This Strange Love escrita por Finholdt


Capítulo 16
O ápice do meu dia foi desmaiar


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeeente! Mil desculpas pela demora, mas, sabe como é... Meu pai me deixou de castigo - eu ainda estou de castigo, consegui fugir pra postar aqui.
Sabem o motivo de eu estar de castigo? Eu engordei. E gordos são inaceitáveis para meu pai.
Tem mais uns outros motivos mais pessoais que me deixaram desanimada para escrever, mas eu estou bem agora. Ainda gorda e lutando com a balança por vocês (por vocês! Por mim, eu abandonava o computador só pro meu pai tomar vergonha), mas vocês vão ver! Vou escrever mais um capítulo e deixar agendado aqui, já que hoje é meu único dia que posso escrever.
Aproveitem!



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Sai de casa mais cedo que o normal, para não topar com meu pai pelo corredor. Ainda estava envergonhado pelo que disse, e não faço ideia de como me desculpar.

Resolvi ir a pé para deixar minha cabeça esfriar e eu poder pensar mais sobre o que fazer em relação ao General.

O sol estava nascendo, então a onda de calor ainda não me atingiu Michigan com sua horrível força total.

Ouvi uma voz de garotinho gritando em frustração e logo depois de um galho sendo repartido.

“Vá até lá ver o que está acontecendo, Jack!”, disse Rapunzel impaciente. Revirei os olhos pra ela. Garota irritante... “Eu ouvi isso!”. Adivinha só, queridinha, era pra ouvir mesmo!

De qualquer forma, fui ver o motivo de tanto barulho ás 6:30 da manhã.

— Nãããoooo! Meus doces! Meu doocees!

— Hã... Tá tudo bem? — Perguntei para o garotinho que estava deitado de barriga para baixo no chão.

O garotinho se virou. Ei, é o Jamie!

— Jack?

— Ah, oi, Jamie. O que foi?

— A idiota da Sophie pegou minha sacola de doces e jogou na árvore porque eu não quis dividir, e agora, eu não consigo pegar de volta!

Nos encaramos alguns segundos em silêncio.

— Você está falando sério? — Perguntei descrente.

Jamie assentiu, determinado. Bati a mão contra minha testa em descrença pura.

— Eu vou pegar. — Disse para o pequeno. Jamie sorriu como se o Natal tivesse chegado mais cedo.

A árvore era alta, por isso Jamie teve dificuldades pra subir, mas os troncos eram grossos, o que era bom, pois assim eu podia me sentar e esticar. A garotinha devia te ruma boa mira, já que o pacote estava entre dois galhos ingrimes de mais para eu subir, mas grossos o suficiente para manter o pacote no lugar.

Li na embalagem “beijinhos congelados” e já comecei a salivar. Talvez eu não desça de cima da árvore até a hora do colégio...

“JACKSON FROST! Você vai descer dessa árvore assim que pegar este pacote de doces! E não vai abrir até estar lá em baixo!”, berrou Rapunzel na minha mente tão alto que tive tontura. Tudo bem, tudo bem... Credo, parece mulher em TPM.

Espera... Consciências podem ter TPM?!

“Só pega o maldito saco...”, disse Rapunzel em descrença.

Tudo bem! Resolvi não discutir.

Depois de me equilibrar bem e quase cair duas vezes, finalmente consegui pegar o pacote. Pulei da árvore, tomando o cuidado de dobrar os joelhos para não torcer o pulso ou algo do tipo.

Jamie sorriu alegremente para mim, estendendo a mão.

— Muito obrigado, Jack! Você é um ótimo amigo.

— Então... Eu só disse que ia pegar o saco. Nunca disse que ia te entregar.

O queixo de Jamie caiu enquanto ele me encarava incrédulo.

— Como é?! Você está brincando, né?

— Não, não mesmo. Estamos falando de beijinho congelado: o meu favorito! Vou indo, guri. A gente se esbarra por aí. — Fui me afastando ainda com a embalagem em mãos, ignorando todos os berros de Rapunzel na minha cabeça.

