Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Primeiro quero agradecer aos meus leitores lindos. Antes eram quase 10 e agora são quase 20. Muito obrigada pelo apoio, isso me emociona muito e me dá ainda mais vontade de escrever. Obrigada por todos os reviews e favoritos.
Agora aos pronunciamentos. ^^
Bem, a ideia era postar todo fim de semana, mas aos sábados e domingos eu não tenho como postar. Entãaaaaaao, toda sexta eu prometo postar um capítulo novo.
O capítulo de quarta foi um brinde pelo aniversário dos nossos lindos HP e Jo, então vamos ao capítulo dessa semana. Os próximos só vou postar nas sextas.



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Capítulo 5

Chegando à sala de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas eu fui me juntar aos outros sonserinos, cheguei perto de Blás e me sentei na cadeira ainda com a raiva estampada no rosto.

- Que aconteceu Draco?

- Essa merda de tipoia já tá me incomodando.

- Só isso? Pela sua cara parece que a raiva tem um motivo bem mais forte que só a tipoia incomodando. O que aconteceu Draco?

- Eu tô falando, é a tipoia, vou falar com a Pomfrey assim que acabarem as aulas de hoje pra ela me autorizar a tirar essa merda daqui.

- Ok. Se não quer contar eu não vou forçar.

No momento em que eu ia gritar com Blás e dizer pra ele parar de imaginar coisas o tal Lupin entrou na sala.

- Boa tarde alunos. – Ele tinha uma aparência doentia, esquisita, estava mal vestido e não parecia ter comido muito bem. – Quero que se levantem guardem seus livros e cadernos e peguem as varinhas. Nossa aula será prática hoje. Alguns de vocês podem organizar a sala para deixar um grande espaço vazio? Basta que coloquem as mesas e cadeiras nos cantos da sala.

Os grifinórios começaram a usar as varinhas para acomodar os móveis nos cantos enquanto Lupin se dirigia para o fundo da sala. Quando voltou de lá vinha levitando um imenso armário. Colocou ele no chão e falou com a turma.

- Acho que se lembram do nosso assunto da aula passada. Estou correto?

- Falamos sobre o Bicho-Papão professor. – Como sempre a Granger havia respondido.

- Sim exatamente Hermione. E algum de vocês se lembra onde eles costumam ser encontrados?

- Lugares escuros e fechados de preferência. Normalmente se escondem em armários, guarda-roupas, vãos embaixo das camas.

- Excelente Hermione, e sabe qual é a forma de um Bicho-papão?

- Ele não tem forma, o bicho-papão é um transformista. Ele toma a forma do maior medo daquele que o enfrenta, por isso consegue ser tão assustador.

- Hermione eu não poderia ter dado explicação melhor. Cinco pontos para Grifinória por cada resposta correta que me deu.  – Weasley olhou pra ela feliz e murmurou “Ganhamos quinze pontos!”. – Acho que a essa altura já sabem o que temos dentro desse armário. Esse Bicho-papão se mudou para cá ontem à tarde. O prof. Dumbledore o encontrou escondido nesse guarda-roupa na sala dos professores e gentilmente me deu a oportunidade de ensiná-los como derrotá-lo. Como ele ainda não viu ninguém do lado de fora, ele provavelmente está na sua forma original e ninguém sabe qual forma é essa. Quando eu abrir o armário e o deixar sair, ele vai tomar a forma que mais nos assusta. E isso crianças, nos dá uma enorme vantagem. Alguém pode me dizer que vantagem é essa?

- Tem muitas pessoas aqui, ele não saberia no que se transformar.

- Muito bem Draco. Cinco pontos pra Sonserina. – Dei um sorriso vitorioso quando a Granger me encarou com raiva por eu ter respondido antes dela. Mas nem morto eu a deixaria ganhar mais pontos. - Creio que possa me dizer qual feitiço usaremos para derrotar o bicho-papão.

- Riddikulus.

- Perfeito. Mais cinco pontos pra Sonserina. – Dei mais um riso vitorioso na direção da sangue-ruim. – Neville, pode vir até aqui, por favor? - Longbottom se dirigiu a frente da turma e o professor voltou a falar conosco. – O que derrota o bicho-papão não é o feitiço. Entendam, ele precisa ser bem executado e isso exige concentração. O que derrota o bicho-papão é o riso, pra isso vocês precisam imaginar algo que lhes faça rir e pronunciar o feitiço para obrigar o bicho-papão a mudar de forma. Neville, o que você mais teme?

- O prof. Snape. – A sala inteira riu.

- Hmm, e você mora com sua avó, estou certo?

- Sim, mas o bicho-papão não vai se transformar nela não é? – Todos na sala começaram a gargalhar.

- Não Neville, não precisa se preocupar. Agora preste atenção, quando eu abrir a porta do armário quero que você imagine o professor Snape vestido com as roupas de sua avó. Tudo bem? Consegue fazer isso?

- Uhum, consigo.

- Perfeito.

