Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

O segundo capítulo da postagem dupla de aniversário ♥
Espero que gostem.



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Capítulo 11

Eu estava sentado em um banco qualquer na frente da Dedos de Mel. Blás, Crabbe, Goyle e até a Pansy estavam lá dentro comprando doces e guloseimas. Eu estava completamente sem saco para aquilo. Comecei a brincar com uma pedra que estava ali perto do meu pé e fiquei me perguntando por que diabos eu estava em Hogsmead. Eu estava olhando pro horizonte, pensando que aquele era provavelmente o último fim de semana do verão, quando Blás e os outros saíram da loja.

- Ihh, olha só. Já tá de novo com aquela cara. – era Crabbe e estava falando de boca cheia pra variar.

- Draco o que é que você tem afinal? Estamos fora do castelo, estamos em Hogsmead e deveríamos estar aproveitando o fim do verão. Você tá há semanas com essa maldita cara azeda e mal tem falado conosco. Se não queria vir pra se divertir como todo mundo, então porque está aqui? – Pansy me encarava com o rosto demonstrando um misto de raiva e confusão.

- Preciso mesmo dizer que fui obrigado a vir? Eu não tô com cabeça pra perder tempo comprando doces e outras besteiras, seja em Hogsmead ou em qualquer lugar. – meu tom de voz era grosseiro, ainda mais por ser a Pansy.

- Ei, vai com calma Draco. Você sabe exatamente porque eu fiz você vir com a gente. Eu queria que você desamarrasse essa cara, já tá mais do que na hora não acha? – disse Blás tentando acalmar os ânimos.

- Vocês e esses malditos segredinhos. Querem saber? Eu vou continuar passeando. – Pansy virou-se pra Crabbe e Goyle – Vocês querem vir comigo até a Zonko’s? Ouvi dizer que a loja daqui tem muitas coisas legais. Acho que a gente consegue levar alguns truques pra Hogwarts pra usar naqueles imbecis da Lufa-Lufa ou da Grifinória. Que tal?

Saíram os três e eu continuei sentado no banco, Blás sentou do meu lado e ficou encarando o céu. Ficamos quase cinco minutos calados olhando o nada até que ele se cansou e virou pra mim.

- Draco. Sei que você não tá muito feliz com o modo como as coisas estão, mas, não acha que tá na hora de você decidir o que quer fazer?

- Eu já decidi Blás. E eu decidi fazer sozinho, do meu jeito.

- E o que é que tá faltando?

- Você ainda não entendeu não é?

POV Hermione Granger

Eu e Rony estávamos passeando por entre as lojas de Hogsmead e conversando sobre o fato de Harry não poder estar ali. Eu havia decidido não perder nossa primeira saída de Hogwarts. Harry mesmo havia me obrigado a ir, achando talvez que o motivo pra eu ficar era porque ele não poderia ir. Rony não parava de falar da Dedos de Mel durante o caminho e teve um momento em que eu tive uma imensa vontade de estrangulá-lo. Será que ele não podia passar um minuto sem falar de comida?

Quando chegamos já havia muitos grupos de alunos espalhados pelo povoado, eu queria procurar um lugar onde eu pudesse me sentir melhor. Infelizmente (ou felizmente, eu ainda não havia decidido isso) bruxos de 13 anos não podem beber cerveja amanteigada, o que significava que só tinha um bar onde podíamos entrar. Puxei Ron na direção do Três Vassouras pra tomarmos um suco de abóbora antes de começarmos realmente a passear.

Quando já estávamos na metade do caminho passamos por vários outros alunos e numa dessas esbarrei em alguém

.- Ah Merlin, me descul... – Mas o pedido de desculpas morreu ali quando vi quem era a pessoa em quem eu havia esbarrado. – Ah é você? – Falei coma voz mais nojenta que consegui.

- Vê se olha por onde anda sangue-ruim.

- Cala sua boca sua aprendiz de vadia. Hermione é muito mais gente que você. – Ron parecia furioso, ele estava com o rosto sardento completamente vermelho de raiva.

- Quem você pensa que é pra falar COMIGO desse jeito? – Pansy tinha os olhos repletos de fúria e olhava diretamente nos olhos do Ron quando disse - Você é um maldito traidor do sangue seu Weasley nojento. Jamais me dirija à palavra outra vez seu moleque imbecil.

E saiu soltando fogo pela boca exatamente como o dragão que era. Fala sério, existe realmente alguém pior que Pansy Parkinson?

