Lord's Princess escrita por Brigadeiro


Capítulo 10
9 - Mexendo Com as Estruturas


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal do bem! Tudo em cima?
Ééér... Eu sei, devo mil desculpas pela demora. Vou me esforçar pra não repetir o erro.

Esse é o capitulo que a maioria estava esperando: o encontro com Esme! Minha opinião é que vão gostar da Esme. Eu a amo! Montei todinha a história dela com o Carlisle, e estou pensando em fazer um Spin-off da fanfic, com a historia deles. O que acham?

A música que inspirou o titulo do capítulo de hoje é Saindo do Casulo, da Fernanda Brum. Acho que já deu pra perceberem que eu amo a Fernanda, neh?

Amadas, queria pedir para vocês darem uma passadinha lá no blog. Vou atualizá-lo com frequência, com posts bem legais para vocês!

Link: http://jornada-de-amor.blogspot.com/

Boa leitura pra vocês. Antes que me perguntem: Marroaz significa teimosa.

E LEIAM AS NOTAS FINAIS!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395552/chapter/10

BELLA PDV

— Alice, isso não vai dar certo.

Rosalie olhava sua imagem na frente do espelho. Ela estava trajando um vestido de gala comprido que batia em seus pés, cor creme e com apenas uma alça. Seus cabelos loiros estavam presos em um coque chique. Confesso que Rose estava deslumbrante, parecia uma rainha ou uma supermodelo indo desfilar no tapete vermelho.

Esta era a minha opinião. A de Rose era completamente diferente. Eu escutava a discussão das duas em silêncio.

— Claro que vai! Demorei para encontrar um vestido tão perfeito. Você está maravilhosa!

— Estou maravilhosa, mas não vou a um almoço dessa maneira. É demais!

— Nada nunca é demais, você precisa causar uma boa impressão.

Rosalie fechou a cara, parecia realmente brava agora.

— Vocês vivem repetindo que não preciso ter medo porque sua mãe é uma boa pessoa, mas depois agem desse jeito! Estou realmente começando a entrar em pânico com esse almoço, mas prefiro que ela me odeie pelo que sou do que me amar pelo que não sou!

Dito isso ela saiu da frente do espelho enquanto desfazia completamente o penteado e despia o vestido. Quando estava apenas de calcinha e sutiã, ela bufou e nos virou as costas, voltando ao banheiro e batendo a porta atrás de si.

— Plano B? — perguntei a Alice, erguendo as sobrancelhas.

— Manter ela longe de Emmett nesse jantar.

— E se o plano B não funcionar?

— Então nós nos fingiremos de desentendidas e deixaremos Emmett cuidar da fera.

— Vai sobrar pra gente de qualquer maneira — fiz uma careta.

Estávamos todos nervosos para levar os Masen para conhecer Esme e Carlisle. O almoço teve que ser adiado algumas vezes por conta dos compromissos que nossas vidas agitadas possuíam, mas Esme fez se cumprir a sua palavra de querer conhece-los antes que o mês acabasse, e uma semana e meia depois estávamos nos arrumando para ir em direção à fera.

Alice suspirou e descemos para a sala. Leah estava no sofá maior entretendo Nick e Eden enquanto todos terminavam de se arrumar. Alice tinha os feito vir até a mansão para arrumá-los. As duas meninas trajavam vestidos parecidos, porém Eden estava com um roxo enquanto Nick usava um lilás. Estavam maravilhosas com dois lacinhos na cabeça combinando com o vestido, era incrível a forma como elas se tornaram amigas tão rápido.

Os homens da casa — vulgo Emmett e Edward — também já estavam prontos. Emmett estava em um visual esporte chique, com uma calça jeans escura, camisa social com a manga dobrada e os primeiros botões abertos e um tênis bege. Já Edward estava mais descontraído, com uma camiseta verde de mangas curtas, calça jeans mais clara e tênis esportivo, tudo um pouco largo por serem de Emmett. Lindos, os dois. Porém, senti que Emmett se esforçara um pouco mais para ficar bonito.

— Uau, como é que vocês conseguem demorar tanto para se arrumar? — meu irmão reclamou. — Levei menos de meia hora.

— Isso porque você não tem cabelos para pentear ou maquiagem para fazer. Além disso, pegam sempre a primeira roupa que vêm no armário.

— Não sei não, Alice... Emmett parece ter tido um pouco mais de preocupação desta vez.

Meu irmão fechou a cara quando percebeu que eu estava curtindo com a cara dele. Brincadeira à parte, eu também estava nervosa. Não poderia nem pensar no que aconteceria se minha mãe não considerasse Edward adequado para estar na vida de Eden. Ela já tinha se apegado a ele, todos os dias em que não o via não fazia outra coisa além de perguntar dele.

— Onde está Rosalie? — Edward perguntou.

— Estou aqui.

Rose havia voltado ao seu estilo original. Ela havia claramente ignorado todas as roupas que Alice comprou de presente para ela, preferindo usar o mesmo vestido simples com o qual chegara aqui no primeiro dia. Seus cachos loiros, tão cuidadosamente elaborados pela minha chaveirinho, estavam agora presos em um rabo de cavalo alto, apenas alguns fios da ponta caindo na frente. Com uma sapatilha no pé e uma maquiagem básica, Rosalie descia as escadas com um sorriso de satisfação no rosto.

