Uma Virada Do Destino [Dramione] escrita por Mione Malfoy


Capítulo 1
Prólogo + Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Como o prólogo tem menos que uma página eu vou postar ele junto com o primeiro capítulo. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/393398/chapter/1

Prólogo

Era um dia chuvoso. Sentado na grande sala de estar da mansão Malfoy eu apenas olhava a chuva bater nas janelas. Dias como aqueles me faziam lembrar uma época da minha vida, um passado em que a maioria das lembranças me trazia dor, lembranças que eu preferia esquecer.  Os Malfoy naquela época eram temidos e respeitados – não que hoje em dia não fosse, mas os motivos eram outros afinal – éramos tidos como perversos e maus por muitos, e hoje em dia sei que realmente éramos. Éramos, essa é uma palavra que define muita coisa sobre minha família.

Perdido nesses pensamentos não notei meu filho entrar correndo.  Ele pula no meu colo e me pergunta:

- O que o senhor está fazendo pai?

- Nada, apenas lembrando.

- Lembrando de que?

- De coisas de muito tempo atrás, coisas que um dia eu lhe contarei, quando você tiver mais idade pra entender.

- Você tá falando esquisito.

- É talvez. – olho para o relógio da lareira, quase 11 da noite - Mas já está ficando tarde, e o senhor rapazinho, já deveria estar na cama.

Peguei meu filho e o levei para seu quarto, quem poderia imaginar não é? Draco Malfoy, casado e com filhos. Depois de tudo que aconteceu durante a escola, a volta do Lorde das Trevas... não... a volta de Voldemort, guerra, lutas, medo, e a vitória do Santo Potter!  É claro que aquele verme sairia vitorioso. Hoje em dia aquele ódio entre nós já não é a mesma coisa, ainda existe uma inimizade entre nós é claro, mas não é mais por estarmos em lados opostos, afinal, não existem mais lados. Não, nossa inimizade se deve a outro assunto. Penso em ir pra cama e deitar ao lado de minha esposa, mas cá estou eu, sentado na biblioteca me lembrando de tudo que aconteceu.

Capítulo I

 Antes de começar o meu terceiro ano em Hogwarts, Sirius Black, um bruxo que todos diziam ser seguidor do Lorde das Trevas, fugiu da prisão dos bruxos, Azkaban, um lugar guardado por dementadores e que era tido como de segurança máxima. Minha mãe ficou aterrorizada e não queria que eu fosse pra escola de maneira nenhuma. Mas como meu pai era quem dava a última palavra em casa, fui mandado pra escola como todos os anos. A bordo do Expresso Hogwarts eu pensava se dessa vez o Prof.º  Snape teria tido a sorte de conseguir o tão esperado cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas que ele tanto almejava, quando o trem foi parado para revista, dementadores subiram a bordo para procurar o tal de Black. Fiquei quieto na minha cabine até o trem começar a se mexer de novo quando Pansy Parkinson entrou na cabine com um ar superior.

- Adivinhem só!

- Adivinhar o que? – Perguntaram Crabbe e Goyle ao mesmo tempo.

- Harry Potter desmaiou! HAHAHA.

- Grande coisa Parkison, e porque foi que ele desmaiou? – perguntei intrigado.

- Dementadores, eles subiram a bordo.

- Eu sei que eles estavam a bordo, estavam procurando o Black, mas o que os dementadores têm a ver com o desmaio do Potter?

- Me disseram que um dementador foi até a cabine dele e ele ficou tão apavorado que desmaiou de medo.

- E quem foi que te contou isso?

- Zabini, ele estava na cabine ao lado da do Potter conversando com alguém.

- HAHA, se isso for verdade o coitado do Potter não vai ter lugar pra esconder aquela cara de tanta vergonha. – comentou Crabbe.

Olhei para Pansy - Era só isso? Bem, acho que pode voltar pra sua cabine. Nos vemos no banquete.

Pansy saiu da cabine a contra gosto, acho que ela pensou que ganharia alguma coisa comigo me contando aquilo. Essas meninas me irritam. O resto da viagem foi tranquila, mas não pude deixar de ficar apreensivo, afinal de contas os dementadores estavam vasculhando o trem por algum motivo. Mas o que será que o tal Black iria querer com simples alunos? Acabei me lembrando da conversa entre meus pais que ouvi escondido pouco antes de irmos à estação.

