This Strange Love escrita por Finholdt


Capítulo 19
Coelhinho estúpido e seios


Notas iniciais do capítulo

Quanto tempo! Provas, provas recuperação, trabalho... Eu poderia dar um longo e cansativo texto de desculpas pela minha demora. Ao invés, vou apenas deixar esse curto capítulo enquanto volto pro word, pra escrever outro o mais rápido possível.



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Eu ainda não consegui me acostumar com esse cabelo branco. Me sinto um idoso.

À noite, nós cinco nos olhamos entediados. O General tinha saído pra um bar e disse que não era para esperarmos ele acordados. Eu não quero nem saber o que ele vai fazer.

— Alguém ter alguma ideia brilhante? — Perguntou Merida enquanto soprava a franja pra fora do rosto.

— Podíamos jogar de Verdade ou Consequência de novo. — Sugeriu Rapunzel.

NÃO! — Berramos, Aster e eu, ao mesmo tempo.

— Estou com o cabelo branco! B-R-A-N-C-O! — Esbravejei, olhando feio para a causadora disso. Ela apenas piscou pra mim.

— E todas as minhas roupas estão rosas. — Completou Aster.

— Podemos transformar em Verdade ou Stripp. — Sugeriu Soluço. Todos nós o encaramos.

— Como é? — Perguntei.

— É como Verdade ou Consequência, mas se a pessoa não quiser responder, ela tira uma peça de roupa.

— Jesus, Soluço, desde quando você ficou tão pervertido?

Isso o fez ficar completamente vermelho.

— Eu não--!

— Eu gostei. — Disse Rapunzel.

— Tanto faz. — Murmurou Merida um pouco nervosa.

Por um lado, eu poderia questionar Merida sobre Macintosh e as perguntas incrivelmente constrangedoras dela de ontem à noite. Por outro, há a possibilidade de eu ver duas garotas lindas sem roupas. Os hormônios levaram a melhor.

— Topo.

— Eu não acredito que vou dizer isso, mas... Tá, manda ver.

~~*~~

— Merida, como vai o seu relacionamento com o Macintosh? — Perguntei inocentemente.

“Você não sente nenhum pouco de remorso por se agarrar com Merida enquanto ela está namorando?”, perguntou Rapunzel. Nem um pouco, respondi.

— Passo.

— Tira a roupa! Tira a roupa! Tira a roupa! — Essa é uma regra que Rapunzel inventou de última hora. Tínhamos que gritar isso pra pressionar a pessoa.

— É só uma meia, seus imbeciles. — Murmurou Merida em escocês. — Muito bem, Soluço: Vai nos contar o que tá rolando entre você e a Astrid?

— Passo.

— Tira a roupa! Tira a roupa! Tira a roupa!

Particularmente, eu prefiro ficar sem a visão de outros caras sem suas roupas, mas outras visões suprimem outras visões.

— Ai ai, por favor gente, eu sou da Noruega, eu aguento ficar sem camisa.

— Ninguém aqui está reclamando. — Disse Rapunzel admirada.

— Yep, desde quando anda fazendo exercícios, hein, Soluço? — Até Merida parecia encantada!

Soluço abaixou os olhos, ruborizando.

— As senhoritas não têm seus respectivos namorados? — Grunhi.

Rapunzel ficou vermelha e escondeu o rosto entre as mãos, Merida apenas arqueou a sobrancelha para mim.

— Certo, Jack, vou fazer pra você. — Disse Soluço com um sorriso estranho.

— Eu?! Mas eu já fui agorinha...

— É, Soluço, tem que dar uma rodada inteiro antes de fazer uma pergunta pra outra pessoa. — Explicou Aster.

— Tá, certo, tudo bem. Rapunzel, você pretende me explicar como foi que um pacote endereçado a você veio parar no meu apartamento?

— Hein? — Ela piscou.

— Na verdade, foi para o apartamento da Heather, que foi entregar o pacote para mim e falou dos pais dela e blá blá blá... Enfim, que pacote é esse?

— Quem... Quem é o remetente? — Perguntou Rapunzel, ficando mais pálida.

— Só dizia “Gothel”.

Rapunzel prendeu a respiração, ela parecia a beira de um colapso.

— Você abriu?

— Bem, não, não foi endereçado a mim...

— Queime. Não abra. Só queime e jogue fora.

— Mas Punzie...

— Queima!

Um silêncio pesado se instalou entre nós. O clima estava tenso demais para o meu gosto, então eu fiz o que faço de melhor: gracinhas.

— Tira a roupa! Tira a roupa! Tira a roupa!

Rapunzel me olhou como se eu fosse retardado.

Felizmente, Merida captou o que eu dizia e continuou com os gritos.

