Segredos escrita por Isabella Granger


Capítulo 18
Unidas como uma só


Notas iniciais do capítulo

oi pessoal, que saudade de voces, desculpem a demora. mais um para voces, comentem bastante. Com carinho e muitos beijinhos. Isabella Granger. :*



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Unidas como uma só

PDV Bella

Por fim, decidi ficar em casa, por meus pensamentos em ordem, meus sentimentos estavam tão furiosos dentro de mim que nem sabia o que aconteceria se eu os encontrasse agora. Parece até que voltei ao começo de nosso fim, mas como poderia olhar em seus olhos , como ouro líquido, só eu sei o quanto gostaria de mergulhar naquelas orbes e por la ficar, sim, sem dúvida, seus olhos sempre foram minha cura e agora se tornaram meu maior martílio. Contanto, a apenas uma razão para tal, e era o fato de que não mais me pertenciam.

Os meninos estavam nos esperando no lado de fora, enquanto pensava num jeito de dizer que não poderia ir. Mas como sempre, como se pudesse ler minha mente , ela me entendia, ao mesmo passo que podia desvenda-la com apenas um gesto seu. Passos antes de chegarmos a porta, ela se virou, observei seus olhos e senti sua mão tocar a minha. Seu olhar me demonstrava tudo o que precisava saber, que ela me entendia. Os braços tão acolhedores me envolveram por alguns segundos, antes de ela me dar um último olhar compreensivo e sair fechando a porta.

Sabia que o que fosse necessário seria resolvido por ela. Tanto quanto tinha a certeza que sem nem mesmo precisar perguntar ela sabia, eu precisava desse tempo sozinha. Doía nela não poder estar comigo, tanto quanto em mim doía ver ela se afastar, mesmo que por um período de tempo pequeno, a amava demais, me pergunto como consegui passar tanto tempo longe. Sentia que esse sentimento era compartilhado, tinha esse conhecimento, porém, queria minha amiga feliz acima de tudo, ela tinha assuntos a tratar.

Subi novamente as escadas em direção a nosso quarto, andei até a janela e nela me escorei, observando como tudo estava calmo. A calmaria antes da tempestade,essa frase nunca me pareceu tão certa, pois será difícil encará-lo e a família que eu pensei pertencer. Como pude ser tão boba? Não poderia contabilizar quanto tempo passei observando , mas sei que foi tempo suficiente para acalmar meu furacão interno. E por hora, teria de bastar.

Andei até a cama da Mione e nela me sentei, seu cheiro empreguinado naquele cômodo, me fazendo sentir segura, um efeito que apenas ela tinha em mim por completo, foi impossível não lembrar de quando fugimos para caçar as horcruxes, a instabilidade, o medo que tinha de perdê-la. Nunca duvidei dela por um segundo sequer, mesmo quando nem ela acreditava, pois sempre soube o quão melhor que isso ela era. E ela sempre foi minha rocha, meu apoio assim como eu era o dela. Sem ela jamais teríamos conseguido.

Toquei na corrente que possuía em meu pescoço, e com um simples gesto desfiz o feitiço de desilusão que impedia os outros de vê-lo. Eu sentia que era algo apenas nosso. Que apenas nós poderíamos saber. O tirei de seu lugar e o peguei em minhas mãos.

Abri encontrando uma foto nossa abraçadas e rindo em nosso terceiro ano, nas férias antes do quarto ano começar e tudo se complicar ainda mais. Pouco antes da copa mundial de quadribol , meus braços a envolviam e os dela me acolhiam de uma forma que pertencia unicamente a ela. Fechei meus olhos ao tempo que deitava em sua cama me sentindo protegida o suficiente para mergulhar em lembranças de um tempo mais simples, e que estávamos juntas como sempre desde que nos conhecemos. Fomos acampar com os pais da Mione na floresta do Dean, tínhamos acabado de almoçar, estava tão feliz por estar com ela, nunca consegui entender a força de nossa ligação, mas desde aquela mais remota época sabia que não poderia perde-la, arrancar meu coração com as próprias mãos doeria menos.

– Vamos andar um pouco Mione?- pedi com meus olhinhos pidões a ela.

