This Strange Love escrita por Finholdt


Capítulo 10
Especial Sweettooth (AsterxAna)


Notas iniciais do capítulo

Nyaam... Ficou pequeno ;-; juro que teria ficado melhor se eles já fossem cannon, mas ainda não são. Sorry, foi o máximo que consegui fazer. E ficou tããããooo curtoooo bububu
Anyway, eu resolvi postar esses especiais no Domingo, porque eu quero.
Até terça-feira!



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Conheci Ana quando estávamos no primeiro ano do Ensino Médio. Meu pai tinha acabado de ir embora, me deixando sozinho, já que minha mãe morreu quando eu ainda tinha uns 13 anos.

Estava mal-humorado e o primeiro dia de aula não estava sendo agradável. Jack tentou levantar o meu astral, mas não teve muito sucesso. Ele ainda estava no fundamental.

Estava na hora do intervalo quando eu notei que a curiosa garota de cabelo colorido, cheio de penas, e olhos violetas, não estava indo para o refeitório. Eu deixei pra lá, é claro. Quer dizer, por mais que sejamos da mesma sala, eu mal falo com ela.

A modéstia parte, eu sou um maravilhoso cozinheiro. Minha maior habilidade está no chocolate.

Não estávamos em época de Páscoa, mas eu não ligava pra isso. Estava chateada pelo meu pai ter ido embora. Fiquei pensando o que fiz de errado. E North? O melhor amigo dele? Aparentemente, ele não ligava pra isso.

Então. É. Eu fiz vinte e cinco ovos de páscoa tamanho médio.

Minha mesa estava praticamente cheia de ovos de páscoa e ninguém se atrevia a chegar perto para pedir um. Isso é bom. Odeio dividir quando estou mal-humorado.

Digamos que eu não tive muita sorte.

Não me leve a mal, eu sou australiano e, digamos, que eu meio que estava começando uma má fama. É claro, eram todos boatos falsos, mas, uma vez um garoto estava mexendo com uma garota e eu meio que me meti. Chutei o cara muitas e muitas vezes. Então, as pessoas meio que tem medo de mim. Mas, sério, foi só isso que eu fiz. De alguma forma, de um cara comum, eu passei para o cara que já chutou gangues traficantes e um tipo de bully. Eu, definitivamente, não era assim.

De qualquer forma, lá estava eu, comendo meus ovos de chocolate, amargurado, quando notei que pelo menos cinco dos meus ovos sumiram.

Ah, eu fiquei com muita raiva.

A primeira pessoa que pensei em culpar, foi aquele idiota do meu vizinho, o Frost. Mas ele estuda no turno vespertino, como ainda estava no fundamental. Cerrei os olhos e comecei a encarar as pessoas, em busca da pessoa que roubou meus ovos.

Estava tão ocupado encarando as pessoas, que nem percebi que mais três dos meus ovos sumiram. Ah, eu estava furioso a essa altura.

Reparei que um dos ovos caíram, me dando uma pista sobre onde o ladrãozinho foi.

Estava pouco ligando para os outros seis ovos, deixados em cima da mesa do pátio, eu só queria pegar o ladrãozinho e chutá-lo até ele implorar por perdão.

Vi uma pequena pirâmide dos meus ovos e ouvi uma risada.

— AHÁ! Berrei, quando cheguei perto da pirâmide. — Devolva os meus ovos e implore por perdão seu- — Minha voz foi morrendo ao notar a pequena menina ali.

Ela era loira e tinha os cabelos escorridos. Sua franja tampava completamente um dos seus olhos, realçando ainda mais seu olho verde. Ela tinha alguns dentes faltando e mal ligava pra minha presença, devia ter uns seis anos de idade. Ela só cantarolava e abria os ovos, sem nem ao menos comê-los. Tinha um monte de pássaros a sua volta, também.

— Hã... Quem é você? — Balbuciei meio atordoado.

A garotinha olhou para mim, como se só agora tivesse notado minha presença. Deu um sorrisinho maroto e me ofereceu um dos meus próprios ovos.

Arqueei a sobrancelha e dei de ombros. Como ficar bravo com essa pequena?

— Eu sou E- — Me interrompi mentalmente. Meu primeiro nome é o mesmo que o do meu pai, e eu não quero pensar nele. — Aster Bunnymund. E você, pequena?

— Eu sou Sophie! — Ela deu um sorriso enorme, me dando a oportunidade de contar todas as janelas de seu sorriso.

— Você roubou esses ovos de mim. — Comentei.

Ela me olhou confusa.

— Roubei? Mas você tinha todos. Achei que você estivesse distribuindo. Me desculpe se eu roubei. — E abriu o sorriso mais uma vez.

Sorri de volta, nem estava mais me lembrando do meu pai.

— Quer saber? Pode ficar. Você já comeu um deles?

— Ainda não, estava oferecendo para esses passarinhos, primeiro.

Olhei em volta, estávamos do lado de fora da escola. De onde veio esses pássaros?

Estava prestes a perguntar quando ouvi um grito agudo.

— Meus pássaros! Ai, meu coraçãozinho! Pensei que eles tinham fugido!

Olhei para trás meio surpreso com o que vi. Era aquela garota de óculos e olhos violetas. Ela era tão inquieta que andava de um lado para o outro. Ela corria em nossa direção fazendo que algumas das penas em sua cabeça balançasse de um lado para o outro.

Pegou cada um dos passarinhos e abraçou, como se fossem seus próprios filhos.

Depois de alguns segundos, ela nos notou. Ficou um pouco constrangida.

