Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Como hoje é aniversário de um mês da fic e vocês são os melhores leitores do universo eu vou trazer um presente. Hoje tem postagem dupla. Dois capítulos em um dia.
Espero que gostem.



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Capítulo 10

POV Hermione Granger

As coisas ficaram bem tranquilas durante as duas semanas seguintes. Harry, Rony e eu nos preocupávamos com Sirius Black claro, mas como não tivemos mais notícias sobre ele, os dias ficaram mais tranquilos e inclusive Harry começou a tirar brincadeiras sobre isso. Nós apenas estudávamos e brincávamos aproveitando os últimos dias de verão. E com o final do verão eu e Rony ficamos bastante agitados com a proximidade da primeira ida a Hogsmead. Bem, mais ou menos na verdade. Harry não tinha obtido a assinatura dos Dursleys por causa do incidente com a tal tia Guida, o que significava que pelas regras ele não poderia ir a Hogsmead conosco. Quebrei a cabeça por dias tentando arrumar um jeito de driblar McGonagall mas era impossível, sem a assinatura Harry não poderia ir.

Com Draco as coisas também estavam tranquilas. Agimos como se o beijo não tivesse acontecido e isso ainda me incomodava um pouco. Eu tinha perguntas que gostaria de fazer, mas Draco sendo ele mesmo apenas ignorava quando eu tentava entrar no assunto. Isso às vezes me deixava extremamente irritada e nessas ocasiões eu apenas o xingava e ia embora. Claro que ele nem ligava mais quando isso acontecia, mas eu estava realmente intrigada em saber o que aquele beijo tinha significado pra ele. Bem, não que tivesse sido algo pra mim mas, bem, eu também não sabia. Eu sentia que algo havia mudado entre nós dois e cheguei a pensar várias vezes na possibilidade de ter me apaixonado por ele, possibilidade essa que descartei quase que imediatamente. Eu amava o Harry afinal, não amava? A verdade é que eu não sabia mais o que se passava comigo nesse aspecto então tentava deixar de lado.

Fora isso parecia que o mundo tinha voltado ao normal, bem, parecia. Faltando apenas duas semanas pra ida a Hogsmead, Harry, Ronald e eu fomos visitar Hagrid na cabana num domingo à tarde.

- Ah olá crianças, entrem, entrem. – Hagrid parecia triste então eu perguntei

- Hagrid, aconteceu alguma coisa?

- Ah Hermione, tão sensível. Não foi nada crianças. Não precisam se preocupar.

- Hagrid, nós queremos saber. – Harry colocara a mão em cima da imensa mão de Hagrid – Conta pra gente?

- Eu... eu... Recebi uma carta.

Então Hagrid começou a chorar e sem conseguir falar mais nada apenas apontou uma carta que estava em cima de uma mesa. Rony pegou-a e começou a ler.

Caro Sr. Hagrid.

Nós do Departamento para a Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas viemos por meio desta, anunciar que foi aberto um processo formal pedindo que seja feito um julgamento para decidir a punição cabível em relação ao ataque contra um aluno do Hipogrifo conhecido como Bicuço.

De acordo com o relatado em audiência anterior, o referido hipogrifo foi responsável pelo ataque a um de seus alunos durante uma aula ministrada por vossa senhoria.

Por esta razão nós do Ministério da Magia estamos lhe escrevendo pra informar-lhe da hora e local do julgamento de seu animal.

Esperamos sua colaboração e comparecimento na referida audiência.

Atenciosamente,

Amos Diggory - Departamento para a Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas.

- Hagrid a audiência foi marcada pra daqui a três semanas. – Rony acabara de ler a carta e agora se mostrava tão preocupado quanto todos nós.

- Sim, e eu sei o que vai acontecer. Aquele maldito Lúcio vai pedir a pena de morte. E eu não vou poder fazer mais nada. – disse Hagrid entre lágrimas.

- Mas Hagrid, deve haver um meio de provar que o Bicuço é inocente.

- Hermione todos sabemos quem é a única pessoa que pode inocentar o Bicuço. – Harry disse olhando de mim pra Rony enquanto consolava Hagrid e todos dissemos ao mesmo tempo.