~~ Flashback. Narcisa e Lúcio ~~

- Lúcio, não pode deixar Draco ir a Hogwarts esse ano, não com Black a solta.

- E o que tem de mais nisso Cissa? A educação do Draco vem em primeiro lugar, não vou deixar que ele atrase os estudos só porque você tem medo.

- Mas ele é louco, e se ele tentar algo?

- Ele seria pego se tentasse, Hogwarts é uma fortaleza e você bem sabe disso, eles tem Dumbledore por lá, ele pode ser um velho idiota mas dá conta do Black. E convenhamos, não é só porque ele é seu primo que ele pode tentar machucar o Draco.

- Todos acham que ele vai atrás do garoto Potter, mas nós dois sabemos que ele nunca foi um seguidor do Lorde das Trevas. Pelo contrário, ele era amigo do Tiago. Essa história de ele ter traído os Potter é tudo ladainha.

- Mesmo assim, que motivos ele teria para atacar nosso filho? Se ele for esperto deve estar bem longe a essa altura, fugindo para não ter que voltar para Azkaban.

~~ Fim de flashback ~~

Primo, RÁ, mais essa agora. Minha mãe era prima do tal Black e por consequência eu também. Ser parente de um criminoso, não me admira que papai tenha escondido tudo, afinal nada pode manchar o tão precioso nome dos Malfoy. A quem ele quer enganar? Um comensal da morte com medo de manchar seu nome, só podia ser o meu pai mesmo. Eu era contra esse negócio de comensal da morte, servir a um cara que já estava morto, faça-me o favor. Mas é claro que naquela época eu também concordava com ele em algumas coisas. Eu era contra misturar nosso sangue puro com trouxas, mestiços e sangues-ruins, o mundo mágico não precisava desses abortos fedendo trasgo. Eu, como meu pai, era a favor de uma limpeza, a extinção dos sangues-ruins. Casamento só com uma garota de uma linhagem de sangues-puros como eu. Aliás, casamento é algo que mamãe sempre me disse que não seria nada difícil para mim - e sinceramente acho que ela sempre planejou meu casamento com a Parkinson - eu sempre fui um garoto que arrancava suspiros apaixonados das meninas só de passar pelo corredor, mas aos 13 anos garotos não pensam em namoros e em casamento. Aquilo para mim às vezes chegava a ser um incômodo, montes de mensagens e recadinhos, que coisa ridícula. A verdade é que eu nunca tinha me apaixonado na vida, a ideia de namorar nem me passava pela cabeça, quanta ironia.

Enquanto eu estava absorto com esses pensamentos nós chegamos a Hogsmead. Lembrei-me que esse ano nós começaríamos a fazer visitas ali e fiquei empolgado, sair de Hogwarts e poder visitar a Dedos de Mel era uma coisa boa. Fomos nas carruagens até o castelo e subimos para o banquete de abertura do ano letivo. É claro que ia ter o falatório daquele velho idiota do Dumbledore, mas qual não foi a minha surpresa ao saber que ele tinha ficado tão gagá ao ponto de colocar alguém mais idiota que ele pra dar aulas. O tal Hagrid, guarda-caça da escola, um imbecil que fora expulso quando era mais novo, iria dar aulas de Trato das Criaturas Mágicas. Minha noite só não ficou pior porque eu consegui tirar sarro do Potter. HAHAHA, eu olhei pra mesa ao lado e ele estava ali, junto com o pobretão do Weasley e a sangue-ruim da Granger, falei do desmaio e ele ficou sem ter onde enfiar a cara, nem resposta pra me dar ele teve. Pobre Potter. Quando o banquete acabou, desci pras masmorras junto com os outros sonserinos e fui descansar. Na manhã seguinte eu teria que sair mais cedo pra falar com a professora McGonagall e descobrir o que ela tinha feito com meus horários de aulas.

