As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 8
A Batalha do Beruna - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Essa semana eu tô muito disposta a escrever (acho que é porque tá chegando no fim do primeiro filme/segundo livro rsrsrsrs). Esse capítulo eu vou modificar bastante coisa, pois é aqui que tudo vai se acertar.

Só que esse é o penúltimo capítulo antes de eu dar um tempinho na escrita. Sinceramente, tá parecendo que o Nyah tá tão vazio essa semana...

Depois desse capítulo vai ter mais um e daí eu só volto a escrever em 3 ou 4 dias. Também tô com saudade dos meus leitores, cadê vocês, gente??

Espero que gostem, Kisses *-*



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No campo, a batalha ainda estava feia. Vários soldados do exército de Aslam estavam morrendo, devido aos números muito maiores de soldados do exército da Feiticeira. Pedro ficou preocupado, pois além de estarem perdendo, também havia riscos de Edmundo se machucar ou de Lúcia e Susana estarem em perigo.

–Edmundo! Eles são muitos! Saia já daqui! Pegue Lúcia e Susana e leve-as pra casa! - Ordenou Pedro, tendo dificuldades em um duelo.

Edmundo não quis ir, quis ficar e ajudar seu irmão. Mas a insistência do Sr. Castor o fez ir.

–Você ouviu, vamos embora! - Disse o Sr. Castor, puxando Edmundo para saírem dali.

Depois de subir uma rocha alta, Edmundo observou novamente o massacre. Observou como Pedro estava tendo dificuldades em duelar e como a Feiticeira literalmente massacrava os soldados de Aslam. Ela estava indo em direção a Pedro, com a plena intenção de matá-lo de uma vez por todas. Em uma tentativa de evitar isso, Edmundo empunhou sua espada.

–Pedro mandou sair daqui! - Exclamou o Sr. Castor.

–Pedro ainda não é rei! - Respondeu Edmundo, indo em direção à Feiticeira.

Ela estava prestes a golpear Pedro quando Edmundo interviu e pôs sua espada contra a dela. Os dois se encararam mortalmente. Ela tentou golpeá-lo, mas ele desviou e quebrou a varinha dela com sua espada. Pedro estava observando a cena e viu a Feiticeira enfurecida desarmá-lo e golpeá-lo bem na barriga. Ed suspirou e desabou no chão.

A ira tomava conta de Pedro agora. Ele correu até Jadis e os dois começaram a duelar, estando Jadis com duas espadas, a dela e a de Edmundo.


Não longe dali, Aslam vinha correndo carregando Kalene nas costas (Lúcia e Susana não estavam nas costas de Aslam).

–Mais rápido, pai! Quero matar essa Feiticeira ainda hoje! - Disse Kalene. (N/A: Afinal, é um leão ou um cavalinho de puxar carroça, hein Kanes??)

Chegando mais perto, Kalene pulou das costas do Leão e correu para cima de uma rocha. Seus olhos estavam irradiando uma cor amarelada (os olhos dela são mel-azulados) e seu cabelo, ao vento, estava brilhando de um jeito nunca visto. A garota sacou sua espada e assim que chegou no topo da rocha, ao mesmo tempo que Aslam chegou em uma rocha ao lado, tinha uma aura irradiando do corpo dela. Uma aura muito parecida com o rosto de Aslam. Juntos, o rugido majestoso de Aslam e a aura magnífica de Kalene eram uma visão incrível.

–Impossível! - Murmurou a Feiticeira.

Mais atrás, vinham Lúcia e Susana com os ex-prisioneiros do castelo da Feiticeira. Tanto Pedro quanto Jadis olhavam para aquilo e não acreditavam. O duelo dos dois continuou. Kalene desceu da rocha, correndo como se não tivesse amanhã. A aura em volta dela e seus olhos amarelados, como os de Aslam, davam a impressão de que ela ia começar a rugir a qualquer momento. Quanto mais Kalene se aproximava de Pedro e de Jadis, mais a aura se apagava. Até que finalmente se apagou. Ela se meteu no meio do duelo, salvando Pedro de levar um golpe feio, levando um corte no braço. Mas ela nem se importou, ou sequer, sentiu dor. A fúria dela havia desencadeado o espírito do Leão, que a fez incrivelmente forte.

