This Strange Love escrita por Finholdt


Capítulo 18
Maiôs vermelhos são legais


Notas iniciais do capítulo

Hellou people! Tretas acontecem, eu sinto muito por ter demorado! Vou tentar escrever mais esse fim de semana... Isso é, se a Onee deixar, já que ela quer enfiar o livro de matemática na minha cabeça. Malditas provas adiadas...
Enfim, divirtam-se!



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— Jackson Frost, se você não se levantar desta cama agora mesmo, vou me garantir de você não sair desta casa pelo resto da semana! — Urrou meu pai com tanta brutalidade enquanto socava a porta que caí da cama.

Olhei atordoado para os lados apenas para contestar de que eu estava sozinho.

Filhos da mãe, me deixaram dormindo de propósito.

A agressividade à porta continuava, enquanto me apressei em abri-la antes que o General simplesmente a derrube – passei por isso na quinta série. Não foi uma boa experiência.

Fui saudado com um agradável bom dia...

— Que diabo é isso no seu cabelo?! — E começou a gargalhar enquanto se afastava, as janelas tremendo.

... Só que não.

Revirei os olhos, com sono de mais para me preocupar com meu cabelo. Desci aos tropeços em direção a cozinha, pegando uma maça e a comendo. Fui em direção ao banheiro, onde tinha uma pequena fila armazenada. Cabeças se viraram em minha direção assim que cheguei perto.

Rapunzel me encarou, a boca aberta, completamente chocada.

Aster soltou um alto e sonoro assobio de admiração, perplexo com algo.

Soluço se limitou a escancarar a boca, murmurando “Não acredito... Não acredito...”

Bem, agora eu estou preocupado com meu cabelo.

A porta do banheiro se abriu e uma Merida de robe verde saiu dela. Ela me olhou longamente, soltou uma risadinha e saiu.

Empurrei Aster que estava quase entrando no banheiro e corri em direção ao espelho, ignorando seus protestos.

— MEEEEEERIIIIIIIDAAAAAAA!!

[...]

— Sua babaca! Você vai pagar caro por isso!

— Ah, Frost, eu sinto muito, mas... Desafio é desafio.

— Se você está tão arrependida assim, por que não para de sorrir?

— Eu não estou sorrindo. — Isso só fez o sorriso dela aumentar.

— Está sim.

— Estou não.

— Está sim.

— Estou não.

— Façam um favor à humanidade e vão para um quarto. — Desabafou Aster enquanto passava um prato de panquecas para o meu pai.

— Concordo com o Aster.

— Pai! — Exclamei, mortificado.

— O quê? Isso tudo é tensão sexual. Trabalho numa escola, Jack, lido com adolescentes com hormônios à flor da pele todos os dias.

Soluço engasgou com o leite e começou a tossir loucamente enquanto Rapunzel dava umas palmadas desajeitadas nas costas dele. Merida ficou tão vermelha quanto seus cabelos. Aster soltou altas gargalhadas enquanto me entregava o bacon.

— Com licença, acho que vou vomitar. — Eu disse me levantando, ainda mortificado.

— Estágio 1: Negação. — Murmurou o General alto o suficiente para todos escutarem antes de eu deixar a cozinha.

[...]

— Eu odeio Merida. — Eu disse entredentes enquanto abria meu armário e via todas as minhas roupas banhadas em protetor solar.

“Claro que odeia, Jack, ãrram”, dá licença, consciências tem permissão pra usar sarcasmo?“Considerando que eu sou a sua consciência, sim, tenho.”. Maldição.

Indo em direção a mala de Aster em busca de uma roupa que me sirva, notei que a mala dele estava vazia. Mas, eu não me lembro de vê-lo desfazendo-a. Revirei os olhos e fui de uma vez para a lavanderia, o que, é claro, me fez passar pela cozinha de volta.

Soluço e Rapunzel pareciam entretidos numa conversa sobre alguma besteira com desenhos, já estava abrindo a porta pra lavanderia quando ouvi:

— ... E você desenha a Heather, por acaso?

— Qual é a sua obsessão pela Heather?! Thor! Primeiro a Astrid, agora você? Eu vou falar com a Merida!

— Hunf. — Rapunzel virou o rosto para o outro lado, cruzando os braços, me notando só agora. Imediatamente ela colocou as mãos na boca numa tentativa falha de não rir.

