The Surviver escrita por NDeggau


Capítulo 22
Capítulo 21 — Voltando




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Voltando

QUANDO PERCEBI, EU HAVIA VOLTADO. Eu estava controlando meus olhos e movendo meus braços. E eles se sacudiram com violência quando retornei; um arrepio tão grande que quase me derrubou. Pisquei diversas vezes, desorientada. Meus olhos não conseguiam se focar. Tentei falar, mas minha voz ficou presa na garganta. Eu tinha voltado rápido demais, fui empurrada para fora. Foi psicologicamente violento, e me deixou confusa. Meus olhos conseguiram se focar, e encontraram o escuro, num misto de sombras e feixes de luz âmbar. Depois, o tom bronzeado da pele, o negro dos cabelos. Dei uma guinada para trás, assustada. Porém relaxei ao reconhecer quem me assustara.

—Bruma? —Perguntou Jamie, as sobrancelhas franzidas. —Está tudo bem?

—Eu... —Gaguejei, não encontrava palavras. Estava desnorteada. —Bruma, ela... Suprimiu. Eu voltei. —Como explicar?

Mas não precisei dar explicações mais claras, pois Jamie havia me entendido. Seus olhos se arregalaram e relaxaram as sobrancelhas.

—Ashley?

Meu nome dito em voz alta me orientou, tornando tudo mais claro.

—Sim. —Respondi. —Eu... Sou eu, Ashley.

Consegui sorrir abertamente, e meu sorriso foi interrompido por um abraço apertado, afundando meu corpo contra o de Jamie, e ele riu perto do meu ouvido, feliz.

—Você voltou! E já não era tempo.

Bruma? Ela fechara os olhos.

—Eu estava precisando de um tempo. —Sussurrei.

Jamie me afastou um pouco, e nossos olhos se encontraram, mas ele não me soltou. Os olhos dele, o chocolate, o âmbar e a noite, estavam brilhantes.

—E como está agora?

—Melhor. —Respondi, sem entusiasmo.

Ele levantou uma sobrancelha, mas sorria incontrolavelmente.

—Sério?

Um sorriso largo fluiu pelos meus lábios, fácil e suspirante, e dele romperam pequenas risadas, e me surpreendi pelo modo como eu estava rindo facilmente – já havia me esquecido como era o som do meu próprio riso.

—Sim. Estou bem melhor.

—Pude perceber. Você até mesmo riu.

Dei mais uma risada alegre e fácil, e deixei minha cabeça tombar até o ombro dele, e fechei os olhos. Os braços dele, que já estavam em minha cintura, apenas se apertaram. Eu sorri, e tive um contentamento interno, quase como a retirada de uma âncora, quando percebi que havia sentido falta de Jamie, e isso agora tinha partido. Afastei-me dele, me livrando dos braços dele, agora me sentindo mais rabugenta.

—Bem, eu preciso encontrar os outros.

O sorriso largo de Jamie afrouxou.

—Ian?

Ergui as sobrancelhas.

—Peg também. E Jared, Melanie, Sharon. E Lola, principalmente.

A mão de Jamie escorregou até meu pulso, seu sorriso mais confiante.

—Claro, vamos indo.

Eu sorri para o nada, feliz só com a ideia de reencontrar todos. Mas fechei o sorriso quando percebi que a única pessoa que eu realmente queria ver era Ian.


Deixei meu sorriso escapar quando ouvi os passos abafados de Lola se aproximar de mim. Minha cachorra pulou sobre mim, me derrubando sentada no chão, e se enroscou no meu colo, tentando lamber meu rosto.

—Oi minha menina. —Eu esfreguei suas orelhas e desviei de sua língua. —Eu também senti sua falta.

O primeiro humano que se aproximou foi Doc. Ele se agachou ao meu lado, os cotovelos apoiados sobre os joelhos, me observando com olhos cautelosos. Jamie já havia dito a ele. Eu olhei para ele.

—Oi, Ashley. Você está bem?

Não me assustei com a pergunta, mas não sabia direito o que responder.

—Parece que sim.

Ele procurou palavras, e as disse da maneira mais gentil que conseguia.

—E quanto àquele assunto desagradável?

Contorci-me, desconfortável.

—Cam?

Jamie se agachou ao lado de Doc, e pousou uma mão sobre meu joelho dobrado.

—Eles querem saber... O que aconteceu exatamente. —Sussurrou Jamie.

—Ele tentou... —Minha voz falhou. Senti-me extremamente fraca.

—Nós... Sabemos disso. —Disse Doc, sua voz baixa e bondosa. —Só não sabemos o porquê.

Engoli em seco e só disse uma palavra.

—Almas.

Jamie olhou para Doc e franziu ligeiramente as sobrancelhas. Doc respirou fundo e voltou os olhos para mim, sorrindo.

