Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hi peoples! Vim de surpresa deixar um cap novo pra vocês. Espero que gostem.



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Capítulo 4

POV Hermione Granger

Saí das masmorras e fui procurar um lugar pra usar meu vira-tempo. Porque em nome de Merlin eu tinha sido obrigada a aturar aquele imbecil, idiota, nojento que era Draco Malfoy? A minha vida já era difícil demais tendo que me preocupar com Harry por causa de Sirius Black, preocupar com Hagrid e sua possível demissão, fora a provável morte do Bicuço que iria piorar ainda mais as coisas para ele. E tinha as aulas normais, ajudar o Ron e ai meu deus, era coisa demais.

Usei o vira-tempo e fui para aula de Runas, eu tinha que me segurar, precisava aturar o Malfoy o restante do ano, e as aulas mal haviam começado e eu já estava querendo arrancar a cabeça dele. Fechei a mão com força e senti dor, meu dedo cortado agora estava sangrando de novo, merda. Acenei com a varinha pra estancar o sangramento e continuei me dirigindo para o sexto andar, entrei na sala de aula e me sentei no meu lugar de costume, abri meus cadernos e o livro Runas e finalmente comecei a me sentir bem. Isso era eu, aulas, livros, cadernos, eu me sentia bem assim. Estava ficando feliz quando senti alguém sentando do meu lado.

- Oi parceira. Estava sonhando com o Potter é? Ou será que era o Weasley?

- Parece que você se importa demais com isso Malfoy. Porque minha vida pessoal te interessa tanto?

- Quem disse que me interessa? É que sabendo com qual dos dois você fica, é mais fácil pra irritar vocês. E como você bem sabe sangue-ruim, esse é meu esporte favorito. – Ele deu um sorriso de canto de boca e me olhou com a cara mais cínica do mundo.

- Já disse pra você tomar cuidado. Uma hora ou outra eu perco o controle e acabo com você.

- Como se isso fosse possível. Acha mesmo que pode contra mim?

- Você se acha o dono do universo né? Me poupe Malfoy.

Antes que ele pudesse responder alguma coisa o professor entrou na sala.

- Bem vindo de volta Sr. Malfoy, espero que esteja se sentindo melhor.

- Sim professor. Meu braço ainda dói bastante, mas nada que eu não aguente. – Aquele cínico, como assim dor? Eu sei bem que Madame Pomfrey deu a ele remédios para que ele não sentisse nada. E a essa altura os ferimentos dele já estavam praticamente sarados.

- Excelente, creio que o Sr. possa escrever.

- Posso.

- Já pegou as matérias que perdeu?

- Sim professor.

- Ótimo, então vamos começar a aula.

O professor se virou para o quadro e começou a desenhar algumas runas e explicá-las para nós. Após as aulas do dia eu voltei ao salão comunal da Grifinória exausta. Harry e Ron estavam me esperando sentados no sofá.

- Estávamos esperando você chegar, estamos indo ao salão principal para o jantar. Você vem conosco?

- Não Harry, tudo que eu quero agora é um banho e minha cama.

- Mione você não pode ficar sem se alimentar. Na verdade após o jantar eu e Harry íamos até a cabana do Hagrid, você sabe, saber como ficou a situação dele.

- Não concordo nadinha com isso Ron, vocês sabem muito bem que não é nada bom pro Harry ficar andando por aí com aquele assassino a solta.

- Ah Mione, você vai começar de novo? Já discutimos isso não foi? Não somos burros, vamos usar a capa de invisibilidade.

- Harry, eu me preocupo com você. Se você não tem amor a sua vida é minha obrigação e do Ron também – olhei pro Rony com um olhar acusador– cuidarmos de você.

- Eu sei. E eu já disse que amo vocês dois e sei que querem o melhor pra mim. Mas eu não vou deixar de fazer as coisas por causa de Sirius Black. E além do mais, o castelo está protegido pelos dementadores não está?

Vi Harry tremer quando falou dos dementadores, realmente o castelo estava muito bem guardado por eles. Mas se Black fugiu uma vez, de Azkaban ainda por cima, o que o impedia de passar pelos dementadores de novo? E por deus, eu amava Harry Potter, era completamente apaixonada por ele, aqueles olhos verdes me seduziam e cada vez que ele falava meu nome eu tremia por dentro, como eu poderia deixar que ele corresse tamanho risco? Se ele ia eu iria junto, não deixaria ninguém machucá-lo.

- Tudo bem Harry, eu vou com vocês. Mas eu realmente preciso de um banho. – Disse pra descontrair o clima tenso que havia se instaurado.

Subi pra tomar meu banho, troquei de roupa e desci pra ir jantar com os garotos. Chegando no salão principal vi ninguém menos que Malfoy fazendo cena na mesa da Sonserina.