- Draco Malfoy.

POV Draco Malfoy

De acordo com Blás o plano não poderia estar saindo melhor. Segundo ele o interesse de Hermione em fazer perguntas sobre nosso beijo significava que ela realmente tinha sentido algo. Eu chegava a duvidar bastante, mas não discutia e seguia o plano exatamente como ele mandava.

Era um domingo e eu estava cansado de ficar no castelo, chamei Blás, Crabbe, Goyle, Pansy e mais alguns outros alunos do mesmo ano que nós pra irmos pro pátio. Estávamos ali há pelo menos uma meia hora nos divertindo e tirando um sarro de uns moleques do primeiro ano da Lufa-Lufa quando vi Hermione vindo da Ponte Coberta com o ocludo e o cabeça de fósforo. Ela tinha uma expressão decidida no rosto e parecia irritada, os outros dois vinham atrás dela com as caras preocupadas e tristes.

Mais ninguém do meu grupo havia notado os três e eu fiquei extremamente tentado a descobrir o que deixara Hermione daquele jeito. Quando me preparava pra sair dali e dar um jeito de falar com ela Pansy me puxou.

- Anda Draquinho vem rir com a gente, aonde você pensava que ia hein? – ela tinha grudado no meu braço e aquilo estava me dando nojo.

- Larga ele Pansy, tá vendo que o Draco não quer nada com você? Porque não deixa que eu te consolo?

- Vai pentear um ogro Zabini.

Todos começaram a rir e eu me soltei do abraço grudento da Pansy.

- Querem saber, eu cansei de ficar por aqui. Vou ver se acho uns alunos da Grifinória pra tirar sarro. Vem comigo Blás? – fiz sinal pra ele e ele entendeu de imediato que tinha algo errado.

- Claro cara. Bom galera, fiquem aí. Nós vamos voltar pro castelo.

- Sério? Fiquem aqui, é mais fresco e lá dentro não há nada pra se fazer. – dissera Daphne Greengrass.

- Podem ficar nós vamos dar uma volta. – Zabini se levantou e veio me acompanhar.

Entramos no castelo e ele foi imediatamente me perguntando.

- O que foi que aconteceu? Porque você saiu daquele jeito?

- Eu vi Hermione, Blás. E ela estava com uma cara de poucos amigos. Preciso saber o que aconteceu com ela.

- Ah era isso? Bem, de que lado ela veio?

- Ela estava vindo da Ponte Coberta junto com os outros dois patetas.

- Ela veio da cabana do Hagrid então não é? Não é daquele lado que fica a casa dele?

- Sim tem razão. Mas o que deixaria ela tão irritada?

- Peraí, seu pai não havia te dito que ia pedir pena de morte pro hipogrifo?

- Disse. Acha que é isso?

- Quase certeza, o que mais deixaria ela daquele jeito. Ela odeia injustiças e você sabe bem disso. O Ministério deve ter decidido matar o animal.

- Preciso falar com ela.

- Falar com ela sobre o que? Se for isso mesmo você é a última pessoa que ela vai querer ver agora. E isso provavelmente vai atrapalhar um bocado nossos planos.

- Eu sei. Mas não posso deixar ela daquele jeito. Ela precisa de mim.

- Sinto te dizer cara. Mas ela precisa dos amigos dela.

- Eu também sou amigo dela!

- Não é não e você sabe disso. Que droga cara, pensa um pouquinho tá legal? Seu pai pediu que matassem um dos bichos de estimação do guarda-caça e professor que é amigo dela e do Potter desde o primeiro ano. E você é o que? O cara que sempre ofendeu ela e os amigos dela e que vai ser o culpado pela morte do tal animal. Vocês podem até ser amigos agora, mas isso não muda o fato de que você vai magoar os melhores amigos dela.

- Não é assim que as coisas deveriam acontecer. Eu preciso falar com ela Blás.

- Não você não vai. Se você for falar com ela agora ela vai tentar matar você.

- Nós nem sabemos se é isso mesmo que está acontecendo. E se for outra coisa? E se eu puder ajuda-la?

- Quer saber? Você vem comigo. Vamos pra comunal, você precisa se acalmar.