—Não precisa mais se preocupar com nada disso.

Jamie se levantou e esticou a mão para mim. Eu aceitei, e ele me puxou para bem perto, aconchegando minha cabeça em seu ombro.

—Eu acho que não precisamos dessa... Coisa. Ashley não precisa passar por um julgamento... Ian nos explicou tudo, ela estava se defendendo. —Ele estava sussurrando muito baixo, sua voz abafada pelo braço que me envolvia.

—Eu irei falar com Jeb. Ele não parece acreditar muito nessa história...

—Ele precisa. —Respondeu Jamie, firmemente. —Não há outro meio. Não vou deixar Ashley passar por mais algum evento... Perturbador. E isso só iria piorar as coisas para ela.

—Claro. —Concordou Doc. —Eu vou falar com Jeb. Acho que vocês deviam ir até a cozinha. Todo mundo está lá agora.

Jamie assentiu e me soltou, segurando meus ombros, depois apenas meu pulso.

—Venha, Ashley, vamos indo.

Eu o segui até a cozinha, estreitando os olhos quando saímos do túnel escuro para a claridade. A primeira pessoa que vi era dourada e sorridente, e demorei alguns segundos até reconhecer... Jared. Minha mente ainda estava atordoada. Ao lado de Jared, estava Melanie, com uma criança, Liberdade, em seu colo. Também reconheci de imediato Paige e Andy, junto com Kyle e Sunny. Maggie e Sharon, dando bronca em um garoto, Isaiah. Alegrei-me ao ver Joe sentado ao lado de Darcy, sua perna totalmente curada. Vi Trudy e Geoffrey. E Peregrina, enrolada, encolhida, dentro de longos braços pálidos. E Ian.

—Ei. Ei, Mel. —Gritou Jamie, tão alto que me assustou. —Olha só quem voltou.

Não foi Melanie quem se aproximou, foi Peg. Ela andou em minha direção com passos delicados, me observando de cima a baixo.

—Ashley?

—Oi, Peg.

Ela sorriu levemente para mim, desconfortável. A reação de Ian foi diferente. Ele sorriu abertamente e me puxou para mais perto, me abraçando, e me senti extremamente estranha. O modo de que ele me abraçou estava... Diferente. Como eu nunca mais fosse me ver.

—Oi, Ashley. Tudo bem? Demorou, não é? Está melhor? Como está Bruma?

Tantas perguntas.

—Estamos bem. —Era meio verdade. Eu não sabia como Bruma estava. Ela quase havia sumido na minha mente, eu mal conseguia sentir a presença dela.

Logo, Jared apareceu, Melanie e Trudy, com muitas perguntas.

—Onde estava?

—Como é?

—Como voltou?

—Por que ficou tanto tempo longe?

—Como está Bruma?

—Você conseguia nos ouvir?

Tentei responder algumas delas, mas as palavras me confundiam.

—Eu... Não sei ao certo onde estava, nem como era. Eu... Não me lembro de nada, na realidade.

—Eu também nunca me lembrei. —Sussurrou Melanie. —Do tempo que estive suprimida. Mas foram apenas três dias...

—E... Você não tinha noção de espaço de tempo? —Perguntou Jared.

—Não. —Respondi. —Para mim, foi como piscar os olhos. Simplesmente sumi e voltei.

Trudy franziu as sobrancelhas.

—Não parece simples...

Por cima das vozes e dos rostos, consegui enxergar Doc e Sharon. Ela estava me olhando atentamente, os olhos estreitos, e seus cabelos ruivos, de vermelho quase vivo, trouxeram memórias muito indesejadas. Apertei os olhos ligeiramente e estremeci; mas mesmo assim caminhei até ela sem hesitar. Os burburinhos atrás de mim cessaram-se com a minha saída, e apenas ouvi o som dos passos de Jamie atrás de mim e dos meus.

—Sharon. —Cumprimentei-a, chamando sua atenção. Ela deixou os olhos caírem sobre mim, contra vontade.

—Ashley. —Ela disse sem emoção.

—Sobre Cam... —Comecei, mas Sharon ergueu a mão, me interrompendo.

—Não quero suas desculpas. Vai dizer que ele tentou te matar, não foi?

Abri a boca para falar, mas não encontrei palavras, e a fechei novamente.

—Eu já sabia. —Ela resmungou.

Jamie se aproximou pelas minhas costas e se colocou de pé quase a minha frente.

—Você não pode culpar Ashley pelo que aconteceu, Sharon. —Disse Jamie, sua voz soou firme e gentil ao mesmo tempo.

—Então quem eu devo culpar, garoto? —Disse Sharon, sua voz ecoou pelo teto abobadado. —Cam? Eu devia culpar Cam pelo que aconteceu? Ter na minha consciência que ele mesmo fez aquilo consigo? Ou deveria colocar a culpa na verdadeira autora da morte? —Ela esticou um dedo na minha direção. —Essa assassina miserável! Cam era só um garoto com traumas passados.

