As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 30
Duas Missões Que Levaram Ao Mesmo Destino


Notas iniciais do capítulo

Heey povo! Aqui começa a “Cadeira de Prata”! Só que eu vou pular muita coisa, pois a Kanes não vai acompanhar eles dessa vez... E por favor, não me matem por causa do que aconteceu com a Kanes e o Rilian (~le sai correndo desviando das facas). Alerta de capítulo paradaaaaaaaço.

Espero que gostem!



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Alguns anos depois de Rilian ser raptado e de Kalene ter ficado com a memória totalmente confusa, Aslam resolveu trazer ajuda do outro mundo. Ele não suportou ver a tristeza de Caspian, com Lilliandil morta e Rilian desaparecido, possivelmente morto. E também não suportou ver Kalene daquele jeito. O feitiço havia feito ela esquecer de Edmundo, mas como a magia da Feiticeira Verde ainda era fraca, ela se lembrava de alguns fragmentos de felicidade que passou com ele, porém, não sabia quem era ele. Kalene estava quase ficando louca tentando saber quem era o garoto de suas visões. Alguns narnianos já a chamavam de louca. Aslam foi visitá-la em Cair Paravel para tentar ajeitar a mente dela.

–Pai, eu estou ficando maluca! - Disse Kalene. - Eu o vejo, e me vejo feliz com ele, mas não sei quem ele é!

–Não entre em pânico. Logo logo você vai se lembrar. - Disse Aslam, em um tom calmo.

–E se eu enlouquecer tentando lembrar? - Perguntou Kalene, em um tom aflito.

–Não vai. Eu tenho um plano que ajudará você e o Rei Caspian. - Respondeu Aslam.

Antes que Kalene pudesse perguntar algo sobre o plano, Aslam havia sumido e a deixado só. Ambos, Caspian e Kalene estavam na solidão. Só que agora, Caspian estava velho. Kalene estava muito confusa, mas de uma coisa ela tinha certeza: algo lhe dizia que Rilian não era o homem certo para ela. Principalmente agora, que a magia da Feiticeira Verde sobre ela começou a enfraquecer.

Enquanto isso, no outro mundo, Eustáquio estava na escola, pois suas aulas haviam começado há pouco tempo. Ele estava se escondendo de alguns valentões com sua amiga, Jill Pole. Eles estavam perseguindo-a e zombando dela por causa do sobrenome dela. Eustáquio contou para Jill sobre Nárnia e os dois desejaram ir pra lá. E acabou que os dois, ao passarem por uma porta atrás da escola, vieram parar em Nárnia.

Jill foi se mostrar, indo andar na beirada de um abismo e Eustáquio, tentando salvá-la, acabou caindo, mas foi soprado para algum lugar longe dali. Sozinha e perdida, Jill achou um riacho. Ela estava morta de sede, mas quando foi tomar água, Aslam apareceu e a garota teve medo. Jill venceu o medo e tomou a água. Depois, Aslam, provando para a menina que não era tão mal assim, a chamou. Ele disse que ela tinha uma missão em Nárnia. Ele lhe contou sobre Caspian e Rilian, e até mesmo sobre Kalene. Mas o caso de Kalene, nem Jill e nem Eustáquio conseguiriam resolver. Aslam deu quatro sinais para Jill, de como encontrar Rilian.

–Primeiro: Logo que Eustáquio colocar os pés em Nárnia, encontrará um velho e grande amigo. Deve cumprimentar logo esse amigo, se o fizer, vocês dois terão uma grande ajuda. Segundo: Vocês devem viajar para longe de Nárnia, para o Norte, até encontrarem a cidade em ruínas dos gigantes. Terceiro: Encontrarão uma inscrição numa pedra da cidade em ruínas, devendo proceder como ordena a inscrição. Quarto: Reconhecerão o príncipe perdido (caso o encontrem), pois será a primeira pessoa a pedir alguma coisa em meu nome, em nome de Aslam. - Disse Aslam.

Aslam fez Jill repetir os quatro sinais inúmeras vezes até que ela decorasse. Depois, a enviou para Nárnia, onde se encontrou com Eustáquio e os dois começaram sua missão.