A essa altura já estávamos a meio caminho das escadas que levavam pras masmorras e ele insistia que deveríamos ir pra comunal pra que eu me acalmasse, mas eu simplesmente não conseguia. Disse pra irmos pra Casa dos barcos, lá era calmo também e ninguém iria nos achar ali.

Fizemos a volta e fomos na direção do pátio de entrada, que dava acesso as escadas pra Casa dos barcos. Sentei no cais e fiquei pensando. Blás andava de um lado pro outro pensando também. Ficamos lá por mais ou menos uma hora até que eu me acalmasse. Blás tinha razão, se tivesse a ver com o hipogrifo ela não iria querer me ver agora. Levantei e vi Blás olhando algo no céu. Olhei também e reparei numa coruja marrom vindo em nossa direção.

Era uma das corujas de Hogwarts e trazia um pequeno pedaço de pergaminho. Ela pousou num dos tocos de amarração e deu um pio baixo. Me aproximei, peguei o pergaminho e ela foi embora de volta pro Corujal. Abri o pergaminho com um pouco de medo e já sabendo o que iria encontrar ali.

Preciso falar com você.

É urgente e verdadeiramente importante. Me encontre no corredor do quarto andar as 9 horas.

H. G”

Dei o bilhete ao Blás e disse.

- É, acho que hoje as coisas vão dar muito errado.

***

Exatamente as nove eu já estava no corredor da biblioteca, atento a qualquer movimento e pronto pra correr caso Pirraça ou Filch resolvessem aparecer. Eu tinha me escondido atrás de uma tapeçaria, um lugar onde podia ver Hermione chegando. Estava preocupado, sabia que nossa conversa seria bastante tensa.

Me ajeitei melhor e fiquei esperando, olhei o relógio, eram 9:05 e nada dela aparecer. Virei pra olhar o outro lado do corredor com medo de ser pego fora da cama por um monitor. Já estava desistindo quando vi apenas a cabeça de Hermione pairando no meio do corredor, ela olhava de um lado pro outro me procurando. Saí de trás da tapeçaria e me aproximei. Ao me ver ela tirou a capa de invisibilidade e me puxou pra um dos cantos.

- Uma capa de invisibilidade? Onde conseguiu uma?

- Não interessa, eu apenas peguei emprestada.

- O que aconteceu Hermione. Eu vi você hoje à tarde. – Falávamos aos sussurros com medo de alguém aparecer.

- Draco, você precisa me ajudar.

- Com o que? O que diabos aconteceu?

- Hagrid recebeu uma carta do ministério. Querem julgar o Bicuço. E você sabe que não é culpa dele Draco. Sabe que ele nunca te atacaria se você não tivesse sido o garoto mimado que sempre foi. Precisa ir na audiência e dizer que o Bicuço é inocente.

- Hermione eu não posso ir. Não posso sair de Hogwarts e se eu tivesse que comparecer nessa audiência eu teria sido chamado não acha?

- Eu sei mas você precisa inocentar o Bicuço. Se você não for eles vão mata-lo. – Ela começou a chorar e lágrimas escorriam aos montes por seu rosto.

- Shh, não chora. Eu já disse que odeio ver você chorando. – puxei ela pra perto e a abracei.

- Então me ajuda. – ela deu uma fungada.

- Eu queria poder. Mas o máximo que posso fazer agora é pedir ao meu pai que desista de levar o caso a julgamento.

- Então peça. Por favor Draco. Por mim. – ela se afastou um pouco pra olhar meu rosto. Continuava chorando e me encarava com os olhos castanhos cheios de tristeza.

- Ok. Ok. Prometo falar com meu pai. Vou enviar uma coruja hoje mesmo. Está bem assim?

- Jura? – Ela deu um sorriso que fez meu coração parar. – De verdade Draco?

- Sim, eu prometo Hermione.

- Obrigada.

Então ela me abraçou com força e ficou ali até parar de chorar. Depois se afastou e secou as lágrimas. Olhou pra mim de novo e então se aproximou e me deu um beijo no rosto.

- Obrigada mesmo Draco. – Eu sorri feito um bobo e então me levantei. Ofereci a mão pra ajuda-la a levantar também.

