As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 16
O Fim da Batalha


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, admito que hoje estou sem inspiração, pois não curto muito escrever sobre batalhas... então, vou só resumir, não vou colocar a batalha inteira (até porque, vocês já viram no filme) E mais ainda depois que o Nyah voltou da manutenção com esse visual HORROROSO! Prefiro mil vezes o de antes! Por que toda vida que alguém mexe em algum site, o site fica pior ainda?

Boa leitura!



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A Segunda Batalha do Beruna era nada menos do que telmarinos contra narnianos. Todos empunharam suas armas e esperaram o momento certo. Os telmarinos lançaram pedras na construção da Mesa de Pedra com suas catapultas. Pedro e Caspian tinham um plano para "quebrar" o chão, bem na hora que os telmarinos estavam em cima. O resultado foi que a terra cedeu e os telmarinos caíram no buraco. Bom, pelo menos alguns deles. Susana e os arqueiros estavam na construção, atirando suas flechas. Eddie e Kanes montaram em seus cavalos. Ed pegou uma besta e Kanes pegou sua espada.

Depois de algum tempo de batalha, Pedro perguntou por Lúcia, mas ela ainda não havia voltado. Foi então que a Mesa de Pedra cedeu às pedras atiradas pelos telmarinos, o que fez com que a passagem para dentro fosse bloqueada. Susana quase caiu, mas foi segurada por Trumpkin. Por um tempo, a batalha cessou, até que todos descessem de seus cavalos e lutassem normalmente. Pedro, Edmundo e Caspian foram na frente. Kalene ficou mais atrás, com Susana, para proteger aquele lado.

No meio da floresta, Lúcia ainda procurava Aslam enquanto era perseguida por um soldado telmarino. Para a surpresa de Lúcia, Aslam surgiu de trás de uma árvore e rugiu para o soldado, fazendo a menina cair do cavalo. Quando ela retomou os sentidos, confirmou que era Aslam que estava ali.

–Aslam! - Disse Lúcia, alegre e correndo para abraçá-lo.

A menina e o leão caíram no chão.

–Eu sabia que era você. O tempo todo, eu sabia! - Disse Lúcia. - Mas os outros não acreditaram em mim.

–Por que isso a impediu de vir a mim? - Perguntou Aslam.

–Desculpe. Eu estava com medo de vir sozinha. - Respondeu Lúcia. - Mas, por que você não se mostrou? Por que não chegou rugindo e nos salvou, como da última vez?

–Nada acontece duas vezes da mesma maneira. - Disse Aslam.

–Se eu tivesse vindo antes? Todos os que morreram... eu teria impedido? - Perguntou Lúcia.

–Nunca saberemos o que teria acontecido, Lúcia. Mas o que vai acontecer é bem diferente. - Disse Aslam.

–Então você vai ajudar? - Perguntou Lúcia.

–Mas é claro. E você também. - Respondeu Aslam.

–Eu queria ter mais coragem. - Disse Lúcia, baixinho.

–Se tivesse mais coragem, você seria uma leoa. - Disse Aslam.

–Mas e a Kalene? Por que não deixou que ela viesse junto? Não tem saudades dela? - Perguntou Lúcia.

–Sim, claro que tive. Mas o destino dela é outro. Ela tinha que estar em outro lugar, com o povo dela. - Respondeu Aslam.

–Você costuma falar na cabeça dela? - Perguntou Lúcia.

–Não muito. Só quando tenho que orientá-la. Mas hoje foi a primeira vez em 600 anos. Ela dará uma ótima rainha, um dia. - Respondeu Aslam.

–Ela vai ficar feliz em te ver! - Disse Lúcia.

–Vai sim. - Disse Aslam, com um sorriso. - Mas agora, acho que suas amigas já dormiram bastante, não acha? - Disse Aslam, rugindo em seguida.