— Todos prontos. Podemos ir? Eu odiaria chegara atrasada.

— Você está linda e absolutamente certa — Emmett sorriu de canto, piscou para Rosalie e virou-se para onde as crianças estavam. — Vamos, filha postiça?

Dominique saiu correndo até Emmett, que a pegou no colo em pleno ar. Eden veio até minha enquanto Emmett colocava a loirinha em seu ombro.

— Vamos, papi postiço!

Desde aquele dia, Emmett estava mergulhando de cabeça nesse lance de pai postiço. Ele fez questão de ficar entretendo a menina todas as vezes que Rose teve de ir à Charm. Já tinha levado ela e Eden para sair no meio daquela semana. No dia anterior, ele havia assistido a um filme com as meninas, brincado de Barbie e contado uma história infantil para Nick antes de leva-la para casa junto da mãe. Hoje de manhã, durante o desjejum, eles sentaram lado a lado e Emmett serviu a menina. Eu estava preocupada com meu irmão, com o que aquilo tudo poderia significa para ele e como poderia afetá-lo se não saísse como ele estava planejando. Ele ainda estava encantado por Rosalie e aproveitava cada oportunidade que podia de estar perto dela, mas eles não tinham qualquer relação até então. Ela era fechada demais e muito arrisca, sempre que ele tentava se aproximar mais, ela se esquivava, de forma que o único relacionamento que progredia era o dele om Nick.

E eu estava muito ainda mais preocupada com a reação da minha mãe a tudo aquilo.

Todos juntos, nos encaminhamos até a limusine. Afton, nosso motorista, abriu a porta para nós antes de se encaminhar para a direção do veículo. Claro que os vários paparazzi que vivam na minha porta noite e dia não perderam um segundo do momento. Tudo foi fotografado. Desde que saímos ela porta desde o momento em que entramos na limusine, tudo registrado perpetuamente pelas câmeras. O país inteiro estava em alvoroço para saber quem eram as pessoas que agora eram sempre vistas me acompanhando.

— Emm, você precisa marcar uma entrevista para esclarecermos todos esses boatos — eu disse.

— Pode deixar, vou marcar ainda pra essa semana.

— Peça um seguimento completo, a história será grande e não quero ter que contá-la em parte.

— Você quem manda, chefinha.

Eden já segurava em sua mão uma caixinha de suco de amora em sua mão, retirava do frigobar da limusine. Rosalie estava calada, olhando com preocupação para Emmett e Nick, que disputavam uma partida de “pedra, papel, tesoura”. Alice digitava algo em seu blackberry e Edward olhava vagamente para a janela.

— Edward, você está bem?

Ele olhou para mim.

— Sim. Estou apenas torcendo para que sua mãe não seja a bruxa má do oeste disfarçada.

— Deixe de ser bobo, vocês se darão super bem.

— Assim espero.

Esme PDV

A essa altura do campeonato vocês já devem estar pensando que sou uma megera, não?

Por favor, deixem-me retirar essa impressão errada que meus filhos fizeram de mim. Sou uma mulher de gênio difícil, sim. Não admito nada que não seja o melhor para minha família, também. Sou uma mãe superprotetora, com toda a certeza. Porém, não sou fútil, nem mal-educada e muito menos uma vilã.

Confesso que me irritei um pouco naquele dia por conta do atraso deles. Eu tinha acordado cedo para começar a preparar todo o almoço, sendo que fiz tudo o que Edeline mais gostava. Apesar de estar preparada para descobrir tudo sobre o outro lado da família da minha neta, eu também estava curiosa para conhecê-los. O pai de Edeline deveria ser muito bonito, já que minha neta é uma graça e não puxou muitas coisas da Bella. Eu sabia que o rosto dele já estava em vários sites e revistas, mas preferi não procurar. Eu não queria que meu julgamentos fosse nublado por boatos maliciosos da mídia.

— Quinze minutos.

Bufei enquanto me jogava ao lado do meu marido no sofá. Era a terceira vez que eu indicava a quantidade de minutos em que já deveriam estar aqui.

— Eles já estão chegando, querida. Nossa neta é hiperativa, deve ter aprontado algo para que se atrasassem assim — Carlisle largou seu livro de lado para me dar atenção. Ele colocou meus cachos para trás depositou um beijo singelo em meus lábios. — Respire e fique calma.

Eu sorri para o meu marido, olhando-o e me perguntando como pude ter tamanha sorte na vida. Eu o conheci na faculdade, no auge da nossa juventude. Eu era a garota pobre que tinha uma boa bolsa de estudos, Carlisle era o rapaz rico e bonito que todas queriam, mas nenhuma tinha. Ele cursando Cinema, eu cursando Arquitetura. Não foi até que uma peça de teatro teve problemas que o conheci. Fiz um bico de protagonista em uma peça que ele atuou e, em meio a ensaios e falas, saímos do palco como namorados logo após a estreia.

— Vou tentar.

Ele me olhou por alguns segundos, depois suspirou.

— Você não está se acalmando.

