Aluga-se Um Noivo escrita por Clara de Assis


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Atendendo a pedidos, suas loucas que me mandam MP, é vcs sabem bem quem são! kkkkk toma aí mais um capítulo, sorte que o trabalho de Legislação Social é tranks, então deu pra entrar no Nyah! novamente.

Beijos e Bem vindos Leitores novos!!!



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Fiquei paralisada de cara, mas cinco segundos depois só analisando.

Sei lá o que me deu, cheguei perto e me abaixei para olhá-lo melhor, estava abraçado ao meu travesseiro, deu vontade de me deitar sobre ele, de beijar suas costas levemente bronzeadas, lisas de pele bem cuidada, reparei na tatuagem pequena próximo ao ombro, um círculo estranho com uma só asa, cheguei a levantar o dedo para tocá-lo, mas me contive.

Sai do quarto de mansinho e fui tomar um banho, estava morta de cansada.

A água caindo maravilhosamente bem nas minhas costas, o box começava a ficar embaçado pelo vapor, deixei a água cair no meu rosto, precisava de um tempo com meus pensamentos, então comecei a ouvir um barulho e me assustei.

Théo estava mijando! (Não tô falando de fazer xixi não! Mijando mesmo! Aquele barulhão de urina caindo na água do vaso o mais ruidoso possível!) Levei um susto tão grande! Ele não fez cerimônia nenhuma! Se balançou, abaixou a tampa, deu descarga e lavou as mãos, será que ele não me viu ali?? Impossível!

Voltou da pia e tive minha confirmação, ele havia me visto.

Bateu no vidro do box me dando bom dia.

— Bom dia. — respondi.

Théo resolveu que precisava de um banho! Abriu a porta do box e se enfiou comigo, meu coração sacudia meu peito de tanto nervoso. A escova de dentes estava pendurada na boca, resolveu escovar os dentes no chuveiro, comigo!

— Amm... Você percebeu que estou tomando banho?

— Percebi.

— Então me dá licença! — eu ainda tentava me esconder nas mãos.

— Jura que você tá se cobrindo de mim? — perguntou com a boca cheia de espuma.

Meu Deus, isso nunca aconteceu comigo e João! Mesmo quando dormíamos juntos, nunca havia ficado assim com ele.

— Eu quero que saia! Estou no meu momento!

— Nosso momento, porque não vou sair, tenho compromisso e não posso me atrasar e também não vou tomar banho frio.

— Você é muito folgado, cara! Esse banheiro é meu!

— Segundo nosso acordo, o banheiro é nosso agora, portanto, me dá licença, vai se ensaboar pra lá que é minha vez agora.

Ele foi me empurrando para o canto e se enfiou embaixo d’água, eu virei de costas pra ele, as mãos na cintura, indignada!

— Théo! Você é um grosso!

— Sou é? — de repente ouço ele gargarejando e cuspindo! Que absurdo! — Acho que sou sim.

— Por que não apareceu pra experimentar a roupa do casamento?  — sério que foi isso o que resolvi dizer??

— Problemas. Você não viu na mensagem?

— Vi. Que tipo de problemas uma pessoa como você pode ter? Alguma emergência ginecológica?

Ele começou a rir e não parou! Me virei ainda com as mãos na cintura e uma cara bem feia.

— Não gosto quando ri de mim!

— Então deixa de ser engraçada, ué. — respondeu sorrindo — se bem que... olhando você assim, toda molhadinha, não tenho mais nenhuma vontade de rir...

Me virei novamente, mas sentia seus olhos em mim.

Ele me abraçou por trás devagarinho e senti um tremelique estranho logo abaixo do umbigo. Fez questão de segurar meus seios, firme nas mãos.

— Senti sua falta.

Tava na cara que ele podia sentir meus batimentos acelerados.

Me puxou para baixo do chuveiro, me virando em seguida para encará-lo, nossos corpos colados debaixo d’água e eu quase convulsionando. A mão dele agora em minhas costas, a outra em meu pescoço, logo abaixo da linha do maxilar,

— Também senti a sua. — pronto eu disse, porque era verdade e porque aquela situação toda estava me matando!

Senti seus lábios tocando os meus delicadamente, sua língua macia com gosto de hortelã acariciando a minha enquanto me puxava mais para ele, já estava me vendo sendo levantada por ele no chuveiro, sendo penetrada e fazendo amor.

Fazendo amor.

Que amor?

Não queria parar o beijo, mesmo sabendo que nada daquilo era real.

E foi Théo quem nos separou, me deixou embaixo do chuveiro e saiu se enrolando na toalha e sem dizer uma só palavra.

Passei a mão no vidro para tirar o vapor e poder vê-lo.

— Théo. — não dava pra minha voz sair mais fraca?!

— Débora, tenho um compromisso que não posso faltar, te encontro no local do ensaio de casamento.

— Tá. — “tá?”, só isso? Faz ele ficar sua burra! Você precisa dele! Eu preciso dele, eu... — Théo.

Ele abriu a porta do box mais uma vez e se inclinou para um beijo.

— Quando eu voltar a gente conversa, ok?

Assenti, ele saiu do banheiro. Dois minutos depois abriu a porta, já vestido.

— À propósito, você é muito gostosa.

E se foi. Agora imagine como eu fiquei? Bem por aí...

*

O espaço alugado por Junior servia perfeitamente para o ensaio.

Geovana ainda não havia chegado com Fernando, mas assim que coloquei os pés no salão, João foi a primeira pessoa que vi, senti minhas pernas fraquejarem, não havia sentimento por ele, mas me veio na cabeça aquela cena da boate e pra confirmar todo o nojo que estava sentindo, Letícia surgiu ao lado dele, sorrindo, então me viram parada na porta e pararam de sorrir.

Dedos me tocaram a cintura, me puxou para seu lado, Théo.

Lindo, calça social risca de giz e camisa social preta, o paletó pendurado no ombro, perfeito, como um modelo de campanha de perfume importado.

Nos olhamos nos olhos, ele sorriu.

— Vinte segundos de atraso. Desculpe.

— Tudo bem, chegou à tempo de me segurar, estou nervosa.

— Não fique, estou aqui.


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Notas finais do capítulo

Putz.