Meu Refugio. escrita por hollandttinson


Capítulo 5
Espere.


Notas iniciais do capítulo

UM ENORME BEIJO PARA A BIA PRIOR QUE RECOMENDOU A FIC! Como vocês são tão legais e são os melhores leitores do mundo eu decidi escrever o proximo capitulo o mais rapido possivel! Haha. Um beijo para todos vocês.



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POV: KATNISS.

Terminei de tomar o restinho de leite de cabra que sobrara e de comer o pão que troquei na padaria á uns dias atrás, ele durou até hoje. Hora de caçar mais esquilos! Pensei, rindo. E é claro, hora de pegar mais leite de cabra, mas Prim iria fazer isso com calma e felicidade. Ela simplesmente ama aquela cabra com todas as forças que ela tem, e não são tantas assim, mas ela dedica á cabra. Eu já sabia: Minha tarde seria no Prego. Assim que voltasse da caça, iria no Prego. Eu necessitava de alimentos e comida para a semana.

Uma batida rude na porta e todos já sabiam: Gale.

- Bom dia, Gale! Oi, Rory!- Disse Prim, abrindo a porta com um sorriso escancarado no rosto. Ela abraçou Rory que ficou corado. Não é surpresa pra ninguém que ele supre um amor platonico pela minha irmã. Eu ri. Isso chega até á ser bonitinho. Balancei a cabeça, eu devia estar ficando maluca, só pode.

- Oi, Gale.- Eu disse, dando um tapa no ombro dele que sorriu de leve. 

- Parece que vamos ter chuva hoje. É melhor a gente se apressar.- Ele disse, olhando para o céu que estava assustadoramente nublado, prometendo, talvez, uma tempestade. 

- Certo. Oi, meninas.- Eu disse para Vick e Posy, outras duas irmãs de Gale, elas sorriram para mim.

- Oi, Katniss.- Elas disseram em unissono. Os irmão de Gale são simplesmente adoráveis! Não sei á quem Gale puxou esse carranquismo, essa ignorancia... Ah, do que eu estou falando?! Sou identica á ele. Quando passamos pela padaria me lembrei de Peeta.

Ele foi realmente muito legal comigo ontem á noite, me trouxe em casa e foi gentil, nos divertimos e rimos bastante. Ele era muito legal para que o Gale o detestasse. E ele não era nem metido nem "riquinho" como Gale dizia. Na verdade, eu desconfiava de que as guloseimas e gostosuras que a padaria nos mostrava não eram usufruidas pelos seu feitores. Os filhos dos padeiros não tinham direito áquela fartura, apenas ás sobras. Como todos nós. Isso me dava um sentimento de igualdade á ele, um sentimento de solidariedade. Na verdade, eu sempre tive isso com ele, desde o dia em que me deu aquele pão, eu nunca vou esquecer! Ele me salvou naquele dia, pode não lembrar, mas eu me lembro muito bem. 

- Vou chamar o Peeta.- Eu disse, indo para a padaria. Gale bufou.

- Pra quê?! Ele tem pernas maravilhosas, não tem? Vamos, Katniss, chegaremos atrasados assim, e vai chover, ninguém quer ficar doente, eu não quero.- Disse Gale, segurando o meu braço e me puxando para longe da padaria. Eu bufei e me soltei.

- Dá pra parar de ser tão egoísta? Ele nem tem amigos, exceto por aquelas pessoas que ficam ao redor dele como por exemplo, Delly. Por falar nisso, como foi o trabalho? Esquece, isso não me interessa. Eu vou lá chamá-lo. Ele precisa de companhia.- Eu disse e bati na porta. Gale cruzou os braços com forças e nossos irmãos pareciam nem ter notado a discussão. Crianças.

- Olá, Katniss! Tem alguns esquilos para mim?- Perguntou o Sr. Mellark, olhando para as minhas mãos vazias. Eu não vi a decepção em seus olhos, ele sabia que eu vim falar com o Peeta. Eu sorri para ele e ele retribuiu.- Ele já está descendo... Foi pegar a jaqueta. Vai fazer frio hoje.

- Eu espero que não, esquilos não gostam muito de frio.- Eu disse e ele fez uma careta. Peeta apareceu na porta e sorriu para mim. Eu notei de primeira que tinha uma mancha no meu pescoço mas preferi ignorar.

- Bom dia.- Ele disse. Eu fiz uma careta.

- Vai chover, provavelmente não vai ser um bom dia. Onde está o Gabreel?- Perguntei.