— Espera! — Mas eu já estava na esquina. — Você não está sendo justo, Jack! Esse pacote é meu!!

— Justiça é pra turista, guri! — Gritei de volta, correndo antes que ele resolva me seguir.

Enquanto corria, abri a embalagem e fui comendo os doces um a um, lentamente. Tentei argumentar com a minha consciência, depois de me certificar que não estava sendo seguido.

“Jack, eu disse para você não abrir este pacote!”, é, bem, você disse para não abrir enquanto eu não estivesse no chão. E eu estou, porque, você sabe, eu não sei voar e tudo o mais...

“Não tente me enrolar! Você roubou os doces do pobre menino!”, ah, qual é! O garoto praticamente anunciou que tinha doces grátis em cima da árvore.

“Continua não sendo certo”, cale a boca e saboreie o gosto do beijinho.

Isso a fez calar a boca.

[...]

Estava tudo ótimo.

Eu não tinha comido café-da-manhã, portanto, os doces de Jamie vieram bem a calhar. A onda de calor ainda não chegou ao seu ápice e eu não suava – ainda. Havia poucas pessoas na rua e ás vezes eu conseguia até pegar uma brisa corajosa.

Já estava terminando o pacote quando fui violentamente jogado para frente, chocado de mais para usar os braços como apoio. Cai pra frente como se tivesse levado um tiro.

O barulho de algo caindo – bicicleta, com certeza – foi o suficiente para eu ter certeza de que fui atropelado. Minhas costas doíam e senti algum líquido saindo do meu nariz. Me virei – ainda deitado – para colocar a mão no nariz, apenas para contestar que estava saindo sangue.

— Minha nossa — Ouvi uma voz dizer, estava muito sonso para reconhecer. Minha cabeça latejava. — E-eu sinto muito! Estava ouvindo música e não te vi.

“Viu? É seu carma por ter roubado daquele garotinho. Agora todo o doce caiu pelo ralo. Literalmente”. Maldição!

— Acho que quebrou. — Foi tudo que eu disse.

— Ah, meu bom Tan Hill! Tem sangue por toda a sua cara!

Espera aí... Só conheço UMA pessoa que pragueja por esse cara... E pelas falas enroladas de ansiedade...

— DunBroch?

— Minha nossa — Repetiu. Minha cabeça girava, então eu não pude ver sua expressão. — Tem tanto sangue na sua cara que eu mal te reconheci, Frost.

— Num dia a gente se beija, no outro você quebra meu nariz. Que bipolaridade foda, hein, DunBroch... — Ah, meu Deus, eu disse isso alto?

Parece que sim, já que não ouvi resposta.

Por um bom tempo.

— Você ainda está aí? Minha cabeça está doendo de mais para eu abrir os olhos.

Minha resposta foi um soco no ombro. Bem forte. Autch.

— Ei! Qual a sua? Acabei de ser atropelado pela sua bicicleta! Aliás, eu ainda estou no chão.

— IDIOTA! Não fale... daquilo... com tanta naturalidade! Acho que você sofreu uma concussão, a escola não está longe, te carrego até lá. Apesar de que eu prefiro bem mais te deixar estirado na rua.

— Engraçadinha, você. — Resmunguei antes de ficar inconsciente.

[...]

Acordei na enfermaria do colégio. Toda a minha cabeça doía e o nariz também. Resmunguei um pouco, me sentando.

Imediatamente, Boo apareceu me encarando de cara feia.

— Você é impossível! — Ela exclamou.

— Está gritando comigo? — Perguntei incrédulo.

— Estou! A princesa quase teve um ataque cardíaco quando você ficou inconsciente! Sua maldita sorte foi que eu estava saindo de carro bem na hora que vi vocês. E seu nariz não quebrou, como ela tanto choramingou no carro enquanto eu carregava vocês dois. Aaaah — Choramingou —, você vai lavar meu carro, Frost! Está sujo de sangue! — Respirou fundo e continuou — Daqui um dia e meio sai o inchaço. Isso é, se você colocar gelo regularmente.

Nesse calor? Vou ficar feliz por ter uma desculpa para enfiar a cabeça no congelador.