— Tira a roupa! Tira a roupa! Tira a roupa!

Não demorou para Aster se juntar a nós, e até Soluço continuou a gritaria.

Rapunzel lutou contra um sorriso mas o deu mesmo assim.

— Tá legal, tá legal! Credo, é só uma blusa, seus pervertidos!

— Isssooooooo! — Eu falei isso alto?

Merida me fuzilou com o olhar enquanto Rapunzel simplesmente de olhou estranho. Revirou os olhos e tirou a camiseta polo, me deixando a mostra um adorável sutiã rosa claro.

— Agora sim esse jogo está interessante. — Assoviou Aster. Fui obrigado a concordar com ele.

Namorada. Namorada. Namorada. — Murmurou Soluço sem parar, como num mantra.

— C-certo, vamos continuar. Aster, quando é que você vai se declarar pra minha amiga Ana?

— Quê?!

— Ah, eu tava mesmo querendo te perguntar isso! — Exclamei animado.

— Eu sinceramente acho que isso não é da conta de nenhum de vocês.

— Tira a roupa então, bonitão. — Disse Merida cruzando os braços.

— Tudo bem por mim!

— Há, e com certeza pra mim. — Suspirou Merida sorrindo.

A camisa de Aster foi embora antes mesmo de começarmos a gritar.

— Aaah! Meus olhos! Meus olhos! — Gemi, tampando os olhos. — Tá queimando!

— Beleza demais pra você, Frost?

— Não pra mim. — Disse Merida, ainda com aquele sorriso idiota.

— Nem pra mim. — Suspirou Rapunzel.

— Cof cof Flynn Rider cof cof.

— Ah, cala a boca, Jack!

— Muito bem, Jack, sua vez. Vai demorar muito pra você dizer que ama a escocesa aqui?

— Como é?!

— Como é?!

— Ah, ótima pergunta!

— Cala a boca, seu gato ainda está comigo, maldito!

— Eu concordo com o Soluço, Jackie.

— Sem comentários.

— Tira a roupa! Tira a roupa!

— Mas dessa vez vai ser minha calça!

— Por mais que meus olhos entrem em protesto por ter que ver algo tão repugnante quanto suas cuecas, Frost, regras são regras. — Argumentou Aster.

Resmunguei algumas coisas desconexas enquanto abria o zíper da minha calça jeans e a abaixei.

— Chorando sangue aqui. — Comentou Aster.

— Chega a ser tão ruim quanto ver meu pai sem camisa. — Murmurou Soluço.

— Não estou vendo nada de errado. — Disse Rapunzel.

Se Merida tinha algum comentário, ela guardou pra si mesma.

— Ceeerto, vamos em frente.

~~*~~

— Estamos numa zona perigosa aqui. — Murmurou Soluço, completamente vermelho.

Rapunzel estava apenas com seu adorável conjunto de roupas íntimas, enquanto Aster, Soluço e eu estávamos apenas de cueca. Mas a zona perigosa que Soluço comentou é que...

Merida acabou de perder o sutiã.

Ela estava com os braços cruzados, tentando ocultar qualquer tipo de visão extra que poderíamos ter de seus – belos, devo dizer – atributos.

— Vocês não acham que está na hora de encerramos o jogo? — Sugeriu Rapunzel, ligeiramente envergonhada.

— De jeito nenhum! — Berrei.

— Não, não, tá ótimo! — Concordou Aster.

Merida me olhou como se quisesse me estripar.

Pensando bem... Não gosto dessa história do Aster e do Soluço ficarem vendo essas visões privilegiadas.

— Ér, bem, pensando bem... O General deve chegar a qualquer minuto. — Murmurei — Vamos dormir.

~~*~~

Eu estava na mesa, esperando Aster terminar de fazer o café-da-manhã, tentando desesperadamente esquecer os sonhos estranhos e censurados que tive, quando Merida desceu as escadas e se sentou do outro lado da mesa. Me ignorando completamente, ela se dirigiu a Aster.

— Vamos pra praia, Aster!

— Claro, chama os outros e—

— Eles não querem. — Ela o interrompeu — E eu estava na esperança de você me ensinar a surfar.

— Ah... Bem... Okay. Arruma suas coisas que daqui a pouco a gente sai. Você quer comer antes?

— Estou sem fome, obrigada.

— Eu ainda estou aqui, sabiam?

— Eu sei. — Resmungou Merida — O mundo chora por isso até hoje.

— Não foi isso que você disse ontem...

Aster nos olhou desconfiado por um momento mas deixou passar. Ao contrário de Merida, que parecia a beira de um colapso.

— Vem com a gente então, Jack. — Convidou Aster. — A gente te deixa no mar e não olha pra trás.

