Meu Refugio. escrita por hollandttinson


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Vocês recomendando a fic é demais pra mim. As palavras que vocês usam... Podem apostar que eu guardo todas elas á fundo no meu coração e na memória. Quando tudo isso acabar eu vou lembrar de cada palavra de incentivo, tanto nas reviews quanto nas recomendações. Vocês quem me fazem esquecer que estou cansadona e escrever um capitulo novo. É uma honra pra mim, saber que vocês não abandonaram a fic, como eu esperava que fariam, e estão comigo até aqui. Vocês são os melhores leitores do mundo! Obrigada por tudo. Por causa disso, um capitulo novinho pra vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395134/chapter/27

POV: KATNISS.

Mamãe gritou, esperneou. Disse que eu não podia ter sido tão irresponsavel. "Uma pessoa como você, Katniss, que foi sempre tão responsável, eu não esperava isso! E esse garoto também, o Mellark, não podia ter o mínimo de responsabilidade? Tão jovens." E esse é o problema. Ela não via? Não entendia. Somos jovens demais pra termos tanta responsabilidade. Uma vez na vida, deixamos-nos ser jovens. 

- Você falar não vai fazer com que o fato mude, certo? Aconteceu.- EU disse. A Sra. Everdeen fez uma careta.

- É, eu sei.- Ela disse. Respirou fundo e desabou na cadeira de madeira que eu costumava colocar a jaqueta de papai. Ela passou a mão pela jaqueta e balançou a cabeça. Eu sei que ela queria que o papai estivesse aqui, pra passar por esse momento com ele, ele saberia exatamente o que dizer. Mas o papai não está aqui. E ele não vai voltar.- Ao menos você decidiu contar isso á mim primeiro. Você confiou em mim. Pela primeira vez depois de anos.- Eu abaixei a cabeça.

Eu sei que eu devo ser a pior filha do mundo. Depois  que o meu pai morreu e mamãe entrou em sua depressão, eu passei á vê-la com desprezo. Eu simplesmente não podia aceitar que ela fosse tão fraca! Papai sempre foi tão forte,  e ela tão fraca. Não era justo que eu devesse ser a forte. Eu fui egoísta por todo esse tempo, eu nunca confiei nela pra nada, na verdade, eu acho que sempre acreditei que ela fosse voltar para a sua doença, e nos deixaria sozinhas. Ao menos eu poderia estar preparada dessa vez. Eu nunca estaria preparada pra ser abandonada novamente.

- Isso significa muito pra mim, Katniss. Eu sei que você é capaz de pensar, e que sabe exatamente o que faz da vida. Eu não vou ficar me metendo nisso. Você cresceu, e eu não posso fazer nada contra isso, posso?- Eu neguei com a cabeça, ainda baixa.- Então que você continue o seu romance adolescente com Peeta Mellark. Eu sempre me senti culpada por você ser tão... Responsável por Prim, e ter esquecido de viver a infancia, a adolescência, não que isso seja  muito fácil aqui... Mas agora, você  está vivendo. Graças á Peeta Mellark.- Eu levantei a cabeça e ela sorria. Ela estava dizendo que aceitava o Peeta. Não que isso fosse mudar em alguma coisa,  eu nunca me afastaria de Peeta. Não me afastei por Gale, não seria ela quem me obrigaria.

- Obrigada. Isso é muito importante pra ele.- Eu disse. Ela sorriu.

- Eu sei. Parece ser o tipo de cara que vem pedir a mão da menina em namoro.- Ela disse. Eu corei. Era mesmo a cara do Peeta fazer isso. Mas eu não ia ficar com vergonha. Ultimamente, qualquer coisa que ele faça parece ser mais um sinal de que me ama e que eu sou muito importante pra ele. Não existe coisa melhor do que se sentir especial, única, amada, viva.

- Uma pena a mãe dele não ser tão receptiva.- Eu tinha certeza de que disse isso baixo. Mas minha mãe ouviu e bufou.

- Ela não gosta muito de mim. Começou quando o seu pai morreu, sabe? E eu recebi aquela mixaria de comida... Nós recebemos e você administrou. Você se lembra. Desde então, ela parece ter nutrido um ódio por mim. Será que ela não gosta de que as pessoas consigam algo? Isso é tão egoísta. Peeta merece uma mãe melhor.- Eu nunca contei á mamãe sobre o amor que o Sr. Mellark nutria por ela. E isso não seria muito nutritivo, também. Eu sorri.

- Ela também não gosta muito de mim. Na verdade, ela não gosta de ninguém.- Eu disse, dando de ombros. Mamãe suspirou.