Ele colocou o Longbottom na frente do armário, se afastou para o lado e com um aceno de varinha a porta do armário se abriu. Quando saiu lá de dentro, o bicho-papão veio com a forma do prof. Snape, ele cruzou os braços e olhou ferozmente para Neville. Lupin mandou que o garoto usasse a varinha. Quando ele gritou “Riddikulus”, o Bicho-papão mudou de roupas, em vez das vestes negras e capa preta e longa do professor Snape ele agora usava um vestido verde ridículo e um chapéu vermelho com penas, com uma bolsa vermelha ainda mais ridícula e sapatos de salto. Não deu outra, a sala inteira caiu na gargalhada.

- Muito bem Neville. Agora quero que façam uma fila. Sem empurrar ok? Todos vão poder brincar hoje.

Formamos a fila e coloquei Crabbe e Goyle atrás de mim com Blás a minha frente. Foram de um por um enfrentando o Bicho-papão e transformando ele em coisas cada vez mais ridículas. Minha barriga doía de tanto rir quando chegou à vez do Potter. Enquanto ele se preparava pra enfrentar o monstro vi o professor mudar o rosto. Ele estava rindo, mas quando viu que era a vez do Potter, o rosto dele torceu de preocupação. Ele imediatamente acenou com a varinha e o bicho-papão voou para dentro do armário sem que nós víssemos a forma que ele tinha assumido.

- Me desculpem crianças, mas lembrei de que preciso fazer algumas coisas. Receio que não será possível que todos enfrentem o monstro hoje, e talvez não tenha uma próxima aula prática para isso. Me perdoem, mas o que é bom dura pouco. Estão dispensados, podem pegar suas coisas perto da porta.

Alguém começou a reclamar do meu lado enquanto íamos até a porta, quando vi Lupin puxar o Potter pra dentro da sala dos professores de DCAT que ficava no fundo da sala. Saí de lá com Blázio e os dois imbecis do Crabbe e Goyle na nossa cola e fui assistir às outras aulas do dia pensando no porque daquilo.

Quando finalmente o dia havia terminado me dirigi ao salão principal para o jantar. Sentei na mesa da Sonserina e percorri o salão com os olhos. Potter estava na mesa da Grifinória, junto com a Granger e o Weasley, cochichavam alguma coisa, e cada vez que alguém se aproximava deles eles mudavam de assunto. O que diabos eles estariam conversando de tão importante que não pudesse ser revelado aos outros? Será que tinha algo a ver com o Lupin ter puxado o quatro-olhos pra conversar? É devia ser isso. Blás viu que eu não tirava os olhos da mesa da Grifinória e me perguntou:

- Hmm, perdeu algo ali Draco?

- O que? – Eu perguntei distraído. Estava prestando tanta atenção nos três que não ouvi uma palavra do que ele disse.

- Perguntei se você perdeu algo na mesa da Grifinória.

- Não, claro que não. Porque dessa pergunta estúpida?

- Você não tirava os olhos da Granger cara. Parece até que tá apaixonado por ela. – Não me contive.

- Blás. Faz um favor?

- Hmm?

- SE MATA! – Gritei. Todos olharam pra nós dois, incluindo os três patetas. Baixei o tom de forma que só ele pudesse me ouvir. – Porque você veio com essa ideia imbecil de novo? Eu já disse que não sou afim de ninguém, muito menos daquela suja.

- Sei lá cara, é que você anda meio estranho depois que começou a ter aulas com ela, e olha que ainda nem passou de um mês.

- Não tô nada estranho. Eu tava olhando pra lá porque vi coisas esquisitas hoje. Aqueles três estão tramando.

- Que tipo de coisas esquisitas?

- Nada. É melhor deixar pra lá.

- Hmm, tudo bem. Mas se vamos mudar de assunto, pode por favor me dizer porque é que você estava tão irritado hoje na aula de DCAT? – Não me contive e gritei de novo.

- QUE DROGA ZABINI! VAI A MERDA BELEZA? – E levantei da mesa pisando firme em direção a Ala Hospitalar, deixando um Blás assustado e sem entender nada ainda sentado à mesa da Sonserina.

***

- Quer, por favor, me deixar tirar isso do braço? Eu não sinto mais dor e sinto que já posso usá-lo. Meu braço já está forte o suficiente.

- Preciso examinar, vou buscar os instrumentos na minha sala. Pode se sentar em uma das macas, eu já volto.

Enquanto ela ia até a sala dela, ouvi um barulho na porta. Hermione Granger havia acabado de abrir a porta e estava entrando quando me viu sentado na maca.

- Mas o que é que você está fazendo aqui?

- Posso te perguntar o mesmo.

- Eu vim pedir alguns comprimidos, estou com dor de cabeça e meus remédios acabaram. E você? Por acaso seu braço continua doendo?  - Ela fez uma careta irônica, sabia que eu não sentia dor há muito tempo.

- Vim pedir pra tirar esse negócio do meu braço.

