Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Okay, eu sei que disse que só iria postar nas sextas-feiras, maaaaaaaas eu já tenho a fic beeem adiantada e por isso vou postar um hoje, um sexta e um domingo ou segunda porque afinal de contas vocês é que me dizem se a fic está ficando boa ou não.
Então, sem mais delongas... aqui está o capítulo novinho pra vocês.



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Capítulo 7

- Hermione o que merda o caderno de Draco Malfoy faz na mesa onde você estava estudando? – Potter pegou o caderno da mesa e ficou balançando ele na frente dela.

- Ah, bem. É uma longa história sabe? Na verdade existe uma explicação super racional pra isso.

- Sem enrolação Mi, o que diabos você fazia estudando com aquela víbora do Malfoy? – Potter ficava cada vez mais irritado.

- Eu não estava estudando com ele! – Ela disse quase gritando.

- Então porque motivo esse caderno tá com você? – O Weasley se meteu na conversa. Potter tava com cara de quem ia explodir de tanta raiva.

- Ahhh, ok. Eu não queria ter que contar isso pra vocês, mas. – fez uma pausa e respirou fundo – A Minerva me obrigou a ajudar o Malfoy, ela disse que ele tá se dando mal em transfiguração e como eu sou a melhor aluna da turma ela quis que eu ensinasse ele. E como eu não tô nem um pouquinho afim de passar mais tempo do que o necessário na companhia daquela doninha eu resolvi transcrever algumas das minhas anotações pro caderno dele. Tive uma discussão daquelas pra conseguir esse caderno e só insisti por causa da McGonagall. Como eu tinha nossas tarefas pra fazer eu primeiro resolvi que iria fazer as MINHAS coisas. Ainda nem comecei a escrever as coisas aí. Ia fazer depois do almoço mas acabei perdendo a hora.

Ela puxou meu caderno da mão do Potter que parecia mais calmo mas tinha uma cara de quem não acreditou em uma vírgula do que a morena tinha acabado de dizer.

- E quando foi que ela te mandou fazer isso? – perguntou ele piscando um olho em sinal de desconfiança

- Ontem.

- Como assim ontem. Você passou o dia com a gente. – Disse o Weasley sem entender nada

- Não mesmo Ronald, você esqueceu que largou eu e o Harry na beira do lago ontem pra ir beliscar comida na cozinha? Bem, eu fiquei conversando com o Harry um pouco e depois deixei ele no lago porque precisava procurar um livro na biblioteca. Não foi Harry? – Ah, então essa foi a desculpa dela pra ir chorar no banheiro da Murta.

- Sim, mas onde entra a McGonagall nessa história? – Potter continuava insistindo

- Ai francamente, vocês dois são dois imbecis às vezes. No caminho pra biblioteca encontrei a McGonagall e depois fui procurar aquele panaca pra pegar o caderno. Que desconfiança é essa hein Harry?

- Êpa, porque vocês dois? O que foi que eu fiz agora?

- Calma Ron. Mi me desculpa. É que você sabe que eu ando meio paranóico, tem o Black e os Dementadores. Às vezes eu não sei bem o que digo. É que ver o caderno do Malfoy com você foi inesperado.

- Eu não ia contar nada pra vocês pra vocês também não ficarem irritados. Mas vamos deixar isso pra lá. Vamos descer? Tô morrendo de fome. Ainda dá pra comer algo no salão?

- Não né. Você já viu por acaso que horas são? Já passa das duas.

- Ah Harry, mas eu tô com fome. Ron, será que a gente consegue comer algo na cozinha?

- Ah acho que não na cozinha, mas eu posso contrabandear alguns petiscos pro salão comunal que tal? – Ele levantou as sobrancelhas algumas vezes fazendo uma cara de quem convida.

- Ronald Weasley, vá me buscar umas salsichas! – os três começaram a rir feito três hienas. – Ok, ok. Hahaha – pausa pra respirar – Bem, vão na frente contrabandear meu almoço. Eu vou ficar e arrumar esses livros, encontro vocês em cinco minutos.