Bem, eu acabava de compreender que não porque nesse exato momento Blázio Zabini e Draco Malfoy estavam vindo em nossa direção e o Malfoy tinha uma cara que demonstrava que o humor dele estava pra poucos amigos.

- Ora, ora, ora. Se não é a Granger e o Weasley. Então ele é que é o seu namoradinho afinal? – disse olhando pra mim – Engraçado, algo me dizia que era o Potter.

- Draco... – Blázio fez menção de puxar Draco pelo braço pra irem em outra direção mas ele puxou o braço pra longe e continuou.

- Vai ser interessante quando vocês casarem, Weasleyzinho vai te encher de filhos como o pai dele fez com a mãe e você vai ter que ficar presa em casa cuidando dos seus filhotes melequentos.

- Já chega Malfoy. Deixa ela em paz. – dissera Ron se colocando entre mim e Malfoy.

- Uhuhu. Olha só, parece que você não tem mais nenhum juízo não é?

- Draco já chega. Vamos embora, podemos beber algo depois.

- Nós já vamos Blás, cansei de perder meu tempo com esses dois idiotas. – Ele olhou diretamente nos meus olhos e disse – Fique longe do meu caminho, sua maldita sujeitinha de sangue-ruim.

Zabini deu um tapinha nas costas do loiro e virou-se indo na direção pra onde Pansy havia ido sendo seguido por ele. Depois que eles se afastaram tive uma imensa vontade de chorar, meus olhos já estavam lagrimando.

- Mione, não fica assim. O Malfoy é um idiota, sempre foi, sempre será.

- Eu sei Ron. – disse enxugando os olhos com o dorso da mão – Ele é um idiota.

POV Draco Malfoy

- O que merda foi aquilo cara? – Blás estava caminhando ao meu lado.

- Você sabe exatamente o que é.

- Precisava ter sido tão imbecil com ela? Você chamou a garota de sangue-ruim cara.

- E é exatamente isso que ela é. Olha, quer saber? Tô voltando pro castelo, aproveite o resto do dia em Hogsmead.

Virei às costas e segui o caminho que me levava até uma das carruagens que haviam nos trazido até ali. Subi em uma delas e dei a ordem pra que voltasse pra escola. Olhei pela janela e senti algo molhado em minha mão, eu estava chorando e nem havia percebido. Não me importei de enxugar as lágrimas, porque afinal eu estava sozinho. Me peguei lembrando do que acontecera no Corujal duas semanas atrás.

~~ Flashback Draco Malfoy ~~

- Eu... Eu...Eu acho que me apaixonei por você. E isso não podia ter acontecido. Você é malvado e meus amigos te odeiam e... – Hermione estava chorando.

- Hermione eu não sou mau. Você me conhece, sabe quem eu sou. Eu jamais machucaria você.

- Eu sei, mas você odeia meus amigos e eles odeiam você. E nós nunca vamos poder ficar juntos porque você tem sua família e seus amigos também.

- Eles não precisam saber. Ninguém precisa saber Hermione. Nós podemos continuar fingindo que ainda somos inimigos e ninguém nunca vai suspeitar de nada. – Eu puxava ela pra um abraço e passava a mão nos cabelos revoltos e macios que eu adorava.

- E acha isso certo? Mentir? – Ela demonstrava preocupação na voz.

- É o único jeito. Você sabe que tenho razão.  – Eu continuava abraçado com ela, o cheiro da imensa juba castanha impregnando meu nariz. Ela tinha um cheiro doce, e eu também gostava daquele cheiro.

- Odeio quando você está certo. – Ela dissera num sussurro, com a voz meio embargada do choro.

- Eu sei disso. E então? O que faremos? A escolha é toda sua.

~~ Fim de Flashback ~~

Maldita a hora em que eu perguntei aquilo. Por mil gárgulas, porque as coisas entre nós dois tinham que ser tão difíceis? Mas eu já tinha decido o que fazer.

POV Hermione Granger

Estávamos sentados em uma mesa tomando nosso suco de abóbora e decidindo onde iríamos primeiro. Meu humor definitivamente pedia uma visita a Casa dos Gritos mas Rony medroso como era nem pensava em chegar perto. A vontade dele era mesmo ir até a Dedos de Mel e comprar todas as guloseimas que pudesse, como sempre pensava com o estômago.

- E então Mione o que acha?

- Hã? Ah desculpa Ron, eu não prestei atenção.

- Eu perguntei o que acha de irmos até a Dedos de Mel e depois até a Zonko’s e então voltar pro castelo?