- Ele vai mais tarde. Você sabe, ele está no ultimo ano e precisa estudar.- Disse Peeta. Eu não me lembrava de a escola ter reprovado alguém em todo esse tempo. Mas eu sabia: Gabreel não queria continuar no Distrito 12. Pessoas que são mais... Esforçadas até conseguem ir para outros distritos no futuro. Gale queria ir para o distrito 2, mas Gale não é esforçado nesse sentido, ele repetiu 2 anos, por isso está no mesmo ano que eu.

- Eu espero que ele consiga. Ele já tem ideia que que quer ir para qual distrito?- Perguntei, indo com ele até onde Gale e nossos irmãos. Como no dia anterior, Gale e Peeta se encararam, mas dessa vez, o Peeta crispou os labios e travou as mãos em punhos, e então eu notei que seu punho estava todo machucado, cortado e roxo.

- Bom dia.- Disse Prim, sorrindo. Ela correu até Peeta e lhe deu um abraço. A expressão de Peeta voltou ao normal e ele sorriu, retribuindo o abraço de Prim.

- Bom dia!- Ele disse.

- O que foi isso nas suas mãos, Peeta?- Perguntei, pegando no braço dele para ver mais de perto. Eu sabia: Ele tinha esmurrado alguma coisa. Ele puxou a mão.

- Só um acesso de raiva.- Ele disse, depois balançou a cabeça e sorriu.

- Acontece com todo mundo.- Disse Gale. Foi um comentario normal mas eu notei o clima tenso dele.

- Exato.- Disse Peeta. Ele ainda se encararam mais um pouquinho.

- Eu quero brincar também! Olha pra mim, aqui!- Disse Posy, animada, dando pulinhos e batendo palma.

- O que?! Gale olhou para ela.

- Essa brincadeira, de ficar se olhando, eu quero também, olha, eu sei fazer também, Vick, olha pra mim!- Disse Posy. Ela simplesmente ficou encarando Vick de cara feia e Vick riu.- Ah, a Vick não sabe brincar.

- Não é brincadeira, para com isso, vamos logo, quero chegar logo na escola pra sair logo, também.- Disse Gale.

- Tem gente tirando as palavras da minha boca.- Eu disse. 

(...)

- Você podia ao menos tentar parecer gentil. Ele é legal, gente boa.- Eu disse, quando eu e Gale sentamos na grama molhada naquela tarde. Choveu muito de manhã, mas agora as coisas já estavam bastante calmas, mas o chão ainda estava umido e o cheiro de mofo estava no ar.

- Eu não gosto dele e não vou gostar. Ele quer parecer que é uma pessoa normal como os outros, mas ele não é. Não dá pra ele ser! Olha só ele lá na padaria, com toda aquela comida, todo aquele pão, e a gente aqui, se matando por uma migalha!- Disse Gale, com raiva. Eu revirei os olhos.

- Não é assim. Eu estive lá, lembra? Eles são tão humildes quanto você nos seus dias sãs, exceto pela mãe dele, ela realmente acha que eles são melhores do que todos só porque tem dinheiro, mas todo mundo sabe que não é assim.- Eu disse, balançando a cabeça. Me levantei.

- Vai aonde?- Perguntou.

- Vender os coelhos no Prego e levar os esquilos no Sr. Mellark. Eu realmente preciso de pão em casa.- Eu disse, colocando o meu arco e flecha no esconderijo e pegando a caça.

- Eu acho que você já anda muito na casa dos Mellark. As pessoas podem começar á falar, comentar.- Disse Gale. Eu olhei para ele, desacreditada. Como se eu me importasse com o que as pessoas falam.

- Que se danem as pessoas! A vida é minha, eu preciso de comida e dinheiro, como todos eles, e o Sr. Mellark é gentil, ele sempre me ajuda.- Assim como o filho me ajudou quando eramos mais novos, eu pensei. Talvez fosse algo aprendido, genética.

- Mesmo assim, Katniss, as pessoas são maldosas.- Disse Gale. Eu olhei para ele, incredula. É serio que eu estava ouvindo isso dele?

- Do jeito que você fala, me faz pensar que não quer que eu fique proxima á Peeta.

- Eu não quero.

- Porque?

- Porque eu não gosto dele.

- Não tem de gostar.- Eu disse, começando á andar para fora da floresta.

- Você parece gostar bastante.- Ele disse, me acompanhando.

- Eu já te disse: Ele é legal.- Eu disse.

- Só legal? Ás vezes parece que tem algo bem mais que isso aí.- Ele disse. Eu bufei e me virei para ele.