Eles se despediram e os dois imbecis foram embora. Encostei na estante, e comecei a pensar. Mas que merda o Potter acha que é? O namorado dela? Porque aquele infeliz do cicatriz tem que ficar fazendo tantas perguntas? Virei de novo pra ver se era seguro sair e não vi mais Hermione na mesa. Onde diabos ela se meteu?

- Malfoy.

Virei bruscamente e quase dei de cara com ela, no susto ela quase caiu pra trás, mas eu a peguei pelo braço e puxei pra perto pra que ela pudesse se equilibrar. Ela me olhou nos olhos e por algum tempo que eu não sei medir se foram segundos ou alguns poucos minutos, nós deixamos de ser Granger e Malfoy, ela me olhou como se eu fosse um cara qualquer, e eu quaaaase cedi à tentação de puxar ela pra um beijo. Acabei me afastando.

- Mas que droga Granger, quer me matar de susto? E vê se toma mais cuidado pra não ficar caindo nas pessoas.

- O que? – ela disse ainda um tanto absorta – Mas o que Malfoy? Como assim “caindo nas pessoas”? Ficou maluco é? Foi você quem me puxou! - falou ela com um tom de voz super irritado.

- Você ia cair e eu apenas te salvei de um tombo.

- Ah esquece. Eu tô de saída, se eu demorar demais é capaz de aqueles dois terem um troço. Toma aqui seu caderno. – Só então notei que ela ainda estava com ele – E guarde os livros por favor, eu preciso correr pra chegar na comunal ou eles são capazes de vir aqui me buscar de novo.

- Esses dois agem como se fossem seus donos. – disse pegando o caderno da mão dela - Eles não conseguem passar um dia sem você é? – aquilo era uma coisa que estava realmente me irritando.

- Mas o que é isso? Ciúmes Malfoy? – ela provavelmente disse brincando, mas eu fiquei um pouco sem jeito.

- Ciúmes!? De onde você tirou essa maldita ideia?

- Sei lá. Ultimamente você tem se importado demais com a vida dessa sangue-ruim aqui.

- Acho que você só pode estar ficando maluca Granger. Eu afim de você é a maior piada que Hogwarts já ouviu.

- Você sempre vai ser um idiota Malfoy. – Se virou e foi embora.

Fui atrás dela e parei na mesa onde estávamos sentados, fiquei olhando ela ir embora. Porque isso tinha que ser tão difícil? Porque eu não podia ser só mais um aluno de Hogwarts e ela uma filha de bruxos? Não, seria bondade demais né? Merlin nunca iria facilitar as coisas. Eu tinha que ser um filhote de comensal e ela uma sangue-ruim.

- Mas que droga! – Disse batendo um dos livros na mesa fazendo um barulho alto.

- Sr. Malfoy o que foi isso? – Era madame Pince, que provavelmente estava fazendo suas rondas na biblioteca.

- Desculpe madame Pince, eu apenas não consigo achar o que quero. – Na verdade eu não conseguia era ter o que eu quero.

- Isso não é motivo pra ficar gritando e agredindo os pobres livros. A maioria deles tem mais idade do que seus tataravôs.

- Eu sei. Desculpe. Eu já estava guardando tudo.

- É bom mesmo. – e se virou indo na direção dos outros corredores.

Guardei os livros e fui pras masmorras, precisava falar com Blás.

POV. Hermione Granger

Saí da biblioteca pensando. O Malfoy estava realmente muito esquisito. Tinha aquela cena no banheiro quando ele ficou me consolando, daí ele resolve pedir uma trégua. E oras, desde ontem que ele não me xingava e hoje ele não foi nem um pouco insuportável e nós até conversamos durante a manhã.