— Como você quer que eu me acalme, Carlisle? — bufei. — Nossa filha está cometendo um erro e você não me deixa impedi-la!

— Bella sabe se cuidar, Esme. Ela sabe o que é melhor para a filha dela.

— E eu sei o que é melhor para a minha — retruquei. Odiava quando meu marido não ficava do meu lado. — Eu a apoiei quando decidiu fazer a inseminação, mesmo não concordando totalmente, mas isto... Procurar o pai da Eden...

— O que você tem contra o rapaz, Esme? Nem o conheceu ainda.

— Não tenho nada contra ele, mas acho que Bella não devia tê-lo procurado. Quando ele doou o material para a clinica concordou em abrir mão da paternidade.

Então, correndo o risco de levar um tapa pela afronta, Carlisle começou a rir. Eu fechei a cara.

— Do que está rindo?!

— De você — ele respondeu, me deixando ainda mais brava. — Esme, querida, você não pode ser assim tão contra Edeline conhecer o pai. Diga-me, o que te incomoda?

Fiz uma careta. Carlisle me conhecia tão incrivelmente bem!

— Não gosto da ideia de dividir nossa única neta com outra família — confessei.

Era incrivelmente egoísta, mas eu tinha ciúmes de Edeline. A infância dos meus filhos passou rápido demais e não aproveitei muito por conta do trabalho, mas hoje passos meus dias em casa e amo meu tempo com minha neta.

— Ah, eu sabia. Depois de tantos anos você continua sendo a minha marroaz — Carlisle sorriu. Ele passou os braços pelos meus ombros e me trouxe para junto de si, eu me encostei em seu peito.

— Argh, porque você insiste em desenterrar esse apelido?

— Porque é o que você é. Uma marroaz. A minha marroaz.

Eu me inclinei e o beijei.

— Obrigada por me acalmar.

— Não há de quê. Apenas relaxe e não seja tão linha dura com o rapaz. Edward certamente é um bom moço e Eden precisa do pai.

— Vou fazer o possível — concordei. Naquele momento a campainha tocou. — São eles! — guinchei.

— Ei, calma. Não seja uma marroaz com o rapaz!

Eu dei uma risada. Levantei-me do sofá em um pulo, Carlisle me acompanhou. Nos posicionamos lado a lado no hall de entrada, assim como recebíamos todas as visitas formais, enquanto Nírya foi atender a porta.

— Bom dia, Nírya — ouvi a voz da minha filha.

Escutei Nirya responder cada um dos cinco bom dia que recebeu. Espera... Cinco? Ah, sim. Eu havia me esquecido de que a irmã do rapaz viria também, trazendo a pequena sobrinha dele junto.

Quando eles entraram em meu campo de visão, tive a certeza de que Bella havia mesmo encontrado o cara certo. Quero dizer, ele era a cara de Edeline! Os cabelos estranhamente acobreados, os olhos intensamente verdes, o queixo, a maçã do rosto, o sorriso... Tudo!

Porém, não foi na semelhança entre minha neta e seu pai que mais me chamou a atenção. O que atraiu minha atenção e me fez cerrar os olhos em desconfiança foi a mão de Emmett descansando na cintura da irmã loira de Edward e seu outro braço segurando a filha dela no colo. Mas o que significava aquilo?

Elevei meu olhar a Emmett, que desviou o dele. Olhei então para Bella, que apenas mordeu o lábio. Alice deu de ombros. Eu teria que tirar essa história a limpo.

— Sejam muito bem-vindos. Eu sou Carlisle e essa é minha esposa — meu marido disse. — Esme e eu estamos felizes por conhecê-los.

— O prazer é todo nosso — Edward respondeu. — Sou Edward Masen e esta é minha irmã Rosalie e minha sobrinha Dominique.

Ele indiciou a mulher e a garotinha. De fato eram idênticas. Eden se inclinou e puxou a manga da minha blusa.

— Ganhei uma prima, vovó!

— Estou vendo, meu tesouro. E que prima mais linda — sorri para a garotinha no colo de Emmett, que corou.

— Venham, fiquem a vontade — disse Carlisle.

Lancei um olhar indagador a Emmett quando ele passou por mim, ele me ignorou novamente. Nos acomodamos no sofá, minha neta sentou-se no colo do pai e a garotinha loira fez o mesmo com Emmett, e meu filho decidiu sentar-se ao lado de Rosalie.

Olhei para a possível nova namorada pela primeira vez. Ela era muito bonita, loira e esbelta, olhos claros, rosto sereno. Trajava um vestido muito simples na cor verde que combinava com os seus olhos. Rosalie era perfeita para o meu filho, mas eu ainda não sabia disso naquele dia. A moça parecia assustada e tímida.

— Bella nos contou muito pouco sobre você, Edward — eu me pronunciei, fingindo que não havia lido nada sobre ele naquele dossiê. — Gostaria que nos informasse um pouco mais.

— O que gostariam de saber?

— Comece nos falando a sua idade.

— Tenho 27 anos, senhora Cullen.

— Senhora Cullen era a minha sogra  — abanei a mão dispensando o título. Eu odiava que me chamassem assim. — Pode me chamar de Esme.