- É uma pena, porque... Com esse peru selvagem que você trouxe...- Mamãe foi até a mesa e tocou no Peru que seria nosso, para o natal.- Nós poderíamos fazer uma boa ceia.- Ela disse, sorrindo.

- Depois de anos, não é?

- É raro encontrar um desses, não é?- Ela perguntou. Eu ergui uma sobrancelha. Ela nunca se preocupou com as minhas caças.

- Eles ficam numa área distante. É complicado.- Eu disse, fazendo uma careta.

- Katniss!- Prim disse, sorrindo e correndo para me abraçar. Ela tinha estado na casa de Gale. Sei disso porque ele a trouxe. Perto do natal, os mineiros tem folga. E a neve já está caindo forte agora. Faltam apenas 3 dias para o dia 24.

- Oi, Patinha! Oi, Gale.- Eu disse. Me aproximei e abracei o homem que foi, para sempre será, meu melhor amigo. Ele sorria.

- Olá.- Ele disse, acenou para minha mãe, também. Prim estava com o rosto sujo de farinha.

- O que é isso no seu rosto?- Perguntei, passando a mão. Ela sorriu.

- Ah, sabe Delly? Aquela menina adorável que é amiga do seu namorado? Então, ela estava lá na casa do Gale.- Disse Prim.

- É mesmo?- Eu disse, erguendo uma sobrancelha e olhando para Gale, que sorriu e balançou a cabeça.- Parece que Delly anda fazendo muito isso ultimamente, não é?

- Peeta ensinou-a a fazer biscoitos. Ela nunca tinha cozinhado na vida. Está ensinando a minha mãe á fazer uns com frutas... Assim você pode caçar frutas e deixar minha familia alimentada. Peeta vai lá á tarde, pra explicar como é, exatamente.- Disse Gale. Eu sorri.

- Muito prestativo.- Mamãe observou, enquanto enchia uma caneca de água e entregava ao Gale.

- São perus selvagens?- Perguntou Gale,  apontando para a mesa.  Eu sorri.

- Estava levando um pra a sua casa agorinha. Se dermos sorte, eles não estragam até o natal.- Eu disse.

- 4! Você conseguiu 4 perus? Ah, com certeza nós demos sorte!- Disse Gale, sorrindo. A sorte, que por milhares de vezes,  nunca esteve ao nosso favor, agora estava tão próxima, e isso é tão irônico. Balancei a cabeça.

- É, você tem razão. Mas provavelmente, não vamos achar nenhum tão cedo. A neve os afasta, você sabe.- Eu disse. Ele concordou com a cabeça.

- E você vai vender?- perguntou Gale.

- Um seu, um meu, um de Peeta e o outro eu vendo.- Eu disse. Ele concordou com a cabeça.

- Vou com você no Prego, a  gente precisa conversar.- Ele disse. Eu concordei com a cabeça e vesti a jaqueta do meu pai. Estava fazendo frio lá fora.

- Vamos lá.- Acenei para minha familia e saímos.

- Vou pedí-la em namoro.- Ele disse, apenas, depois que estávamos perto da Praça.

- Quem?- Eu perguntei, sorrindo. Eu só estava sendo ridicula, eu sei exatamente de quem ele está falando, e eu não cabia em mim de tanta alegria.

- Delly.

- Mas você gosta dela?- Perguntei. EU sei que ele está fazendo muito esforço pra poder falar isso pra mim, mas eu não podia deixar de aproveitar esse momento. Eu provavelmente não veria isso novamente nunca.

- Eu não sei. E esse é o problema. Eu sei que eu não sinto por ela o que eu sentia antes, e sei que não é o que eu sinto ou sentia por você.- Ele disse, passando as mãos nos cabelos.- Mas eu vou arriscar. Talvez ela goste de mim.

- Talvez ela goste de você.- EU disse, sorrindo. Eu ia esfregar isso na cara do Peeta. Ele não disse que eles nunca ficariam juntos? Toma, Peeta!

- Você está sabendo de alguma coisa que eu não sei?- Gale perguntou, com uma sobrancelha erguida. Eu dei de ombros. Droga, Katniss.

- Eu não sei de nada. Você quem vive com a Delly. Eu não tenho tempo pra ficar cuidando da vida de vocês dois.- Eu disse. Mas isso nunca me impediu de cuidar da vida deles dois. E eu faço isso muito bem. O Peeta que o diga...

- Você acha que ela vai aceitar?

- Quando você vai pedir?

- Hoje.- Ele disse. Meu sorriso estava se alargando mais e mais.

- Se você for carinhoso, se você não for todo rude, ela aceita. Se bem que, se ela gostar de você, não vai se importar com isso.- Eu disse. Delly não se importaria, eu acho.

