Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus chuchus *--*, trazendo pra vocês o capítulo dessa semana.
Eu particularmente queria mudar todo esse capítulo pq não achei que ficou bom, mas a Xúlia Luxuosa me proibiu. Entãããããão, espero que gostem. ♥



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Capítulo 6

- Ah por Merlin. Você é Draco Malfoy homem. Você faz o que quiser esqueceu? Se você quer a sangue-ruim então pegue ela pra você.

- Ah claro. E como eu vou fazer isso? A garota me odeia e ainda por cima é apaixonada pelo meu rival.

- Fazendo ela se apaixonar por você oras. Isso é tão óbvio.

- E como demônios eu vou fazer isso?

- Você por acaso não sabe que existe uma linha tênue entre amor e ódio? Você já cruzou a linha, só precisamos fazer ela cruzar também.

E Blás sendo nada menos do que ele mesmo bolou um plano para que eu conquistasse a garota que até semana passada eu odiava. Resolvemos colocar o plano em ação o mais rápido possível. Com a primeira ida a Hogsmead se aproximando ele queria que eu já estivesse com meio caminho andado até lá.

- Lembre-se, seja você mesmo. Afinal você vai continuar sendo o mesmo filho da mãe para o resto da sua vida. Só pare de ofender a garota. E seja gentil, as pessoas não conhecem seu lado bom, mas eu sei que ele existe, use um pouco dele com ela.

Tínhamos exatamente um mês e meio até a primeira visita ao povoado. E de acordo com Blás eu tinha que ser amigo dela nesse tempo pra que pudéssemos seguir com o restante do plano. O problema era eu conseguir fazer isso.

Era final de semana e ninguém tinha aulas, então não sabia como falar com ela. Não queria esperar até a segunda pra começar com o plano. Então saí andando pelo castelo esperando esbarrar com ela. Estava subindo umas escadas quando vi por uma janela várias pessoas próximas ao lago. Ela estava ali, sentada embaixo de uma árvore com os dois palhaços inseparáveis.

Desci e fui na direção do lago ainda sem saber o que fazer ou como fazer quando vi o Weasley se afastando e voltando pro castelo. Ela ficou lá sentada com o Potter ao seu lado. Eles estavam conversando. Eu precisava ouvir aquela conversa. Me aproximei o máximo que pude e fiquei calado pra ouvir o que eles diziam.

- E foi isso. Não sei bem como aconteceu, só sei .

- Você é terrível Harry. Como pôde? – ouvi a voz dela sair um tanto embargada.

- Não sei Mione. Juro. Só que essas coisas a gente não controla.

- Isso nunca vai dar certo. Você sabe não é?

- Claro que sei. Ela tem namorado.

- E agora? – ela estava magoada, eu podia notar isso. Como aquele imbecil quatro-olhos não percebia?

- Agora o que?

- O que você vai fazer? – ouvi o tom de preocupação na voz dela. Era óbvio que ele havia se apaixonado por outra garota e ela tinha medo que ele tentasse ficar com a outra.

- Oras a mesma coisa que antes. Absolutamente nada.

- Acho melhor assim. – Alívio, ela estava aliviada porque o Potter iria continuar solteiro. Fiquei extremamente irritado. O ciúme tomava conta de mim. Saí dali e voltei para a entrada do castelo.

***

Vários minutos depois eu estava encostado em uma parede, escondido e pensando comigo mesmo no porque de ela gostar do Potter enquanto morria de ciúmes, quando a vi passar sozinha. Fui atrás dela pra descobrir onde ela estava indo. Se dirigia para o banheiro das meninas no segundo andar, aquele que a Murta tomou posse. Ninguém usava aquele banheiro.

Entrei e ouvi ela chorando, a Murta não estava por ali, o que significava que estava passeando pelos canos ou no banheiro dos monitores. Me encostei na pia e esperei ela parar de chorar. Já tinha passado quase uma hora quando ela finalmente saiu de uma das cabines do banheiro ainda enxugando as lágrimas e olhando pro chão. Ela não tinha notado minha presença até chegar perto de uma das pias pra lavar o rosto.

- Malfoy! O que diabos você tá fazendo aqui? – Era visível a irritação dela, apesar do rosto já estar vermelho pelo tempo de choro.

- Como assim? Agora não posso mais andar pelo castelo? – Tentei brincar e dei um sorriso. O que não deu muito certo.

- Esse é um banheiro feminino Malfoy, e a não ser que você tenha virado uma garota, ESTE NÃO É O SEU LUGAR!

E então a coisa que eu achava mais improvável aconteceu. Ela me abraçou e voltou a chorar. Olhei pra ela sem saber o que fazer. Ela percebeu minha confusão e gritou ainda mais.

- O QUE É QUE VOCÊ AINDA TÁ FAZENDO AQUI?

