Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

YO MINNA!
*Tenho que parar com isso, é otaku demais. hahuehuaaed*
Well: Rélou pepous!
Eu não estava me aguentando de ansiedade (tô literalmente quicando na cadeira) então vim postar de madrugada mesmo e pronto!
Depois desse capítulo as coisas vão ficar um pouquinho ruins pro nosso casal e eu espero realmente que vocês não me matem por isso.
Capítulo imenso pra comemorar meu aniversário com vocês



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Capítulo 33

POV Pansy Parkinson

Assim que vi Draco saindo dos dormitórios e entrando no salão comunal eu levantei irritada de minha poltrona e me aproximei.

– Será que dá pra gente conversar, Draco?

– Isso depende. Qual seria o assunto?

– Você sabe muito bem qual é.

– Então eu sinto muito, mas não. Tchauzinho, Pansy.

– Volte aqui, Malfoy. Não ouse dar mais um passo. Eu só quero conversar, não vou dar um chilique ou ter um ataque histérico. Podemos?

– Ok, Pansy, mas não aqui.

– Claro que não. Vem comigo, por favor?

– Claro.

Fui andando enquanto Draco me seguia e só parei quando chegamos ao corredor do pátio de Transfiguração.

– Olha, Draco, eu não sei o que anda acontecendo com você. Você tem estado estranho desde o começo do ano e não conta pra ninguém o porquê. Se isolou com o Blás, mudou seu comportamento e até nas aulas você parece diferente. Quando você me pediu em namoro, pensei que toda essa sua estranheza fosse por causa disso, mas então há três dias você me vem com aquele papo de o nosso namoro ser só fachada e que você terminaria comigo a qualquer momento. Achei que você estava pirando, afinal, porque você iria querer ter um namoro de fachada? Eu sabia que alguma coisa estava muito errada com você e eu ainda não tenho a menor ideia do que seja. Só quero que você saiba que você pode ter terminado nosso namoro assim, do nada, mas eu ainda me considero sua amiga e, como tal, eu ainda vou tentar descobrir o que tem de errado com você e quando eu descobrir pode ter certeza que eu vou consertar e fazer tudo voltar ao que era antes desse ano maldito começar.

– Era só isso, Pansy?

– Sim. Pode ir, Draco, sei que você tá se coçando pra ir pra bem longe de mim.

– Eu não diria isso, mas ok. Até, Pansy.

Vi o loiro se afastar e tomar o rumo da outra entrada do castelo. Amiga uma ova. O que diabos estava se passando na cabeça daquele imbecil pra me tratar daquela forma? Ele vai me pagar e vai pagar muito caro por me humilhar perante toda a escola. Realmente tem algo extremamente errado com ele e eu vou descobrir o que é, ou não me chamo Pansy Parkinson.

***

Na hora do jantar eu fui pro grande salão junto com Daphne e Astória. Eu havia passado a tarde inteira pensando sobre como eu agiria para descobrir o que estava acontecendo. Estava mais do que na cara que Blás estava metido em tudo isso e acobertando o que quer que fosse que estava acontecendo com Draco. Não consegui tirar isso da cabeça nem durante o jantar, mas fui interrompida quando Draco sentou-se à mesa e Astória resolveu puxar assunto

– Então. Vocês foram ao jogo? Sabem o que houve com o Potter?

– É. Nós estávamos lá. – respondeu Blás. - Não vimos vocês, então ficamos em uns bancos mais baixos. A arquibancada estava lotada, ia ser difícil arrumar lugares mais pra cima.

– Porque vocês se atrasaram. – disse Daphne em reprimenda.

– E o que isso tem a ver? Era jogo da Grifinória, ia lotar de qualquer maneira. Principalmente a nossa arquibancada, todos queriam ver a Lufa jogando pra saber se aquele tal Diggory era realmente tudo que falaram. – Nott disse como que defendendo os amigos.

– Pra que isso? O jogo já acabou. Blás e Draco assistiram longe da gente, Lufa venceu e o Potter quase vira patê. O que mais nós queremos? Acho que por hoje já chega.

