Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Meus amores me desculpem a demora mas como eu havia explicado eu tava muito sem tempo. Aliás ainda estou mas não posso deixar vocês na mão de novo. Ainda assim cheguei atrasada. Desculpem babys.



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Capítulo 18

POV Hermione Granger

Encontrei os dois na comunal, estavam descansando no sofá e comendo alguns dos sapos de chocolate que eu e Rony havíamos comprado na Dedos de Mel.

- Mione, a gente tava procurando você. – dizia Rony de boca cheia enquanto lambia o dedo melado de chocolate.

- Eu tô vendo Ron.

- Ah Mione, você sumiu depois da aula da Trelawney. Rony e eu fomos pra aula do Hagrid, mas também não vimos você lá, ficamos esperando e quando ele nos dispensou achamos que encontraríamos você na biblioteca. Até perguntei pra Madame Pince mas ela disse que só o Malfoy e o Zabini tinham entrado lá, fiz meia volta e vim com o Ron pra comunal, sabíamos que mais cedo ou mais tarde você apareceria aqui.

- É, mas afinal o que era que você estava fazendo hein Hermione? Onde é que você estava?

- Não é da sua conta Ronald.

- Hey, calma. O que foi que o Ron te fez?

- Também quero saber.

- Desculpem meninos. Eu estou descontando em vocês a minha raiva do Malfoy.

- O que foi que aquele imbecil fez?

Rony tinha levantado do sofá e estava com o rosto quase da mesma cor vermelha dos cabelos. Olhei pra Harry e este também tinha se colocado de pé.

- Hermione se aquele infeliz fez você chorar de novo nós vamos dar uma surra nele. Não é Ron? – Rony acenou com a cabeça em sinal de afirmação.

- E pegar uma detenção? Não. E não se preocupem, ele só estava sendo um Malfoy. Tenho que parar de me importar com isso. Se ele perceber que realmente me atinge com o que diz ele não vai me deixar em paz.

- Tudo bem então. Mas ainda acho melhor darmos uma surra nele.

- Harry!

Sentei no sofá ao lado de Rony que tinha vindo se sentar comigo. Ele me abraçou e Harry também veio se sentar do meu lado. Era uma coisa que eu estava precisando e nem tinha percebido. Ter os dois ao meu lado, como amigos, me dando conforto, era uma das coisas boas da minha vida. Fiquei ali, enrolada nos braços do Rony, sentindo Harry fazer carinho nos meus cabelos e retomei a conversa.

- Mas e então. Como é que está o Hagrid afinal? Pra ter dispensado a turma ele deve estar bem deprimido.

- Nós ficamos com vontade de ir até a cabana e ver como ele está. Mas não queríamos ir sem você. Sabe como é, ele poderia ficar chateado e pensar que você não se importa.

- Hagrid não faria isso Ron. – disse Harry olhando pra Rony e em seguida para mim - Hermione, nós achamos que seria melhor ter você conosco. Você é mais delicada e talvez conseguisse consolar ele melhor do que nós dois.

- Bem, nisso você tem razão Harry. Vamos seguir o combinado e ir lá assim que as aulas acabarem.

***

Mas o dia ainda estava longe de acabar. Assim que o tempo livre acabou tivemos que ir pra aula de Transfiguração, saímos da comunal e quando íamos chegando ao quarto andar vimos Malfoy, Pansy e Zabini. Estavam descendo também, Pansy grudada no braço de Draco e Zabini tirando graça, os dois começaram a rir, mas Pansy parecia furiosa.

Harry não queria passar nem perto de Draco e nos puxou pra uma das passagens secretas. Usávamos passagens o tempo todo, todos os alunos usavam. Achávamos que conhecíamos todas, mas Rony sempre dizia que os gêmeos conheciam algumas que nem mesmo Filch sabia que existiam. Se era verdade e como os gêmeos haviam descoberto elas é que sempre foi o mistério.

Assim que chegamos à sala vimos a Prof.ª Minerva, que já nos esperava sentada atrás de sua mesa. Ainda ia demorar um pouco pra começar a aula então nós nos sentamos e ficamos conversando. Não demorou muito pra que Draco entrasse na sala de mãos dadas com Pansy. Aquilo realmente me irritava. Eles ficaram conversando com Crabbe e depois se ajeitaram porque McGonagall havia se levantado da mesa pronta pra começar a aula.

***

Depois das aulas Harry, Rony e eu fomos visitar a cabana do Hagrid. Bicuço tinha sido acorrentado na frente da cabana desde que o Ministério havia enviado a carta avisando sobre o julgamento e Hagrid passava as tardes com o hipogrifo. Assim que chegamos vimos Hagrid chorando enquanto alimentava Bicuço.

- Ah, Bicuço. Você é um hipogrifo tão bom, eu sei que você não fez por mal. Aquele menino Malfoy foi imprudente e não quis me ouvir.

- Hagrid. – me aproximei dele devagar. Pobre Hagrid.

- Ah. Oi crianças, que fazem aqui? Logo vai estar na hora do toque de recolher, vocês sabem que é perigoso desde que Black esteve aqui. Principalmente pra você Harry. Oh, eu não devia ter dito isso.