— Tenho 27 anos, Esme — ele sorriu.

— Tem a mesma idade da Bella, quem diria — meu marido riu, tentando quebra um pouco do clima tenso que se instalou na sala.

— Pai! — Bella reclamou — Minha idade é segredo de estado.

Emmett gargalhou.

— Segredo coisa nenhuma. Qualquer um vê que você já está mais do que rodada, Bellita.

Meu queixo caiu. Eu me virei para Emmett completamente chocada: — Se a Bella é uma rodada apenas pela idade, então eu sou o que?

Alice e Bella riram da cara dele enquanto o mesmo procurava palavras para me responder.

— Você é uma musa, mãe! Se não fosse casada, eu te pegaria.

Como estava sentada em uma poltrona perto dele, consegui alcança-lo quando me estiquei para lhe dar um forte tapa no braço. Levar tapas sempre fez parte da rotina do Emmett, esse meu filho abusado.

— Olha o respeito, garoto.

A pequena cena cômica fez Rosalie deixar uma risada escapar. Emmett a olhou sorrindo, um olhar totalmente admirado. Hum...

— Os pratos já estão na mesa, Esme — Nirya apareceu na sala.

— Obrigada, Nirya — agradeci a ela e me virei para o pessoal. — Vamos?

Guiamos eles até a sala de jantar, que ficava um pouco mais atrás da casa, perto da área da piscina. Nirya havia colocado na mesa mais uma das cadeirinhas infantis que eu havia comprado para Eden não se sentir tão baixa. Minha neta sentou-se entre o pai e a mãe, mas o que me chamou a atenção foi que Emmett colocou a garotinha ao seu lado direito e sentou-se do lado esquerdo da mãe dela, ficando entre as duas.

Na mesa havia alguns pratos que eu mesma havia preparado. Lasanha, panquecas, macarronada, arroz de forno, ravióli de carne...          Os pratos preferidos de Edeline.

Mas, antes de pudéssemos tocar em nossos talheres, Edward, Rosalie e Dominique deram as mãos, puxando todo o restante da mesa para fazer o mesmo. Então, Rosalie iniciou uma oração de agradecimento. Eu não orei, permaneci de olhos abertos, porém um nó se formou em minha garganta. Aquilo me surpreendeu e me desarmou mais do que qualquer outra coisa poderia ter feito. A oração de Rosalie parecia tão sincera, tão cheia de fé e amor... Lembrei-me de tempos antigos, quando eu mesmo fazia aquilo.

— Amém — ela concluiu.

— Amém — dissemos todos.

Observei Rosalie e Edward e suas maneiras simples ao se servirem e elogiarem a comida. Eu sempre fui muito boa em ler as pessoas. Não encontrei traços de cobiça, falsidade ou ganância neles e me surpreendi mais uma vez. Eles vinham de origem simples e estava sendo jogados de uma vez em um mundo de riquezas, fama e poder, mas não pareciam afetados por isso. Não eram nada do que imaginei que seriam. Uma vez que estávamos servidos e comendo, tentei reiniciar a conversa.

— Não terminou de nos contar sobre você, Edward.

— Ah, sim... — o rapaz estava cortando um pedaço de lasanha do prato de Eden e se desconcertou um pouco com a minha pergunta. — Vejamos... Eu tenho 27 anos, sou solteiro. Moro com minha irmã e minha sobrinha.

Eu tomei um gole do vinho que havia na mesa.

— Seus pais?

— Eles morreram em um acidente há oito anos.

— Sinto muito — eu disse com sinceridade.

— Deve ter sido uma perda terrível — Carlisle emendou.

— Foi sim, mas estamos melhores agora.

Edward me parecia sinceramente um bom rapaz. Bella me lançou um olhar profundo, alertando-me a não ser tão dura com ele. Decidi não importuná-lo mais durante a refeição, pois sempre considerei este momento sagrado para a família.

Enquanto comia, observei Edward dar total atenção a tudo o que Edeline dizia ou fazia. Ela o chamava frequentemente, fazendo todo o tipo de perguntas e pedidos. Eles pareciam perfeitos. Quando se olhavam, eu via dois pares de olhos iguais refletindo o mesmo tipo de amor. E quando olhei para Bella, minha filha estava sorrindo. Ela olhava encantada para os dois, e naquele momento decidi que Edward era bom para elas. Qualquer um que conseguisse colocar aquele sorriso sincero e aquele brilho nos olhos da minha filha e neta, merecia um voto de confiança da minha parte.  Eu só precisava saber de mais alguns detalhes.

Quando fui falar com meu marido que estava ao meu lado, porém, presenciei outra cena que não estava procurando. Emmett e Dominique, interagindo exatamente como Edward e Edeline. E Rosalie, observando tudo exatamente como Bella. O sangue me subiu nas veias. Eu não podia acreditar que Emmett estava escondendo um romance da própria mãe!

— Está tudo tão delicioso, senhora Cullen.

Olhei para Rosalie, surpresa pela declaração. Ela parecia tímida e nervosa, mas se esforçou para me lançar um sorriso. Fiz uma pequena careta.