- Claro, claro. Como você quiser Rony.

- Mione você tem estado super distraída ultimamente. O que e que tá acontecendo com você afinal? – Ele me olhava preocupado. – Sabe que eu e o Harry estamos sempre com você não é? Você pode nos contar, seja lá o que for.

- Eu sei. Mas você e o Harry não precisam ficar preocupados comigo. Temos coisas mais importantes a pensar não acha?

- É eu sei. Hagrid fica mais triste a cada dia que passa. E tem o tal do Black. Hermione juro por deus que aquela história do Sinistro que a Trelawney falou me deixou super preocupado. Sabe, final de semana que vem vai começar o campeonato de quadribol e vai ser contra a Sonserina não vai? E se eles tentarem derrubar o Harry da vassoura?

- Ia ser. Por causa do machucado do braço do Malfoy eles alteraram o primeiro jogo, vamos jogar contra a Lufa-Lufa. – Ron me olhava com um rosto confuso.

- Mas o Malfoy já foi liberado por Madame Pomfrey há semanas. Por que ainda vamos jogar contra os lufanos? Pensei que tivessem alterado novamente pra Sonserina.

- Snape. – disse dano mais uns goles do meu suco.

- Ah, isso explica. – Ron olhou pra frente e também deu uns goles. – Mas não peraí, como assim? Porque Snape deixaria a Lufa-Lufa jogar contra nós primeiro?

Virei-me no banco e fiquei de frente pra ele.

- Ron francamente, use a cabeça. Snape disse aos professores que Malfoy ainda não está em condições de jogar quadribol agora. Segundo ele uma contusão durante o jogo pode fazer com que o Draco machuque ainda mais o braço, Snape diz que ainda não está totalmente recuperado. Com essa desculpa ele pode ver as estratégias do nosso time e essa é uma vantagem pra eles. Olívio terá que mudar a estratégia que vai usar contra os sonserinos se não quiser que Snape veja nossas jogadas e isso vai dar pouco tempo pra que eles treinem pro jogo contra a Lufa e isso vai nos deixar em desvantagem. Se ele resolver usar a mesma estratégia os sonserinos vão saber o que vamos fazer e se o Olívio decidir mudar a estratégia depois do jogo contra a Lufa ainda teremos pouco tempo pra treinar. De qualquer modo estaremos em desvantagem.

- Tem razão. Mas nesse caso, o Harry corre menos perigo não acha? Melhor perder um jogo pra Lufa-Lufa do que morrer sendo derrubado da vassoura.

- Ai Ronald, você não pode mesmo estar acreditando na louca da Sibila não é? Adivinhação é uma palhaçada, as aulas de Runas são dez vezes mais interessantes.

- Acredito sim, meu tio Abílio viu um e morreu vinte e quatro horas depois. Sinistros são um agouro de morte, com toda certeza.

- Puramente uma coincidência. – disse ainda incrédula e virando de volta pro balcão.

- Hermione!

Virei pra ele e dei de ombros. Ele se virou de volta pro balcão e ficou balançando a cabeça em sinal de reprovação. Terminei meu suco e coloquei o copo no balcão junto com alguns sicles de gorjeta, pois já tínhamos pagado nossas bebidas. Ele fez o mesmo e saímos do bar.

Chegando na rua vi Zabini de cabeça baixa sentado em um banco que ficava ali na frente. Assim que nos viu sair ele se aproximou.

- Granger. Eu preciso falar com você, é importante e precisa ser a sós.

Rony olhava de mim para Blázio sem entender nada.

- E o que você teria pra falar com ela? Vem Mione, vamos embora.

- Estou falando sério Granger. Precisa ser agora. – A cara dele não era das melhores, eu sabia que devia ser alguma coisa relacionada ao Draco e as últimas duas semanas.

- Ron. Me espera na Dedos de Mel, eu encontro você lá. – Ele me olhou preocupado e eu sorri tentando disfarçar – Sério, não precisa se preocupar, quando eu chegar lá pago o doce que você quiser. – brinquei.

- Sei que você sabe se defender, mas tome cuidado. Não confio nele. – Me abraçou e beijou minha testa. Antes de se afastar deu uma olhada ao Zabini que dizia “Se acontecer algo com ela eu mato você”.