- Vem comigo.

- Pra onde?

- Vou precisar da sua ajuda pra chegar ao Corujal.

- Hein?

- Quer que eu mande a coruja pro meu pai ainda hoje não quer? Então vou precisar que você me empreste a capa da invisibilidade ou que vá comigo até lá.

- Eu vou com você. – Ela deu um imenso sorriso. Puxou a capa e jogou por cima de nós dois.

Fomos descendo as escadas devagar e tentando não fazer barulho. Seguimos pelo castelo e fomos na direção do Corujal apressados e apreensivos.

Quando chegamos lá eu conjurei um pedaço de pergaminho, pena e tinta e comecei a escrever o bilhete, mas ia endereçar a minha mãe, ela saberia lidar com meu pai melhor do que eu.

Mãe,

Preciso que a senhora convença o papai a desistir de levar o processo do hipogrifo a julgamento. Eu tenho um plano melhor pra me vingar do Potter e dos amiguinhos dele mas preciso que o animal viva. Sei que papai não iria aceitar se essa ideia partisse de mim então por favor mãe, convença-o.

Me mande uma resposta assim que conseguir algo.

Com amor, Draco.

Hermione lera o que eu havia escrito.

- Hey, como assim plano?

- Hermione. Eu não posso simplesmente dizer que fiquei com pena do bicho. Meu pai apenas ia me chamar de frouxo e não iria me ouvir. Preciso fazer eles acreditarem ou papai nunca vai retirar a acusação. Ou você ainda não confia em mim?

- Eu confio Draco. Confio em você

Ouvir aquilo me deixou tão feliz que não me controlei, puxei Hermione e a beijei. Ela ficou surpresa no início, mas depois correspondeu ao meu beijo. Eu passava a mão nos cabelos dela e minha outra mão estava nas suas costas não deixando que ela escapasse de mim. Ela colocou as mãos no meu rosto e me puxou pra mais perto deixando nosso beijo mais profundo e intenso. Beijar Hermione era a melhor sensação do mundo. Me afastei um pouco pra respirar e olhei pra ela. O rosto dela estava vermelho e ela parecia um pouco envergonhada. Eu me afastei e peguei o pergaminho, chamei minha coruja e mandei que fosse até minha mãe.

Quando virei de volta pra olhar Hermione ela cobria o rosto com ambas as mãos.

- Hermione? Hermione o que foi?

- Nada, não foi nada. – A voz dela parecia chorosa. Ah não, de novo não.

- Hermione você está chorando? Por quê? Fui eu? Foi o beijo? Olha me desculpa tá legal. Não foi essa a minha intenção.

- Não foi você Draco. Não é você, sou eu.  – Ela tirou as mãos do rosto e olhou pra mim – A culpa é minha. – Ela chorava e soluçava.

- Como assim?

- Você não vê? Eu não sei como isso aconteceu, mas definitivamente não podia ter acontecido.

- O que? Do que é que você está falando?

- Eu... Eu...Eu acho que me apaixonei por você. E isso não podia ter acontecido. Você é malvado e meus amigos te odeiam e... – e recomeçou a chorar. Eu tinha escutado direito. Ela estava apaixonada por mim?

- Hermione eu não sou mau. Você me conhece, sabe quem eu sou. Eu jamais machucaria você.

- Eu sei, mas você odeia meus amigos e eles odeiam você. E nós nunca vamos poder ficar juntos porque você tem sua família e seus amigos também.

- Eles não precisam saber. Ninguém precisa saber Hermione. Nós podemos continuar fingindo que ainda somos inimigos e ninguém nunca vai suspeitar de nada. – eu puxei ela pra perto e a abracei. Coloquei meu queixo em cima de sua cabeça e comecei a acariciar seus cabelos.

- E acha isso certo? Mentir?

- É o único jeito. Você sabe que tenho razão.

- Odeio quando você está certo.

- Eu sei disso. E então? O que faremos? A escolha é toda sua.


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Notas finais do capítulo

Vamos lá amores e amoras? Próx capítulo já tá sendo postado.
Por favor não esqueçam de comentar.