— Obrigada, mas me chame apenas de Esme — eu sorri para ela, deixando-a saber que não precisava ter medo de mim. Eu não tinha nada contra ela, por enquanto. — Tive o cuidado de preparar tudo o que Edeline mais gostava.

Rosalie olhou atentamente para mim.

— Foi a senhora... Digo, foi você quem preparou tudo isso?

Carlisle soltou uma risada e pôs sua mão sobre a minha na mesa.

— Esme é uma grande cozinheira. É verdade que na maioria dos dias só comemos fora, mas ela faz questão de nos proporcionar a comida quando nos reunimos em família.

— Carlisle diria o melhor sobre mim de tudo o que lhe perguntar, mas a verdade é que só aprendi o básico com a minha mãe — confessei.

— Nunca experimentei nada tão gostoso — Rosalie repetiu, e senti sinceridade em sua voz. — A bem da verdade, não sei cozinhar muito bem. Edward é o cozinheiro da família.

Todos olharam para ele ao mesmo temo, fazendo-o ficar corado. Era uma cena engraçada de se ver, um rapaz tão grande ficando corado.

— Hum... Que tal se nos presenciasse com a sobremesa desta tarde? — ofereci. Era uma boa oportunidade, uma vez que eu não tive tempo de preparar a sobremesa.

— Se todos estiverem de acordo, ficarei feliz em fazer algo.

Logo que o almoço se encerrou, levantei-me da mesa para mostrar a cozinha a Edward.

— Nirya vai te ajudar se precisar encontrar alguma coisa. Sinta-se em casa.

— Obrigada, Esme.

Eu já estava saindo da cozinha, mas parei na porta e observei-o.

— Edward, isso pode parece um pouco indiscreto, mas preciso lhe fazer uma pergunta.

— Não se preocupe com meus sentimentos, pergunte o que precisar.

— Preciso saber... Por que você foi a um clinica de fertilização para doar sêmen?

Ele sorriu, surprendendo-me. Achei que ficaria ofendido.

— Eu estive esperando essa pergunta desde que entrei pela porta — ele confessou. — Dominique tem um problema de saúde, e naquela época ela estava na fase inicial da doença que a pegou pra valer. Ela estava muito ruim e eu precisava desesperadamente de dinheiro. Foi a solução que apareceu bem na minha frente.

— Acho que te entendo — pensei em voz alta.

— Mas acredite, Esme, que me arrependi um dia depois do ocorrido. Percebi que tinha trocado um filho por dinheiro e desejei nunca ter feito aquilo.

Eu sorri para ele e segurei uma de suas mãos.

— Você tem uma chance de recomeçar agora. Estou feliz por estar aqui, Edward. Posso ver em seus olhos que você já se importa a minha neta. E você tem todo o meu apoio para estar com Eden sempre que quiser.

— Eu me importo mesmo. Obrigado. Isso é importante para mim.

Voltei para a sala me sentindo mais leve. Edward era um bom homem e seria um bom pai. Contra todas as possibilidade e com tantas chances de o doador ser um canalha ou um irresponsável, Deus tinha feito minha filha escolher um bom rapaz. E eu ainda era a única avó que ela tinha.

— Por que não damos um mergulho na piscina? O dia está tão quente — Alice sugeriu.

— Eu acho uma boa ideia — sorri. — Podemos dar uma relaxada enquanto Edward faz a sobremesa.

— Eu não tenho biquínis — Rosalie confessou um tanto quanto envergonhada.

— Oh, não há problemas nisso. Bella tem vários guardados aqui, ela os mostrará para você experimentá-los, enquanto eu levo estas duas princesas para se arrumarem no quarto da Eden — sorri para as meninas, sentadas um em cada braço do sofá.

Foi quando Dominique se jogou em cima de Emmett, enlaçando seu pescoço.

— Papi, você me ensina a nadar?

Eu engasguei com minha própria saliva, meus instintos de proteção crescendo enquanto olhava acusatoriamente para Emmett. Aquela menina tinha acabado de chamar meu filho de pai? Desde que eles tinham chegado eu pude perceber a interação diferente do meu filho com as duas, mas jamais pensei que a relação tinha chegado neste nível. Emmett estava muito encrencado.

Ele percebeu o meu olhar e se encolheu um pouco.

— Claro que ensino. Sou o melhor nadador do mundo!

Ela riu e então seguiu Eden escada a cima, onde minha neta já corria para seu quarto. Antes de subir atrás das crianças, indiquei com a cabeça para que Emmett subisse atrás de mim. Eu precisava de explicações.

Subi com as duas crianças até o quarto da minha neta. Era um espaço muito aconchegante, projetado especialmente para uma criança. Ouvi os passos de Emmett no corredor e me virei para as meninas.

— Querida, porque não mostra todos os seus biquínis a Dominique, e quando vocês tiverem escolhido eu ajudo a se arrumarem?

— Tudo bem, vovó.

Sai do quarto e fechei a porta atrás de mim, não querendo que elas ouvissem a conversa. Emmett me olhava com culpa, e um tanto intimidado também.