***

Pela manhã fui até a sala da vice-diretora pegar meus horários, meus pais haviam me avisado que por conta do meu bom desempenho eu seria matriculado em mais matérias do que o normal, eu só não sabia era como eles planejavam que eu assistisse a todas as aulas. Assim que entrei na sala a primeira coisa que vi foi uma juba de cabelos castanhos e cacheados. E eu esperando que o dia fosse bom.

- Fazendo o que por aqui Granger? Você não devia estar com a cara enfiada num dos seus livros? – Ela se virou e me encarou.

- Não é da sua conta Malfoy, e vê se cala essa boca. Veio aqui só pra me perturbar de manhã cedo foi?

- Só nos seus sonhos eu ia ficar correndo atrás de você, mesmo que fosse só pra falar mal. Quero é distância do seu sangue-ruim. Eu vim ver a McGonagall.

- Pois eu também vim ver a professora.  E eu jamais sonharia com algo tão nojento e asqueroso como você, mais fácil ter pesadelos.  – Disse ela virando-se de costas pra mim no momento em que McGonagall entrava na sala.

- Bom dia vocês dois. Ainda bem que estão juntos, pois assim me poupam do trabalho. Chamei os dois aqui porque, como bem sabem, vocês vão ter aulas extras esse ano.

- Mas professora, como assim vocês? E como é que vamos fazer isso?  Algumas das aulas extras são no mesmo horário das aulas regulares. E ainda temos que ter tempo pra estudar.

- Sim vocês, os dois são os melhores alunos de Hogwarts então devemos prepara-los não é? E não se preocupe Srtª. Granger. Vocês vão poder estudar normalmente todas as matérias em que foram matriculados esse ano, foi por isso que os chamei aqui. Como vocês não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, a escola vai lhes fornecer vira-tempos.

- Vira-tempos? – perguntei.

- Ai Malfoy, vira-tempo é um objeto que faz a pessoa que o usou voltar no tempo. Tá tão na cara. – Como ela se atreve?

- Cala boca Granger eu não falei com você.

- Calados os dois. – tinha esquecido por uns segundos que a velha da McGonagall estava na sala. – Está quase correto Srtª. Granger, o vira-tempo tem sim a propriedade de voltar no tempo, mas são só algumas horas, o suficiente para que vocês dois possam assistir todas as suas aulas sem nenhum problema. Mas existem algumas regras das quais vocês precisam estar cientes. Primeiro, ninguém na escola deve saber que vocês possuem um vira-tempo, segundo, vocês não podem encontrar com vocês mesmos  e terceiro, esses vira-tempos só podem ser usados única e exclusivamente para fins letivos, eles foram cedidos à vocês para que vocês possam estudar e nada mais. Fui bem clara? Srtª Granger, Sr. Malfoy?

- Sim. – Dissemos ao mesmo tempo, o que fez com que nos encarássemos com raiva.

- Ótimo. Então aqui estão seus vira-tempos e seus novos horários de aulas. – Ela conjurou dois pedaços de pergaminho e dois pequenos colares com uma espécie de ampulheta giratória. – Apenas os professores de vocês sabem que estão com os vira-tempos, para facilitar é claro.

Quando ela nos entregou os pedaços de pergaminho com os horários de aula foi que eu percebi. Todas as minhas aulas extras também eram as aulas extras da imbecil da Granger.

- Professora, essas aulas extras eu vou ter que fazer com ele? – Ela perguntou com uma cara que misturava nojo e raiva.

- Eu não quero ter que ter mais aulas em comum com essa sujeitinha do que o necessário.

- Mais respeito Sr. Malfoy. – Bufou a professora. – Olhe como fala com sua colega, ainda mais na frente de um professor. E sim, vocês farão todas as disciplinas extras juntos. Na verdade durante as aulas extras vocês serão parceiros um do outro, já que são os únicos na escola fazendo mais matérias achei que seria bom que vocês se ajudassem. Estão dispensados. – E se virou indo em direção à saída, deixando a mim e uma irritada Granger para trás.
 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente a fic ainda não está terminada mas eu planejei que ela fosse beeeeem longa. Só que isso depende de vocês.
Se vocês gostarem por favor comentem, se tem algo que vocês não gostarem, comentem também, críticas construtivas serão sempre bem vindas.