– Tem razão Little-Greengrass. – falou Draco para Astória – Vamos comer e deixar isso pra lá. O jogo já acabou e agora temos que nos concentrar em outras coisas.

– Como o que? O baile?

Ouvir Nott mencionar o baile me deixou completamente tensa. Eu sabia que todos deveriam estar me encarando agora e fui me enchendo de fúria. Maldito o dia em que Draco resolveu me humilhar. Senti Daphne passar a mão em cima da minha como que tentando me consolar. Mas que inferno! Eu estava parecendo tão patética assim? Blás começou a falar pra tentar quebrar o clima.

– Bem. Não sei quanto a vocês, mas eu realmente não tenho intenções de aparecer nesse baile.

– Ora, ora, Zabini. E eu pensando que você seria o primeiro a aparecer no salão a procura das moças desacompanhadas.

– Por quem você me toma, Nott?

– Faça-me o favor. Todos sabem que você e Draco formam uma dupla e tanto em se tratando de conquistar garotas e partir seus corações. Pensei que você teria companhia, Blás. E o Draco... Bem, o Draco dispensou a dele, né?

Não consegui mais segurar a raiva, levantei e descarreguei toda a minha fúria em um tremendo tapa na cara do Nott.

– Meu relacionamento com o Malfoy só diz respeito a nós dois. Não se meta nisso, Theo, ou vai sentir bem mais do que a minha mão marcando seu belo rosto. E pro inferno com esse maldito baile. De onde Dumbledore tirou a ideia de comemorar o Halloween com um baile?

Saí da mesa dando passos fortes rumo ao salão comunal. Eu definitivamente iria me vingar de Draco.

Na manhã seguinte acordei preguiçosa e me troquei para o café. Eu estava irritada porque Daphne tinha me enchido a paciência na noite anterior falando sobre como Draco era um idiota e comentando a todo momento que Theo estava afim de mim e eu deveria lhe dar uma chance. Quando consegui que ela me deixasse em paz eu estava exausta e resolvi dormir, portanto hoje eu iria descobrir o que diabos estava acontecendo. Sabia que minha melhor chance era o Zabini e sabia que ele morreria antes de me contar o que estava acontecendo. Então eu iria descobrir por mim mesma, de algum jeito.

O almoço foi servido no salão comunal, pois o grande salão estava sendo arrumado para o baile. Comi pouco e fui me trancar no dormitório, o que no fim das contas foi uma péssima ideia. Todas as garotas se enfiaram lá para começar a se arrumar e eu não estava com a menor intenção de ir. Astória e Daphne começaram a dar um chilique e por fim me convenceram a ir dizendo que se eu não fosse seria uma demonstração de fraqueza e faria as pessoas comentarem e ficarem com pena.

Só comecei a me arrumar no fim da tarde. Meu vestido era um verde escuro de alças finas e cintura marcada. Coloquei um par de saltos altos pretos, um colar de prata com pingente em formato de uma serpente com esmeraldas escuras no lugar dos olhos e resolvi que usaria pouca maquiagem, afinal eu estava sem paciência. No fim das contas me olhei no espelho e gostei do resultado. Quando desci do dormitório com Daph e Ast os garotos que faziam fila para usar os chuveiros nos encararam maravilhados. Eu realmente conseguia atenção masculina, mesmo quando não queria. Sim, era para mim que eles olhavam. Ast era só uma garotinha e Daph não tinha nem metade da minha beleza.

Quando chegamos demos de cara com a família de traidores do sangue. Parecia que todos os Weasleys presentes no castelo haviam chegado juntos as portas do grande salão, com exceção do irmão mais velho que era monitor. Comecei a reparar em suas roupas pra depois poder tirar sarro junto com os demais sonserinos no salão mas estaquei quando vi uma cor nada normal se destacando no meio de tanto preto e vermelho. Um vestido verde, maravilhoso, que eu imediatamente quis ter comprado. Olhei para ver quem tinha sido a sonserina maluca o suficiente para se misturar com tamanha escória e quase tive um ataque. A garota era ninguém mais ninguém menos que Hermione Granger.