— Tentador, mas não. Não quero segurar vela.

Assim que eu disse isso, comecei a ficar desconfortável. Imagens de Merida e Aster segurando as mãos e se abraçando começaram a invadir minha cabeça, me deixando com raiva.

Fiquei tão concentrado na minha própria revolta com a minha imaginação que quase não notei o barulho da porta se fechando. Quase.

— Esperem, eu vou junto!

~~*~~

“Por que não admite pra si mesmo de uma vez que está com ciúmes?”, quis saber Rapunzel, impaciente. Eu não sinto ciúmes daquele ser ruivo, dã. Porque sentiria?

“Por que você gosta dela, seu cabeça dura!”.

Resolvi ignorar Rapunzel pelo resto do dia. Consciência deveriam ser incapazes de mentir, eu hein.

Me pergunto o que deu em Merida, ela estava quase se jogando em cima do Aster! Cruza os braços com ele e sai desfilando por aí, me ignorando completamente. Não que eu me importe. Não me importo. Nope.

~~*~~

(— Rapunzel? Você sabe onde está o Aster, o Jack e a Merida? — Perguntei preocupado.

— Na verdade, não. Acho que a Merida me chamou pra ir pra praia, mas eu disse que estava muito cedo.

— Quando foi isso? — Nunca é cedo demais pra praia, ué.

— Umas 5 da manhã.

Bem, isso parece cedo demais pra praia.)

~~*~~

— Vamos tomar sorvete, Aster. Estou com calor. — Chamou Merida.

Olá? Eu estou bem aqui, sua babaca. Já pensou que eu posso estar com calor também? Vaca.

— Não posso. Jack me desafiou que a única comida que eu posso comer que não for a que eu mesmo cozinhei tem que ser cenoura. Crua.

— Nhá, coelhinho, não esquenta, é só até o fim da viagem. — Sorri.

— Filho da—

— Então! — Exclamou Merida. — Você tem uma cenoura aí?

— Eu trouxe uma, caso eu ficasse com fome.

— Então ótimo! Vou comprar um picolé para mim.

— Eu quero um sorvete de—

— Ninguém te perguntou, Frosty. — Ela disse e deu as costas.

Eu tive que morder a minha língua para não a xingar de tudo que eu queria.

Resmungando e a xingando sob minha respiração, fui atrás dela pra comprar meu sorvete. Aster apenas soltou um risinho.

Ela me ignorou completamente na fila. Qual o problema dela, hein? Que garota mais estúpida...

De volta pro Aster, ela logo entrelaçou o braço no dele, o chamando pra surfar. Resolvi os ignorar e experimentar o meu sorvete.

Eu só não esperava que ela pegasse no meu pulso e me puxasse junto com eles. Fiquei tão surpreso que a bola do meu sorvete logo ficou pra trás, esmagado contra a areia.

— Meu sorvete! — Choraminguei.

Mas não fiz mais nada além disso. A mão dela é tão macia e pequena... Eu poderia segurar isso o tempo todo e... Tira isso da cabeça, Frost!

Meu estomago está embrulhado... Deve ser a fome.

~~*~~

Depois de umas três horas rondando pela praia só nós três, nós incrivelmente topamos com Soluço, Rapunzel e o meu pai, armados com uma mesa com sombra e churrasco.

— Papai! — Exclamei. — Oh, papai, eu te amo tanto!

— Fica longe da minha picanha.

— Papaaaai. — Choraminguei.

Aster revirou os olhos e continuou mastigando a cenoura com um olhar desejoso a churrasqueira.

— Essa carne... Foi você quem temperou, North?

— Eu mesmo. — Ele respondeu, pomposo.

— Droga!

— O quê? Qual o problema? Eu sei temperar uma carne, mocinho!

— Não, não! Não foi isso que eu—

— Pois saiba que por mais que eu não cozinhe tão bem quanto você eu consigo sim temperar uma carne!

— É que eu--!

Eu estava quase me jogando na areia de tanto rir quando Merida veio socorrer o coelhinho.

— É que o Aster precisa fazer a própria comida, se não, ele só pode comer essa cenoura crua.

— Quê?! Por que diabos ele faria isso?!

Argh, maldita ruiva. Vou pro mar um pouquinho e...

— Jack desafiou ele.

— Que desafio mais idiota! No exército nós deixávamos o infeliz nu e sem comida por três dias. Você ainda tem muito o que aprender, filho...


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Notas finais do capítulo

Nota: Depois desse capítulo, tem mais um, e aí vem o especial Hiccstrid pelo qual vocês votaram!

Hiccstrid ganhou em primeiro lugar, Flynnzel em segundo e Asterana em terceiro. Byebye!