Esperei que ele se afastasse o suficiente e então segui Blázio por entre as ruas até chegarmos próximos da Casa dos Gritos, não havia ninguém por perto. Sentei numa pedra e esperei. Blás andava de um lado pro outro acho que tentando criar coragem, não sei. Fiquei ali sentada por uns cinco minutos, olhando o chão até que ele criasse coragem e finalmente falasse comigo.

- Bem, eu realmente não sei exatamente por onde começar mas, droga, sou o melhor amigo do Draco e sei exatamente o que tem acontecido entre vocês. – Olhei pra ele assustada. Ele sabia? Até onde Draco tinha contado as coisas pra ele? Ele parecia ter notado minha preocupação.

- É, sei bastante. Sei dos beijos que vocês trocaram e algumas conversas que tiveram. Sei do seu pedido sobre o julgamento do hipogrifo. Mas por mil visgos do diabo, Draco se recusa a me contar tudo que aconteceu no Corujal. Eu preciso saber o que aconteceu entre vocês, ele está estranho desde aquele maldito dia. O que foi que você fez com ele Granger? Eu quero saber absolutamente tudo.

- É uma longa história.

- Temos tempo.

- Bem, depois do beijo, eu comecei a chorar e disse que achava estar apaixonada por ele...

~~ Flashback Hermione Granger ~~

- Eu... Eu...Eu acho que me apaixonei por você. E isso não podia ter acontecido. Você é malvado e meus amigos te odeiam e... – Porque aquilo estava acontecendo? Eu não devia sentir nada além de ódio e nojo, mas Merlin tinha me pregado uma peça. Eu havia me apaixonado por Draco, sabia disso e me recusava a admitir.

- Hermione eu não sou mau. Você me conhece, sabe quem eu sou. Eu jamais machucaria você.

- Eu sei, mas você odeia meus amigos e eles odeiam você. E nós nunca vamos poder ficar juntos porque você tem sua família e seus amigos também.

- Eles não precisam saber. Ninguém precisa saber Hermione. Nós podemos continuar fingindo que ainda somos inimigos e ninguém nunca vai suspeitar de nada. – Ele estava me abraçando e aquilo parecia tão certo. Draco tinha um cheiro amadeirado misturado com algo que eu não sabia definir. Aquele cheiro era tão gostoso.

- E acha isso certo? Mentir? – Eu não podia mentir. E se Ronald descobrisse? Os Malfoy sempre humilharam a família dele. E tinha Gina, Lúcio quase tinha matado minha amiga por causa daquele maldito diário.

- É o único jeito. Você sabe que tenho razão.

- Odeio quando você está certo.

- Eu sei disso. E então? O que faremos? A escolha é toda sua.

- Eu não sei. Não posso ficar mentindo e me escondendo. Isso faria tudo parecer errado. Isto – peguei a mão dele com a minha – não é errado.

- E o que mais podemos fazer? Hermione pelos deuses pense. Se a escola souber de nós dois nós estaremos encrencados. E ao contrário do que imagina, eu estarei em piores condições.

- Mas não posso. Não posso mentir pros meus amigos. O que Gina e Rony vão dizer? A família deles odeia a sua família e tem...

Merlin, Harry. Eu tinha o Harry. E eu amava Harry, não amava? Como eu podia estar apaixonada por Malfoy se era Harry quem ocupava meu coração? Aquilo estava me deixando ainda mais confusa. Como eu pude pensar em ter algo com Draco Malfoy? Eu amava Harry, havia me apaixonado por ele desde o primeiro ano e só me dei conta quando ele e Ron me salvaram do trasgo. Como agora eu podia traí-lo daquela maneira? Ficando com um de seus maiores rivais. Não eu não podia dizer sim ao Draco, não agora. Precisava ter certeza do que eu queria pois se eu fizesse a escolha errada, não teria como voltar atrás.

- Tem o que Hermione? Fala pra mim. Porque é que você não quer ficar comigo? – Ele tinha levantado meu rosto pra que o olhasse nos olhos. O par de íris cinzas me encarava, cheios de água. Lágrimas? Draco estava chorando. Ele me abraçou novamente – Hermione fica comigo. Por favor, me diz que sim.

~~ Pausa no Flashback ~~


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Notas finais do capítulo

É isso pessoas, nesse um mês de fic eu só quero mesmo agradecer aos meus 41 leitores pelos 45 coments 11 favs e pela recomendação da Naty. Naty sua linda, eu perdoo você por não ser Sly. ♥
Muito obrigada por me incentivarem a continuar escrevendo, espero mesmo que esteja ficando do agrado de vocês, afinal a fic é pra vocês.
Até sexta *--*