Eu não queria ser dura demais, mas estava muito preocupada. Era visível o quão envolvido ele já estava e Emm sempre foi descuidado com seus sentimentos, se apaixonava rápido demais, confiava rápido demais. Por mais que eu tivesse achado Rosalie uma boa moça em uma primeira impressão, jamais confiaria a felicidade do meu filho a uma desconhecida. Emmett já tinha passado por coisa demais por conta de mulheres que o cegaram e eu definitivamente não deixaria que ele sofresse de novo. Não mesmo.

— Por favor, Emmett Cullen, me diga que não começou um namoro sem o meu conhecimento.

Eu estava mortalmente séria. Emmett engoliu em seco.

— Não estou namorando ninguém, mamãe.

— Então porque a filha dela te chama de pai?

— Dominique venceu um jogo e tinha direito a um prêmio. Ela tinha passado o dia vendo Eden interagir com Edward e pediu que eu me tornasse seu pai postiço, seja lá o que isso for. É apenas uma brincadeira.

Eu respirei fundo e lhe dei um tapa forte no braço. Meu Deus, como eu pude ter criado um filho tão burro e imprudente?

— É uma brincadeira para você, mas e quanto à menina? Acha que é apenas uma brincadeira para ela? Acho que ela não está criando expectativas em relação a isso, Emmett? Você se conheceram há menos de um mês! — eu tive que me controlar para manter a voz baixa, não queria que ninguém ouvisse. — Meu filho, você não pode brincar assim com o coração de uma criança.

— Não estou brincando com nada, mãe.

Eu estava tão preocupada com aquilo! Não era só a criança que poderia sair machucada. Depois de tudo o que meu filho passou, aquilo não poderia ser coincidência.

— Emm, meu filho, eu sei que essa menina, com essa idade, lembra muito...

— Mãe, não! Ela não me lembra ninguém — Emmett exclamou antes de me encarar novamente. — Eu gosto da menina. E gosto da mãe dela. Só isso.

Ele estava sério agora, não mais parecendo assustado, mas nervoso. Ele não gostava de falar sobre aquilo. Nenhum de nós gostava. Eu apertei os lábios enquanto pensava.

— Você jura que não está tentando transformá-la na...

— Eu sei quem Dominique é.

Resignada, decidi acreditar no que ele me dizia e decidi mudar de assunto. Algumas lembranças eram dolorosas demais. Eu só precisava direcionar aquilo da maneira certa para proteger meu filho sem machuca-lo.

— Se você está interessado na mãe da menina, isso muda de figura. Rosalie me parece uma boa moça, mas terei que conhecê-la melhor antes de dar meu consentimento.

Emmett me olhou em súplica. Meus filhos sabiam que ninguém namorava naquela família sem a minha devida permissão. Todos os três já tiveram experiências de como eu posso tornar a vida deles um inferno se me contrariarem.

— Por favor, não deixe Rose constrangida.

— Ora, não vou fazer nada demais, Emmett. Só quero que tome cuidado na sua relação com essa criança. Agora desça, tenho que aprontar as meninas.

— Mãe...

— Desça, Emmett.

Ele abaixou a cabeça e desceu as escadas novamente. Eu sorri, satisfeita por ainda ter voz de autoridade por ali.        Eu tinha feito um bom trabalho com as minhas crianças. Entrei no quarto novamente, determinada a arrumar minhas duas netas.

— Então garotas... Já escolheram?

Entusiasmadas, ambas me mostraram dois biquínis quase iguais, um rosa e outro lilás. Vesti o rosa em Edeline e o lilás em Dominique. Com dois lacinhos da mesma cor dos biquínis, prendi o cabelo das duas em rabos de cavalo.

— Eden, vá até o quarto da sua mãe e pegue o protetor solar, por favor.

Minha pequena ruivinha saiu correndo do quarto em direção ao de Bella. Dominique colocou os bracinhos para trás e ficou quietinha, apenas me olhando. Eu sorri para ela.

— Venha aqui, querida — quando ela se aproximou de mim, puxei-a para o meu colo. — Fiquei sabendo que Emmett é seu pai postiço.

Os olhos dela brilharam e um sorriso lindo se abriu em seu rosto.

— Sim! E ele é o melhor papi postiço de todo o mundo! Ele é forte como um super herói e é divertido quando brinca comigo — ela me contou com entusiasmo. Em seguida, colocou um dedo na boca como se estivesse pensando, antes de se voltar novamente para mim. — Você é mamãe do meu pai postiço, não é?

— Sim, eu sou.

— Então você é minha vovó postiça?

Eu sorri para ela. Parecia uma criança tão doce, então pude entender o porque de Emmett ter se colocado em tal situação sem pensar duas vezes. Era difícil negar algo para aquele olhar carente e inocente.

— Eu serei, se você quiser.

— Eu quero!

— Então bem vinda ao time das netas!

Eu estava rindo com ela quando Edeline voltou com o protetor. Dominique foi prontamente anunciar para a prima que eu seria sua avó postiça. Enquanto tagarelavam sem parar, passei protetor nas duas e aprontei uma pequena bolsinha com coisas necessárias para um dia de piscina.

Quando descemos novamente, todos já estavam na área da piscina devidamente trajados. Bella e Emmett já estavam dentro da água, disputando uma guerrinha com armas de água como sempre faziam. Alice estava esticada em uma espreguiçadeira lendo uma revista e Rosalie estava em pé escorada na parede, olhando tudo acanhada.