— Estou dormindo a quanto tempo?

— Você perdeu três aulas, o intervalo está acabando agora mesmo. Quer descansar até o final da aula? Não acho prudente você sair por aí com esse curativo na cara. Alguém vai te dar um soco e terminar o serviço de quebrar esse nariz. Eu mesma daria.

— Você é a enfermeira. — Resmunguei. — Não pode ameaçar bater nos estudantes assim.

— Sou carpinteira e faço o que bem!

Ela abriu a boca, provavelmente para brigar mais comigo, mas foi interrompida por batidas na porta. Ela me olhou impaciente, como se EU tivesse batido na porta e foi abrí-la.

Não pude ver quem era já que me deitei de volta na cama, nada interessado.

— Acorde, Frost. — Disse Boo — Você tem visita.

Abri os olhos e vi Soluço e Rapunzel na porta. Tentei sorrir para eles, mas doía, então apenas acenei com a mão.

— E aí, cara?

— Awn... Pobre Jack... — Disse Rapunzel, como se eu fosse um bebê. — Tá machucado... Own...

Soluço tentou a todo custo segurar a risada, sem sucesso, devo dizer.

— Pare com isso, Punz. — Resmunguei. — Estou cansado de mais para brigar com você.

— Cansado? — Disse Soluço. — Você dormiu praticamente o dia inteiro!

— Foi muuito estranho ver a Merida toda suja de sangue carregando você inconsciente pela escola. O pessoal tava dizendo que ela finalmente te matou. — Disse Rapunzel.

— Bem que ela queria. — Resmunguei.

— Que nada. Ela parecia aos prantos, como se tivessem matado o cachorro dela ou algo do tipo.

— Vou nem dizer o quão ofensivo isso soou.

— Aah! Eu não... Eu não quis dizer--!

— Tá tudo bem, Punz, eu tô dolorido de mais para ficar bravo, também.

— Cara, morre.

— Também te amo, Soluço.

— Ignore-o, Jack. Soluço está estranho. Astrid nem quis se sentar conosco hoje.

— Rapunzel!

— Ah é... — Me lembrei da confusão lá em casa ontem a noite. — Você dormiu com a Heather, não foi?

— VOCÊ O QUÊ?!

— Rapunzel! Minha cabeça! — Choraminguei, segurando minha linda cabecinha que parecia estar num rodeio.

— Ah, valeu, Jack! Não é nada disso! Astrid que está levando isso muito a sério.

— VOCÊ DORMIU COM OUTRA GAROTA?

— Não de um jeito sexual, seus pervertidos! Ela dormiu no sofá e eu no meu quarto!

— Quem garante? — Provoquei.

— Jack, eu juro que termino de quebrar o seu nariz. Astrid não quer nem falar comigo, e não vai ser eu que vou me explicar pra ela. Eu não fiz nada errado.

— Grrr! — Rosnou Rapunzel. — Garotos! Todos idiotas, não salva um!

— De qualquer maneira... Soluço, estava mesmo precisando falar com você. Tem planos para a semana do saco cheio? Ela começa amanhã.

— Não. Eu vou voltar para a Noruega nas férias de verão, então não tem sentido eu ir duas vezes. Por quê?

— Quer ir na minha casa de praia? Meu... pai... Ele falou para eu convidar três amigos.

— Tô dentro! Quero dizer, desde que não chame a Astrid...

— Não se preocupe, camarada, vai ser a semana sem-namoradas! Liberdade, garotas de biquíni...

— CA-HAM! Estou bem aqui, Jack.

— Ah é! Foi mal, Punz. Quer ir também? O Flynn – obviamente – não vai, então, a regra continua.

— Vou falar com meus pais. Eles vão querer falar com o seus.

— Não se preocupe com isso. Meu pai é amigo dos seus.

— Ele é? — Rapunzel me olhou curiosa. — Eu nunca vi seu pai.

Soluço também estava olhando desconfiado.

— É, bem, tecnicamente, você... Você meio que... — A cada vez que eu tentava falar, minha garganta se fechava.

