Beijos, Beatles E Dúvidas escrita por Alasca


Capítulo 9
Quase Cinderela


Notas iniciais do capítulo

Olá Leitores! Desculpem a demora, mas ainda estou tendo provas e fiquei sem tempo para escrever. A Fic recebeu outra recomendação e diversos comentários, fiquei muito feliz, e gostaria de dedicar esse capítulo à todos vocês, leitores queridos, que acompanham a história e a Lavínia pela recomendação incrível.



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Acordei. Senti minha cabeça girar e a respiração voltar ao normal, ouvi algumas vozes ao meu redor, e só consegui pensar o que havia acontecido, droga. Decidi que abrir os olhos seria melhor e quando o fiz levei o maior susto! O Pedro estava abaixado ao meu lado, muito perto, o rosto quase encostado no meu e não podia ser, os lábios dele estavam com o meu batom.

—Amiga! Que bom que você está bem! O que aconteceu?- Duda gritava para mim, logo me ajudou a sentar e colocou uma toalha nos meus ombros.

—Tive um ataque de asma eu acho, o que é estranho, pois isso não acontece a muito tempo, e acabei soltando o ar todo enquanto mergulhava.- Fiz questão de contar essa parte olhando para ele, tenho certeza que o Pedro sabe que eu o vi enquanto olhava para mim. -Mas o que aconteceu depois? Não me lembro.

Mentira, eu lembrava sim, lembrava de ter sido carregada piscina à fora, e sei que foi ele que fez isso.

—Bem, eu vi que você havia abandonado a competição, subi a superfície e corri para te ajudar, te tiramos da piscina e...- Ele corou as bochechas e abaixou a cabeça.

—O Pedro te salvou Lola, Duda e eu ficamos desesperadas e ele teve a ideia de fazer uma respiração boca à boca, foi um herói. - Sofia disse enquanto passava a mão pelos meus cabelos e me ajudava a ficar de pé.

Olhei novamente para ele, que também levantara, ainda estava com a cabeça abaixada, e o abracei. Não achei que houvesse outra coisa para fazer senão isso, ele havia salvado minha vida, mesmo que sendo o causador de tudo aquilo. Ele ficou levemente surpreso, mas aceitou de bom grado. A toalha deixou minhas costas e pude sentir o toque quente e macio de seus braços, ainda estava sem camisa e o seu peito levemente molhado contrapôs-se ao meu. Foi como uma corrente elétrica percorrendo-me inteira, e então eu não vi mais nada, nem a piscina, nem as árvores, nem o céu. Não ouvi as meninas, nem os pássaros, nem a música, só o senti, tão perto, tão quente e tão meu. E novamente eu concluí que certas pessoas tem um abraço que se encaixa perfeitamente no nosso.

—Hmm... Com licença? -Disse a Sô, me despertando daquele transe infinito.

Nos separamos lentamente, o que fez meu coração dar um salto, parecia que ele não queria que isso acontecesse, essa separação, eu mesma poderia ficar ali até me dar conta do que havia feito. Duda e a Sophia nos encaravam, cada uma com o sorriso mais bobo que o outro... Ah! Esqueci de dizer que ele continuou com a mão no meu ombro. A Maria perguntou se eu estava melhor e se poderíamos entrar para comer alguma coisa, eu disse que sim, ele então passou as mãos nas minhas costas e me segurou pela cintura. Nos encaminhamos para a cozinha, um cômodo enorme, com muitos armários e prateleiras, um balcão à esquerda, um pequeno sofá à direita e ao centro uma enorme mesa de madeira nos esperava com sucos e sanduíches. Acho que depois do "acontecido" ficamos mais confortáveis em conversar, o que é estranho, se levarmos o fato que ele havia me beijado, mesmo que para me salvar. Depois de muita risada, olhei para o relógio e decidi que eu deveria ir, pois logo escureceria e eu não queria perder o momento em que o sol entrava pela minha janela.

—Vou indo, gente. Já está ficando tarde.

—Ainda está cedo Lola, e ainda nem te mostrei meu quarto.

—Desculpa Duda, mas tenho mesmo que ir... Ei, posso usar o banheiro? Não gostaria de aparecer assim na calçada, a essas horas a rua já está bastante movimentada.

—Claro, pode usar o banheiro lá de cima.-Ela apontou para a escada- O de baixo está reformando e uma completa bagunça. Sobe lá!

Peguei minha bolsa, subi as escadas e me encontrei em um extenso e largo corredor, havia diversas portas brancas fechadas e algumas janelas, fiquei em dúvida aonde entrar, eu provavelmente começaria pela primeira e mais próxima, mas como sou azarada acho melhor ir logo para a última. Com receio, abri a porta e tamanha foi minha surpresa ao saber onde estava, não era o banheiro, quanto menos o quarto da Duda... era o quarto do Pedro. Fiquei parada, sem saber o que fazer, apenas encarando o quão organizado era, bem mais que o meu! Pensando bem, ninguém apareceria, eu ouviria caso acontecesse, então achei melhor entrar, só para dar uma olhadinha, você pode discordar mas estava muito curiosa.

Entrei e deixei a porta aberta, assim seria mas fácil de sair, caminhei pelo tapete marrom, passei a mão sobre a colcha e as almofadas da cama, vi uma prateleira com diversos livros, um computador, algumas fotos, e claro, a sacada, pude ver que essa dava uma ótima vista da minha, ao lado havia uma outra porta branco que percebi ser o banheiro, seria muito atrevimento entrar ali também, então resolvi sair e procurar o que realmente eu estava buscando. Você acreditaria se eu dissesse que em frente ao quarto dele ficava o banheiro? Não disse que sou azarada?

Tirei o biquíni e coloquei minhas roupas, olhei mais uma vez para o quarto dele e fechei a porta, exatamente como antes, ninguém jamais perceberia nada. Desci as escadas, agradeci a Duda pelo convite e dei um beijo em cada um. Ao passar pelo portão olhei para o céu e vi que o "meu momento" estava para acontecer. Corri para casa, passei voando pela cozinha apenas dando um aceno para minha mãe, joguei a bolsa em cima da cama. Ia começar. Sentei no tapete e fiquei observando, logo a luminosidade foi se movimentando no tapete, andou até encontrar meus pés, pernas, braços e meu rosto, me aquecendo e me fazendo sentir falta daquele delicioso abraço gostoso. Fechei os olhos e desejei que momentos como aquele se repetissem mais vezes...

—LOLA! VOCÊ TA AÍ? LOLA!

Pedro?! O que? Estou sonhando?

—LOLA, APARECE NA SACADA SE VOCÊ ESTIVER ME OUVINDO!

Meu Deus! Não é sonho coisa nenhuma! É ele mesmo!

Ah Oi, Pedro! -Que droga, alguém avisa para esse menino colocar uma camiseta? Assim fica difícil de me concentrar! - Que aconteceu?

—Acho que você esqueceu seu brinco aqui.

—Nossa, verdade. -Passei a mão na orelha e percebi que algo estava faltando.-Obrigada, mas, onde estava?

—No meu quarto!

Droga.


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Notas finais do capítulo

E agora, onde a Lola vai cavar um buraco para se enterrar?Vocês devem ter percebido que o capítulo ficou menor que o normal, porém, eu decidi postar todas as sextas-feiras, portanto, logo logo terá a continuação! Obrigada por lerem, e como sempre, deixem seus comentários que eu adoro ler! Beijos.