Na Mesa de Pedra, a coisa continuava feia. Kalene e Edmundo já estavam lutando com duas espadas, ambos com uma em cada mão. Eles estavam feridos, assim como Pedro, Susana e Caspian. Teve uma hora em que Caspian caiu e um dos generais de Miraz tentou matá-lo com uma lança, mas ele foi pego e arremessado para cima por uma raiz. Uma raiz?? Isso mesmo, uma raiz. As árvores estavam ganhando vida e sacudindo os soldados telmarinos para longe (N/A: Fala que isso não te lembra o salgueiro lutador de HP??). Todos olhavam surpresos, exceto Pedro e Kalene.

–Lúcia. - Disse Pedro.

–Papai. - Disse Kalene. - Você demorou um milênio pra dar as caras.

As árvores lançaram suas raízes até as catapultas telmarinas e as destruíram. O exército narniano vibrou e Pedro deu aquele grito característico.

–Por Aslam! - Gritou Pedro.

Todos começaram a correr em direção ao que sobrara do exército telmarino, que começou a recuar para o rio. Lá, eles haviam construído uma ponte para atravessar de volta para a terra deles. Chegando lá, viram Lúcia, completamente desprotegida, ou quase isso, do outro lado. Aslam apareceu do lado dela e ela pegou seu punhal. Os narnianos (fora reis, príncipes e princesas...) também estavam surpresos.

–Atacar! - Ordenou o lorde mais confiável de Miraz (Só que não).

O exército telmarino avançou, um pouco sobre a ponte e um pouco por dentro do rio. Aslam deu um leve rugido e a água do rio começou a baixar. Se tratava de um gigante de água que praticamente afogou o exército telmarino, junto com o novo líder. Assim que a batalha acabou, alguns narnianos feridos cruzavam o rio, e junto com eles, também cruzaram Pedro, Susana, Edmundo, Kalene e Caspian. Chegando perto de Aslam, os cinco se curvaram.

–Levantem-se. Reis e Rainhas de Nárnia. - Ordenou Aslam.

Somente Pedro, Susana e Edmundo se levantaram.

–Todos. - Ordenou Aslam, novamente.

Caspian se ergueu. A expressão no rosto de Aslam, ao ver que Kalene tinha um nobre e justo coração de rainha, se entristeceu. Pois ele ainda não podia coroá-la. Aquela era a vez de Caspian. Não iria dar certo se Caspian e Kalene fossem coroados no mesmo tempo. Por isso, ele manteve a filha, ainda uma Princesa. Mas só por enquanto.

(Me deu um grande dó no coração escrever essa parte... tadinha, só ela que vai continuar sendo princesa... mas se eu colocasse agora, ia ficar estranho na parte do "Peregrino da Alvorada")

–Levante-se você também, filha. - Ordenou Aslam, uma terceira vez.

Ela se ergueu e olhou com pesar para o pai. Aslam notou, mas não podia fazer nada ainda.

–Acho que não estou pronto. - Disse Caspian.

–É por essa razão, que eu sei que está. - Disse Aslam.

Nessa hora, vieram os soldados ratos, carregando Ripchip numa maca, ferido e inconsciente. Lúcia rapidamente pegou seu elixir de cura e deu um pouco para Ripchip, que acordou logo em seguida, porém, sem cauda.

–Obrigado, majestade. - Agradeceu Ripchip, se levantando com ajuda dos outros ratos.

Assim que notou Aslam, rapidamente, seu humor mudou.

–Salve, Aslam! Eu tenho a grande honra de... - o rato não conseguiu terminar a frase, pois estava sem equilíbrio, devido a perda da cauda. - Estou absolutamente perplexo. Peço a sua indulgência por me apresentar de maneira tão imprópria.

Ele olhou para Lúcia.

–Que tal mais uma gotinha? - Pediu Ripchip.

–Acho que não serve pra isso. - Respondeu Lúcia.

Envergonhado, Ripchip quis sair dali. Os outros ratos estavam dispostos a cortarem suas próprias caudas para honrar Ripchip, mas Aslam lhe deu uma cauda nova, pela lealdade de seu povo. Aslam pediu para Lúcia chamar Trumpkin (que ela ainda chamava de N.C.A.) e rugiu para ele.

–Está vendo agora? - Perguntou Lúcia para Trumpkin.