Ela pensou um pouco antes de concordar com a cabeça.

– Podemos papai? - ta, confesso, aí nos duas jogamos sujo com eles, lançando nosso charme todo encima deles, que não resistiram.

– Podem, só não vão muito longe e tomem cuidado. - disse a senhora Granger carinhosamente.

– Tudo bem mamãe. - disse já se pondo de pé. Não resisti provocar um pouco minha adorada sabe-tudo.

– É pode deixar que eu cuido dela. - recebi seu olhar indignado e fui a puxando para caminhar antes que ela falasse algo(ou pudesse rebater). Queria explorar aquele lugar , sorri grande para ela quando saímos da vista de seus pais que estavam aproveitando para namorar um pouquinho. Não deu outra, ela revirou os olhos , percebendo o que fiz e me puxou para andarmos mais rápido, estávamos correndo a um tempo quando a floresta ficou mais densa , sentamos em um tronco caído,queria conversar um pouco antes de voltarmos.

– Como será que serão as coisas daqui para frente? Quer dizer, desde o primeiro ano, as coisas só se complicaram, e nós quase morremos. Tenho medo por você, pelos meus pais, Harry, Rony, enfim, todos os que amamos. As coisas ficam cada vez mais difíceis, e se uma dessas aventuras for perigosa demais e um de nós não suportar? - Meu olhar era temeroso, eu sempre sou tão forte com todos, era bom poder ser frágil, ao menos quando estou com ela. Sua mão apertou a minha e olhando em meus olhos ela disse:

– Não sei o que vai acontecer Bells, mas, o que eu sei, é que sempre vou estar com você, não importa o que aconteça. Por que eu amo.

– Também te amo Mione. - a abracei fortemente antes de nós voltarmos para o acampamento. Foram férias maravilhosas, pouco depois fomos até a toca e de la fomos a copa mundial de quadribol. O que foi um martílio para a Mione, já que ela detestava o esporte, mas eu amei. Amei o esporte desde que o vi pela primeira vez, e me descobri uma boa artilheira. Ganhei vários jogos para a Grifinória. Mas os que mais gostava eram os que nós venciamos a Sonserina. Isso não tinha preço.

Voltei a realidade e abracei seu travesseiro, lembrando de nosso quarto ano, uns dias antes da terceira prova do torneio tri bruxo, era de madrugada e eu acordei de repente com uma dor no coração, como se alguém estivesse apertando ele, levantei rapidamente abrindo a cortina da cama, fui até a da Mione mas não a encontrei. Fiquei preocupada e fui procurá-la, não a achei em nenhum lugar do dormitório, então, imaginei que ela estaria na torre de astronomia. Ela adorava sentir o ar nos cabelos e ver tudo la de cima, segundo ela, é um bom lugar para pensar, e eu concordo. Cuidadosamente andei até o quarto dos meninos e peguei a capa da invisibilidade do Harry, sabia que ele não se importaria, coloquei e sai de fininho, com passos estudados fui andando até a torre de astronomia, eu a vi, apoiada ao parapeito o olhar vago, perdido.

Fui até la e repeti seu gesto. Sem palavras, a observei, medindo suas expressões, ela era tão clara pra mim. Via o medo em seu olhar, doía mais em mim do que nela, era a minha vez de ser forte. A virei para mim e firmei meu olhar nela.

– Ele vai conseguir. - foi a única coisa que saiu da minha boca , pois era também a única que ela precisava ouvir.

– Como você sabe? - sua voz era trêmula. Minha amada sabe tudo estava tão frágil, como queria poder arrancar sua dor , nem que fosse para torna-la minha.

– Eu não sei, mas digamos que tenho um bom pressentimento. - com essa eu vi a sombra de um sorriso no canto de sua boca.

– Pressentimento? Tem certeza que não esta passando muito tempo com aquela charlatã da professora de advinhação? - Sorri com sua provocação, porém, sabia que ela estava longe de estar melhor.

– Não, mas eu sei de algo que me faz acreditar que ele vai conseguir. - Pisquei para ela.

– E o que é? Posso saber Srt. Swan?

