The Surviver escrita por NDeggau


Capítulo 8
Capítulo 7 — Conhecendo




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Conhecendo

 ACORDEI NO DIA SEGUINTE DEBRUÇADA SOBRE ALGO QUENTE. Primeiro me aconcheguei, ainda tonta de sono. Depois me lembrei de onde estava e dei um salto para trás, caindo no chão ao lado do colchão. Pisquei sonolenta e procurei a coisa quente de antes. Encontrei e Bruma deu uma risada cheia de vergonha.

 Jamie tinha puxado um colchonete para o lado do colchão e tinha dormido ali. Eu caí do colchão e me aconcheguei nele. Um arrepio me fez sacudir o corpo. Senti outra coisa quente se mexer nos meus pés e quase saltei novamente.

Mas era só Lola. Estiquei a mão e a acariciei, grata pela presença dela.

—Olá, Lola.

Ouvi Jamie se mexendo e resmungando quando acordou.

—Bom-dia, garota. Dormiu bem?

 Bruma ficou acanhada, imaginando meu corpo aconchegado no dele e isso transpareceu nas minhas bochechas, que ficaram quentes.

Ele estava dormindo. Nunca vai saber de nada, disse eu.

Sorte sua.

 —Sim.

Agradeça pela cama.

 —Obrigada pela cama. Você... Podia ter dormido aqui e me deixado com o colchonete.

 Ouvi um resmungo e me virei para olhar para ele. Jamie estava com o cabelo negro desgrenhado e olhos sonolentos, mas sorriu para mim.

 —Você não me disse seu nome.

 Respirei fundo antes de responder.

 —Sei disso.

Ashley! Que coisa...

 Jamie deu uma risada.

 —Não vai me dizer?

 Dei de ombros e fiquei de pé. Minhas juntas estalaram, e meu corpo ficou menos rígido. Não respondi. Deixei que ele interpretasse da maneira que achava mais adequada.

 —Ainda não confia em mim para me dizer seu nome, não é?

 Olhei para ele e sacudi meus ombros. Jamie sentou-se e abraçou os joelhos. Ouvi um resmungo que não era dele e meus músculos se enrijeceram. Olhei em volta, alerta, mas vi o “colega de quarto” de Jamie no outro colchão.

 —Ninguém aqui vai te morder. —Disse Jamie. Ele estava de pé ao meu lado, e pude ver o quanto ele era alto.

Do tamanho do Ian, suspirou Bruma.

Estava demorando...

Não era para eu ter pensado isso alto. Desculpe Ash.

Certo, certo.

 —Sei.

 Ele deu uma risada. Pelo menos Jamie me achava engraçadinha, e não uma ameaça mortal igual a Ian.

Você atacou Peg, disse Bruma, brava.

Sei disso.

 —Vou te levar para a cozinha. Aposto que você está com fome.

 Meu estômago roncou com a lembrança da minha ultima refeição, os ovos e bacons deliciosos do hotel.

 —Parece que meu estômago me entregou. —respondi.

 Jamie puxou a porta com cuidado e eu saí. Estava andando em direção ao túnel quando senti sua mão puxar meu braço.

 —É para o outro lado. E não posso te deixar solta por aí. Sinto muito.

 Bufei de frustação e assenti. Jamie me puxou para o outro lado do corredor, e me repreendi por ser tão desorientada.

 Ele caminhou comigo para fora, me arrastando ao longo de um longo túnel. Chegamos ao lugar aberto dos espelhos. Jamie continuou andando, atravessando pelo meio da gramínea. Olhando mais de perto, vi que era uma plantação de cenouras.

 —Como cenoura cresce aqui? —deixei escapar.

 Jamie deu de ombros.

 —Invenção de Jeb. Dizem que ele é louco, mas eu acho que é um gênio.

Talvez os dois, pensou Bruma.

Talvez seja a mesma coisa.

 Continuamos andando, e as poucas pessoas que estavam ali pararam o que quer que estejam fazendo para olhar para mim. Mantive meus olhos erguidos para frente, mas precisamente para as costas de Jamie. Não iria rebaixar os olhos para aquelas pessoas.

Orgulhosa.

 Tropecei duas vezes. Jamie continuou andando até outro túnel. Bruma me distraia enquanto fazia as contas de quantos túneis já tínhamos visto.

Um bocado, disse.

Mais do que isso, afirmou ela.

 No fim daquele túnel, entramos em outro espaço aberto, com pedras lisas e que lembravam um refeitório escolar.

 —Essa é a cozinha. —informou Jamie.

Não diga. De repente tive a impressão de que era a sala de estar, pensei sarcástica.

Ashley, por favor... Alertou Bruma.

Está bem, está bem.