Mais tarde, naquele mesmo dia, os narnianos fizeram uma festa no castelo telmarino, comemorando sua vitória e a coroação de Caspian. Kalene entendeu que ainda não era hora dela, mas foi convidada a se juntar aos outros reis na cavalgada por entre a vila. Aslam e Caspian foram na frente, seguidos por Pedro e Susana. Atrás deles, vinham Edmundo e Lúcia, apesar dos protestos de Edmundo, pois ele queria ir ao lado de Kalene. Kalene veio atrás, sozinha, usando um simples vestido verde com saia semi-rodada. (O vestido da Anna, do filme Frozen, pra ser mais exata, lá naquela parte da coroação da Elsa) O cabelo, solto, dando destaque às pontas cacheadas, usando sua simples tiara.

De noite, ainda durante a festa, Kalene saiu para ver os fogos sozinha e se sentou próxima a uma árvore. Aslam, vendo que ela estava sozinha, se aproximou para falar com ela.

–Eu sei o que vai dizer, pai. - Disse Kalene. - Vai dizer que espera que eu entenda que ainda não é minha hora.

–Não, eu ia apenas pedir desculpas. - Disse Aslam.

–Pelo quê, exatamente? - Perguntou Kalene.

–Por fazer você se sentir inferior mais cedo, e principalmente por ficar tantos anos longe de você. - Respondeu Aslam.

–Tudo bem, pai. Os narnianos já me consideram uma rainha. Eu só não entendo por que você vai embora... - Disse Kalene.

–Lamento ter que omitir isso de você também, minha filha. Quando tudo se acertar, eu lhe conto. - Disse Aslam, indo embora.

Kalene ficou ali, sentada por mais alguns minutos, até que Edmundo apareceu e se sentou ao lado dela. Estava de noite, e o céu iluminado por estrelas e fogos de artifício. Um clima muito romântico.

–Você sempre vai sumir no meio das festas? - Perguntou Edmundo.

–Só sumo quando quero quero ficar sozinha um tempo. - Respondeu Kalene.

–Se é assim, então eu vou embora. - Disse Edmundo, se levantando, mas Kalene segurou a mão dele, impedindo que ele fosse.

–Eu disse por um tempo, mas esse tempo já passou. - Disse Kalene.

Ele sorriu e voltou a sentar-se do lado dela, abraçando-a.

–Você está com frio? - Perguntou Edmundo, reparando o vestido da Princesa, que deixava os braços e os ombros completamente de fora, exceto por duas mangas pequenas.

–Um pouquinho, por quê? - Perguntou Kalene.

Eddie somente a abraçou mais forte. Kanes recostou a cabeça no ombro dele e os dois ficaram assim, por uns minutos, olhando os fogos.

–Ei, Lennie. Você acha que.... bem, que... - ele estava envergonhando o bastante para dizer aquilo. - que pode ser a minha rainha um dia?

Ela sorriu e olhou para ele.

–Se você não sumir de novo, talvez. - Ironizou Kalene, com aquele olhar sarcástico, mas dessa vez, misturado com o apaixonado.

–Sério? - Perguntou Edmundo.

–Sim. Lembre-se de que ainda estou zangada com você. - Respondeu Kalene.

Para Edmundo, "ainda estou zangada com você" significava "eu te amo". E Kalene sabia disso.

–Eu também te amo. - Disse Edmundo.

Os dois se beijaram novamente. Quase igual a primeira vez, só que agora, com mais jeito. Ficaram um tempão ali sozinhos, namorando, até alguém dar pela falta deles e chamá-los. Então, tiveram que voltar para a festa. Mas, mal sabiam das surpresas que o dia seguinte aguardava.


Continua.


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Notas finais do capítulo

É isso, meu povo. "Príncipe Caspian" está na reta final. Mais uns dois capítulos e começo a adaptar a Kanes para "A Viagem do Peregrino da Alvorada". Eu quero colocá-la em todos os livros, exceto "O Sobrinho do Mago", porque ela ainda não era nascida e "O Cavalo e Seu Menino",porque eu acho o pior livro de todos e é desnecessário colocá-la nesse livro, porque ela iria continuar tendo 11 anos de aparência. Gostaram?

Kisses da Kanes :3