- E porque isso é da sua conta? Porque isso te interessa? Você não tem nada a ver com isso, Gale, então, cuide da sua vida. E quanto á sua pergunta, não, não tem nada á mais do que isso por ele.- Eu disse, e passei pela cerca que separava o distrito da floresta. Eu sabia que tinha algo mais do que eu apenas achar Peeta gentil, só não sabia o que era, mas desconfio, é gratidão, pelo que ele fez um tempão atrás, por ele ser tão legal comigo, pela sua proteção, sua ajuda, enfim, eu realmente devo minha vida á Peeta. E eu detesto isso! Detesto sentir que estou devendo algo para alguém, detesto não saber encontrar uma forma de acabar com essa vida, detesto!

- Não precisa ficar irritadinha, Katniss! Foi só um comentário. Que diabos! Porque tem de ser tão irritadiça?!- Gale disse, me acompanhando, irritado.

- Eu não estou irritadinha, não seja ridiculo! Fala das pessoas mas na verdade, você é o mais maldoso de todos, vê maldade em tudo, por favor!- Eu disse, balançando a cabeça. Agora já estavamos num lugar onde nós podíamos ver as casas e tudo mais.

- Você é irritadinha o tempo todo.

- E você é irritadiço. Me deixa em paz, Gale!

- Você tem alguma paz? Com tanta raiva dentro de si? Ah, por favor, Katniss. Eu nem ia dizer nada, era só uma preocupação boba. Que já não é tão boba assim, você se importou, então isso quer dizer que você...

- Isso não quer dizer nada!- Eu disse, irritada agora. Parei na entrada do Prego.- Porque você se importa tanto com isso?

- Porque eu sou a unica influencia masculina que você tem?- Ele fez sua afirmação parecer uma pergunta. Eu bifei.

- Eu não preciso de influencia, eu faço a minha vida, e você, cuida da sua, sim?- Eu disse, dei um tapa na testa dele, ele bufou e eu ri.- Tudo resolvido?

- Nada resolvido.- Ele disse, negando com a cabeça. Entrou no prego, eu revirei os olhos e entrei também. Estava lotado, e eu já esperava por isso. Fui até a pessoa mais gentil que adorava comprar meus coelhos. E os vendi, ganhei em troca uns grãos e um pouco de açucar e sal. Eu sorri, agradecendo. Já estava saindo do Prego pra ir para a padaria quando eu vi o Peeta carregando 2 sacões de açucar, ele sorria e então eu vi que Delly estava ao seu lado. Fechei a cara. Ela era a sua unica amiga e eu sempre soube disso. Mas eu não queria ele sorrindo para ela, afinal, nós tinhamos trabalhos, eles não devia ficar se divertindo por aí.

- Olá.- Eu disse para eles quando se aproximaram. Eles sorriram para mim.

- Oi, Katniss! Tá um pouco cedo, não é? Quer começar os trabalho agora?- Perguntou, colocando o saco no chão para passar uma mão na outra. Eu cruzei os braços.

- Achava que o Prego fosse um lugar bom para encontrar pessoas para questionar, tem muita gente aqui, e hoje é que está mesmo. Ele veio me ajudar, já que o seu namorado não me ajuda.- Disse Delly. 

- Meu o que?

- O seu namorado. O Gale.- Disse Delly, cruzando os braços e bufando.- Foi realmente muita falta de educação o que ele fez. Mas eu não vou perder pontos por causa dele. Peeta me ajudou á encontrar umas coisas pra anotar e ganhar uns pontinhos.

- O Peeta é muito gentil, não é?- Eu perguntei, sarcastica e olhando para ele. Quer dizer que ele estava ajudando-a e não me ajudando á conseguir coisa melhor para a nossa pesquisa? Muito bonito isso.

- Não tanto quanto você, docinho.- Disse Peeta, no mesmo tom sarcastico. Eu bufei.

- Ótimo, continue ajudando-a como se a gente não tivesse nada o que fazer.- Eu disse, me virando.

- Oh, não fique com ciumes, Everdeen, eu não vou alugá-lo tanto, eu já estava indo embora, mesmo.- Disse Delly.

- Eu não estou com ciumes! Ele faz o que ele quiser, a vida é dele, e isso é tudo culpa do Gale, não é? Vou fazer com ele para ajudar você.- Eu disse, revirando os olhos.

- Avise mesmo, com certeza ele vai te ouvir, e eu realmente preciso dele, de verdade! Mas enfim, tenham um bom fim de tarde, eu estou indo agora.- Ela disse, deu um beijo na bochecha de Peeta e acenou para mim.

