Aluga-se Um Noivo escrita por Clara de Assis


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Vou postar dois pq não quero ser assassinada.

Então divirtam-se com a leitura e cuidado com quem estiver atrás da tela, não vamos querer chocar os mais puritanos não é mesmo?!



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Conforme o combinado ele me buscou em seu Hyundai Sonata, vestido elegantemente, como se tivesse acabado de sair do trabalho. Apresentei-o a algumas pessoas, Théo sempre muito educado e diria até, sedutor.

Mas assim que entramos no carro, ele mudou completamente. Ficou frio, distante, pensativo, mal nos falamos e aquilo me deixou com uma sensação de vazio enorme.

— Não vai conversar comigo, sério isso?

— Sobre o que a senhora quer falar?

— Para com isso, Théo.

— Sim, senhora. — e voltou a se calar.

Longos minutos se passaram até que o vi quebrar a postura de estátua para balançar a cabeça em negativa.

— O que você estava fazendo no Chile?

— Trabalhando.

— Pensei que havia me dado exclusividade.

— Não mesmo. Senhora.

— Mulher? — perguntei com uma sobrancelha levantada.

Théo me olhou e por um segundo achei ter visto um sorriso atravessar seu rosto.

— Mulheres.

— Muitas mulheres? — estava ficando irritada, sei que estava.

— Oito mulheres e quatro homens. — falou com tamanha naturalidade que me fez abrir a boca espantada!

Ele conseguiu encerrar a conversa. Fiquei calada olhando a rua passar. Depois me veio o pensamento: será que ele só falou isso pra me chocar?

Por fim estacionou diante do prédio, desceu e abriu a porta pra eu sair.

— A senhora precisa de mais alguma coisa?

— Não.

— Então, boa noite. — mas ao entrar no carro, lembrei-me de algo.

— Espera! — ele desligou o carro e ficou me olhando — Espera um instante.

Subi apressada e corri até meu quarto, peguei o pacote e desci apressada, mas com cuidado.

Théo abaixou o vidro do carona e lhe entreguei o presente.

Ficou me olhando intrigado.

— Pelo seu aniversário.

— Obrigado, não precisava se incomodar.

— Não foi incômodo algum. Boa noite. — ah! O cara estava cheio de palhaçada, também não fiquei correndo atrás não, entreguei o presente, dei boa noite e nem esperei ele abrir pra saber se gostou, dei as costas e já estava para subir quando meu celular tocou.

“Perfeito. Vem comigo, beber esse vinho.”

“Não sei. Você está muito chato.”

“Você é uma mulher difícil!”

“Você é um homem complicado!”

Então a voz dele atravessou o hall de entrada...

— Vem logo! — o celular ainda estava na mão quando sinalizou impaciente que fosse com ele.

E eu fui.

Atravessamos novamente a cidade, dessa vez não parou no Leblon, mas atravessamos quase o Rio todo, nossa que exagero, mas atravessamos as praias até quase voltar pra Barra, entramos na Estrada do Joá e ele continuou seguindo.

Mas durante o caminho começamos a conversar sobre o chá de panelas, contei sobre os absurdos que aconteceram com Luiza, sobre o gogo boy que as madrinhas contrataram e nessa hora ele tirou a atenção da estrada pra me olhar de cenho cerrado, mas não falou nada.

Paramos próximo a uma floresta e Théo apertou um controle preso no quebra luz do carro.

O portão de madeira se abriu, revelando uma casa bem grande, com pedriscos amarelos na entrada e grandes janelas envidraçadas, um jardim lindo cheio de vegetação tropical.

— Théo, onde estamos? — eu sei, minha voz soou desconfiada, mas sei lá esse cara é tão enigmático!

— Na casa de um amigo. — respondeu secamente.

— Amigo?

— Amigo.

— É aqui que você fica?

— Algumas vezes. Vem, vamos colocar esse vinho pra gelar.

A casa era mais bonita por dentro que por fora, o piso de tábua corrida em tom marfim, as paredes brancas revestidas de quadros de Romero Britto e Tarsila do Amaral. Théo se antecipou por alguns cômodos, como se estivesse verificando estarmos sozinhos.

Isso me preocupou bastante.

— Théo, a gente pode estar mesmo aqui?

— Sim, fique tranquila, só estou vendo se os cachorros não estão soltos. — tirou os sapatos e os deixou num canto.

— Cachorros? Que cachorros? — me apavorei e ele ficou rindo, como sempre, rindo da minha cara!

Então sumiu pra dentro da casa com o vinho e voltou com uma garrafa gelada da mesma marca. Foi o que me fez sorrir.

— Acertei então?

— Em cheio. Achei uma delicadeza da sua parte ter se atentado ao local da fabricação do vinho. — Achei uma delicadeza da sua parte, Nossa.

Théo ligou o som baixinho, Jason Mraz cantava ao mesmo tempo sensual e alegre On love, in sadness, enquanto tirava a camisa para fora da calça.

Abriu a garrafa e nos serviu. Matamos a primeira taça, rindo e falando amenidades. Sinceramente, estou apaixonada demais por ele pra me importar em como ele ganha a vida. Só de ver aquele sorriso, ver como ele pisca demorado quando falo alguma coisa que ele não espera ouvir, demorado, não em câmera lenta. E a forma como franze o cenho pensando no que responder.

— Você fica linda quando fala de trabalho.

— Obrigada, eu... gosto de conversar com você, sobre tudo.

Théo sorriu e se aproximou mais de mim, tirando a taça de minha mão para juntar-se a dele sobre a mesa de centro. Seguindo meus lábios com o olhar, sorrindo quando eu sorri, olhando meus olhos, umedecendo os lábios e encostando nossas bocas, eu só queria sentir, nada mais.

A suavidade do seu toque, a maciez de seus lábios, o meu sendo devorado pelos seus dentes que me mordiam de leve. A língua que tocou a minha, morna, gosto de uva madura, dançando das papilas à ponta. Senti meu rosto ser tocado por seus dedos que me acariciavam a pele próximo ao pescoço. Sua respiração quente. Outra mão me tocou o ombro apertando-me sutilmente.

O beijo interrompido, abri os olhos, ele buscava os meus olhando de um para o outro, boca entreaberta, querendo beijar mais. A respiração se acelerando pouco a pouco, a minha, a dele. Puxou-me para seu colo, no sofá, pondo-me de frente, enlaçando meu corpo nos braços me levando a ele para colarmos nossos lábios uma vez mais e outra vez nossas línguas se encontraram na fronteira de nossas bocas.

O beijo interrompido novamente, abri os olhos mais uma vez para encontrar os de Théo e então ele falou baixinho...

— Quer tomar banho comigo? — isso me fez sorrir.


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Notas finais do capítulo

Queridos leitores, quero agradecer muitíssimo por todo o carinho que me demonstram. Foi um prazer inenarrável ter escrito essa história e ter recebido tanto apoio e terem feito tanto barulho que a história chamou a atenção do mercado editorial. Então, meus queridos, meu muito obrigada por terem seguido comigo nessa jornada.
Em consonância com cláusulas contratuais, não poderá ser mantida a história com a quantidade de capítulos que foram postados e apenas por este motivo, que gera multa contratual, precisei tirar o restante da história. Porém, espero que até tenha conseguido conquistar um pouco da atenção de quem começou a acompanhar a história agora.
Obrigada de coração.
Mesmo, mesmo.
Amo vocês.