- Como eu vou embora com você me segurando? É você quem tá me abraçando.

Ela fez menção de me soltar e eu a abracei de volta, segurando pra que ela não se afastasse. Ela devia estar realmente muito abalada com essa história do Potter afim de outra garota. Porque que outro motivo ela teria pra abraçar um inimigo e chorar nos braços dele? Por um momento tive vontade de sair dali e matar o ocludo com minhas próprias mãos, mas fiquei porque sabia que ela precisava de mim. Eu a segurava enquanto ela chorava e soluçava e de vez enquando ela me empurrava e tentava se soltar, mas eu a abraçava ainda mais forte.

Depois de uns vinte minutos assim ela já quase não chorava, fui soltando ela devagar e me afastei um pouco. Encostei na pia e ela virou de costas pra mim, estava enxugando as últimas lágrimas que teimavam em vir.

- O que aconteceu? Porque é que você estava chorando tanto?

- Não é da sua conta Malfoy. E o que é que você estava fazendo aqui?  - a pergunta dela me pegou, pensei rápido e inventei alguma coisa.

- Bem, eu vi você passando em um corredor e fui atrás de você, eu precisava de ajuda com Aritimancia. Vi você entrar no banheiro da Murta e parei na porta, mas quando ouvi você chorar eu entrei.

- E porque você iria se importar com isso?

- Qualquer ser humano com o mínimo de compaixão se aflige ao ver alguém sofrendo. - Ela se virou pra me olhar.

- E desde quando você é humano Malfoy? E quem deu permissão pra você usar minhas frases contra mim?

- Não estou usando nada contra você. E olha eu não dou a mínima pro que você pensa sobre mim, eu ainda odeio você, mas você tem razão. Já que vamos ser obrigados a conviver esse ano o mínimo que podemos fazer é tentar ser sociáveis. Não acha?

- Talvez. Está me propondo uma trégua? – respondeu cruzando os braços.

- Sim, mas tem uma coisa.

- O que?

- Não quero que ninguém saiba disso.

- Porque Malfoy? Não quer que seus amiguinhos sonserinos saibam que está andando com uma sangue-ruim? Pois eu tenho uma novidade pra você, eu quero menos ainda. Se Rony e Harry descobrirem que eu ando confraternizando com o inimigo eles vão me matar, vão querer minha cabeça servida em uma bandeja de prata.

- Dramática... Preza tanto a amizade deles e esses dois imbecis um dia ainda vão te deixar na mão.

- Ah claro, porque em você eu posso confiar. Faça-me o favor. - Disse revirando os olhos - Ok. Temos uma trégua.

- Ótimo. Nesse caso, podemos nos encontrar na biblioteca amanhã?

- Porque na biblioteca e porque amanhã?

- Francamente Granger, pensei que você fosse mais esperta. Amanhã é domingo, todos vão estar lá fora aproveitando o dia. E mesmo que fiquem aqui dentro, aluno nenhum visita a biblioteca num domingo.

- Vai pro inferno Malfoy.

- Você na frente.  Aliás, posso perguntar por que me abraçou? – Ela corou diante da pergunta.

- É... bem... eu não estava no meu estado normal. Eu só precisava me afastar daqueles dois. Queria ficar sozinha.

- Hmm.

- Olha eu também não gostei nada de abraçar você tá legal?

- Tudo bem, é melhor deixarmos essa história pra lá. Amanhã eu espero você na biblioteca após o café da manhã pode ser?

- Ok.

***

Na manhã seguinte eu desci para o café. Eu havia contado tudo que acontecera ao Blás e ambos concordávamos que eu agora precisava me aproximar dela, fazer com que ela confiasse em mim, e então depois eu faria ela se apaixonar.

Chegando ao salão principal eu a vi sentada a mesa da Grifinória ela estava sozinha e parecia brincar com a comida.

- Ela parece triste. E os dois imbecis não estão com ela. Acha que ela não está falando com eles? – perguntou Blás se sentando e servindo-se de um pouco de mingau.

- Não Blás, ela é apenas orgulhosa, como eu. Ela provavelmente não quer que eles saibam que ela está triste, até porque eles não podem descobrir sobre a paixão dela pelo Potter. Talvez ela esteja tentando se esconder deles.

- O salão principal não é exatamente o melhor esconderijo.

Ele apontava a entrada do salão com a cabeça. Potter e Weasley entravam e ao avistarem o lugar onde ela estava sentada correram pra se juntar a ela. Quando os viu ela mudou a expressão, fingia estar feliz e começou a comer e conversar animadamente com eles. E foi assim durante todo o café da manhã. Quando saíram ela deu uma olhada pra mesa da Sonserina, assim que me viu fez um sinal quase imperceptível com a cabeça apontando pra cima, ela estava me lembrando que combinamos de ir a biblioteca. Imediatamente eu saí do salão e fui pras masmorras pegar minhas coisas.