- Hagrid, calma. Eu já sei que Black quer me matar. E não mude de assunto, viemos aqui porque sabemos que você não está bem. Vamos entrar e conversar. Podemos?

- Claro Harry, mas não devemos demorar, vocês sabem, o toque de recolher. Minerva me mataria se soubesse que vocês estão infringindo as regras por minha causa.

Entramos na pequena cabana de Hagrid e ficamos conversando, tentei de todas as formas acalma-lo, mas era meio que impossível, o julgamento de Bicuço seria dali a três dias. Ficamos com ele até passar da hora de entrar e depois Harry, Ron e eu voltamos pro castelo com a capa da invisibilidade de Harry que eu insisti em levar.

Chegando ao dormitório feminino vi uma coruja em minha cama. Assim que me viu cutucou a carta que havia deixado cair na cama e deu um pio baixo. Dei-lhe um biscoito e ela saiu voando pela janela. A carta era de minha mãe.

Querida Hermione,

Não é surpresa nenhuma pra mim que você esteja adorando Hogwarts, e fiquei bastante interessada nessa parte de adivinhação. Vocês fazem previsões como as ciganas com as bolas de cristal?

Mas vamos falar do que realmente interessa. Eu estou preocupada com você, sei que você gosta do seu amigo Harry. É essa tal profecia da sua professora que lhe preocupa querida? O que está acontecendo Hermione? Você jamais fica confusa. Me mandar uma carta pedindo conselhos não é do seu feitio.

Conte-me o que está acontecendo pra que eu possa lhe ajudar meu amor. Papai lhe mandou beijos e disse que também sente saudades. Não demore a me responder.

Com amor, mamãe.”

Eu precisava escrever a resposta logo. Peguei pergaminho, pena e tinta e comecei a escrever o que eu achei ser necessário.

Mãe,

Aconteceu algo, quer dizer, bem... Ok, não sei como dizer isso.

Parei pra respirar fundo. Eu não podia começar a carta desse jeito. Amassei o pedaço de pergaminho e criei coragem pra recomeçar a carta. Mamãe devia saber de tudo.

Mãe,

Eu estou profundamente confusa. Eu não sei como foi que me meti nisso, mas eu estou (ou acho que estou) apaixonada por outro garoto além do Harry.

O maior problema, além é claro, de eu estar gostando de duas pessoas, é a diferença gritante de personalidade entre eles. Eu sempre amei Harry, e ele é doce, gentil, forte e corajoso, qualidades que sempre admirei.

O outro rapaz é um imbecil arrogante que se acha o dono do mundo e melhor do que todos os outros. Pelo menos, eu achava que era assim, e ele... bem... ele é assim, mas também não é. Ok, isso está confuso, vou explicar melhor.

Quando o conheci ele era gentil e doce, mas assim que chegamos a Hogwarts ele mudou comigo e começou a me tratar mal por eu ser uma nascida trouxa. Mas no começo desse ano Minerva nos colocou como uma dupla em algumas das nossas aulas extras. Depois de sermos forçados a essa convivência a gente começou a se conhecer melhor e ele mudou de novo, ele meio que tinha voltado a ser o garoto gentil que conheci e então um dia acabei beijando ele.

Depois disso, tudo se complicou, eu percebi que devia estar gostando dele e comecei a ficar mais e mais confusa, e então ele se declarou pra mim, disse que gostava de mim e que queria ficar comigo. Mas mãe, nós não podemos ficar juntos de uma maneira que todos saibam, a família dele tem verdadeira aversão a todos que não sejam sangue-puros e meus amigos me odiariam se soubessem que fiquei com ele.

Não sei o que fazer. Às vezes me pego pensando no Harry e no que sinto por ele, então esse outro garoto aparece na minha cabeça e eu fico confusa de novo. O que eu faço mãe? Me dê algum conselho, me ajude.

Eu amo você.

Hermione Granger

Respirei fundo. Tudo que estava acontecendo comigo desde o começo das aulas estava descrito em um pedaço de pergaminho. Lendo aquilo fiquei pensando, porque não podia ser mais simples? Porque eu havia me apaixonado pelo garoto que eu mais odiava em toda Hogwarts? O que eu fiz de errado na vida? Porque uma garota de treze anos tem que passar por isso? Eu nunca nem havia beijado ninguém até aquele dia quando beijei Draco e agora estava dividida, gostando de duas pessoas completamente diferentes. Eu devo ter jogado pedra na cruz, como diz minha mãe.

Enrolei o pergaminho e guardei, enviaria a carta pra minha mãe pela manhã bem cedo.

***

Quando acordei na manhã seguinte bem cedo, fui tomar um banho quente e me trocar, precisava sair antes de todos pra voltar a tempo pro café da manhã. Coloquei minhas vestes, peguei a carta e corri pro corujal. A coruja que eu havia usado antes me viu e deu um pio baixo.

- Vem aqui. Preciso que você leve essa carta pra minha mãe.

Ela saiu do poleiro e veio voando em minha direção, dando pios baixos, como quem resmunga, enquando se aproximava.