–Como isso é possível? Como pode estar com os olhos dessa cor e com aquela aura vindo pra fora de você? - Perguntou Jadis, tentando distrair a garota.

–Sou Kalene, a filha de Aslam! Lembra disso, tá? - Respondeu Kalene, ferindo Jadis nos dois braços, em um x.

Na verdade, ela não sabia de onde tinha vindo toda aquela força. E por algum tempo não ia saber, até que Aslam, pessoalmente, lhe contasse que parte de seu espírito agora, residia dentro dela também.

Pedro se recuperou e foi ajudar Kalene. Ele teve tempo de contar para Kalene o que havia acontecido com Edmundo. A Princesa, então fez um movimento com a espada, ferindo Jadis na perna esquerda.

–Isso é pelo meu pai! - Depois na perna direita. - Isso é por Edmundo! - Mais um no braço esquerdo. - Pelo meu povo! - Mais um no braço direito. - Por Nárnia! - E por último um corte horizontal no rosto. - E por me amaldiçoar!

A Feiticeira havia ficado louca com aquilo e, mais enfurecida ainda, começou a ferir a menina por todo o corpo. Pedro a defendia, mas também era ferido. Os dois estavam com problemas ali.

Os ex-prisioneiros haviam se espalhado por todo o campo para ajudar os soldados de Aslam. Pedro e Kalene foram derrubados, ambos com ferimentos graves no braço. Foi bem na hora em que Aslam avançou em cima da Feiticeira, derrubando-a e prendendo-a com suas patas. Um último olhar e tudo o que pode ser ouvido foi um último rugido do Leão.

–Está terminado. - Disse Aslam.

Ao longe, Edmundo continuava suspirando pelo ferimento causado por Jadis. Kalene teve audição suficiente para ouvi-lo e correr em sua direção. Ao vê-lo ela entrou em estado de choque. Caiu ao seu lado, ficando de joelhos, as lágrimas grossas escorrendo pelos olhos, mudando para mel-azulados novamente. Ele sentiu a presença dela e teve forças pra abrir os olhos e olhar para ela uma última vez.

–Não vá. Não me deixe. - Suplicou Kalene. - Você foi o primeiro garoto que me fez sentir feliz. Não pode morrer agora!

Ele não tinha forças pra falar, mas teve forças suficientes para segurar a mão da Princesa. Em instantes, Susana, Pedro e Lúcia chegaram ali, com Lúcia pingando uma gota do Suco da Flor de Fogo na boca de Edmundo. Kalene os ignorou por um instante, mas assim que ele acordou, ela se afastou e deixou ele abraçar a família primeiro.

–Quando vai aprender a fazer o que mandam? - Perguntou Pedro, feliz pelo irmão estar vivo.

Assim que Lúcia se afastou para curar os outros feridos, Kalene se aproximou novamente e o abraçou forte, sendo correspondida.

–Se fizer isso de novo, eu vou bater em você! - Brincou Kalene, quase no mesmo tom que Pedro.

–Não vou, eu prometo. - Disse Edmundo, num tom suspirante do tipo "ah, estou no paraíso..."

Susana e Pedro, afastados, estavam observando os dois.

–E aí, o que será que isso vai dar? - Perguntou Pedro.

–Não sei. Mas ela é legal, eu ficaria feliz se um dia visse os dois juntos. - Respondeu Susana.

–Eu também. Só que eles deviam só relaxar agora, pra ver se depois vai dar em alguma coisa. - Disse Pedro.

–Você tem razão. Ele ainda tem que amadurecer pra ser bom o bastante para ela. (Eu sei que a Susana não é de concordar com o Pedro, mas foi só dessa vez) - Brincou Susana.

–Mais do que ele amadureceu hoje? Isso eu duvido. - Disse Pedro.

*~*

Algum tempo depois, todo o exército de Aslam estava reunido no castelo de Cair Paravel para a coroação dos quatro reis. Centauros, animais e outras criaturas estavam enfileiradas em volta do tapete vermelho, por onde passavam Edmundo, Pedro, Aslam, Susana e Lúcia nessa ordem, um ao lado do outro. Eles estavam belíssimos naquelas roupas reais. Chegando nos tronos, cada um se sentou em um trono com os menores nos tronos da ponta e os maiores nos tronos do meio.

–Em nome dos Brilhantes Mares Orientais, apresento-lhes, Rainha Lúcia, a Destemida. - Disse Aslam.