— Ahn... Me desculpem por isso.

— Esses pássaros são seus, moça? — Perguntou Sophie.

— São sim, pequena. Meu nome é Ana. E você?

— Eu sou Sophie! E esse cara é o E. Aster Bunnymund!

Não consegui evitar de dar uma risadinha. Sophie era tão ingênua.

— Prazer, Aster. Eu sou Ana. Acho que estamos na mesma sala, não?

Afirmei com a cabeça.

— Eu encontrei seus pássaros em gaiolas ali atrás. — Sophie apontou para as latas de lixo, atrás de nós. — Fiquei com muita dó deles e resolvi dar ovos de chocolate para eles!

— Meus pássaros... No lixo? — Perguntou Ana chocada demais. — Quem... Quem...

Ela parecia a beira das lágrimas.

— Ei — Disse —, não se preocupe! Ainda bem que a Sophie pegou seus pássaros. Mas não acho que chocolate seja o recomendado para eles.

Ana arregalou os olhos, realçando ainda mais seus olhos violetas. Não que eu esteja reparando.

— Chocolate?! Meu Deus, é claro que não!

Sophie encolheu e começou a chorar.

Arregalei os olhos enquanto Ana ficava vermelha.

— Q-quero dizer... Hãn... Por favor, não chore!

— Faça assim. — Sussurrei para Ana se acalmar. — Ei, pequena. Você ainda não comeu meus ovos. São gostosos?

Sophie parou de berrar e pegou um dos meus ovos, comendo logo em seguida. Abriu um sorriso enorme.

— São deliciosos!

Peguei um dos ovos e ofereci a Ana, que me encarava com uma expressão estranha. Por algum motivo, minhas bochechas arderam.

Ela aceitou um dos ovos e começou a comer de olhos fechados, balançando a cabeça de um lado para o outro. Tanto Sophie quanto eu encarávamos ela com expectativa. Por fim, ela abriu os olhos violetas e sorriu de uma forma tão doce que a queimação no meu rosto aumentou.

— São deliciosos! Você quem fez?

Afirmei com a cabeça.

— Meu Deus, como você cozinha bem!

— Ahn, bem...

Não sou acostumado a cozinhar para outras pessoas. Na minha casa, era só eu e meu pai, e ele não ficava elogiando minha comida. Na casa de North e Jack, eles só comem, as vezes o North elogia minha comida, mas o Jack só faz caretas do tipo “por-pouco-eu-morri”.

Me remexi, desconfortável com tanta atenção.

— Isso é uma tatuagem? — Perguntou Sophie, apontando para o meu braço.

— Hã... Sim.

Ana notou também.

Tudo bem, esse dia está muito estranho.

O sinal bateu, anunciando o fim do intervalo, e não sei se estava aliviado ou incomodado.

Me despedi de Sophie com um beijo na testa enquanto eu e Ana íamos para nossa sala.

[…]

Ana estava na minha casa. Estávamos no segundo ano, Jack acabou de entrar para o ensino médio, e, Deus, ele e aquela garota ruiva tem algum problema.

Estávamos fazendo um trabalho de química qualquer, mas eu não estava prestando atenção. Estava muito focado no cheiro de pirulito de morango que vinha dos cabelos dela. Me repreendi mentalmente, tinha que parar de fazer isso.

Ana tagarelava tão rápido que eu logo perdia a atenção nas palavras. Me levantei de súbito, a assustando momentaneamente.

— Estou com fome. Vou preparar alguma coisa. O que você quer?

Ana sorriu fazendo com que suas covinhas apareçam. Corei por reparar.

— Ah, qualquer coisa.

Dei de ombros e fui para a cozinha. Estranhamente, Ana me seguiu.

— Você mora aqui sozinho? — Perguntou.

— Moro. — Respondi distraído, mexendo nas panelas.

— Onde estão os seus pais?

— É complicado. — Respondi constrangido.

Ana soltou um “Aah” e ficou em silêncio.

Depois de algum tempo, ela levantou a cabeça do livro e me encarou. Imediatamente, fiquei encabulado.

— Sim?

— Aster. E. Aster.

— Hãn...

— E. Aster. — Continuou resmungando enquanto me encarava. Estava entendendo mais nada.

— Esse “E” vem de um primeiro nome. Qual é?

— Eu realmente não-

Ana estreitou os olhos.

— Edward? Ethan? Edgar? E-

— Ethan! Tá legal? Ethan Aster Bunnymund. — Exclamei irritado.

Ana continuou me encarando. Lentamente, ela sorriu.

— Ethan é um belo nome. — Comentou.

— Eu não gosto dele. É o mesmo que o do meu pai.

— Seu pai... Não é uma pessoa legal?

— Não. Não é.

Ana se inclinou na minha direção e beijou minha bochecha. Arregalei os olhos, sentindo as bochechas esquentarem.

— Eu prefiro Aster. Mas não tenha vergonha de seu primeiro nome. Você não é o seu pai.

Não sei bem o que deu em mim. Por algum motivo – talvez tenha sido o bacon, ou talvez, o Frost colocou alguma coisa na minha geladeira – eu me senti tentado a me inclinar para o lado de Ana e beijar seus lábios. Infelizmente, eu me segurei.

Talvez na próxima, quem sabe?


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Notas finais do capítulo

A próxima pergunta será dada na terça, seus espertinhos. Mas... É. É isso. Por favor, me digam o que acharam! Foi a primeira vez que fiz QUALQUER COISA desses dois!