As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 12
O "Quase" Momento


Notas iniciais do capítulo

Dois no mesmo dia!!! Eu tô com uma inspiração grande hoje *-* Pena que é agora que vem a parte que eu menos gosto do filme, sabem, aquela batalha no castelo do Miraz e talz.

Pela juba de Aslam, o Eddie chegou a ficar tonto com a surra que levou da Kanes! Será que esses dois vão se entender??? Tem que se entender! A coitada não esperou 1.300 anos pra nada!


Boa leitura!



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Depois de ter dado uma surra em Edmundo, Kalene continuou a andar mais na frente do grupo, mesmo com Ed puxando ela pra perto dele o tempo todo. Em uma dessas ela perdeu a paciência de novo.

–Vai parar de me puxar ou quer outra surra? - Perguntou Kalene irritada.

–Só vou parar de te puxar quando você ficar aqui e escutar! - Respondeu Edmundo.

Ainda com aquele olhar fuzilante de morte ela cedeu ao pedido dele.

–Hm, escutar o quê? - Perguntou Kalene. - Alguma desculpinha boba de como você foi embora e me deixou aqui sozinha?

–Não era desculpa, era a verdade. Eu nunca quis ir embora, mas aconteceu. E foi um acidente! - Disse Edmundo, esperançoso dela perdoá-lo.

–Sabe quanto tempo eu procurei vocês? Eu tive que governar sozinha, liderar exércitos sozinha e ver meus amigos morrerem sozinha! Nada vai apagar a dor que eu senti. - Disse Kalene, cabisbaixa.

Ele tomou impulso e colocou sua mão esquerda sobre o ombro esquerdo dela, abraçando-a. No começo ela ficou envergonhada, mas se lembrou de que estava furiosa com ele.

–Pode me olhar com seus olhos fuzilantes a vontade! Eu sei que no fundo você gosta de mim. - Disse Edmundo, beijando a bochecha dela novamente.

–Eu ainda tô zangada com você! - Disse Kalene, dando um olhar sarcástico para ele.

Mais atrás vinham Nikabrik, Trumpkin e Caça-Trufas conversando.

–E então? Como eles são? - Perguntou Caça-Trufas.

–Descontentes, resmungões, teimosos feito mulas pela manhã. - Respondeu Trumpkin.

–Então gostou deles. - Deduziu Nikabrik.

–Bastante. - Respondeu Trumpkin.

Mais adiante, eles avistaram o grande monumento construído há 600 anos sobre a Mesa de Pedra, para ser o leito de Kalene enquanto ela dormisse.

–Eu não vou ter que dormir de novo, vou? - Perguntou Kalene, ironicamente.

–Dormir? Mas por que? - Perguntou Edmundo.

–Longa história. - Respondeu Kalene.

Continuaram a caminhar até chegarem na porta, onde uma fileira de centauros os aguardavam para fazer uma espécie de "barreira" com as espadas, o que representava respeito e honra para quem era da realeza.

Pedro, Lúcia, Susana e Edmundo foram na frente, sendo seguidos por Kalene e Caspian. Logo atrás vinha o resto dos narnianos.

Lá dentro, não era mais vazio. Faunos e outras criaturas fizeram daquilo uma espécie de fortaleza com direito a ferraria e tudo mais. Estavam olhando admirados, até que Susana chamou Pedro.

–Pedro! É melhor ver isso aqui. - Chamou Susana.

Lá dentro, nas paredes, eles puderam ver figuras de si mesmos, como as artes rupestres que os homens das cavernas faziam, só que mais bonitas.

–Somos nós. - Disse Susana.

–Eu fiz a maioria, mas alguns narnianos me ajudaram com umas. - Disse Kalene.

–Que lugar é esse? - Perguntou Lúcia.

–Vocês não sabem? - Perguntou Caspian.

–Esse lugar não era coberto da última vez que eles estiveram aqui, Caspian. Eu ainda me lembro. - Respondeu Kalene.

Caspian apanhou uma tocha e foi guiando o grupo por dentro do corredor até chegarem na sala onde ficava a Mesa de Pedra. O lugar onde Aslam morreu e Kalene dormiu por 600 anos. Lá dentro, eles viram mais figuras deles mesmos em uma parede, narnianos em outra, havia uma de Kalene recém adormecida e no centro havia uma de Aslam. Para a surpresa de Kalene, a mesa estava completamente livre dos lençóis e travesseiros. Mas ela sabia que alguém provavelmente tinha vindo limpar.

–Lar, doce lar. - Ironizou Kalene.

Lúcia se aproximou da mesa e começou a tocá-la.

–Aslam deve saber o que faz. - Disse Lúcia.

–Lúcia.. - Chamou Kalene, se aproximando da menina - Eu não vejo meu pai há tanto tempo quanto vocês não veem. Talvez... talvez... - sua voz falhou. - talvez nunca mais voltemos a vê-lo. - Kalene estava totalmente enganada.

–Kalene tem razão. Acho que cabe a nós agora. - Disse Pedro.

Todos saíram da sala, com exceção de Kalene e Edmundo. A Princesa ficou sentada de frente para a imagem de Aslam, quando sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto. Edmundo se sentou ao lado dela e a abraçou novamente.