Os Castores vieram, cada um carregando um par de coroas. Mais atrás, vinham o Sr. Tumnus com um cachecol verde e Kalene, em seu vestido branco com detalhes em dourado e os cabelos vinham soltos, somente com as mexas da franja presas com uma presilha dourada, e estavam cacheados nas pontas. Ela fez questão de pedir para o pai para coroar dois dos quatro reis. Os outros dois seriam coroados pelo Sr. Tumnus.

Apesar de gostar muito de Lúcia, Kalene sabia que ela tinha mais intimidade com o Sr. Tumnus, por isso, deixou que o fauno a coroasse.

–Em nome dos Grandes Bosques do Ocidente, Rei Edmundo, o Justo. - Disse Aslam.

Kalene fez questão de coroar Eddie, colocando a coroa sobre a cabeça do garoto e sorrindo para ele.

–Em nome do Radiante Sol do Sul, Rainha Susana, a Gentil. - Disse Aslam.

Kalene também quis coroar Susana, pois as duas também eram amigas.

–E em nome do Limpo Céu do Norte, apresento-lhes, Rei Pedro, o Magnífico. - Disse Aslam.

Sr. Tumnus pegou a coroa dourada e colocou sobre a cabeça de Pedro.

–Quem é coroado rei ou rainha de Nárnia, será sempre Rei ou Rainha. Que vossa sabedoria nos abençoe até que as estrelas caiam dos céus. - Falou Aslam.

Então, a multidão começou a saudar os reis junto com Aslam.

–Viva o Rei Pedro! Viva o Rei Edmundo! Viva a Rainha Susana! Viva a Rainha Lúcia!

Após a coroação, Aslam chamou Kalene para irem caminhar pela praia. Os dois andavam sobre a areia, observando o lindo pôr-do-sol.

–Pai, o que foi tudo aquilo? Sabe, na batalha. É culpa da minha maldição?- Perguntou Kalene.

–Se refere ao meu espírito vivo em seu coração? Não tem absolutamente nada a ver com sua maldição. - Respondeu Aslam. - Uma parte de mim vive e sempre viverá em você, minha filha. E enquanto essa parte for forte, eu sempre irei voltar pra você.

–Como assim, voltar pra mim? Você está.... está... - ela abaixou o tom de voz. - está indo embora outra vez?

–Sim. Mas não é para sempre. Ainda irei voltar para coroar você como rainha. - Respondeu Aslam.

–Por que não hoje? - Perguntou a garota.

–Era a vez deles, não a sua. Quando chegar a hora será sua vez. Ainda não está pronta. - Respondeu o Leão. - Agora, eu tenho que ir. Não faça disso um adeus, pois eu detesto despedidas.

Aslam seguiu seu caminho, deixando sua filha para trás. Lá de cima, Lúcia e o Sr. Tumnus observavam a cena. Kalene não quis voltar para o castelo, então ficou ali mesmo, parada na beira da água, molhando seus pés e observando o resto do pôr-do-sol. Ela se lamentou por várias coisas. Por não estar preparada para ser rainha, por ainda estar sob efeito da maldição, mesmo com a Feiticeira morta e por não saber o que fazer com seus sentimentos.

No castelo, Edmundo andava feito um louco atrás de Kalene. Até que se esbarrou com Susana.

–Ei, Susana! Você viu a Kalene? - Perguntou Edmundo.

–Vi. Ela está lá embaixo, na praia. - Respondeu Susana.

Edmundo assentiu agradecendo e saiu correndo em direção à praia. Chegando lá, encontrou Kalene enxugando o resto das lágrimas que lhe caiam no rosto.

–Lennie? - Ele a chamou.

Ela se virou e disfarçou um sorriso.

–Oi, Eddie. - Ela respondeu.

–Tá tudo bem? Por que você estava chorando? - Perguntou Edmundo.

–Nada não, eu estou bem. - Respondeu Kalene. - Vamos voltar para a festa?

–Vamos. Eu já ia te chamar mesmo. - Disse Edmundo.

Como os dois estavam morrendo de vergonha para tentar alguma coisa, ele apenas deu a mão para ela e os dois voltaram para o castelo de mãos dadas.


Continua


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews?
A parte deles mais velhos só no próximo capítulo. (tadinha da Kanes, só ela vai continuar criança)
Kisses :3