Meu Refugio. escrita por hollandttinson


Capítulo 29
Caminho.


Notas iniciais do capítulo

Agora me respondam, tem como ficar algum dia sem postar? Vocês recomendam a fic todos os dias, que leitores incriveis vocês são! Então, vamos que vamos...
GiFernandes, eu não sou boa em escrever momentos de humor, eu sempre pego alguma coisa que eu li em outra fic, ou em um livro, ou o que acontecem no meu dia a dia, sabe? A mesma coisa com a tensão, e eu sei que essa mistura deixa as coisas legais, obrigada por isso." Você foi muito criativa por criar essa historia, e acho sinceramente que você deveria escrever um livro #Ficaadica." Se a opinião de vocês fosse a opinião dos editores de livros, eu ia escrever um livro agora, juro, juradinho! Haha. Me esforço mesmo, tudo que eu faço é por vocês, viu? Vale a pena quando eu vejo vocês se esforçando pra me deixar feliz também, nas reviews e nas recomendações. Obrigadona.
Flame Crown, a menina brasileira que lê minha fic nos Estados Unidos e me trouxe a maior alegria! Dá gostinho de quero mais? Só sei que é tudo culpa de vocês. Só atualizo porque vocês ficam mandando essas reviews lindas e recomendando, sabe? Hauahuhuahsua. Obrigada, você sabe o quanto é importante.
AGORA VAMOS DE FIC.



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POV: KATNISS.

Era uma ocasião especial. Depois da colheita anual, o Natal é a época do ano em que as pessoas mais se arrumam. Quer dizer, elas realmente tentam ficar com a melhor aparência possível. Algumas pessoas doam suas roupas mais velhas(o que no caso, são quase todas) para as pessoas que não tem uma roupa "adequada" para o natal. Afinal, foi o nascimento de Jesus Cristo, que foi o homem que trouxe á terra toda a esperança.

Não entendo porque as pessoas acreditam que um homem que deu a vida para salvar as pessoas que vivem na terra, vai se interessar por uma roupa mais nova, mas eles acreditam e a minha mãe também. Por isso, ela costurou para mim e Prim suéteres novos, com lãs de roupas que ela desmanchou por todo o ano, nos dias em que me esperou chegar em casa, ou nos dias em que não tinha os pacientes morrendo de fome.

— Vai ter aquele filme chato esse ano também?- Perguntou Prim quando eu terminei de colocar seu suéter dentro de sua saia.

— Coisas da Capital, Patinha.- Eu disse, passando a mão no seu rosto. Mamãe estava começando á fazer uma trança em seus cabelos loiros.

— Mas dessa vez vai ser melhor, quer dizer, nós vamos estar um pouco mais felizes, não é? Você e Peeta, Gale e Delly. As coisas vão ser mais legais.- Disse Prim, sorrindo.

Esse seria o primeiro natal que Prim passaria "feliz". Nas outras vezes, ela passou o natal cuidando de pessoas congeladas enquanto eu e Gale tentávamos nos esquentar na floresta, buscando o máximo de alimento. As coisas mudaram depois que Peeta virou meu namorado e começou á contribuir conosco, Delly se juntou e Gale foi para as Minas.

— Eu espero que sim.- Eu disse.

— Você não parece muito otimista.- Disse mamãe, terminando de fazer a trança em Prim. Ela começou á fazer um coque eu seu próprio cabelo. Meu cabelo estava preso numa trança. Dei de ombros.

— Eu estou bem.- E estou mesmo. Eu acho que nunca estive tão feliz num natal. Era algo bom.

— Então vamos?- Chamou Prim, abraçando uma jarra de leite de cabra que nós juntamos. Mamãe pegou o queijo da cabra, que a mãe de Gale veio aqui cozinhar, e eu peguei o Peru. Nós começamos á andar. Deviam ser umas nove da noite, o filme chato do qual Prim falou ia se passar ás dez. Chegamos ao beco e Gale estava lá com o Ethan, montando uma mesa com uns materiais. Gale sorriu para mim.

— Catnip! Prim!- Ele disse, deixou o Ethan sozinho para se aproximar. Me abraçou de lado.- Feliz natal!- Gale nunca ficou animado no natal, na verdade ele nunca ficou animado com nada.

— Quem é você e o que fez com o Gale?- Eu brinquei. Ele mostrou a lingua pra mim e eu revirei os olhos. Gale estava revivendo agora o que a morte de seu pai fez ele perder, como eu. 