- Aquele imbecil do Malfoy acha que alguém acredita no que ele diz?

- Na verdade a Sonserina acredita Ron, por mais que tenham visto tudo que aconteceu eles simplesmente preferem ignorar só pra ver o Hagrid mal. Você sabe que nenhum deles foi a favor da decisão de Dumbledore. – Eu disse encarando com raiva a nuca do Malfoy.

- A pior parte é que eles estão tentando convencer os lufanos e os corvinos. Se aproveitam do fato de eles não terem essa aula com a gente e contam a versão do Malfoy pros fatos.

- Mas Harry, eles jamais acreditariam nos sonserinos. Todos sabem que eles não prestam.

- Eu sei Ron, mas mesmo assim isso me preocupa.

Sentamos pra jantar e logo em seguida fomos até a cabana de Hagrid. Ele nos contou que Dumbledore e o conselho da escola não iam demiti-lo, mas que o Ministério queria tomar providências quanto ao Bicuço. Estavam discutindo o que fariam e deram ao Hagrid ordens estritas de manter Bicuço preso em Hogwarts. Voltamos aos dormitórios desanimados, estávamos claro, felizes por ele continuar sendo professor, mas o fato de não sabermos o que aconteceria com Bicuço nos deixou preocupados. Sabíamos que Malfoy queria o pobre animal morto, e se o ministério decidisse por satisfazer essa vontade, Hagrid sofreria muito.

Já era tarde quando saímos de lá, cheguei ao meu quarto louca pra dormir e vi uma coruja na janela. Todas as meninas já estavam deitadas então a coruja devia ser pra mim. Me aproximei e ela deu um pio baixo, voou até minha cama e deixou um bilhete lá, dei um biscoito pra ela e ela foi embora. Estranho, um bilhete a essa hora. De quem seria? Desenrolei o pergaminho e comecei a ler.

Olá Granger,

Recebi uma coruja do meu pai hoje, parece que seu amigo Hagrid não vai ser demitido. O que é uma pena pois claramente ele não serve pra ser professor. Vocês podem ter tido a sorte de o ministério não poder tomar essa decisão, mas fique sabendo que aquela galinha gigante dele vai ter o que merece. Meu pai me disse que Fudge está tentando fazer um julgamento que vai dar a ordem pra que aquele bicho seja morto. Comemorem enquanto podem, logo o hipogrifo vai estar morto e eu vou dar um jeito de Hagrid voltar a ser apenas o guarda-caça de Hogwarts.

D.M

Aquela maldita doninha. Segurei a vontade de gritar e fui pra minha cama. Ele ainda vai se ver comigo, ah vai. Fui dormir pensando em diversas formas de torturar Draco Malfoy.

Na manhã seguinte eu acordei com dor de cabeça, pra minha sorte só iriámos ter uma aula com a Sonserina no turno da tarde e eu não teria aulas extras com o Malfoy nesse dia. Fora a dor de cabeça esse provavelmente seria um bom dia. Fui pras aulas com Harry e Ron e a manhã transcorreu perfeitamente. Quando fomos almoçar sentamos na mesa da Grifinória e Simas Finnigan se aproximou gritando com O Profeta Diário na mão.

- Ele foi visto! Os trouxas avistaram Black!  - Peguei o jornal da mão dele e coloquei na mesa pra que eu, Harry e Rony pudéssemos ler.

- Dufftown, não é longe daqui.                  

- Não acha que ele estaria vindo pra cá não é Hermione?

- É claro que ele está vindo Ron. – Respondeu Harry antes de mim.

- Teremos que tomar mais cuidado a partir de agora.

Devolvi o jornal pra Simas e saí sozinha na direção da biblioteca, eu precisava pensar. Me sentei em uma das mesas mais escondidas da biblioteca e fiquei folheando os livros que estavam ali sem realmente lê-los. Peguei meu lápis da mochila pra fingir estar estudando caso madame Pince aparecesse e comecei a morder a ponta de trás, quando eu pensava aquilo me ajudava a me concentrar e as vezes até me acalmava. Voltei meus pensamentos pro que importava. Harry.

Eu precisava proteger o Harry, mas eu não sabia como. Sabia que ele não estava preocupado com mais um seguidor de Voldemort no encalço dele, mas de uma forma ou de outra, Sirius Black seria muito perigoso. Estava perdida nesses pensamentos quando ouvi alguém se aproximar.

- Ora, ora, se não é a sangue-ruim. Tentando descobrir um feitiço pra fazer o Potter se apaixonar por você?