– Harry tem a ajuda de uma pessoa muito especial, linda e absurdamente esperta.

– Quanta modéstia a sua. - disse revirando os olhos.

– Quem disse que estou falando de mim? - arqueei minha sobrancelha.

– Então?

– Estou falando da sabe-tudo mais corajosa e com o coraçao mais lindo que existe. Pena que ela precisa de um óculos para se ver melhor. E essa sabe tudo tem a ajuda de uma amiga que faria de tudo por ela. E juntas elas irão ajuda-lo.

– E se eu não conseguir? Não é tao simples...

– Sei que não, mas Mione

Eu to com medo, ele precisa de mim e eu não sei o que fazer ou como ajuda-lo. Me sinto uma inútil, de que adianta tanto estudo? Ler tantos livros se nem ao menos consigo ajudar meu amigo quando ele mais precisa? Bela Gryffindor eu sou! Se nem coragem eu tenho.

Deixei que ela botasse tudo para fora, ela se soltou de minhas mãos e se encostou na parede escorregando ate o chão. Me abaixei também e fiquei a sua altura levantando o rosto por mim tão amado, seus olhos estavam tão perdidos carregando lágrimas que ela se negava a derramar. Acariciei com a ponta dos meus dedos sua face num toque sutil, foi o suficiente para senti-las molharem meus dedos.

– Sabe, a coragem não é a ausência do medo, e sim, a vontade que temos de enfrantá-lo, e isso, sei que tem de sobra Mi. Você tem medo por que é humana, e nós duas vamos ajudar ele e o Harry vai conseguir. Nunca mais diga que é uma inútil, por que não é verdade. Você é a pessoa mais doce e corajosa que conheço , tenho tanto orgulho de te-la comigo sempre, ser sua amiga foi o maior presente que jamais sonhei em sequer pedir.

Ela se jogou em meus braços e a acolhi com todo amor que sinto por ela. Ficamos por um bom tempo assim, também estava aproveitando esse tempo abraçada a ela, ultimamente quase não temos tempo para nós, que era bom poder esquecer de tudo, e apenas aproveitar essa segurança que sinto ao lado dela, e quando enfim nos separamos a olhei e não havia mais aquela tristeza nem medo ou dor, mas a confiança que estou acostumada e ver nela. - Eu acredito em você, pois não estará sozinha nessa, e nem em coisa alguma, somos uma só, duas partes de um todo, vou estar ao seu lado, sempre. Como você sempre esteve aqui para mim, estou por você. E se pudesse se ver com meus olhos, jamais duvidaria. - A apertei em meus braços.

– Eu também te amo sabia? - É claro que eu sei, e quem não amaria? Arranquei um sorriso seu, e é claro, seu revirar de olhos tão costumeiro de quando eu falo alguma idiotice apenas para vê-la rir. Conjuramos uns travesseiros e cobertas , arrumei tudo ali, me encostei a parede e a puxei para dormir com a cabeça no meu colo, sabia que ela precisava disso, de carinho, e ela dormiu com minha mão em sua cabeça , acariciando.

Fiquei a noite toda zelando seu sono. Passei o dia todo morrendo de sono e com uma dor nas costas, mas ela estava bem, podia ver isso, então , valeu a pena. Por ela qualquer coisa sempre valeria a pena.

Suspirei, nos passamos por tantas coisas, e em cada uma delas nos aproximávamos mais, e mais fortes ficavámos, pois estávamos juntas. Nem vi o tempo passar, também não senti fome, me sentia tão bem lá que aos poucos peguei no sono. acordei algumas horas depois com o som do carro estacionando em frente a casa, levantei e fui até a janela, pude ver a Mione sair de la com um sorriso todo bobo, e o Draco ao seu lado, e abraçados eles entraram em casa. Sorri grande com isso. Ela estava feliz, isso sempre me bastaria. Se bem que se ele a magoasse eu teria que arrancar a cabeça de um dragão.

Ha e tem também minha amada função de melhor amiga, que é implicar com o namorado dela. sim, eu me divirtiria muito com essa parte.

Mas o melhor é que sei, estaríamos sempre juntas.

Unidas como uma só.


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Notas finais do capítulo

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