—“Traumas passados” é o nome que você dá a um psicopata? —Gritou Jamie de volta, enfurecido. —Ele tentou matá-la! Você viu as marcas no pescoço dela quando ela passou por você, viu os arranhões no seu rosto!

—Isso não a dá o direito...

—De sobreviver?

—Chega! —Gritei, apertando a mão contra minha testa, as vozes faziam minha cabeça latejar. —Chega! Se quiserem me punir pelo que fiz, façam isso. Se quiserem me acusar por ter tentando sobreviver, façam. Mas parem de gritar, por favor.

Apertei os olhos enquanto falava, pois até minha voz machucava minha cabeça. Todos ficaram em silêncio.

—Certo. —Interrompeu Jamie, logo depois de deixar cair um braço sobre meus ombros. —Ashley está muito cansada, pessoal. —Ele se voltou para mim, sua voz se suavizou. —Eu vou levá-la para seu quarto, está bem?

Assenti e fui novamente guiada pelo pulso até meu quarto, com Lola marchando fielmente ao meu lado, o seu rabo-baqueta cutucando minha coxa a cada segundo.

A cortina de veludo vermelha que servia de porta para meu quarto me saudou, e eu a empurrei, quase caindo sobre o colchão. Eu não havia feito nada, mas estava terrivelmente cansada. Bati no colchão ao meu lado chamando Lola. Ela deixou esticada ao meu lado, e me abracei a ela. Lola tinha cheiro de sabão e terra vermelha, e percebi que sentira muito a falta dela. Agarrei-me a ela até meus braços fraquejarem e a acariciei, deitando melhor no meu colchão. Eu não ouvira Jamie atrás de mim, e me assustei quando esbarrei contra seu corpo. Ele estava sentado na beirada do colchão, e sua mão procurou a minha quando virei de barriga para cima, o avistando.

—Aqui está melhor? —Ele sussurrou.

—Mais silencioso. —Respondi, também sussurrando.

Jamie sorriu. Bati no colchão, o convidando a deitar também. Jamie se ajeitou ao meu lado, cuidadoso, como se temesse fazer qualquer ruído. Ele se deitou, seu braço apertado contra meu braço. Senti-me extremamente desconfortável naquela posição e me aconcheguei melhor, virando de lado e descansando a cabeça no ombro de Jamie. Ele não se moveu por um segundo, e quando o fez, colocou um braço a minha volta. Ajeitei-me melhor contra ele, aninhando minha cabeça em seu moletom cinza e sem mangas, e não deixando de pensar que estava triste e feliz ao mesmo tempo, de modo como só um humano podia se sentir.


Quando reabri meus olhos, não havia se passado um mês, nem mesmo alguns dias. Haviam sido apenas algumas horas, mas o calor que me aninhava não era mais o mesmo. Eu estava abraçada a Lola, e me espreguicei preguiçosamente. O quarto estava vazio e o corredor, silencioso. Minha dor de cabeça havia passado, e eu me sentia alerta e bem. E havia um calor dentro de mim, como uma brisa morna ou vapor d’agua dentro da minha mente. Bruma abrira os olhos.

Olá! Saudei-a.

Ora, ora. Acordou, finalmente.

Já estava acordada?

Há pouco tempo. Estava vasculhando suas memórias.

Gostou do que encontrou?

Um pouco. Você dormiu com Jamie?

O jeito que fala faz parecer um crime.

Você dormiu com Jamie? Ela tornou a repetir, e ri com a surpresa em sua voz.

Somos apenas amigos.

Ele não deve pensar assim agora, eu acho.

Tem razão. Eu ri. Ele deve estar distribuindo os convites do nosso casamento.

Boba, ela resmungou.

Eu ri novamente, risadas curtas e baixas, o ar saindo entrecortado pela garganta e pressionando os pulmões.

Levantei-me e encontrei meu moletom azul limpinho dobrado ao meu lado. Vesti-o com gosto, arregaçando as mangas, e ajeitei o par de botas gastas nos pés. Saí para o corredor silencioso e fui até a cozinha. Estava muito quieto e muito vazio, e só consegui ouvir leves burburinhos vindos do final do túnel sul, além do campo. Andei devagar até o salão de jogos, e os burburinhos tornaram-se mais altos e compreensíveis.

—Ashley infringiu as regras. —Era a voz de Sharon. —Ela deve ser punida, como qualquer outro aqui teria feito.

—Mas ela estava se defendendo. —Era a voz de Ian. —Se alguém tentasse te matar, Sharon, você permitiria ou tentaria se salvar, mesmo que isso ocasionasse na violação das regras?