— Hahaha, isso, ria do pobre coitado aqui.

— Desculpe, Jack, mas seu cabelo...

— Ei, não é você a senhorita com o maior aplique loiro da humanidade?

— Não exagere. — Ela resmungou. — E eu estou radiante. Já você...

— Me faça um favor, sim? Vá se f--

— Jaaaack! — O berro vinha de Aster, e vinha da lavanderia.

— Você dizia? — Debochou ela.

— Loira falsa de araque... — Resmunguei sob minha respiração. — Tô indo, coelhinho!

Rosa.

Tudo está... Absolutamente rosa.

Pennelope Charmosa deve estar sentindo orgulho.

— Mas que porra?! Jack! Foi você! Eu sei que foi!

— Eu?! Eu não fiz nada!

— Tentou fazer vingança com a Merida pelo seu cabelo e acabou me acertando! Ah, você está tão morto!

— Eu não tingi todas as suas roupas de rosa, cara, eu juro! Eu ia justamente pegar uma emprestada!

— Então, quem fez isso?

— Aah... Essa foi eu. — Disse uma voz atrás de nós.

— Rapunzel?! — Perguntou Aster incrédulo.

— E-eu sinto muito! É que... Depois que você saiu do jogo, a Merida me desafiou e... Desculpe.

— Aquela ruiva dos diabos! — Exclamei. — Jogou todo o meu protetor solar nas minhas roupas!

— É... Esse foi Soluço. Desculpe, não sabia que ele ia em frente com isso. Mas eu sai do jogo logo depois dessa!

— Eu vou matar aquele magricela! E eu te mataria também, Srta. “Radiante”, se você não fosse garota.

— É. — Resmungou Aster cruzando os braços. — Os seus peitos e os de Merida salvaram vocês de uma surra.

— Eu não tenho tanta certeza em relação a Merida. — Resmunguei enquanto voltava para o quarto.

[...]

— Simon Horrendus Haddock. Você tem três segundos para correr antes de eu lhe dar o maior cuecão da história.

Soluço levantou a cabeça do livro, me encarando como se eu tivesse dito que resolvi virar uma cantora pop.

— Desculpe?

— Você me ouviu, cretino norueguês.

— ... Você não se atreveria...

Dei um passo para frente o agarrando pelo colarinho.

— E advinha só? Astrid não está aqui pra me impedir.

— Em minha defesa, eu não achei que Merida teria realmente coragem de fazer isso com seu cabelo, ela tinha dito que era demais e que ela nem tinha tinta pra cabelo.

— Meu... Cabelo? Eu ia te dar um cuecão pelas minhas roupas.

— Mas foi a Rapunzel que me desafiou!

— Mas eu não posso bater nela, posso?

— ... Ah, tudo bem... Eu levo uma surra por ela.

— Agora, sobre o meu cabelo...

— Eu só disse pra Merida pintar uma mexa de uma outra cor. Escuta, só estavámos nós dois, estávamos com sonos e com muito refrigerante no sangue. E Merida disse que não ia fazer e foi embora!

— Deu sorte, magricela. Não vou te bater por causa do protetor nas minhas roupas, graças a informação.

— Ah valeu—mmnf! — O agradecimento de Soluço foi interrompido graças ao potente soco que eu dei em seu estômago.

Isso foi pelo meu cabelo.

[...]

— Merida, abra já esta porta!

— O que foi Frostyboy? — Ela respondeu do outro lado da porta. — Estou meio ocupada.

— Não me interessa, você pode estar fechando um acordo de paz mundial, eu não ligo: Abra. Esta. Porta!

— Que estressado... Um minuto!

— Eu não quero esperar um minuto!

— Ah é? Ótimo! — E a porta se abriu.

Todos os palavrões que estavam na ponta da minha língua sumiram no instante que Merida apareceu com o maiô caindo precariamente a sua frente. Não é como se eu estivesse vendo os peitos dela, é só que... Um puxão de uma das cordinhas que tudo descia.

— Seja útil e amarre meu maiô, Frosty.

— ...Não dê uma de mandona em cima mim. — Mas fui amarrar o maiô de todo jeito.