–Iremos voltar a vê-lo, Lennie. - Edmundo sabia que chamá-la de Lennie era o ponto fraco dela, pois só ele a chamava assim.

–Como você sabe? - As lágrimas praticamente jorravam do rosto dela. - Fiquei sozinha por muito tempo, Ed. Dormi neste lugar durante 600 anos e ele não voltou! Vocês chegaram antes dele! Eu estou começando a perder a esperança!

–Não fique assim. - Ele passava os dedos sobre as lágrimas dela. - Lembra que da outra vez também chegamos antes dele?

–É mesmo. - Ela esboçou um sorriso leve que disfarçava os olhos inchados.

–Mas pera aí! Como assim dormiu por 600 anos? - Perguntou Edmundo.

–Lembra daquela longa história? Bem, é sobre isso. Os narnianos estavam morrendo, e não queriam que eu morresse também. Então eles fizeram um encantamento para que eu "hibernasse" e ficasse segura. Mas eu sabia que não iria durar para sempre. - Respondeu Kalene.

–Então agora eu vou começar a te chamar de Bela Adormecida. - Brincou Edmundo.

–Olha quem fala, Cabeça de Manjar Turco! - Respondeu Kalene, sabendo que ele era doido por Manjar Turco. (Não, ele não pegou trauma da Feiticeira Bitch)

Os dois começaram a rir e veio aquele silêncio constrangedor de novo.

–Lennie, você gosta de mim, não gosta? - Perguntou Edmundo, corado.

–Eu ainda tenho que responder? - Respondeu Kalene dando uma risadinha irônica.

Ele levou a mão até o rosto dela e começou a se aproximar levemente. Estavam a ponto de se beijarem quando ouviram Pedro chamar Edmundo.

–Edmundo, vem aqui, rápido! - Chamou Pedro, gritando de fora.

Ah, mas que droga, Pedro! Logo agora! Pensou Edmundo.

–Eu tenho que ir. - Disse Edmundo.

Não por muito tempo, porque depois a sala da Mesa de Pedra estava cheia novamente. Edmundo havia sido chamado para ajudar Pedro a reunir as tropas ali. Assim que as tropas começaram a chegar, Ed encontrou Kanes sentada em outro lugar e se sentou ao lado dela.

–É só uma questão de tempo. - Disse Pedro. - Os homens e as armas de guerra de Miraz estão a caminho. Ou seja, esses mesmos homens protegem o castelo.

–O que sugere que façamos, Majestade? - Perguntou Ripchip.

–Atacar o Castelo. - Disse Pedro.

–Começar a planejar. - Disse Caspian.

Ambos disseram ao mesmo tempo, causando antipatia entre os dois.

–A única esperança é atacá-los antes que eles nos ataquem. - Disse Pedro.

–Isso é loucura, ninguém jamais tomou o castelo! - Rebateu Caspian.

–Sempre tem uma primeira vez. - Disse Pedro.

–Teremos o elemento surpresa. - Disse Trumpkin.

–Mas temos a vantagem aqui! - Disse Caspian.

–Se nos prepararmos, podemos contê-los pra sempre. - Disse Susana.

–Eu me sinto bem melhor aqui em baixo. - Disse Caça-Trufas.

–Olha, agradeço o que fizeram aqui. Mas isso não é uma fortaleza, é uma tumba. - Disse Pedro, insultando alguém.

–Nossa, muito obrigada, hein. - Disse Kalene, ofendida, porém Pedro não sabia de seu sono profundo.

–Mas tem razão. Se os telmarinos forem inteligentes só vão esperar a gente morrer de fome. - Disse Edmundo.

–Nós podemos colher nozes! - Disse um esquilo, não muito inteligente.

–É, e jogar nos telmarinos! - Ironizou Ripchip. - Cala a boca! Conhece a minha opinião, senhor.

http://data.whicdn.com/images/45753394/tumblr_me2ouwTqHQ1qfy1fno2_500_large.gif (depois de horas tentando colocar, finalmente consegui u.u)

–Eu digo pra gente ficar aqui. Não vou mandar outro exército rumo a morte certa. - Disse Kalene, se levantando.

Pedro sabia que ela estava se referindo aos centauros, então se virou a eles.

–Se eu entrar com suas tropas, pode lutar com os guardas? - Perguntou Pedro.

–Ou morrer tentando, soberano. - Respondeu o centauro líder.

–É isso que me preocupa. - Disse Lúcia, ganhando a atenção de todos.

–O que disse? - Perguntou Pedro.

–Estão agindo como se só houvesse duas opções: morrer aqui ou morrer lá. - Respondeu Lúcia.

–Eu acho que não ouviu direito, Lu. - Disse Pedro.

Não, é você que não ouve! - Rebateu Lúcia. - Ou você já esqueceu quem derrotou a Feiticeira, Pedro?

–Acho que já esperamos tempo demais por Aslam. - Disse Pedro.

Kalene concordou com ele, apesar dela ter ouvido a voz de Aslam em sua cabeça algumas vezes. Mas ele nunca apareceu para ela realmente.


Continua.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu até postaria mais um, mas eu vou esperar os reviews de motivação primeiro hehee!
O "Cabeça de Manjar Turco" ali foi uma paródia do "Cabeça de Alga" que é o apelido que a Annabeth chama o Percy. (Minha paródia ficou tosca, eu sei...)
Kisses