- Eu sei que é um pouco longe, mas prometo que se você for boazinha, levar essa carta e esperar pra trazer a resposta vai ganhar muitos biscoitos.

A coruja virou a cabeça de lado e piou novamente, deu um beliscão na minha mão, nada que fosse pra machucar, foi mais pra mostrar que tínhamos um acordo. Em seguida ela pegou a carta com o bico e saiu voando por uma das janelas da torre.

Fiquei olhando ela se afastar cada vez mais e então corri pro Salão Principal. Sentei-me com os meninos e comecei a tomar meu mingau, estava meio perdida em pensamentos então me assustei quando Ron puxou meu braço.

- Quê? Que foi? Ron para de me puxar.

- Acorda Hermione. Poxa eu e o Harry estamos falando com você.

- Tem alguma coisa acontecendo Mi? Você anda estranha e distraída demais ultimamente.

- Ah, nada. Não se preocupem, é só o Hagrid com o Bicuço e o Black atrás de você e tudo o mais. Eu ando meio preocupada demais com tudo isso. Desculpem meninos.

- Tudo bem, vamos pra aula. Não quero me atrasar, não quero correr risco de detenções nem nada que me impeça de jogar no sábado.

Assim que estávamos chegando às portas do salão vejo Draco vindo das masmorras com Pansy agarrada nele e Blázio logo atrás, com uma cara de nojo. Também pudera, Pansy era o nojo em pessoa. Troquei olhares com Draco e saí em direção às salas correndo pra alcançar os meninos.

POV Draco Malfoy

Durante a aula de Transfiguração eu fiquei pensando no que Crabbe havia me dito. O fato é que eu havia me afastado de todos porque ninguém podia saber sobre Hermione e eu. Blás era meu melhor amigo e justamente por ele ser meu único confidente, acabei me afastando de todos os outros que também eram meus amigos. Ou assim era dito. Eu sabia bem que Crabbe e Goyle e pelo menos metade dos Sonserinos da comunal só se diziam meus amigos por serem de famílias de comensais ou por terem medo, inveja ou respeito pela influência dos Malfoy.

Mesmo assim achei que precisava continuar fazendo tudo que sempre fiz. Ninguém podia suspeitar do que acontece comigo e menos ainda sobre Hermione, se é que um dia conseguiremos nos acertar.

Após todas as aulas chamei Crabbe, Goyle, Pansy, Blás, Daphne e alguns outros terceiranistas. Estávamos no pátio de transfiguração implicando com alguns primeiranistas da Grifinória e Blás já estava com os logros da Zonko’s guardados nas vestes. Ele ia colocar umas bombas de bosta espalhadas pelo pátio de maneira que elas ficassem flutuando até que algum aluno passasse e ela caísse em sua cabeça. Era divertido. Ficamos por lá até o toque de recolher e fomos pro salão jantar. Depois de minha conversa com Pansy, ela parecia ter tomado jeito, eu só não sabia por quanto tempo.

Eu sabia que Blás queria que eu contasse sobre a conversa com Hermione e o porque de eu ter tratado Pansy daquele jeito então depois do jantar nós ficamos até mais tarde na comunal. Depois de todos terem ido se deitar eu resumi tudo que havia acontecido.

- Cara. Vocês dois realmente. Às vezes eu me espanto sabia? Você e a Hermi tem que parar com isso. Na boa cara, se vocês não vão ficar juntos porque você simplesmente não se afasta dela de uma vez? Vocês se odiavam até uns meses atrás e agora isso? Pelo amor de Merlin, chega a ser ridículo.

- O que? Até o começo dessa semana você queria fazer de tudo pra que ficássemos juntos e agora quer que eu me afaste dela? Falta você dizer que eu preciso realmente dar uma chance a Pansy. Eu te disse o que ela me contou, ela sente algo por mim Blás. Sabe o quanto isso torna mais e mais difícil me afastar dela? Eu posso ter uma chance.

- Chance de que? De namorar a garota sangue-ruim? Afinal ela é a namorada perfeita pra você não é? Seus pais achariam ela a garota ideal para o herdeiro Malfoy e poxa os amigos dela iram sentir orgulho pela pessoa que ela escolheu pra namorar. Exceto pelo fato de a sua família ter nojo de pessoas que não sejam sangues-puros e que os adorados amigos dela odeiem você. Não percebe que isso não vai dar certo?

- O que é que há com você? Blás pensei que fosse meu amigo. Agora quer me afastar da garota pela qual me apaixonei?

- Eu sou seu amigo. E é por isso que estou dizendo pra você esquecer ela. Eu pensei melhor em tudo, esse relacionamento entre vocês nunca vai dar certo.

- Pois eu vou fazer dar certo. Eu sou Draco Malfoy. É ela que eu quero Blás, e eu vou fazer ela me querer também. Vou fazer ela esquecer aquele inútil do Potter.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Por favor meus anjinhos não esqueçam de comentar se gostaram ou não. E perdão por não ter respondido os coments do capítulo 17, é que bem... ainda sem tempo. Sry. Amo vcs chuchus. ♥



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