Um pequeno silêncio constrangedor se formou enquanto Merida afastou o cabelo da nunca e eu amarrava o maiô vermelho dela.

— Soluço disse que você fez isso com o meu cabelo de graça.

— Ele ficou debochando, dizendo que eu não tinha coragem.

— Ele disse uma mexa, não o cabelo inteiro.

— É, bem, eu acabei me empolgando. Autch! Cuidado com isso aí! — Acabei apertando mais do que deveria.

— Oh, desculpe, doeu? — Disse sarcasticamente.

— Vá para a---

— Você não vai querer terminar essa frase.

— E por que não? — Desafiou virando a cabeça em minha direção.

— Porque... — Por que os olhos dela tem que ser tão azuis? — Eu posso acabar fazendo uma coisa... Ruim...

— Quão ruim? — Por que os lábios dela tem que ser tão vermelhos?

— Muito... Muito ruim... — Sussurrei.

E, não me orgulho em dizer, foi quando eu a beijei.

Não tem muito o que dizer sobre esse beijo que eu troquei com Merida. O primeiro foi repleto de fúria e luxúria, já esse, foi relativamente mais calmo, como se pela primeira vez estivéssemos nos conhecendo.

Minha mão enlaçou sua cintura a forçando a se virar completamente em minha direção. As mãos de Merida abandonaram seu cabelo e foram em direção a minha nuca, enquanto ela a arranhava lentamente, me fazendo arrepiar.

Minha mente ficou completamente em branco, tudo era ela. Tudo estava ótimo... Até eu ouvir batidas na porta. Era Rapunzel.

— Merida? Vai demorar muito aí? O diretor North pediu para nos apressarmos.

— N-não... E-eu já estou quase pronta.

— Tudo bem, estarei na sala com o Aster.

Merida e eu nos encaramos por alguns segundos, incertos do que dizer.

— Certo, eu tenho que... Hum, procurar algo para eu vestir. Praia.

— Certo... Praia. — Por algum motivo, ela parecia desapontada.

Abri a boca, incerto se deveria dizer mais alguma coisa, mas toda a minha capacidade de pensar se evaporou no momento que os lábios dela tocaram os meus. Fechei a boca e dei meia volta.

[...]

— Quem é o magrelo agora, hein? — Soluço não para de me encher o saco por eu estar usando as roupas dele.

— Tá querendo mais um soco?

— Tsc, não seja tão carrancudo... vovô.

— Não me chame de vovô!

— Tudo bem, agora chega. Soluço, pare de chamar o Jack de vovô. — Disse Aster do banco da frente. — ... Você sabe que o coração dele não aguenta.

— Vão todos pra--!

— Ca-ham. — Ah, certo. General.

— ... Aquele lugar!

— Muito ameaçador, Frosty. — Merida revirou os olhos

— É, Jack, devo me esconder? — Debochou Rapunzel.

— Tudo bem, Rapunzel. Eu te dou uma arma, aqui... — Aster vasculhou alguma coisa na mochila. — Uma frigideira.

— Assustador. Devo me esconder? — Debochei.

— Ah... Frigideiras... Isso me traz boas lembranças. — Murmurou Rapunzel sorrindo, o olhar perdido.

— Ah, olhem, crianças. Essa é a praia. — Anunciou o General.

Ah, a praia. Boas recordações, boas recordações…

Enquanto tirávamos as coisas da mini-van e ajeitávamos nosso lugar na praia, as garotas tiravam suas roupas. Parei um momento só para admirar a vista.

Merida continuava com o maiô vermelho com o cordão branco e um short também branco. O cabelo dela estava de alguma forma amarrado num rabo de cavalo.

Já Rapunzel estava com um maiô roxo com um grande sol desenhado - por ela mesma, acredito - na área do quadril, e uma canga igualmente roxa. Os longos cabelos loiros dela estavam presos numa grossa trança junto de um chapéu.

— Vamos brincar um pouco na areia antes de irmos para a água, Punzie!

Por favor, vão jogar vôlei, por favor, por favor e–- Isso!

Uma coisa que Flynn me ensinou na sua época de solteiro: Sempre, repito, sempre, chame garotas para uma partida de vôlei. Os seios delas sempre pulam e balançam, não resistem.

