Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gentem. Capítulo novinho pra vocês. Espero que gostem.



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Capítulo 15

Passei praticamente o restante das aulas do dia grudado em Pansy. Era um sacrifício que eu fazia feliz, afinal a cara de Hermione ao me ver com Pansy era impagável. Me enchi de esperanças ao ver os ciúmes da minha pequena. Claro que quando não tínhamos aula com a Grifinória eu corria pro lado do Blás.

Quando fomos jantar Pansy sentou a minha esquerda e Blás à direita, fiquei de papo com Blás me aproveitando do fato de Pansy estar conversando besteiras com as outras meninas.

– E então. Acha mesmo que isso pode dar certo.

– Bem, julgando pela reação dela eu diria que sim. Mas eu ainda estou preocupado.

– Com o que?

- Bem, a sua relação com ela não é fácil, nunca foi, talvez nunca seja, mas... Não sei algo me diz que vamos ter problemas.

– Que tipo de problemas Blás?

– Ainda não sei oras.

Descobri por mim mesmo quando fomos dormir. Havia uma carta em minha cama.

Querido Draco,

Desculpe a falta de notícias, mas durante essas semanas tentei fazer o que me pediu e convencer seu pai a poupar o tal hipogrifo. Infelizmente eu não consegui e creio que o julgamento seja neste fim de semana. Não entendi bem o porquê de você querer poupar a vida desse horrível animal, ele quase lhe fez perder o braço.

De qualquer forma eu lhe aviso assim que sair o resultado do julgamento. Espero que esteja bem, você nunca manda notícias.

Narcisa Malfoy

Perfeito! Mas que droga! Eu tinha esquecido completamente da porcaria do hipogrifo, e o pior é que se o maldito animal fosse condenado isso iria acabar com todas as chances que eu poderia ter com Hermione. Precisava falar com Blás, agora onde era que ele estava? Quando viemos dormir ele tinha ido tomar banho e não o vi sair do banheiro. Fui até lá e bati na porta.

– Mas ô, tem gente!

– Sou eu Blás. Sai logo daí, temos problemas.

– Problemas? – disse ele de tolha abrindo a porta – Que problemas?

– Ah cara, precisa mesmo disso? Termina logo esse banho e vem pro salão, a coisa tá feia.

Depois de pouco mais de cinco minutos Blás entrou no salão já vestido e sentou-se na poltrona ao meu lado.

– E então. Que problemas são esses?

– Leia. – entreguei a carta de mamãe na mão dele e esperei que terminasse de ler.

– Mas que droga.

– Eu tinha esquecido completamente desse maldito bicho.

– Bem, precisamos pensar. Você precisa contar isso pra Hermi.

– Eu? Ficou maluco? A gente nem se fala mais.

– Ah, mas você precisa falar isso pra ela. De preferência mostre a carta pra ela, fica mais fácil dela acreditar em você assim. Amanhã vocês tem aula extra não tem? É perfeito, você mostra a carta pra ela e deixa que ela faça as próprias conclusões. Nem precisa falar com ela.

– Se você diz assim.

Fomos deitar, mas eu demorei pra pegar no sono. Amanhã seria um longo, longo dia.

POV Hermione Granger

Estava sentada na mesa da Grifinória tomando meu café da manhã com os rapazes. Eu imaginava que o dia iria ser uma droga, afinal, hoje eu tinha aulas extras com Draco. Fui tirada de meus pensamentos por Harry.

– E então, fiquei pensando de irmos fazer uma visita ao Hagrid esta tarde, após as aulas sabe?

– Hagrid está cada dia mais triste, nem as aulas estão animando ele. – disse Ron tomando mais uma colherada de mingau.

– Ah meninos. Precisamos animá-lo de alguma forma.

– E o que você sugere Hermione? Sabe bem que enquanto Bicuço estiver na forca ele não vai querer saber de nada.

– Harry, precisamos pelo menos tentar não acha?

– É exatamente por isso que eu disse pra irmos lá.

– Tá bem, tá bem. Está certo, nós vamos. Mas não podemos demorar, sabe que depois do que aconteceu a Mulher Gorda nós temos toque de recolher mais cedo.

Assim que acabamos de tomar café nos dirigimos pras aulas do dia, que já ia começar mal com a louca da Sibila falando sobre borras de chá.

***

Foi a aula mais tediosa que já presenciei na vida, definitivamente eu irei desistir de Adivinhações no ano que vem. Me separei dos meninos e fui usar o vira-tempo pra ir pra aula de Runas.

Andei pelas passagens até chegar ao sexto andar e entrei na sala. Draco estava sentado num canto, parecia preocupado. Que merda, porque eu deveria me importar? Me sentei ao lado dele e me preparei pra ser completamente ignorada.

– Toma Granger. – ele estendeu um pergaminho para mim.

– O que é isso Malfoy?

– Só lê essa droga tá legal? - peguei a carta e li.

– Mas o que? Não creio você disse que daria certo.

– Eu não disse nada disso. Disse que poderíamos tentar e foi o que fiz. Eu apenas... quis lhe informar.

Draco parecia triste e eu comecei a pensar que ele realmente devia se importar, nem que fosse um pouco. Era justo que eu ao menos lhe agradecesse pelo esforço. Tentei não pensar no que aconteceu no Corujal aquela noite, mas fracassei.

– Bem, pelo menos você tentou. Obrigada Draco. – minha voz saiu um tanto fraca. Lembrar aquela noite sempre mexia comigo.