Era difícil pensar em mim passando um tempo saudável com Draco Malfoy, sem brigas nem xingamentos e discussões mas era o que havia acontecido. Alguma coisa estava muito errada, ele devia estar tramando alguma coisa. E era algo beeeeem grande. Que outro motivo ele tinha pra ser tão... legal(?)... comigo? Lembrei da cena de poucos minutos atrás na biblioteca, ele tinha me puxado de encontro a ele pra que eu não caísse no chão, e quando fez isso eu acho que pela primeira vez vi alguém diferente quando olhei os olhos cinzentos. Era como se no fundo ele não fosse o garoto puro sangue filho de um comensal e sim um garoto qualquer. Na hora eu não sei o que passou pela minha cabeça. Fiquei sem reação. Mas agora pensando bem, aquilo me fez lembrar o primeiro dia em que vi o Malfoy.

~~ Flashback Hermione Granger ~~

Eu estava no Beco Diagonal e vi aquele menino marrento pedindo um sorvete da mãe. Eu mesma estava do lado de dentro da sorveteria do Sr. Fortescue pedindo o meu. Ele entrou e pediu um sorvete de limão, por sinal o mesmo que eu estava tomando. Eu fui olhar a vitrine e enquanto tomava meu sorvete ele chegou perto de mim.

- Oi, veio comprar seus materiais pras aulas?

- Sim, você também vai pra Hogwarts?

- Claro. Minha mãe foi comprar minha coruja. Já comprou suas vestes? Acabei de sair da Madame Malkin, tinha um garoto irritante lá, acho melhor você só ir lá depois. – ele fez uma careta estranha que me deu vontade de rir.

- HAHAHA, você é engraçado. Não, ainda não comprei minhas vestes, meus pais estavam comprando meu caldeirão e o kit de poções. Mas eu já comprei minha varinha, você quer ver?

- Jura? Deixa eu ver? Minha mãe disse que só vamos no Olivaras quando estivermos indo embora, vai ser a última coisa que vamos comprar. – Ele fez uma cara de chateado.

- Eu insisti aos meus pais pra comprar a varinha antes de qualquer coisa. – puxei a varinha do bolso e mostrei a ele– Estou louca pra testar alguns feitiços, mas fico com medo. Disseram que não podemos fazer magia fora da escola.

- Ora deixe de ser boba. Nós podemos fazer sim, é proibido só se você estiver no mundo dos trouxas, mas como eu e minha família nunca vamos lá não faz diferença. Sua família vai muito ao mundo trouxa?

- Hmm, sim. Mas e você, sabe fazer algum feitiço? – mudei de assunto. Já haviam me dito que pra algumas pessoas ser filha de trouxas era algo ruim.

- Alguns, às vezes pego a varinha da minha mãe escondido pra testar um ou outro feitiço, coisa pequena porque se meu pai descobre eu fico encrencado.

- Entendi. Quer me ensinar algum?

- Porque não.

Nesse momento a mãe dele bate no vidro da sorveteria chamando pra ir embora.

- Ah bem. Acho que vai ficar pra uma outra hora. Porque não experimenta os feitiços do livro do primeiro ano? Ele está na lista de materiais, é bom praticar quando você chegar em casa.

- Claro, obrigada pela sugestão.

- Nos vemos na estação, ou no trem.

- Talvez só em Hogwarts.

Começamos a rir e a mãe dele bateu de novo no vidro impaciente. Ele se dirigiu pra saída e acenou pra mim da rua, acenei de volta e vi meus pais vindo me buscar. Saí da sorveteria ainda tomando meu sorvete e puxando meus pais pra Floreios e Borrões. Tinha decidido que ia aprender alguns feitiços básicos antes de voltar pra casa, afinal “no mundo trouxa” eu era proibida de praticar magia.