- Sua namorada é realmente irritante.- Eu disse, para ele quando ela estava longe.

- Com certeza, chata o bastante pra não existir.- Ele disse, revirando os olhos e pegando os sacões de novo e colocando nos ombros. Eu revirei os olhos.

- Idiota.- Eu disse. Ele riu.

- São para o meu pai?- Ele perguntou olhando para os 3 esquilos nas minhas mãos. Eu sorri.

- São sim! Eu sei que ele gosta deles, então, eu...

- E pelos pães...- Ele disse, eu balancei a cabeça. Nós saímos do Prego e o sol estava quente.

- Isso não pesa?- Perguntei, olhando para os sacos. Ele deu de ombros.

- No começo, sim. Mas eu já estou acostumado. Mas é realmente ruim com um sol desses... Não é dificil, pegar os esquilos?- Perguntou.

- Não. Eu sou boa nisso.

- Eu sei, meu pai acha incrivel a forma como você caça, ele diz que você mata os esquilos com uma perfeição descomunal.- Ele disse. 

- Agradeça á ele por isso.

- Não vai para lá? Os esquilos...

- É verdade.- Eu disse, rindo. Ele balançou a cabeça.

- Mas onde está o seu namorado? Ele não está te perseguindo de novo? Acho melhor prestar atenção no caminho.- Disse Peeta sendo ridiculo. Eu bufei para ele.

- Gale. Não. É. Meu. Namorado.

- Sim, mas será que ele sabe disso? Do jeito que ele te trata, parece que não.

- Que se dane!- Eu disse. Nós paramos na porta da padaria e Delly estava lá. Eu bufei. Será que agora ela vai estar em todo o lugar onde eu estiver? Estou começando á nutrir uma antipatia por essa coisa pequena, loira e sorridente aqui.

- Desculpa estar atrapalhando vocês, de novo! Mas será que eu não poderia ficar aqui sem adiantar o ciume de Katniss? Meus pais não estão em casa e eu realmente não estou afim de ficar sozinha!- Ela disse, sorrindo para a gente. Será que ela só conseguia sorrir?

- Claro que pode, Delly!- Disse Peeta, entrando na casa e colocando os sacões na cozinha. Ah, mas que idiota! Era pra ele ter negado! Eu não mereço ficar com essa menina por mais tempo, não mereço!

- Eu não vou ficar, só vim trazer os esquilos.- Eu disse, entregando ao Peeta quando ele voltou.

- Ah, não precisa fazer isso por mim.- Disse Delly, olhando para Peeta, mas ela falava comigo.

- Não estou fazendo isso por você. Eu preciso ir. - Eu disse, revirando os olhos.

- Vou pegar os pães pra você... - Disse Peeta, entrando de novo. Delly continuava sorrindo.

- Do que você está rindo, sua idiota?- Eu perguntei. Não queria xingá-la mas eu estava irritada.

- Não precisa se desculpar, eu entendo o ciumes perfeitamente.- Ela disse, ainda sorrindo.

- Eu não estou com ciumes! E ciumes de quem?! Ah, por favor.- Eu disse, dando de ombros. Ela balançou a cabeça.

- Olhe só para você, totalmente entregue aos ciumes do Peeta, Everdeen!- Ela disse. Eu olhei para ela. Ela só podia ser louca! Eu, com ciumes? Logo mais do Peeta? Louca.

- EU não estou com...

- Aqui está.- Disse Peeta, me entregando um pacote de papel com pães. Tinha mais pão do que o normal.- Eu coloquei mais, só porque você me acompanhou na vinda para casa. Obrigado, Peeta.- Eu dei de ombros, ele olhou para a Delly.- Vamos entrar?

- Agora. Até mais, Everdeen.- Ela disse para mim. Ele fechou a porta. Eu bufei irritada. Ele me ignorou totalmente ou foi só uma impressão minha?! Ah, mas que raiva! Talvez o Gale tenha razão, ele é só mais um idiota metido no universo. Ou será que ele só fez isso porque estava perto de Delly? E afinal, porque essa garota era tão proxima á ele? Que babaca!

Só resta saber: Quem está sendo babaca? Gale por ser preconceituoso, Delly por ser irritante, Peeta por ser um idiota ou eu por estar com ciumes dele? Sim, isso só pode ser ciumes, e eu não aceito o fato de sentir ciumes, por tanto, que Peeta esperasse para ver.

(...)


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Notas finais do capítulo

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