 Reconheci o velho Jeb sentado próximo a uma bancada de pedra. Trudy e uma mulher de cabelos vermelhos estavam ali. Os cabelos vermelhos lembraram minha mãe e meu peito apertou. Abafei a sensação ruim. Olhei em volta e vi a parasita loira sentada em uma mesa com Melanie e Ian. Revirei os olhos quando Bruma deu um arquejo que soou como um guincho. Meu coração martelou os pulmões à medida que nos aproximamos da mesa.

E de Ian.

Bruma, por favor, controle-se. Eu não posso ficar toda derretida quando chego perto de um homem que eu odeio.

Não o odeie, disse Bruma. A voz dela estava tão frágil quanto uma bolha de sabão, e vi que ela ficou magoada. De verdade.

Hum... Desculpe Bruma. Eu não o odeio. Só não gosto muito dele.

Tudo bem, ela sussurrou. Sua voz continuava frágil.

 Jamie recebeu sorrisos quando chegou, mas minha presença tornou os sorrisos tortos ou inexistentes. Ian foi o primeiro a fechar a cara para mim. A parasita foi a única que continuou se esforçando para sorrir. Encarei-a até ela desmanchar o formato de meia-lua dos lábios e olhar para o outro lado.

 —Gosta de ovos? —perguntou Melanie.

 Desviei os olhos para ela. Sim, ela estava falando comigo. E normalmente. Assenti. Ela se levantou e saiu andando rapidamente, apertando o braço de Jamie ao passar ao lado dele. Observei-a enquanto passava por mim. Tinha pele bronzeada e cabelos compridos e castanhos. Seus olhos eram esverdeados.

Assim como folhas de outono, mescladas de verde e bronze.

Sim, sim, claro que sim, Bruma.

 Bruma bufou. Sua bufada passou para mim e o ar escapou dos meus lábios com força. Jamie olhou para mim.

 —Tudo bem?

 Assenti rapidamente.

Bruma!

Ei! Não grite comigo.

 Estalei a língua. Tsc. Jamie ainda me observava. Pensei em explicar para ele sobre Bruma, mas as palavras ficaram presas na minha garganta no ultimo instante. Saiu apenas ar pela minha boca.

 —Por que não se senta?

 Passei meus olhos pela mesa. Ian e Peregrina me encararam. Não consegui decifrar seus rostos, mas não estavam contentes.

 —Acho melhor não.

 Peregrina quase se levantou, mas voltou a sentar sob meu olhar e desviou os olhos para mesa. Ian olhou para ela. Jamie baixou a cabeça. Virei e marchei até outra mesa vazia, sentando na ponta do banco e apoiando a mão na cabeça. Senti olhos fixos nas minhas costas, mas não me importei o suficiente para descobrir de quem eram.

Começou bem, disse Bruma.

Não ligo. Está na cara que eles não gostam de mim. Nem ao menos confiam em mim para me deixar sozinha.

É seu primeiro dia aqui, Ashley. A voz de Bruma estava extremamente calma. Não tente apressar as coisas.

Acho que estou nervosa. Achei que eles me aceitariam.

Mas olhe tudo que você fez. Não pode tirar a razão deles.

Odeio isso. Odeio estragar tudo. Como sempre.

Ouvi o atrito de prato sob a mesa ao meu lado. Dei um pulo pelo susto. Encontrei olhos esverdeados que sorriram para mim. Baixei os olhos para o prato de ovos e pão na minha frente. Voltei o olhar para o tom esverdeado.

—Obrigada, Melanie.

 Ela sorriu de lado, formando uma covinha na bochecha, gentil o suficiente para que eu não me sentisse um alienígena tóxico.

 —Sem problemas, garota.

 Abri a boca para lhe dizer meu nome, mas a fechei. Melanie deu um ultimo sorriso com a boca apertada e voltou para sua mesa. Acompanhei-a com os olhos e me deparei com dois pares de olhos em mim. Um era de chocolate, o outro era da cor do céu.

Comi em silêncio. Ouvi um ruído semelhante a um ganido e olhei em volta. Lola estava sentada aos meus pés, e percebi que ela tinha sumido desde que saímos do quarto de Jamie.

 —Olá, Lola. Está com fome?

Lola abanou o rabo ao ouvir seu nome e deitou a cabeça ao lado da minha perna. Seus grandes olhos de cobre ficaram brilhantes quando ela pediu inocentemente um pouco de comida. Minha comida estava quase intacta no prato. Deixei que ela subisse no banco de pedra e terminasse meu prato por mim. Acariciei suas costas enquanto ela comia.

—Não está com fome? —disse uma voz familiar. Ergui uma sobrancelha mesmo sem olhar para Ian.

—Não. —respondi. Bruma se agitou nervosamente na minha cabeça.