— Jack, depois eu falo com a Rapunzel, tudo bem? Você parece que vai vomitar. — Preciso me lembrar de agradecer o Soluço, depois.

— Valeu, cara.

— Só por curiosidade, antes de você voltar a dormir, quem é a terceira pessoa? — Perguntou Rapunzel, ainda intrigada.

— Aah... Vou chamar a Ana. Aster também vai, então, vai ser legal ver a cara dele. Quem sabe aquele coelhinho se resolve com a passarinho? Vou ligar para ela mais tarde.

— Jack, isso soou tão estranho que só vou perdoar porque você está grogue. — Disse Soluço.

Rapunzel não disse nada.

Acho que ela nem teve oportunidade de dizer algo, pois Boo já estava os expulsando para fora e enfiando algumas pílulas em minha goela á baixo.

Apaguei dois segundos depois.

[...]

— Frost. Acorda logo, seu inútil, eu NÃO vou me atrasar por causa do seu peso morto. Anda logo!

— Aagh... Você é um péssimo despertador... — Resmunguei me levantando.

— Sou paga pra ser enfermeira, não babá, agora, cai fora daqui, Frost. O sinal vai bater daqui uns cinco minutos.

— Eu poderia dormir por mais cinco minutos!

— Ah, não poderia não. Assim que o sinal bater, você vai deitar nessa cama, e vai fingir que está dormindo. Você me entendeu? Fingir! Se você dormir de verdade, vou trocar os remédios que te receitei!

— Você é louca, sua bruxa!

— Carpinteira!

Nossa discussão foi interrompida pelo barulho do sinal tocando. A bruxa me olhou impaciente e eu revirei os olhos voltando a me deitar.

Foi difícil fingir que eu ainda estava dormindo, já que eu estava começando a realmente ficar com sono. Estava prestes a falar isso para a Boo quando ouvi o barulho da porta se abrindo. Resolvi continuar dormindo.

Ouvi alguns murmúrios mas nada concreto, já que estava muito baixo. A única coisa que entendi foi:

— Eu já vou embora, esse peso morto está me atrasando. — Essa bruxa maldita... Ela vai ver só. — Você pode ficar um pouco com ele, daqui a pouco o pai dele aparece para levá-lo.

Meu pai? Ah, Deus, meu pai!

Ouvi uma risadinha e não me atrevi a abrir os olhos para saber quem era. O barulho da porta se fechando se fez presente depois silêncio.

Fiquei nervoso, pensando nas infinitas possibilidades de quem poderia ser e porquê eu tinha que ficar inconsciente para a pessoa poder me ver. Felizmente, resisti a tentação de abrir os olhos.

— ... Me desculpe, Jack. — Essa voz... Merida?! Senti uma mão pequena e macia passeando pelos meus cabelos e comecei a ficar mais nervoso ainda, meu coração estava batendo tão rápido que parecia que queria fugir pela garganta. — Eu não queria te machucar tanto assim. Você é um idiota babaca que merecia muita porrada, mas incrivelmente eu estou arrependida de ter te acertado, mesmo que tivesse sido acidente.

Era o carinho mais gostoso que eu já senti na minha vida. Nem a minha mãe fazia esse tipo de carinho em mim. Tive que usar todo o meu autocontrole para não abrir os olhos e vê-la.

— De qualquer forma, foi sem querer, Jack, juro. — Humm... Gosto de como meu nome soa vindo dela, com sotaque e tudo. — Melhoras. — E senti um beijo na minha testa.

Tive que apertar meu punho com tanta força para não abrir os olhos que eu senti minhas unhas me cortando.

Ouvi o barulho da porta se abrindo e fechando e abri os olhos na hora, me sentando. Meu rosto parecia em ebulição. Fiquei piscando lentamente, tentando absorver o que diabos acabou de acontecer.

[...]

Não demorou muito para o General aparecer. Ele parecia preocupado e me senti mal por fazer ele se preocupar. Eu era um péssimo filho...

— Jack, você está bem, filho?

— Estou sim, pai. Só dói quando eu rio. Até amanhã eu já vou estar melhor, só vou precisar dormir com um saco de gelo no nariz.