Inclinei-me sobre a mini-van, ignorando completamente os caras que montavam as cadeiras de praia e a churrasqueira. Soluço me deu uma cotovelada.

— Soluço, siga meu olhar. — Nem me dei o trabalho de olhar para ele.

— Mas por que eu-- oooh...

— Eu sei... — Suspirei, deliciando minha visão.

— Aaah, eu não posso ficar vendo isso! — E saiu de perto, corando violentamente.

— Qual é a dele? — Murmurei para mim mesmo.

[...]

Foi divertido, na verdade. Comemos churrasco à la Aster; jogamos mais vôlei com as garotas; relaxamos no mar; empurramos o General para dentro do mar; corremos por nossas vidas... Ah, foi nostálgico.

Estávamos jogados na areia, Merida, Soluço, Rapunzel e eu. Aster e meu pai foram arrumar as tralhas de volta para a mini-van.

— Foi divertido. — Disse Rapunzel levemente.

— A melhor parte do dia foi quando o Frostyboy se afogou. — Gracejou Merida.

Estava com muita preguiça de me levantar, então simplesmente a chutei de lado.

— Essa é a minha perna, gênio. — Disse Soluço com raiva.

— Dane-se.

— Vocês deviam se casar, só acho. — Comentou Merida.

— Você devia calar a boca, só acho.

— Vem aqui calar.

— Nhá, ficar deitado na areia é mais produtivo.

— Dá pra vocês dois manterem essas picuinhas pra um lugar entre quatro paredes, de preferência, sem nós estarmos por perto? — Perguntou Rapunzel rindo, com Soluço se juntando a ela.

— DunBroch, bata nela enquanto eu bato no Soluço.

— Pela primeira vez na vida você sugeriu algo inteligente, Frost.

— Autch! Porra, de novo? Hoje é o dia de eu apanhar?!

— Awn, Merida, que maldade! Doeu!

— Morre que passa.

Tudo estava bem. Parece até que tudo voltou ao normal. E quando eu digo “normal”, digo "antes-do-mauricinho-aparecer". Pensar em Macintosh fez o meu sorriso automaticamente se fechar.

Eu ainda precisava de informações. Ainda não esqueci daquelas perguntas constrangedoras de Merida e o real significado por trás delas.

A ruiva. Quanto mais penso nela, mais percebo que mal a conheço. Isso nunca me incomodou, antes... Bem, antes, não estávamos no meio desse rolo todo.

— Argh. — Gemi/resmunguei me espreguiçando. Não ia ganhar nada pensando nisso agora. — Ah, é. DunBroch, Soluço disse que você não tinha tinta para cabelo. O que você fez?

— Ah, eu peguei todo o vidro da Rapunzel de água oxigenada.

— Você fez o quê?! — Berrou Rapunzel e eu.

— É... Você tem duas opções, Frost: Ou você corta todo o seu cabelo, ou você pinta de volta pra castanho, ou simplesmente senta e espera.

— Eu espero que você vá pro inferno. — Foi tudo que eu disse, enquanto segurava o meu cabelo e choramingava.

— Ah, acredite eu vou, e vou guardar um lugar pra você lá.

— Todo o meu vidro, Merida! Como vou descolorir o meu braço, agora?

— Ah, Odin todo poderoso, dá pra vocês calarem a boca?

— Qual a sua, Soluço? — Perguntou Merida se levantando e ficando apoiada sobre o cotovelo.

— É, você anda meio bipolar. — Concordou Rapunzel

— Não é nada, deixem pra lá.

— Mas... — Tentou Rapunzel.

— Deixem o cara em paz, credo. Garotas não tem seus próprios assuntos, não? — Eu disse.

Soluço e eu trocamos um olhar significativo, resultando em um sorriso agradecido.


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Notas finais do capítulo

Tô a fim de voltar a fazer especiais do Big Four, e tô com preguiça de fazer mais desafios, então... Vote, você quer um especial:
a) Hiccstrid?
b) Flynnzel?
c) Asterana?

—----

Se você escolher 'a', verá a conclusão da treta AstridxHeatherxSoluço
Se você escolher 'b', verá mais flashbacks da Rapunzel com o Flynn antes de ele vazar pra Deus sabe onde
Se você escolher 'c', verá como tentar avançar numa mina enquanto você morre de medo da friendzone