Por favor, por favor, por favor, por favor, não o faça sair correndo com essa coisa que você usa...

Sarcasmo?

Isso mesmo. Por favor, por favor, não o deixe fugir mais uma vez.

Bruma, o que é isso?

Não sei.

 —Então, você... —comecei. —Sabe, aquela... Hum... Coisa. —apontei a loira parada de pé na mesa de Melanie e Jamie. —Sabe, eu queria... Pedir desculpas. Para ela. Quer dizer, para você. Por ter atacado sua Alma de estimação.

Ashley!

 Ian franziu as sobrancelhas. Droga, o que eu fiz de errado agora? Eu não estava me desculpando?

 —Peg não é minha Alma de estimação. É minha parceira.

 Tentei não demonstrar nada, nada mesmo, mas o pouco de comida que eu ingeri se debulhou no meu estômago e fiquei com medo de vomitar.

 —Sua... Parceira? —gaguejei.

 —É.

 Desviei rapidamente meus olhos para a mesa.

Isso é nojento. Sabe, imaginar os dois... Juntos. Argh!

 Mas Bruma não contrariou ou tentou defender Ian. Ela estava quieta. Procurei por ela e encontrei uma faísca de tristeza, que Bruma fazia questão de esconder de mim.

 —Você está bem, garota?

 —Ótima. —respondi.

Meu estômago se contorceu sem dó. Fiquei de pé e ergui os olhos novamente para Ian. Sentia meu nariz se vincando.

—Pode dizer onde fica o banheiro?

—Posso te levar até lá. Está querendo tomar banho ou...

—Não, nada disso. É que eu acho que vou vomitar.

Agora era Melanie que me arrastava pelos túneis. Desisti de tentar identifica-los ou conta-los. Era inútil. Melanie me arrastou até uma câmara com dois riachos. Um era calmo e sereno, enquanto o outro formava buracos com suas águas violentas.

—Cuidado. —ela alertou. —Se cair dentro desse aí, não volta mais.

Senti meu corpo se arrepiar, mas não demonstrei nenhuma reação. Melanie continuou seguindo um caminho contra a parede, até a abertura de um buraco escuro.

—Aí dentro é a banheira. É uma piscina de água quente e não muito fundo. A “privada”. —ela fez aspas com os dedos. —É ali. Toda a água é puxada para dentro de uma entrada de pedras, não grande o bastante para entrar um humano. Não se preocupe, nada vai te matar ali, garota. E acho que você precisa mesmo de um banho, sabe? Eu busco uma roupa para você.

Recusei com um gesto com a mão.

—Eu tenho uma mochila.

—Vermelha?

—Sim.

—Ian desconfiou que fosse sua. Ele guardou para você. Vou busca-la. Não saia daí. —ela alertou.

—Não se preocupe Mel, eu cuido dela.

A voz me chamou atenção e ergui os olhos para Jared Howe. Melanie passou por ele e segurou sua mão por um longo segundo então saiu do buraco. Eu estava meio escondida nas sombras da caverna, e Howe esticou a mão e fechou os dedos, me chamando para mais perto. Ergui a cabeça e andei até o lado dele.

—Ei, garota, não precisa ter medo.

Sentei ao lado dele, mantendo meus pés entre ele e eu, caso precisasse chuta-lo. Ele esticou a mão.

 —Jared Howe.

—Eu sei. —respondi.

—E você se chama...?

Fiquei em silêncio e o encarei.

—Não sabe seu nome?

—Sei.

—E...

—E eu estou sendo imatura. —falei. —Como uma brincadeira sem graça, sabe?

—Não. —ele respondeu.

Bruma não gostava de Jared. O achava grosseiro e rígido, com uma máscara impassível no rosto. Eu o achava velho. Ele tinha linhas em torno dos olhos quando sorria, e contrastavam com os músculos dos braços.

—Então, Jeb quer saber se você é mesmo humana. Sabe, todos nós queremos. Você luta e desafia todo mundo, é forte como só um humano pode ser. Mas seus olhos... —Ele me encarou por um segundo e desviei os olhos.

—Eu os odeio.

Ficamos em silêncio.

—Jamie disse que você tem a idade dele.

—Mais ou menos.

—Vamos arrumar um quarto para você. —disse ele.

Voltei a olhar para seu rosto, mas os olhos castanhos encaravam o nada.

—Achei que me manteria prisioneira.

Jared Howe deu um suspiro.

—Não. Bem, alguns querem isso, mas Peg acha que é mais certo mantermos você como... Sabe, como uma de nós. Afinal, porque você teria se escondido por duas horas e meia na traseira da picape com um cachorro e uma mochila de comida se não fosse para sobreviver? E, mesmo se você fosse uma Buscadora, não atacaria Peg. E teria se entregado assim que Jeb apontou a arma para você.