Cheguei na biblioteca e vi Madame Pince sentada em sua mesa ela olhou pra mim e me cumprimentou, disse um “oi” e me afastei, procurei a mesa mais escondida e afastada, a mesma mesa onde vi Hermione no outro dia. Ela já estava lá quando cheguei, tinha em mãos uma dúzia de pergaminhos que estava lendo e a mesa tinha pelo menos cinco livros empilhados.

- Pra que tudo isso? – perguntei olhando para os livros.

- Ai Malfoy que susto. – ela tinha levantado a cabeça pra me olhar – Vamos estudar não vamos? Peguei alguns livros sobre Aritimancia, foi sobre isso que você disse estar com dúvidas não foi? Então, trouxe minhas anotações e também trouxe as minhas tarefas pra dar uma adiantada. Sabe como é, não quero Snape pegando no meu pé por não ter feito a redação explicando usos e efeitos da poção Redutora.

- Já te disseram que você fala demais?

- Já, mas acho que vai ter que se acostumar com isso.

Passamos o resto da manhã na biblioteca lendo os milhões de livros que ela trazia e fazendo nossas tarefas, estudamos um pouco de tudo, até das aulas que não tínhamos juntos. Era interessante ver o quanto ela ficava feliz perto dos livros, e o modo como defendia suas opiniões e pontos de vista. Chegamos a ter algumas discussões quando estudamos runas porque ela jurava que o símbolo em formato de quadrado com três círculos unidos formando uma espécie de triângulo dentro dele tinha sido feito por bruxos da Romênia quando na verdade era bem sabido que não foram os bruxos e sim os vampiros. Ela ficou possessa de raiva quando percebeu que eu tinha razão.

Ficamos tão concentrados estudando e por incrível que pareça, conversando, que não percebemos o tempo passar. Estávamos sentados lado a lado olhando um livro de Aritimancia quando ouvimos vozes.

- Ela tem que estar por aqui Harry. Ela não está em parte alguma do castelo e não apareceu pro almoço. Onde mais você acha que ela estaria?

- É eu sei. Mas madame Pince nem soube dizer se ela realmente está aqui.

- Madame Pince passa a maior parte do tempo dormindo ou brigando com os alunos que tentam dar uns amassos nos fundos da biblioteca, ela nem iria ver a Mione entrando ou saindo.

Hermione me olhou assustada.

- E agora Malfoy? Se esconde rápido!

- Porque eu?

- Porque eles sabem que eu estou aqui, você não ouviu eles dizerem que me procuraram por todo castelo?

- Tá bom, tá bom. Mas onde? – enquanto discutíamos ouvíamos os passos se aproximarem.

- Corre entra atrás daquela estante, por ali, vai. No final da estante tem uma pequena passagem pra seção reservada, fica lá. Quando você vir que nós já fomos você pode sair.

- Você vai sair com eles?

- Claro né? Aaaaanda Malfoy. – disse me empurrando.

- Ai que merda. Tá. – corri pra estante que ela havia apontado e segui até ver a passagem pra seção reservada. Virei de volta em um canto procurando uma estante de onde eu pudesse ver a mesa onde nós estávamos. Potter e Weasley tinham acabado de chegar.

- Mione! Por Merlin quer nos matar de susto? – disse o Potter olhando sério pra ela.

- Mas o que foi que eu fiz?

- Simplesmente sumiu. Depois do café da manhã você desapareceu e ninguém sabia onde você estava. Ficamos preocupados, e se o Black tivesse conseguido entrar nos terrenos do castelo e sequestrado você?

- Vira essa boca pra lá Ron. Mione, afinal de contas porque você se enfiou aqui?

- Ora, eu estava estudando. Coisa que vocês dois não fazem. Não vou me admirar se vocês dois forem reprovados nos NOM’s quando chegarmos no quinto ano. – Enquanto ela falava o quatro-olhos olhava pra mesa onde ela estava sentada, ele fez uma cara de confuso e depois de raiva. Olhei pra mesa pra tentar entender porque da reação quando vi o que ele fitava.

- Hermione, quer me fazer o favor de explicar isto? – disse ele apontando o objeto que eu encarava.

Hermione olhou para o objeto, era um caderno verde com as letras D e M na capa escritas com uma caprichosa letra na cor prata.


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Notas finais do capítulo

É isso amorecos, que acharam? Por favor comentem pra que eu saiba a opnião de vocês, isso é importante pra mim.
E se estiverem mesmo gostando da fic, agradeçam a Júlia Jonas (Xúlia Luxuosa) que me fez criar coragem de postar e mostrem pros amiguinhos lerem também.