Sete infernos! O que diabos aquela sujeitinha de sangue-ruim estava fazendo ostentando as cores da Sonserina? Eu estava prestes a ir até ela quando Daph me puxou para entrarmos no salão antes deles. A decoração não poderia ser mais brega. Que merda de festa de Halloween era aquela? O salão estava decorado com as cores das casas e um espaço no centro havia sido isolado com cortinas que pendiam do teto que mostrava os rostos dos quatro fundadores.

– Daph, que droga é esta?

– O que?

– A decoração. Isso não era uma maldita festa de Halloween?

– Eu que sei Pan? Anda, os garotos estão todos ali.

Nos aproximamos de onde estavam Crabbe, Goyle, Nott, Zabini e Draco.

– Ora. Olá, meninos. E então, já arrumaram companhia? – perguntou Daphne, como quem não quer nada.

– Cale a boca, Greengrass. Assim você estraga a festa.

– Vai a merda, Zabini.

– Querem parar? Deveríamos aproveitar e não ficar com intriguinhas. Daph, deixe de querer se meter no que não é da sua conta.

– Sabe, Astória, concordo com o que você disse. Você é quem deveria ser a irmã mais velha.

Esse pequeno comentário de Draco obviamente deixou Daph irritada e ela saiu batendo pés na direção do balcão de bebidas.

– Vamos beber algo? É uma festa então precisamos entrar no clima. Quer beber algo, Pansy?

– Vou com você, Theo.

Dei uma olhada significativa na direção de Draco e segurei o braço de Theodore. Ciúmes não fariam efeito, mas eu estava merecendo uma massagem no ego. Theo pegou duas cervejas amanteigadas e me deu um copo.

– Cerveja amanteigada Nott?

– Prefere suco de abóbora?

– Não. Esquece.

– Sabe Pan, desculpe por ter dito aquilo ontem.

– Deixa isso pra lá Theo. Você já teve sua lição.

– Eu só odeio ver você se rebaixando pro Malfoy.

– Quem é que está se rebaixando aqui?

– Eu não sou idiota Pansy. Sei muito bem que você está armando pra ter ele de volta.

– O que? Quem foi o imbecil que te disse isso?

– Daph.

– Aquela lerda. Eu não quero Draco de volta. Quero vingança.

– Ele bem que merece uma lição.

De repente me veio na cabeça a história de Daphne sobre Theo ser apaixonado por mim. Eu poderia aproveitar a ajuda dele. Ele não negaria um pedido meu, isso eu tinha certeza.

– Theo.

– Hã?

– Se eu lhe pedir um favor, você faria?

– Basta dizer.

***

Dumbledore havia feito um discurso entediante e finalmente eu entendia o porquê daquela decoração idiota: Aniversário da fundação de Hogwarts. Ora faça-me o favor, precisava mesmo de um baile? De qualquer forma eu estava tremendamente irritada. Só não havia ido embora porque eu sentia que algo iria acontecer ali. Draco e Zabini estavam agitados demais e Theo já tinha me prometido que me ajudaria.

Quanto mais as horas passavam maior era a agitação de Draco. Eu não conseguia entender os motivos de tudo isso. E só perto da meia noite me ocorreu que talvez fosse por causa de algo que Dumbledore havia dito.

Nosso salão como perceberam foi decorado de modo a representar o escudo da escola e creio que muitos de vocês devem ter se perguntado qual a função do espaço isolado ali no centro, ele vai servir para que vocês possam interagir com os alunos de outras casas sem que nenhum tipo de julgamento seja feito.”