— Pensei que ninguém fosse trazer comida.- Disse Gabreel, aparecendo do nada. Ele segurava um bolo.- Foi o Peeta quem fez, é claro. Ninguém confeita como ele. Eu achava até que ele era meio... Afeminado, sabe?- Disse Gabreel, sorrindo enquanto colocava o bolo na mesa improvisada. Eu sorri.

— Afeminado uma ova, Gabreel, cala a boca. Não fala besteira.- Disse Peeta, aparecendo atrás da gente. Ele segurava uma sacola de pães e sorria. Estava usando um suéter preto que deixou seus olhos mais claros e seus cabelos mais sedosos.- Boa noite.- Ele disse. Colocou os sacos na mesa e se aproximou, me abraçando por baixo, sorrindo.- Feliz natal.

— Feliz natal!- Eu disse, sorrindo. Ele me deu um beijinho.

— Ah, parem com isso, vocês me dão ânsia de vômito com toda essa fofura irritante.- Disse Gale. Nós nos afastamos á tempo de vê-lo fingir vomitar. Nós rimos.

— Porque você não deixa de ser chato?- Eu pedi, fazendo uma careta. Ele gargalhou.

— Porque ser chato é mais legal. Nunca ouviu isso?- Perguntou Gale, com os olhos estreitos. Eu bufei. Coloquei o peru que eu trouxe de casa em cima da mesa. Nós tínhamos vendido os outros 2 perus, o de Delly e o de Peeta. Doamos os grãos que sobraram para as familias mais pobres, que não tinham como se sustentar. Ideia de Prim. Ela pensou "nós temos tanto esse ano, caramba! Porque não ajudamos algumas pessoas que precisam mais do que nós? Sabemos como é passar fome." Então, eu e Gale decidimos que sim. Nós vendemos e doamos tudo, ontem á tarde. Estava tudo tão bem.

— Eu estou com medo.- Eu comentei. Peeta olhou para mim, com uma sobrancelha erguida, depois respirou fundo balançando a cabeça.

— Mas é só um filme. Natural. Isso sempre rola. Todos os anos.- Disse ele. Eu neguei com a cabeça.

— Não é por causa do filme.- Eu disse.

— E porque é?- Nós estávamos na Praça. Todos os moradores do Distrito 12(menos a mãe de Delly, que ficou no beco, cuidando das comidas, ela está doente, com gripe eu acho, não pode ficar andando por aí), esperando começar o filme da Capital de Natal começar, como todos os anos. Estava frio e eu estava sendo abraçada por trás por Peeta. Os outros estavam por aí, espalhados. Os pacificadores estavam por aí, guardando tudo.

— Está tudo tão bom, Peeta. Eu tenho muito medo de ficar sendo feliz, curtir isso tudo e depois cair vergonhosamente do cavalo, e isso tudo virar uma tristeza sem fim.- Eu disse. Ele soltou o abraço para me virar de frente pra ele. Colocou as mãos na minha clavícula e queixo.

— Presta atenção.- Isso não ia ser dificil. Eu não consigo tirar os olhos dos olhos azuis e fortes de Peeta, eles me trazem calma e confiança.- Eu estou com você, e enquanto eu estiver aqui, nada vai te tocar, entendeu? Eu nunca vou sair de perto de você, eu vou te proteger. Não importa o quanto forte você for, vai ter sempre a minha mão pra te ajudar, sempre. Vai ficar tudo bem.

— Porque você está aqui.

— Porque nós estamos juntos.- Ele disse e eu sorri. E eu sabia que ele estava sendo sincero, que por alguma razão, ele nunca me abandonaria, eu teria sempre aquele lugar perfeito pra onde eu poderia voltar e ele estaria lá pra mim, para sempre, eu teria sempre o meu refúgio. Eles podem me tirar tudo, mas nunca vão tirar o Peeta e todo o nosso amor. Meus medos podem atrapalhar tudo, mas nada é capaz de apagar o amor.

Nós assistimos o filme e quando estávamos voltando pra o beco eu percebi coisas que nunca tinha visto antes de ter Peeta ao meu lado. Eu vi o quanto amava a Prim, mais do que eu imaginava, o quanto ela era importante pra mim, e vi mamãe, como ela sempre zelou por mim, por mais distante que estivesse, assim como Gale, que esteve sempre ao meu lado, e como recompensa por ter sido um menino tão bom, Deus lhe deu Delly, que acabou me dando Peeta. A vida é um enorme labirinto e hoje, mesmo não sendo nada religiosa, agradeci á Deus por ter encontrado o meu caminho.


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Notas finais do capítulo

Admito que estou com medo da reação de vocês quando eu postar o ultimo capitulo.
(Atualizada em 04/10/16)