– Não tem de que.

Ele virou o rosto e abriu o livro, e então voltamos a nos ignorar. Eu fiquei desconfortável com aquilo. Porque afinal precisávamos ficar desse jeito? Depois de ver um lado completamente diferente dele era estranho pra eu ter que trata-lo como inimigo novamente. Aí me lembrei de Pansy agarrada nele e a raiva me possuiu. De onde diabos ele tinha tirado essa ideia? Ele nunca gostou da morena. Eu sei por que sempre que podíamos ela era motivo de piada entre nós dois. Aquilo havia me deixado confusa desde o domingo e com hoje já eram três dias sem a menor ideia do por que. E eu simplesmente odiava não saber.

Eu não queria perguntar ao Draco, mas a curiosidade estava me matando, e talvez se eu tentasse quem sabe nós não retomávamos aquele início de amizade. Eu sabia que ele estava magoado comigo por causa do dia no Corujal, mas se eu tentasse conversar e explicar, quem sabe? Eram muitas perguntas, mas nenhuma resposta. Quanto mais eu pensava mais perguntas apareciam e todas elas também sem nenhuma resposta. Estava perdida nesses pensamentos e não notei que a aula havia começado.

– Srta. Granger?

– Ah, sim professor?

– Pode responder minha pergunta?

– Perdão senhor, não prestei atenção. Pode repetir?

– Perguntei qual o significado desta runa. – Ele apontou para a imagem projetada de uma pedra com inscrições.

– É bem... – olhei a runa, mas o único pensamento em minha cabeça era sobre o garoto sentado ao meu lado. – Eu não sei senhor. Desculpe.

– Alguém sabe? Não? Que decepção. Sr. Malfoy? Quer ajudar sua parceira?

– É uma inscrição de uma civilização antiga de bruxos da América-latina. Quer dizer “Siga seu coração”.

Assim que disse essas últimas três palavras, Draco virou-se para me encarar. Mais uma vez eu encarei aquele par de íris cinzentas, mas dessa vez o que vi foi um pedido. Pedido pra que? Pra que eu seguisse meu coração? E se fosse esse o caso, onde é que meu coração levaria?

Até algum tempo atrás, não sei exatamente quanto, meu coração teria apenas uma resposta: Harry Potter. Mas e agora? Será que meu coração continuava me levando até Harry? Era mais do que óbvio que eu sentia algo pelo loiro que me encarava, mas qual seria a profundidade desse sentimento? Tudo que eu conseguia eram só mais perguntas sem respostas.

– Perfeito Sr. Malfoy. Cinco pontos para Sonserina. Srta. Granger. Espero que na próxima aula a senhorita preste um pouco mais de atenção. – Só então, virei minha cabeça na direção do professor.

– Sim senhor.

POV Draco Malfoy

Assim que saí da aula de Runas fui me dirigindo até onde os outros Sonserinos estariam pra que pudéssemos ir pra aula de Trato juntos. Ou pelo menos era o que eu iria fazer até ouvir a voz atrás de mim que dissera meu nome.

– Malfoy! – Era realmente Hermione quem havia me chamado.

– O que é que você quer Granger?

– Será... Será que... Bem, será que podemos conversar? – Enquanto ela se atrapalhava com as palavras a mão esquerda colocava atrás da orelha uma mecha rebelde que havia se soltado do coque frouxo que ela usava.

– E o que em nome de Morgana você poderia ter para me dizer?

– Eu só... Olha Draco, sei que magoei você aquele dia. Me desculpe, não era essa a intenção, nunca foi. Eu só... Só estou confusa. MUITO confusa por sinal.

– Ok Granger, era só isso? – Agir daquela maneira doía mais em mim do que nela.

– Quer parar de agir como um completo imbecil por pelo menos cinco minutos?

– O que Hermione? Acha mesmo que só chegar e me pedir desculpas resolve as coisas?

– Merlin! Eu sei que não. Mas pelo menos eu estou tentando. Você simplesmente voltou a ser o mesmo imbecil de sempre depois daquele dia no Corujal, e eu não sentia a menor falta dele. – Ela deu uma pausa, respirou fundo e então me encarou – Eu sinto falta do Draco Malfoy que ria comigo pelos corredores, que me fazia companhia aos finais de semana na biblioteca, que tirava graças e que contava piadas. Sinto falta do Draco Malfoy que conheci antes mesmo de por os olhos nesse castelo. Aquele garoto mimado que pediu um sorvete pra mãe e que me tratou como igual antes de saber que eu era nascida-trouxa. Aquele garotinho que até conselhos me deu e que queria praticar feitiços comigo.

– Hein? Como assim? Sorvete?

– Você nem ao menos se lembra? – ela deu uma risada nervosa.

– Do que?

– Beco Diagonal, Sorveteria do Sr. Fortescue, você estava na rua, batendo o pé feito um garoto mimado, reclamando com sua mãe que queria um sorvete. Você entrou e pediu um sorvete de limão, e então veio falar comigo. – Hermione me encarava com as mãos na cintura e uma cara de reprovação. Só então lembrei aquele dia.

– Meu deus era você?


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Notas finais do capítulo

Bem é isso se gostaram comentem, se não gostaram comentem também. Amo vcs.

E ah, antes que eu me esqueça. Esses dias eu tive uma inspiração e acabei escrevendo uma one shot. Se alguém tiver interesse em ler.

http://fanfiction.com.br/historia/416359/Pra_Te_Fazer_Lembrar/



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