Ficamos calados, ela veio andando e se sentou na maca em frente a minha e ficou olhando para o chão. Subitamente lembrei da semana anterior, o dia em que machuquei o braço. Ela estava ali comigo. Eu havia apertado a mão dela e ela apertou a minha de volta. Lembrei de sentir algo estranho quando ela enrolou o braço dela no meu. Eu realmente não a entendia. Uma hora ela agia de maneira amigável comigo, outra hora tentava me matar. Me irritava o jeito dela, a forma como ela agia. Lembrei dela mordendo os lábios e de colocar os lápis na boca durante as aulas ou na biblioteca. A biblioteca, ela realmente tinha ficado vermelha quando falei do Potter. Ela era apaixonada por ele afinal. De alguma forma senti que constatar aquilo me irritava profundamente. Seria possível?

Enquanto eu pensava Madame Pomfrey saiu da sala dela e viu que a maca em frente a minha também estava ocupada.

- Ora, Srta. Granger, o que a trás aqui?

- Eu estou com dor de cabeça e meus comprimidos acabaram. Vim saber se a Sra. teria algum por aqui.

- Ah claro. Pode esperar eu atender o Sr. Malfoy?

- Sem problemas.

Ela me examinou com uns instrumentos esquisitos, mexeu bastante no meu braço e me pediu pra fazer alguns movimentos para que ela pudesse comprovar a melhora. Depois me pediu pra carregar uns pesos que ela conjurava com a varinha. Depois de mais alguns testes ela me liberou pra voltar as minhas atividades normais. Fui saindo da Ala Hospitalar e olhei para Granger, seria realmente possível? Tinha só pouco mais de uma semana, como?

Voltei ao meu dormitório ainda perdido nesses pensamentos e rejeitando todos eles veementemente. Ao chegar ao salão comunal nas masmorras vi Blás me esperando sentado perto da lareira naquela mesma poltrona da outra vez. Quando me viu ele se levantou irritado e veio andando na minha direção.

- O que diabos deu em você Malfoy? Porque gritou comigo daquele jeito?

- Desculpa Blás. Eu realmente não tô com cabeça ultimamente.

- E eu não sei disso? Já falei pra você, você anda todo estranho desde que as aulas começaram.

- É e é isso que está me preocupando. Só comecei a pensar nisso de verdade hoje à noite. Mas eu estou confuso.

- Quer conversar? Sou seu melhor amigo cara, você sabe que pode me contar as coisas.

- Eu acho que você estava certo. Eu acho que realmente estou afim da sangue-ruim.

- Demorou hein? E aí?

- Como assim e aí? Merda Blás, eu sou Draco Malfoy cara. Sabe o quanto isso é ridicularmente impossível?

- Ok, vamos do começo. Quando foi que isso aconteceu?

- Eu não sei cara, no primeiro dia de aulas eu comecei a reparar nela. Os cabelos, manias que ela tem. E daí hoje eu me dei conta que ela é apaixonada pelo Potter. Foi isso que me irritou de tarde, aliás. Vi ela na biblioteca quando fui devolver meus livros e ela estava sentada em uma das mesas lendo um livro sobre feitiços para conquistar garotos e quando perguntei se eram pro Potter ela corou, eu VI o rosto dela ficar vermelho. E na hora eu não entendi porque fiquei irritado, mas só pode ser ciúmes. Fora também o que senti na ala Hospitalar no dia que machuquei o braço. Você lembra que o Hagrid mandou que ela nos acompanhasse? Ela ficou comigo, quando a Pomfrey ia aplicar o remédio pediu ajuda a ela pra me imobilizar. Ela prendeu meu braço com o dela e segurou minha mão, quando senti dor eu apertei a mão dela pra não gritar e ela apertou de volta. Como se realmente se importasse. E aquilo fez com que eu me sentisse estranho.

- Cara você tá completamente caidinho pela Granger.

- Eu não posso cara. Não posso. Ela é sangue-ruim. Sabe o que meus pais diriam?

- Ah cara, para com isso. Não é como se você fosse se casar com ela.

- Sim, mas você jura que se eu tiver algo com ela ninguém vai saber? Toda a maldita escola vai comentar e isso vai chegar aos ouvidos da minha mãe. Ela vai ter um acesso. E meu pai? Meu deus meu pai é que é o pior. Ele vai me castigar, e se isso chegar aos ouvidos do Lorde das Trevas, minha família vai ser punida.

- Acha que seus pais seriam malucos de deixar isso chegar aos ouvidos do Lorde?

- Você não entende? Iria chegar, com toda a escola comentando mais cedo ou mais tarde um dos outros comensais iria saber. E todos eles são loucos pra ferrar com a minha família.

- Eu sei disso. Mas ninguém precisa saber de vocês dois não é? Vocês poderiam fingir que se odeiam e namorar sem ninguém saber. Eu até ajudo. O problema vai ser ela se esconder daqueles dois amiguinhos dela.

- Você tá esquecendo algo aí Blás.

- O que?

- Hermione Granger é apaixonada por Harry Potter.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo não está tão bom quanto os outros eu acho, mas os próximos estão bem melhores.
Meninas por favor comentem o que estão achando e digo de novo, toda crítica e sugestão é bem vinda. E se estiverem gostando da fic mostrem pros abiguinhos.