- Vai se catar Malfoy. De onde você tirou esse absurdo? – Eu corei, eu sabia que tinha corado, senti minhas bochechas mais quentes. Droga, tudo que eu menos precisava era que Malfoy descobrisse minha paixão pelo Harry. Desviei o rosto.

- Oras por que outro motivo você estaria lendo esse livro? – Olhei a capa e percebi que livro era “Como conquistar um garoto com 5 feitiços fáceis”.

- Eu não estava lendo, só peguei os livros que estavam aqui na mesa e comecei a folhear, eu estava pensando.

- Claro, tentando descobrir como salvar o hipogrifo do seu amigo? – Com Harry na cabeça eu havia esquecido completamente a situação de Hagrid.

- Isso também Malfoy. Mas porque se preocupa tanto?

- Não sei, acho que já virou meu passatempo preferido irritar você. É tão fácil. – levantei e bati com o livro na mesa fazendo barulho.

- Vai. Se. Ferrar. Malfoy. – disse pontuando cada palavra com raiva na voz. Virei as costas eu fui para a próxima aula quando lembrei que seria a aula com a Sonserina. Defesa Contra as Artes das Trevas. Oh mas o que afinal de contas Merlin tinha contra mim? O dia tinha tudo pra ser tão bom.

POV Draco Malfoy

Eu tinha que ir até a biblioteca devolver uns livros que peguei pra estudar Runas e Aritimancia. Saí do salão principal e fui até as masmorras, eu tinha pouco tempo antes de as aulas da tarde começarem. Hoje só iríamos ter uma aula com a Grifinória e eu não teria nenhuma aula extra. Defesa Contra as Artes das Trevas, eu havia perdido as duas primeiras aulas do novo professor por causa do acidente com o hipogrifo. Era um tal de Remo Lupin, Snape havia me dito que ele era um imbecil também e que provavelmente seria mais um pro batalhão de “defendam o Potter” em Hogwarts já que ele tinha sido amigo do Potter pai.

Cheguei até a biblioteca e fui procurar Madame Pince pra devolver meus livros, quando não a encontrei resolvi colocá-los no lugar, ela saberia que eu tinha devolvido porque ela tinha um registro enfeitiçado que informava quais livros estavam emprestados e quando foram devolvidos, bastava colocar de volta no lugar que os livros eram contados como  “devolvidos” no registro dela. Estava devolvendo o último livro quando vi uma cena curiosa.

Granger estava sentada em uma das mesas mais escondidas com um livro em uma das mãos e o lápis na outra. Parecia estar concentradíssima na leitura, levava a ponta de trás do lápis ate a boca, daquele jeito irritante que ela sempre fazia. A visão daquilo ferveu meu sangue mas o que diabos ela estava fazendo na biblioteca? Ela por acaso não sabia que logo estaria na hora da aula? Olhei então para o livro que ela tinha na mão, “Como conquistar um garoto com 5 feitiços fáceis”. Ora mas quem é que ela queria enfeitiçar? Com aquelas dúvidas na cabeça resolvi me aproximar e fazer o que eu fazia de melhor, eu iria irritar a Granger.

- Ora, ora, se não é a sangue-ruim. Tentando descobrir um feitiço pra fazer o Potter se apaixonar por você?

- Vai se catar Malfoy. De onde você tirou esse absurdo? – Ela desviou o rosto.

- Oras por que outro motivo você estaria lendo esse livro?

- Eu não estava lendo, só peguei os livros que estavam aqui na mesa e comecei a folhear, eu estava pensando.

- Claro, tentando descobrir como salvar o hipogrifo do seu amigo?

- Isso também Malfoy. Mas porque se preocupa tanto?

- Não sei, acho que já virou meu passatempo preferido irritar você. É tão fácil. – Ela se levantou e bateu com o livro na mesa fazendo barulho. Olhou pra mim com os olhos castanhos em fúria genuína e disse pausadamente enfatizando cada palavra.

- Vai. Se. Ferrar. Malfoy.  – Saiu batendo o pé em direção à saída.

Era impressão minha ou a Granger corou quando falei sobre o Potter. Será que ela era mesmo afim dele? Aquilo me deu uma sensação estranha.

Mas pro inferno com a Granger, por que eu deveria me importar com isso?  Saí da biblioteca e fui em direção da sala de DCAT.  Eu precisava me lembrar de ir falar com madame Pomfrey, aquela tipoia já estava me dando nos nervos e eu já sentia meu braço bom. E que se dane o teatrinho de pobre Malfoy, eu já não aguentava mais fingir que meu braço doía. Sabe o quanto é difícil ter que lembrar de fingir dor cada vez que tocam seu braço? É um saco.


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Notas finais do capítulo

Amores e amoras o que estão achando? Pls comentem.