Era isso então? Ele iria se encontrar com alguém lá dentro? Uma garota de outra casa? Ele estava saindo com uma idiotinha qualquer? Eu havia sido trocada por uma imbecil que não era da Sonserina! Mas por Merlin quem diabos seria a garota? Uma corvina? Difícil, mesmo sem querer admitir isso as garotas da Corvinal eram belíssimas. E ainda eram inteligentes aquelas vadias. Ele não teria motivos para esconder uma namorada corvina. E nesse caso só restavam Lufa-Lufa e Grifinória. Ou melhor, Lufa-Lufa né? Draco jamais seria capaz de se rebaixar tanto ao ponto de sair com uma grifinória pateta. Eu definitivamente precisava descobrir quem era a maldita garota.

Quando deu meia noite vi Draco praticamente se atirar para dentro da área isolada pelas cortinas onde estavam acontecendo os encontros. Eu precisava agir rapidamente, cutuquei Theo que estava ao meu lado e sussurrei umas poucas instruções e logo em seguida me dirigi até o espaço isolado. Me aproximei o máximo que consegui sem que pudesse chamar atenção e que ficasse perto o suficiente para escutar a conversa lá dentro.

– Não chore meu amor. Porque está chorando?

– Tudo o que você disse Draco... Eu... Eu...

– Shh. Esqueça isso. Não há porque chorar.

Aquela voz. Não. Não podia ser. NÃO PODIA SER! Mas eu reconheceria aquela voz enjoada em qualquer lugar. Voltei a prestar atenção a conversa.

– Não importa Hermione. O que importa é que estamos juntos. Eu queria gritar aos quatro ventos que você é minha, que eu sou seu. Mas não podemos. Isso nos deixaria em risco. O meu pai, ele é maluco. Tenho medo do que ele faria se soubesse sobre nós e eu não posso perder você Hermione. Não posso.

– Nem eu posso te perder Draco.

Eu não queria acreditar no que havia acabado de escutar. Era IMPOSSÍVEL! Tinha algo errado. Devia ser uma brincadeira de muito mal gosto. Draco provavelmente estava usando a sangue-ruim. Não havia outra explicação.

Não consegui ficar ali por mais tempo. Voltei para perto dos outros, visivelmente abalada.

– Você está bem Pan? Parece que viu um fantasma. – disse Crabbe tentando fazer piada.

– Vai se danar Crabbe. Cadê o Theo?

– Com o Zabini. Foram buscar umas bebidas e morreram no balcão pelo tempo que estão demorando.

Me dirigi até o balcão de bebidas e encontrei Theo e Blás conversando.

– Pan? O que houve? Você está pálida. Está se sentindo bem? – Theo veio ao meu encontro e me abraçou.

– Me tira daqui Theo. Eu estou passando mal.

– Ela está bem Nott?

– Não. Vou levá-la até a enfermaria.

– NÃO! Não quero ver aquela imbecil da Pomfrey. Salão comunal. Agora.

– Ok. Você quem manda. Estamos indo Blás.

– Beleza. Melhoras Parkinson.

Acenei com a mão e Theo foi me levando até a saída. Assim que atravessamos as imensas portas de carvalho do salão ele começou a me encher de perguntas.

– E então? O que aconteceu pra deixar você assim? Acho que consegui distrair o Blás por tempo suficiente, mas porque você queria que eu o enrolasse? O que está havendo?

– Eu devo estar alucinando.

– Pan?

– Aqui não. Quando chegarmos ao salão comunal eu conto tudo.

Chegamos as masmorras e sem que eu percebesse já estava sentada em uma das poltronas próximas da lareira com um copo de água com açúcar nas mãos.

– Está melhor? Vai me contar o que está acontecendo?

– Ele... Aquele imbecil desgraçado. MALDITO IDIOTA MALFOY!

– Pan, calma. Assim você vai acabar desmaiando. Respira fundo e me conta o que você viu.

– Não é o que eu vi e sim o que eu ouvi. Mas isso não vai ficar assim. Eu vou descobrir que merda é essa. E quando eu descobrir vou fazer o Draco pagar caro. Muito caro e com juros.


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Notas finais do capítulo

Eu estou realmente feliz hoje mas quero ficar mais. Então por favorzinho me encham com comentários, favs e recomendações. Bjo a mamãe ama vocês.