~~ Fim de Flashback ~~

Naquela época quando cheguei a Hogwarts e o vi na escadaria, pensei que pudéssemos ser amigos, mas quando vi como ele tratou Rony e Harry, que ainda nem eram meus amigos, fiquei com medo. Afinal nós tínhamos conversado e nos dado bem, mas ele não sabia quem eram meus pais. Se ele tratava o Ron, que era um sangue puro, daquela maneira então de que forma ele iria me tratar? Minhas dúvidas foram respondidas quando McGonagall chamou meu nome pra que o Chapéu Seletor escolhesse a casa para qual eu iria. Ele estava esperando a vez dele e estava alegre, me olhou e sorriu, mas quando ela me chamou e ele percebeu que eu não era de uma família puro sangue o olhar dele mudou. Ele primeiro ficou confuso, depois triste e finalmente com raiva. Quando desci do banco me encaminhando pra mesa da Grifinória tentei sorrir pra ele, mas ele imediatamente virou o rosto. Foi aí que percebi que uma Granger e um Malfoy jamais poderiam ser amigos.

Bem, isso não significava que éramos obrigados a ser inimigos não é? Afinal de contas nós estávamos em trégua não é? Não éramos amigos mas também não éramos inimigos, o que fazia de nós... Bem o que isso fazia da gente? Não ser nem uma nem outra coisa às vezes deixa tudo mais confuso. Mas devo admitir que se o Malfoy não fosse quem é (ou eu não fosse quem sou) as coisas poderiam ter sido bem diferentes entre a gente.

Perdida nesses pensamentos nem notei que já estava à frente do quadro da Mulher Gorda há quase 5 minutos. Olhei pro quadro e quando ia dizer a senha o portal se abriu e Harry saiu de lá.

- Hermione, mas que diabos você faz parada aí? Já estava indo atrás de você de novo sabia?

Entramos na comunal e havia uma mesa próxima cheia de guloseimas que os dois tinham contrabandeado das cozinhas da escola. Minha barriga roncou e nós três começamos a rir.

POV Draco Malfoy

Eu já estava sentado numa das poltronas esperando Blás há pelo menos uns 15 minutos quando vejo ele entrar na comunal apressado.

- É isso cara! Tive a ideia perfeita!

- Shiiiiiiiu. Fala baixo, quer que toda Hogwarts escute você?

- Ah pelo amor de deus hoje é domingo. Ninguém em sã consciência iria preferir ficar nessas masmorras geladas ao invés de pegar um ar puro nos pátios ou sentar na beira do Lago Negro.

- Exceto nós dois. – falei ironicamente – Mas que ideia perfeita é essa?

Eu tinha contado ao Blás tudo que acontecera na biblioteca durante a manhã. Incluindo a cena em que quase beijei Hermione.

- Ora cara, é bem óbvio que a Hermi tá confusa. Você não vê?

- Confusa com o que?

- Ai Draco como você consegue ser tão tapado. Ela não sabe como se comportar perto de você e isso é bom sinal pra nós, ainda bem que você não beijou ela.

- E isso ia mudar alguma coisa?

- Claro que ia. Eu já disse que você não pode ir com pressa. Você tem que fazer ELA cruzar a linha cara.

- Cruzar a linha. – repeti como um mantra. – E qual é o plano?

- Bem, primeiro você vai continuar agindo como combinamos. Seja você mesmo e não ofenda a garota. Se ela continuar agindo assim até o fim da semana botamos o plano em ação.

- E qual é o plano? – perguntei de novo.

- Mas você é impaciente, por Merlin. Temos que fazer ela beijar você. Ela precisa tomar a inciativa cara.

- Porque?

- Pra que a gente saiba que tá dando certo.

- Então tenho que fazer ela querer me beijar não é?

- Sim, tem algo em mente?

- Claro que tenho, afinal, eu sou Draco Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Meus amores e amoras espero que esse capítulo tenha ficado do agrado.
Por favor comentem e me digam o que estão achando. E mais uma vez, muito obrigada pelo carinho, receber tantos reviews positivos vindos de vocês só me dá mais e mais vontade de continuar escrevendo uma história linda pra deixar vocês felizes. Beijinhos e até sexta.