Acabou que Jill e Eustáquio fugiram do castelo de Caspian (que era o grande e velho amigo de Eustáquio, mas havia acabado de deixar o castelo) e foram levados, pelas corujas, até a cabana do pessimista paulama do pântano, Brejeiro. Aslam retornou a Cair Paravel e, novamente, chamou sua filha.

–Kalene. - Disse Aslam, pacientemente. - Tenho uma missão pra você.

Kalene, mesmo em condições horríveis, não iria negar uma missão vinda diretamente de seu pai.

–Qual missão, pai? - Perguntou Kalene.

–Você deve ir até as ruínas da cidade dos gigantes e esperar até que duas crianças apareçam. Elas irão ajudá-la a lembrar um pouco. - Disse Aslam.

–Mas que crianças? - Perguntou Kalene.

Aslam contou para Kalene sobre seu plano, e que tinha trazido ajuda do outro mundo. Kalene ainda se lembrava do outro mundo, pois não se esqueceu de Lúcia, Pedro, Susana ou Eustáquio. Aslam disse que se Kalene fizesse tudo direitinho, ela se lembraria do que havia esquecido no final de tudo. Kalene, então, cavalgou até o Norte. Ela cavalgou durante dias, é claro, para passar na frente de Eustáquio e Jill. Para Aslam conseguir fazer o que ele estava tentando fazer, iria dar trabalho. Mas por amor à filha, ele estava disposto a fazer aquele sacrifício. Somente isso iria fazê-la lembrar totalmente.

Alguns dias depois, Kalene chegou nas ruínas da cidade dos gigantes. Para a surpresa dela, tinha um castelo enorme na frente (o castelo de Harfang, onde tinham aqueles gigantes que queriam jantar a Jill e o Eustáquio.). Era inverno e estava frio. Ela seguiu as instruções do pai e montou acampamento ali, para esperar Jill e Eustáquio. Em sua solidão, ela se concentrava ao máximo para tentar lembrar sozinha, mas era difícil demais. Se passaram mais dias até que ela avistou as crianças, acompanhadas pelo paulama Brejeiro. Pareciam concentrados em chegar no castelo que estava na frente das ruínas, tanto que não notaram a tenda de Kalene montada em uma rocha mais ao alto.

Aslam a aconselhou a não lhes dizer nada sobre as ruínas ou sobre o castelo, pois isso faria a missão deles dar errado. Ela reconheceu Eustáquio na mesma hora. Mas ainda não conhecia Jill e nem mesmo Brejeiro. Ficou tentada em ir falar com eles, mas era perigoso, pois podia estragar a missão deles.

–Olhem, Harfang! - Disse Jill, apontando para o castelo gigante. - Se nos apressarmos, esta noite, teremos camas e banho quente!

Banho quente? Camas? Mas a missão deles não era de procurar Rilian? Pensou Kalene.

Enquanto Kalene observava os três corpos indo em direção ao castelo, ela teve mais alguns fragmentos vindo na sua mente. Dessa vez, ela lembrou que realmente amava o garoto de suas visões. Se lembrou de quase todos os momentos. A única coisa que nunca lhe via na mente, era quem era ele.

A neve estava tão forte que Kalene não aguentou muito tempo na rua e teve que voltar para dentro de sua barraca. Depois de um dia inteiro de neve, ela escutou um barulho muito alto vindo de Harfang. Quando viu, eram Eustáquio, Jill e Brejeiro fugindo dos gigantes. Então, ela os viu caindo em um buraco dentro das ruínas da cidade.

Não aguentou e foi até lá. Chegando lá, ela achou o buraco, ainda aberto e, mesmo com medo, pulou. E então, o buraco se fechou, acima dela. Estava sozinha, pois os homenzinhos do reino de baixo já haviam Jill, Eustáquio e Brejeiro para verem a rainha do mundo de baixo (vulgo Feiticeira Verde). Kalene os seguiu, sorrateiramente, para não ser pega, mas de nada adiantou. Os cidadãos do mundo de baixo a pegaram.

–Alto! - Disse o Líder deles, apontando uma lança para Kalene. - Quem é você?!

Kalene estava com medo. Ela nunca havia ficado em um espaço confinado desses, sem sol e sem claridade. Entrou em pânico por dentro, porém, apenas suspirou e se apresentou formalmente.