Então ele se virou para mim e se inclinou para mais perto.

—Estou certo? Você é mesmo uma de nós, sobrevivente? Lutando contra a sublimação? Ou estou muito enganado?

—Está certo. —falei. —E mesmo que eu estivesse mentindo, minhas ações comprovam. —Respirei fundo. —Eu sei que tenho os reflexos e todo o resto, mas sou humana. Bem, isso depende do conceito de “humano” para você.

—Como assim?

 Hesitei.

 —Bom, minha... Alma, ela é muito pacifica. Como toda Alma, eu acho...

 Jared assentiu.

 —E eu sou... Bem, era, muito inconsequente. Sabe, a primeira coisa que fiz quando tomei o controle do meu corpo novamente foi sair atacando todas as almas que via. Mas Bruma me impediu. Ela usava, usa a influencia que tem no meu corpo para me ajudar. Foi só assim que eu sobrevivi tanto tempo. —Dei um suspiro e mordi a boca para parar de falar.

 —Quanto tempo?

 —Dois anos.

 —E não te pegaram?

 —Nem desconfiaram.

 Jared deu uma risada.

 —Você é uma garota corajosa.

 —Inconsequente. —corrigi. —É assim que Bruma me chama.

 —Bruma seria sua Alma?

 Assenti com cuidado.

 —Não acho que você seja tão inconsequente. Só um pouco. Muito disso é coragem. Nenhum medroso pularia em cima de mim e tentaria lutar com todo mundo como você.

 Deixei escapar um suspiro. Jared me avaliou por um segundo.

 —Sua Alma ainda está aí? Não se suprimiu?

 —Não. Ela não pode deixar de existir. Ela está em mim, como a Peg-parasita está no corpo da garota loira, mas... Eu a derrotei, mais ou menos.

 —Peg não é uma parasita, é uma de nós.

 Bufei zangada.

 —Sei.

 —Ela é nossa amiga. —Ele continuou. —E é a parceira de Ian.

 Meu estômago embrulhou novamente. Parte por causa da repulsa que eu sentia de humanos envolvidos com Almas. Parte porque Bruma sentiu uma ânsia estranha, que fez meu corpo inteiro sacudir com um arrepio violento.

 —Certo. E não têm medo de que ela fuja e avise Buscadores?

 Jared deu um suspiro dramático. Bruma apoderou meu corpo de um sentimento de acanhamento, me fazendo inclinar a cabeça para trás. Bruma era muito tímida, até mesmo quando se tratavam das criaturas que ela considerava brutais.

 —Ela não faria isso, garota. Confiamos nela. Peg esteve no corpo de Melanie por um tempo, e Mel conhece Peg como ninguém. Todos confiamos nela. Ela nos ajudou em muitos momentos. E, agora, junto com outros grupos de humanos, estamos tentando trazer os humanos de volta.

 —Quantos humanos têm aqui?

 —Sessenta e sete. Sessenta e oito, se quiser ficar.

 Fiquei em silêncio. Não neguei nem concordei. Eu queria ficar. Muito. Queria ajuda-los a salvar o nosso planeta. Mas Bruma... Minha mão pulou automaticamente para minha nuca, alisando minha cicatriz. Bruma tinha muito medo de estar ali. Ela queria voltar para o conforto e a segurança das Almas, e parte desse desejo me influenciava.

 —Você ficaria...? —perguntou Jared.

 —Não sei.

Jared ficou em silêncio.

Mordi o lábio e disse.

—Só... Caso eu não fique, só queria dizer... Acho que vocês deviam ser mais cuidadosos nas incursões.

Ele me olhou com o cenho franzido, insultado.

—Como assim?

—Se eu consegui entrar na picape sem que ninguém me percebesse, talvez um Buscador possa fazer a mesma coisa. —Murmurei.

Seu rosto se suavizou.

—Claro. Tomaremos cuidado. Obrigado.

 Ele suspirou mais uma vez e se apoiou nos pés para ficar de pé. Esticou a mão para mim e aceitei. Fiquei de pé, mas Jared não soltou minha mão.

 —Ah, mais uma coisa. Não machuque Peg. —Disse ele. —Por favor.

 Puxei minha mão para livrar a minha, mas ele apertou.

 —Por favor. —insistiu.

 Arranquei minha mãe da dele e assenti fortemente com a cabeça.

 —Não se preocupe, Howe. Não vou machucar o bichinho de vocês.

 —E não a trate assim. —Disse Jared. —Ela é a pessoa mais humana que eu conheço.

 Balancei minha cabeça negativamente, discordando. Entrei na caverna escura pisando duro e nem vi quando Melanie chegou e deixou minha mochila perto do monte inerte de roupas e cabelos que eu me tornei. 


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