- Eu sei.- Ele disse, sorrindo. Ele estava feliz. Eu via isso em seus olhos. Bati na porta da frente da casa de Peeta. Eu fazia isso todos os dias agora, e que se dane a mãe dele!

- Cunhadinha!- Foi o Ethan quem abriu a porta. Ele também era mineiro e estava de folga.- Gale!- Ele disse. Estendeu a mão e eles apertaram.- O Peeta tá ocupado, sabe? Ele deixou muito trabalho aqui ontem á noite quando ele sumiu  misteriosamente.- Ethan e sua mania ridicula de fazer suas piadas e me deixar corada.

- Eu quero falar com o seu pai.- Eu disse, balançando a cabeça. Ethan sorriu.

- Entrem, a mãe foi na casa da Delly.- Disse Ethan.

- Fazer o quê lá?- Perguntou Gale, com uma sobrancelha erguida.

- Não foi falar de você, eu aposto. Talvez ela tenha ido pedir  alguma coisa. Parece que a Delly está fazendo doces agora. Mamãe não curtiu muito essa ideia.- Ethan dizia enquanto nós entravamos.- PEETA! TUA NAMORADA TÁ AQUI.

- Inconveniente.- Disse Peeta, aparecendo na mesma hora. Ele estava por perto. Seu cabelo loiro estava branco pelo excesso de farinha de trigo e seu avental estava com manchas de queimado. Ele sorriu pra mim enquanto limpava a mão.- Olá.- Ele disse. EU sorri. Os flashbacks da noite anterior rondaram a minha mente e eu corei na mesma hora em que ele me beijou.

- Ah, parem com isso!- Disse Gale, nos fazendo afastar. Mas ele estava gargalhando. Gale estava muito diferente. Agora ele aceita numa boa o meu namoro com Peeta. Eu gosto disso. Delly e seus poderes.

- Eu trouxe seu peru selvagem. Você já sabe como fazer, coloca ele num lugar frio e ele ainda vai estar bom no natal, pra a ceia. Ou você pode vendê-lo.- Eu disse, dando de ombros. Entreguei a carcaça á ele. Ele fez uma careta.

- Mas Katniss, isso é seu. Você se deu ao trabalho. Ande, vá ao Prego e venda isso. Consiga dinheiro e compre um presente para a sua  irmã.- Ele disse, me devolvendo.

- Não me deixe irritada.Aceite logo essa porcaria de comida.- Eu disse, bufando.

- É, Peeta, aceita logo essa porcaria de comida. Talvez a mamãe goste mais da Katniss agora, ela dando comida.- Disse Ethan,  sorrindo malicioso. Peeta bufou depois deu de ombros.

- Eu não vou passar o natal aqui, de qualquer jeito.- Disse ele. 

- E vai passar onde?- Perguntei, confusa.

- Lá em casa. EU pedi pra a Delly convidar ele. Pensei que ela a tivesse convidado.- Disse Gale.

- Uma  ceia de natal na sua casa?- Eu estava com a sobrancelha erguida.

- Vai ser a primeira ceia de natal decente que teremos em anos. Temos os biscoitos de Delly, o Peeta vai levar bolo e salgados, o que ele conseguir, na verdade,  Ethan também vai, e você leva o leite da cabra de Prim, sua mãe e Prim.- Disse Gale. Eu sorri. Parecia o cenário perfeito. Seria o melhor natal da minha vida, ninguém seria capaz de duvidar, nem  em um milhão de anos. Em nenhum lugar do mundo, existiria uma história como essa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vocês estão, realmente achando que eu esqueci de falar das recomendações? NUNCA. Eu contei á vocês que a fic chegou lá em Portugal? Dentre vocês tem uma leitora portuguesa, olhem que honra! E ela recomendou a fic, então, SophieMiss98, mil vezes obrigada por ter se dado o trabalho de entender as coisas que eu escrevo aqui e ter mandado reviews em todos os capitulos. Você é uma ótima leitora e eu agradeço seus elogios, e fico muito feliz por não tê-la decepcionado. Você sabe o quanto tudo isso é importante, e eu acho que eu nem tenho mais como responder todas as recomendações de vocês, cada dia com uma coisa nova, única e tão emocionante! Vocês são os melhores escritores! Vocês quem me fazem ficar assim, obrigada, á todos. ZoeyCullenMellark que não tinha me mandado nenhuma review mas estava sempre aqui, acompanhando e adorando a fic que eu fiz com tanto trabalho, e em vista disso, recomendou. Obrigada! Giovana valenti é claro que eu penso em vocês! Olha eu aqui pensando no trabalhão que cê teve pra escrever aquela recomendação.... Nada a ver eu não agradecer, né? Obrigada, viu? Um enorme abraço. Á todos. : )



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Refugio." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.