–Eu sou Kalene, Rainha de Nárnia e Filha de Aslam. - Disse Kalene.

Os habitantes se entreolharam, desentendidos, como se ela fosse uma maluca, ou algo do tipo. Jill, Eustáquio e Brejeiro viam a cena, de longe.

–É Kalene! Ela veio atrás de nós! - Disse Eustáquio, animado.

–Você a conhece? - Perguntou Jill.

–Claro que a conheço! Ela é uma grande amiga. - Respondeu Eustáquio.

–Então ela era o primeiro sinal, seu tonto! - Disse Jill.

–Mas você não disse que Aslam disse que assim que eu pisasse em Nárnia, veria um velho e grande amigo? A primeira pessoa que vi quando cheguei aqui foi Caspian! - Retrucou Eustáquio.

–Não briguem numa hora dessas. Brigar só vai fazer eles nos matarem antes de morrermos de desidratação aqui em baixo. - Disse Brejeiro, ainda com seu humor pessimista.

–Ah, por favor! - Disseram Eustáquio e Jill ao mesmo tempo.

–Calem a boca! - Gritou um dos habitantes do mundo de baixo.

O Líder deles ainda apontava a lança para Kalene.

–Não conhecemos este reino chamado Nárnia e nem este indivíduo chamado Aslam. Então, aqui, você terá o mesmo tratamento que os outros prisioneiros! - Disse o Líder, se virando para outros homenzinhos estranhos. - Coloquem-na junto com os outros!

Eles colocaram Kalene, presa, junto com Jill, Eustáquio e Brejeiro.

–Eustáquio? Então, você voltou mesmo! - Disse Kalene, tentando descontrair.

–Só acho ruim que nosso reencontro tenha sido aqui. Mas estou feliz em te ver! - Disse Eustáquio.

–E quem são seus amigos? - Perguntou Kalene.

–Eu sou Jill. Jill Pole, na verdade. Me desculpe por não poder apertar sua mão, majestade. - Disse Jill.

–Meu nome é Brejeiro. Eu sou um paulama de Nárnia, majestade. Me perdoe por não poder me apresentar de uma forma mais adequada. - Disse Brejeiro, com um humor melhorado.

–Mandei calarem a boca! - Disse o homenzinho que tinha gritado com eles antes.

Eles chegaram em uma parte do submundo que parecia ser um "castelo". Uma voz masculina chamou o Líder daquelas criaturinhas e pediu que trouxessem os prisioneiros.

Essa voz... essa voz é de... Kalene não terminou de pensar, pois algo a fez desmaiar. Ela estava com um estranho sangramento no nariz e teve que ser carregada até uma sala daquele "castelo". O homem que os havia chamado era um jovem, não muito acima dos 20 anos, e muito bonito também. Ele os convidou para sentarem e comerem. Só que ele parecia ser meio louco, pois surtava sempre que Jill, Eustáquio e Brejeiro falavam sobre Nárnia e sobre Rilian. E quando ele viu Kalene, lutando para acordar, a loucura aumentou ainda mais. Ele sabia que a conhecia, mas não se lembrava de quem ela era. Acabou mandando colocarem-na no quarto dele até que ela acordasse.

Ele contou para os três que sofria de uma maldição e que o único jeito de parar seus modos agressivos durante a noite, era amarrá-lo em uma cadeira de prata mágica. Também contou de suas intenções com a Dama do Vestido Verde, do que ela fez por ele e do que ainda fariam juntos.

Kanes, no quarto ao lado, estava passando muito mal. Ela não sabia se era o feitiço ou o espaço confinado. Mas aquilo fez com que ela sonhasse. Um sonho que poderia ajudá-la a se lembrar de muita coisa.


Continua


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Notas finais do capítulo

É, eu avisei que estava parado, mas eu já estava planejando resumir toda a “Cadeira de Prata” em 3 ou 4 caps (acho que ainda vai dar mais dois antes de entrar na “Última Batalha”). Mas agora, as coisas vão começar a ficar boas! No próximo, ela finalmente vai lembrar e uma surpresa vai acontecer hehehee!!! Não desistam de mim por causa de dois caps deprimentes, please!!!

Kisses :3