Dominique prontamente correu para a mãe e Edeline pulou direto na água, pois já sabia nadar.

— Não vai entrar na água, mãe? — Alice perguntou, quando viu que eu não havia colocado traje de banho.

— Hoje não, querida. Vou apenas me sentar na sombra e aproveitar minha família — passei a mão ternamente por seus cabelos enquanto me sentava na espreguiçadeira ao seu lado. — Onde está seu pai?

Estranhei o fato de Carlisle não estar na água com Emmett e Bella, ele adorava uma boa farra com os filhos.

— Papais está na cozinha, fazendo companhia a Edward. Acho que eles estão se dando bem.

Carlisle se dá bem com todo mundo, pensei. Disfarçadamente, olhei para Rosalie. Dominique já não estava com ela. A loirinha havia se arriscado a entrar na água com Emmett, que agora a ensinava os princípios básicos da natação. Rosalie nem piscava observando os dois. Me levantei sutilmente e fui em direção a ela.

— Você não parece estar se divertindo.

Ela olhou para mim. Havia dúvida e certo receio em seu olhar.

— Apenas não estou acostumada a tudo isso.

Eu assenti e ficamos um tempo observando os outros na piscina. Bella estava com Edeline nos ombros, mãe e filha brincavam de mergulhar e voltar à superfície. Emmett, por sua vez, segurava Dominique de barriga para baixo na água, enquanto ela dava gritinhos excitados pelo treinamento.

— Acho que gostaria de saber que sou a nova avó postiça da sua filha.

Rosalie me olhou, estava corada.

— Peço perdão pela inconveniência dela. Dominique sempre foi muito sozinha e está nas nuvens com tanta gente ao seu redor.

— Ela é uma garota adorável, não me importo de tê-la por perto — confessei. Rosalie assentiu e não disse mais nada, parecia mortalmente envergonhada. Eles devem tê-la deixado com medo de mim, então decidi que poderia dar um pequeno voto de confiança a ela para fazê-la se sentir mais a vontade. — Rosalie, você me parece ser uma moça realmente encantadora. Eu não poderia esperar tia melhor para a minha neta.

Minhas palavras pareceram aliviar seu coração. Eu sabia que meus filhos tinham exagerado sua imagem sobre mim, mas não tinha ideia do que fizeram para a pobre moça parecer tão aterrorizada comigo. De fato, contra todas as expectativas, ela tinha me causado uma boa impressão. E embora ainda não soubesse se podia confiar a felicidade do meu filho a ela, soube que podia confiar o cuidado da minha neta.

— Muito obrigada. Isso é realmente importante para mim.

Eu assenti. Estava na hora de abordar o assunto principal, por mais inconveniente que pudesse ter. Nunca fui uma pessoa de rodeios.

— Rosalie, não sei se você está ciente... Mas meu filho está muito interessado em você.

Ela corou até a raiz dos cabelos e assentiu. Jamais conheci moça mais retraída. Isso era algo bom, o último relacionamento desastroso de Emmett foi com a mulher mais desavergonhada e interesseira que já conheci. E o que mais me preocupava era que Emmett era sonhador demais, e ele tinha se encantado por Rosalie mais do que tinha sido encantado por Cinthia. Mas pelo menos o objetivo de Rosalie não era cegá-lo, diferentemente de Cinthia. Rosalie, pelo contrário, parecia recuar diante da possibilidade de se envolver com ele. Era evidente que havia um carinho formado, mas não interesse puro.

— Emmett é um bom homem. Gosto muito dele.

— Mas não da maneira que ele gosta de você. Conheço meu filho, ele nunca olhou para outra mulher como olha para você.

Nós duas miramos o homem na piscina com Dominique. Eles agora estavam espirrando água um no outro. Rosalie suspirou.

— Não estou preparada para um relacionamento agora — ela disse.

— Isso tem algo a ver com o pai da sua filha? — chutei.

Ela me olhou diretamente nos olhos, pela primeira vez no dia. Eles estavam úmidos e pude identificar medo puro neles. O que tinha sido feito àquela jovem?

— Sim, tem. O pai da Nick me machucou demais, mas não quero falar disso.

— Onde ele está agora?

— Não sei e não me importo. A verdade é que ele nem sabe que eu ainda estou viva ou que Dominique existe.

Assenti, entendendo quase tudo.

— Eu te entendo, Rosalie. Já tive decepções amorosas também, mas não deixe que a infelicidade tome conta de você. Você é uma mulher jovem, bonita e tem uma vida inteira pela frente — eu sorri para ela, pronta para dar meu voto de confiança. Ela me inspirou algo bom e se havia a possibilidade do meu filho ser feliz, eu tinha que ajudar no que pudesse. — Se der uma chance ao meu filho, garanto que ninguém ficará mais feliz do que eu.