— Tudo bem... Vamos lá, então.

Ficamos andando em silêncio. Eu estava constrangido, tentando pensar em algo – qualquer coisa – para dizer, quando:

— Você conseguiu falar com seus amigos?

— Hã? Ah, sim! Falta só a Ana, e... Olha ela ali!

Ana estava andando de braços cruzados com Rapunzel – ela ainda está muito estranha com tudo aquilo de cabelo loiro – e a gritei, acenando. As duas se viraram em minha direção quando as chamei, ainda rindo de alguma coisa.

Elas se aproximaram e olharam para o General, questionando o motivo do diretor estar andando comigo, suponho. Limpei a garganta fugindo do assunto.

— Hã, oi Jack. — Disse Ana sorrindo. — Olá diretor North!

Ele acenou e continuou andando.

Pensei em chamá-lo de volta, mas eu vou conversar com as meninas e acho que não seria legal obrigá-lo a me esperar.

— Oi gente. — Disse. — Você tem planos para essa semana do saco cheio, Ana? — Fui direto ao ponto.

Ana e Rapunzel trocaram um olhar conspiratório, meio rindo. Não entendi. Qual a graça?

— Nenhum. Por quê?

— Quer ir na minha casa de praia? Amanhã vocês duas passam lá em casa lá pelas 8h da manhã. Avisa o Soluço pra mim, Rapunzel?

— Claro.

— Valeu. E aí, Ana? O Aster vai também...

— Vai é? — Seus olhos se arregalaram e seu sorriso ia de orelha a orelha. Garotas... — É claro que eu vou! Conte comigo!

Rapunzel deu uma cotovelada em Ana e a encarou de forma “Se liga!”. Ana recuou um passo, olhando perdida para Rapunzel. Dois segundos depois exclamou “É mesmo!” enquanto a loira batia a mão conta a testa.

— Amanhã ás 8h, não é? A gente se vê. — Disse Rapunzel.

— Beleza. Então você vai, né, Ana?

— Vou sim. — Ela disse, dessa vez mais calma.

Rapunzel revirou os olhos, sorrindo e acenou em despedida.

— Rapunzel, espera! — Chamei. — Posso falar com você um minuto?

A loira assentiu e se aproximou, fazendo sinal para Ana ir na frente.

— Soluço já falou com você?

— Ainda não. Ele disse que ia me ligar mais tarde.

— Certo, ér... É que... — Respirei fundo. — É que... O meu pai, sabe... Ele é...

— O diretor North?

— Isso! Espera, o quê? Como você sabia?!

— Ah, Jack, eu não sou burra! Primeiro você disse que ele era amigo dos meus pais, depois você sai da escola com ele. Foi só juntar dois mais dois!

— Hã... Bem... Isso facilita as coisas.

— Por que tanto segredo quanto a isso?

— É complicado... Não é que eu tenha vergonha dele ou algo do tipo, mas chegar no quesito de que o General é meu pai, é me lembrar de como ele se tornou meu pai, e eu odeio falar sobre isso.

— Tá tudo bem, Jack. — Rapunzel pegou no meu braço e me levou para nos sentarmos no banco da calçada. — Eu também não gosto de falar sobre, bem... Vo-você sabe...

— Eu sei. — Segurei em sua mão e apertei. — Eu sei.

— Eu sinto falta dele. — Ela disse arrasada.

— Eu também. O maldito é meu melhor amigo, apesar de tudo. Mas fazem apenas duas semanas, logo logo ele vai estar de volta e eu e ele vamos voltar a vadiar pela rua e vocês dois vão... Bem, eu não quero saber o que vocês fazem.

Rapunzel riu.

— Obrigada, Jack.

— Não se preocupe com isso. Você fala com a Ana? Sabe, que o diretor é o meu pai adotivo?

— Vou falar com ela.

— Valeu. Bem, eu vou indo. Até amanhã.

— Até.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não entendeu o motivo da imagem, é que o Jamie é o novo irmão mais novo do Jack. Pelo menos, eu interpretei assim.