Aluga-se Um Noivo escrita por Clara de Assis


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Yo Leitores ávidos e curiosos rsrsrs...

Segue a aventura amorosa da Débora e do Théo!

Boa leituuuuraaaaa!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395449/chapter/13

Não entramos, ao invés disso ele me puxou porta a fora e me escorou na parede ao lado da entrada, forçando o corpo contra o meu e nos beijamos, um beijo cheio, pleno, de medo e saudade.

Às vezes parece que ele gosta de mim. E esse beijo foi um desses momentos.

Senti um calafrio na espinha e uma tremedeira muito mais intensa nos joelhos.

E seguiu me beijando o queixo, o pescoço, brincando com meu brinco em sua boca, mordendo minha orelha, arfei, inevitavelmente, e ele voltou a beijar meus lábios, língua sobre língua, boca colada, saliva morna e uma tensão sexual crescente.

Descolamos nossos lábios em busca de ar, e rimos um pouco da situação.

— Seu batom tá todo borrado.

— É. Deve estar.

— Já disse que adoro esse seu “é”?

— Algumas vezes.

— Vai ser bom você entrar com a boca de quem andou beijando.

— A sua também tá manchada.

— Que bom.

Entramos e dessa vez todos nos olharam, não pude evitar sentir prazer ao ver a cara de bunda do João! Théo era maior, mais forte, mais bonito e apesar dele não saber, mais pirocudo também! (o que me fez rir por dentro) Apesar disso ele não pareceu surpreso, claro, Letícia deve ter lhe contado sobre o Théo e provavelmente a fofoca do momento era sobre o “noivo da Débora”.

Limpávamos os lábios quando Luiza veio nos cumprimentar.

— Oi gente! Mas vocês não se largam um minuto não é?

— Oi Lulu. Aproveita que está aqui e apresenta o Théo para o restante do pessoal, eu simplesmente não tenho estômago para aqueles dois.

— Pode deixar.

Junior me alcançou me dando um abraço.

— Tudo bem?

— Tudo. — Claro que não! Meu ex namorado com minha ex amiga e eu completamente apaixonada pelo Théo.


Acho que não estava me sentindo bem, de verdade.

O ensaio começou mesmo com Geovana atrasada, dez minutos depois ela chegou toda esbaforida com o irmão, Fernando, que era um dos padrinhos também.

Eu estava no “altar” representando a família do noivo sendo observada por Théo, na cadeira como convidado, e eu sorrindo feito uma retardada toda vez que ele fazia mímica, cada hora falando uma coisa mais louca que a outra, João vez e outra me olhava seguindo meu olhar.

Théo moveu os lábios “quero te chupar”, segurei o riso alto e fingi uma tosse, o pastor estava falando algo sobre Deus ser a terceira presença no matrimônio e o Théo falando bobagens sem parar, me deixando à vontade, me fazendo esquecer que Letícia estava ao meu lado e João na outra ponta.

De repente o vi se mover desconfortável, puxou o celular, com uma cara feia e digitou alguma coisa, arrumou o cabelo e vi seus lábios se movendo mais uma vez, pensei que teria de sair e já estava até triste, mas ele quase me fez desmaiar.

Seus lábios me disseram sem que saísse um som sequer: “eu te amo” e sorriu. Me senti pequenininha, meu coração se apertou tão forte, meu olho marejou, tentei não chorar, foi instintivo que lhe respondesse da mesma maneira, “eu te amo”.

Ele me ama.

Ele me ama!

A lágrima que segurava bravamente escapou pelo rosto e a capturei disfarçadamente. Olhei para frente e percebi João muito sem graça, tomando conta da nossa conversa.

Ah. Entendi.

Agora sim estava precisando de ar, respirei fundo.

Respirei fundo de novo.

E de novo... e não deu.

Foi só o tempo de pegar minhas coisas sobre uma das cadeiras.

E foi a cena mais esdrúxula de todos os tempos, a irmã do noivo saindo correndo do salão, no meio do ensaio de casamento, sem olhar pra trás, chorando feito uma tonta desesperada.

Puxei da bolsa as chaves do carro, apertando o botão de destravamento do meu civic, abri a porta correndo e uma mão empurrou o vidro fechando-a com violência.

— Que porra é essa, Débora?

E a otária aqui em prantos.

— Querida...

— Não me chame de querida! Eu não sou sua querida! E tira a mão de mim!


Meu irmão apareceu na porta, estava longe o suficiente para nos ouvir, mas podia nos ver e Théo me abraçou apertando firme meu corpo.

— Seu irmão está olhando. Se acalma.

— Não consigo, Théo, não consigo. — eu só sabia chorar e sofrer, a dor no meu peito era tanta, não pensei que me sentiria destroçada com a situação.

— Espera aqui, ouviu? Espera!

Théo se afastou correndo, entrei no carro disposta a ir embora, mas o vi falando com meu irmão e Junior lhe deu um aperto de mão, Théo voltou correndo e abriu a porta do motorista.

— Chega pra lá, Débora.

Obedeci e ele arrumou o banco e os espelhos do carro, dando a partida em seguida, e ficava me olhando preocupado, enquanto estava encolhida no banco, chorando e chorando. O coração em pedaços.

— Será que dá pra me dizer o que está acontecendo?

Não dá! Não dá pra dizer que eu te amo, seu cretino!

De repente ele me olha estranho.

— Isso tem a ver com o seu ex namorado ou comigo?

Silêncio e lágrimas caindo.

— Devo entender seu silêncio como sendo comigo.

De repente ele freia o carro e gira o volante seguindo o caminho contrário, e isso me assusta. Ele passa da entrada para o meu apartamento e segue adiante.

— Aonde estamos indo?

Foi a vez dele ficar calado e isso me matou, de medo, de ansiedade e de repente me deu um estalo de realidade, e se ele for um assassino?? E se for um maníaco do parque??


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ixi! E agora? O que acontecerá com nossa protagonista?? Onde Théo a estará levando??
Não perca o próximo capítulo de Aluga-se um Noivo!


rsrsrsrs;p