—Concordo com Ian. —Era Jamie, claro. —Ashley não merece ser colocada para fora, mesmo que tivesse garantia de sobrevivência. Ela faz parte do grupo agora.

—Mas Cam também fazia. —Interveio Violetta. —Ela não vai receber nenhuma pena pelo que fez?

—Acho que não devia. —Murmurou Jeb. Jeb! Ele iria livrar minha pele dessa enrascada. —Em minha opinião, Ashley pagou pelo que fez muito antes de fazê-lo.

O silêncio foi imediato, e me engasguei com o ar. Era isso que Jeb pensava de mim? A garota que sofreu demais? Eu não era assim, não era uma coitada que lamentava. Mas, eu era... Nos últimos tempos, a única coisa que fiz, basicamente, foi lamentar.

Mas você tinha motivo, sussurrou Bruma, suavemente.

Que vergonha! Mostrar minha fraqueza desse jeito! Pensei, quase desesperada. Acho que preciso socar alguém.

Bruma riu.

A velha Ashley está de volta.

Eu sorri também, mas meu sorriso foi interrompido. As vozes recomeçaram.

—E se ela quiser se vingar? —Era Maggie. Ah, não, Maggie.

—Não acho que ela faria isso. —Respondeu Peg, com sua voz de passarinho.

—Não? —Sharon. —Ela tem muitos motivos.

Irritei-me com o comentário e entrei no salão, com passos ecoantes, chamando atenção de todos.

—Eu não tentaria matar ninguém, Sharon. Até porque se quisesse alguém morto, já teria feito.

Sharon me encarou com os olhos arregalados. Jamie não demorou dois segundos até se postar ao meu lado, mas saí de perto dele.

—Eu sei que eu não tenho sido muito... Estável normalmente. Mas eu posso lhe assegurar, Sharon, e para quem mais quiser ouvir, de que eu não sou uma assassina. Posso ser muita coisa, mas não um monstro.

As sobrancelhas de Sharon se franziram – ela não gostou da ofensa para o primo.

—O que está insinuando, garota?

—Achei que você era mais inteligente, Sharp*.

O duplo sentido do apelido, e a provocação em si, deixaram Sharon irada. Ela avançou em minha direção, mas... Bem... Eu sou eu. Esquivei-me e passei a perna nela, deixando Sharon de cara no chão. Isso não ajudou, realmente, mas me senti bem melhor. Sharon se levantou novamente e veio em minha direção, e eu preparei os punhos para recebê-la, mas Jared segurou seus braços, e Jamie agarrou os meus, nos afastando.

—Solte! —Gritei. —Deixe a Sharp mostrar os dentes.

—Cale a boca, Mayfleet. —Gritou Sharon de volta. —Se Howe não tivesse me impedido, eu teria acabado com você.

—Então venha até aqui e prove.

—Não seria justo, eu teria muita vantagem sobre você.

—Cale a boca! —Gritei.

—Cale você! —Berrou ela de volta.

—Parem com isso! —Gritou Jeb, e todos silenciaram. —Parecem duas crianças, que coisa! Garoto, leve Ashley daqui. E Jared, coloque Sharon no quarto de Doc, para ela esfriar a cabeça.

Fui arrastada contra minha vontade para fora, novamente em direção aos quartos.

—Que droga, Jamie! —Exclamei. —Solte-me, agora.

—Pare com isso, Ashley.

—Não!

—Eu só estou tentando proteger você!

—Então pare! Pare de tentar! Eu não preciso da sua proteção.

—Já tivemos essa conversa antes. —Ele rosnou, e quase jogou nós dois para dentro do túnel dos quartos. —E você sabe como termina.

—Se não me soltar, vai terminar com um osso quebrado.

—Pare com suas ameaças, Ashley! —Jamie estava irado. —Eu só queria...

—O quê? —Gritei. —O que você quer?

Eu não deveria ter dito isso. Jamie virou meu corpo de frente para ele, com força. Rosnei tentando me soltar, mas minhas mãos não conseguiam tocá-lo, agora que Jamie segurava meus cotovelos.

—Isso. —Respondeu Jamie.

Ele me puxou para perto de si, quase um abraço, mas baixou a cabeça e seus lábios cobriram os meus.


Eu fiquei totalmente paralisada por um segundo. Beijada. Nunca havia sido beijada, e era quase como um... Choque. Como se meu sangue tivesse congelado nas veias e me paralisado. Meu estômago se contorceu em um nó, e doeu. Eu não sabia me mexer, por um momento. Mais a adrenalina era maior, e me empurrou para trás, me soltou de Jamie e me fez correr o máximo que conseguia.

—Ashley! —Jamie chamou. Mas não adiantaria. Eu já estava longe.


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Notas finais do capítulo

*Sharp, em inglês, significa esperto, astuto.



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