontem?

Ela chacoalhou a cabeça compulsivamente: — Sobre o meu papai?

Sua voz ficou bem clara e seus olhos se arregalaram. Pronto, o sono tinha ido embora. Eu sorri abertamente enquanto confirmava.

— E alguma vez eu já te decepcionei? — toquei a ponta de seu nariz com o dedo indicador e ela riu. — Eu o encontrei e ele virá te ver amanhã cedo.

Edeline soltou um gritinho fino de felicidade e se jogou em cima de mim para um abraço. Em seguida começou a pular na cama e gritar.

— Vou conhecer meu papai!

— Ei, mocinha! Está parecendo a tia Alice, aquiete o facho — eu a puxei para baixo e ela voltou para o meio das cobertas. — Só vou permitir que ele venha se você prometer ir dormir agora. A mamãe está cansada e precisa dormir também.

— Tudo bem, mamãe. Vou dormir agorinha mesmo — ela fechou os olhos e fingiu roncar.

Eu sorri e me levantei se sua cama, tornando a cobri-la. Depositei um beijo em sua testa e saí do quarto.

— Boa noite, minha princesinha. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Duas notinhas basicas:


— Vocês lembram que nos capitulos anteriores o Jasper era filho do Carlisle e da Esme e noivo da Alice, certo? Não sei se perceberam, mas ele não apareceu nesse capítulo. Há uma razão para isso... Ele não existe mais. Decidi usá-lo mais para frente em algo mais produtivo. Já arrumei os primeiros capitulos, pode ir ver se quiserem. A partir de agora finjam que ele nunca existiu na fic, ok? Ele vai aparecer só mais frente e a Alice permanece solteira!


Muitos beijos e até sexta feira que vem! Que Deus abençoe cada uma de vocês grandemente e lhes dê uma semana de vitória! Obrigada por tudo, novamente!


B♔.

http://jornada-de-amor.blogspot.com/