Eu sorri enquanto via seu queixo lentamente cair em descrença. Sim, aquilo era oficialmente a minha aprovação. Não sei o que meus filhos disseram a ela sobre mim, mas talvez saber que não implicaria com isso desse mais coragem a ela para seguir em frente. Eu já sabia o suficiente dela para ter certeza de que ela não era má, não tinha interesse no dinheiro dele, não era gananciosa e nem ambiciosa, mas sim uma garota humilde e de bom coração que tinha caído de paraquedas naquele novo mundo assustador, e que estava tão preocupada com onde aquilo poderia leva-la quanto eu.  Eu torceria por eles dali em diante.

Dito isso, saí de perto dela, deixando-a pensar no assunto. Deite-me na espreguiçadeira ao lado de Alice e comecei a leitura de um livro que estava na mesinha ao lado.

Algumas páginas depois, senti        dois braços me rodearem por trás da espreguiçadeira. Instantaneamente senti o cheiro do meu marido e estiquei meu pescoço para ele depositar um beijo ali.

— Eu já estava quase dormindo.

— Você dormir enquanto lê um livro? Impossível — ele brincou. — Venha comer brigadeiro. Edward preparou a maior panela que já vi.

Todos já estavam reunidos animadamente em volta da mesinha que ficava ao lado da piscina. Quando cheguei lá, me deparei com a maior das panelas da minha cozinha, recheada de brigadeiro de panela. Peguei uma colher e a enchi.

— Uau — eu exclamei quando provei. Não parecia um brigadeiro de panela comum, e sim um creme de chocolate diferente e delicioso. — Isto é muito bom!

— Me passa a receita? — Bella perguntou.

Rosalie e Edward riram, como se Bella tivesse dito alguma piada.

— A receita do meu brigadeiro é mais secreta do que a sua idade, Bella.

Todos rimos com o comentários. Infelizmente, com duas crianças e um fominha como Emmett presentes, a panela de chocolate durou menos do que esperávamos. Logo estávamos todos na grama do quintal ao redor da piscina, rindo e contando histórias.

Quando o sol começou a se pôr no horizonte, Bella achou que já era tempo de voltarem para a casa dela. Todos tomaram um banho antes de ire, e ainda comemos alguns petiscos. Quando chegou a hora, eu estava triste pela partida. Eu amava ter minha família inteira ao meu redor. E algo me dizia que ela estava prestes a crescer ainda mais.

Eles voltariam para a casa da Bella, onde Rosalie, Edward e Dominique passariam a noite antes de se mudarem para a nova casa. Emmett e Alice declararam que passariam a noite lá, também. Já estávamos na porta, nos despedindo, quando Edward pigarreou chamando a nossa atenção.

— Amanhã é domingo, e domingo sempre é um dia especial para nós — ele indicou a si mesmo, Rosalie e Dominique. — Gostaríamos de convidá-los, todos, a visitarem a nossa igreja amanhã. Não é muito grande, mas o acolhimento do lugar compensa.

Eu sorri para Carlisle. Há quanto tempo eu não entrava em uma igreja? Certamente desde antes de Emmett nascer. Eu sentia falta da alegria que estar na casa de Deus me proporcionava.

— Todos nós estamos felizes com o convite. Conte com a nossa presença, Edward.

— Muito obrigado, é importante para mim. O culto começa às seis da tarde, de forma que acho melhor todos sairmos da casa da Bella as cinco — ele sorriu para todos, em seguida virou-se para mim e Carlisle. — Foi realmente um prazer conhecer vocês. Muito obrigado pela hospitalidade.

— Obrigado a vocês pela visita — Carlisle respondeu.

— Edward, Rosalie e Dominique... Sejam bem-vindos à família.

Todos sorriram, mas Dominique foi a única que veio me abraçar. Correspondi ao abraço e lhe dei um beijo na bochecha.

— Até amanhã, querida.

Abracei Edward e em seguida puxei Rosalie para um abraço também. Emmett estava nos olhando com um sorriso no rosto, de forma que tive de ser discreta enquanto sussurrava para Rosalie o que queria dizer.

— Não esqueça o que eu lhe disse. Não prive a si mesma de ser feliz.

— Obrigada por tudo, Esme.

Então, fiquei abraçada ao meu marido enquanto víamos nossa família entrar no carro e sair pelos portões da mansão. Suspirei e Carlisle depositou um beijo em minha testa.

— Estou orgulhoso de você.

— Ora, o sucesso do almoço de hoje veio todo da parte deles. São pessoas boas e conquistaram minha simpatia.

— Fico feliz com isso. Você certamente percebeu o interesse de Emmett na moça...

Ergui uma sobrancelha.

— Se percebi? Interceptei ele e Rosalie, dei minha permissão, e creio que em não muito tempo veremos nosso filho tomando rumo na vida.

— Você é impossível, mulher — ele sacudiu a cabeça, rindo.

— Então porque ainda está comigo? — fiz um bico.

— Porque você é a minha impossível.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quero primeiramente explicar que vou explorar a relação de Emmett e Rosalie primeiro, porque Bella e Edward serão um pouquinho mais complicados. Quando Jasper aparecer, também vou me focar nele e na Alice um pouquinho. Então, não fiquem ansiosas por Beward, eles virão logo depois.


http://jornada-de-amor.blogspot.com/

O próximo capitulo sai na sexta! Mil beijos e fiquem com Deus,
B♔.