Beijos, Beatles E Dúvidas escrita por Alasca


Capítulo 21
Moléculas e sangue


Notas iniciais do capítulo

O MAIOR CAPITULO DE TODOS!
Olá galerinha!
Desculpem a demora, mas estou sem internet em casa e estou tendo que postar pelo celular. É a primeira vez que isso acontece e espero que dê certo. Verão que as coisas estão tomando seus lugares e eu já sei o fim da fic. E ele está próximo. Espero que gostem do capítulo e ate o próximo.
Ps: obrigada a todos que comentaram o cap anterior.



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Foi a noite mais incrível da minha vida. E antes que me perguntem, sim, eu continuo virgem. Mas ontem foi muito mais que isso, dormir no abraço de quem a gente ama é melhor do que qualquer remédio e não poderia estar mais feliz. De uns dias para cá andei me sentindo mais mulher, e não só uma garota que ouve Beatles e tem receio de garotos. Eu posso beijá-los agora, posso ser sexy e posso levá-los ao ecstase. É como se eu me sentisse capaz de tudo! As coisas só estaríam melhores se não fosse uma plena segunda-feira de aula.

Desencostei do travesseiro, sentei na cama e coloquei os pés no chão. O vidro da sacada havia ficado aberto, o que deixava que uma gostosa e fresca corrente de ar entrasse, assim como alguns feixes de luz que brincavam com as cortinas. Olhei para trás e ali, ainda dormindo, tão lindo, no meio dos lençois e travesseiros brancos: a peça mais linda do meu quarto. Os cabelos enroladinhos todos fora de ordem, as costas e ombro largos descobertos deixavam seus pequenos, porém incríveis, músculos à mostra, a barba que havia teimado em crescer, agora se encontrava rala e bonita, preenchendo as bochechas. O peito nu e com um movimento ritmado que me chamou atenção.

Todos nós somos únicos. Temos uma forma de pensar e agir como mais ninguém possui. Temos nossos amigos e família, nossos problemas e conclusões. Mas quando dormimos somos todos iguais, nós buscamos pela paz. A paz de se estar em paz. A calmaria e a confiança de que ali é um bom lugar, "Ali eu posso dormir pois sei que me faz bem". Somos todos iguais nisso. Estamos em uma constante busca pela tranquilidade, paz e felicidade, é o nosso objetivo de vida. Ser feliz. Deixe que te perguntem: "O que quer fazer quando crescer?" Você dirá, sejá lá o que for, mas sabe que no fundo só segue essa meta para no fim das contas ser feliz. Seja trabalhar para ganhar muito dinheiro, seja ajudar pessoas, fazer desconhecidos sorrir... Cada pessoa tem uma forma de felicidade. Mas dormindo, somos todos iguais.

O que ele estaria sonhando? Estaria pensando em mim ou eu tudo que aconteceu nesses dias? Ou apenas em um sonho maluco em que você precisa fugir e não consegue sair do lugar? Um recado para as futuras gerações ou para gênios dessa mesma: Criem uma máquina de salvar sonhos. Para que, no outro dia, ao acordar, você poderia assistir todos os sonhos que "viveu" durante a noite. Imagine poder reviver as cenas e aventuras excêntricas com que sonhou, novamente? Seria demais e me faz querer dormir ainda mais ao lado do Pedro, ele é como um filtro dos sonhos, não me deixa ter pesadelos.

Liguei meu celular e vi que ainda eram seis horas, as aulas só começava as sete e eu poderia enrolar mais um pouquinho antes de acordá-lo. Reclinei sobre ele, acariciando seus braços, cintura, aquela bundinha empinadinha com uma box preta, as pernas... Tudo tão perfeito. Tudo tão meu. Era como se eu já o conhecesse a anos, conhecesse cada detalhe do seu corpo. Deitei sobre suas costas, deixando-o abaixo de mim, coisa a qual fez com ele despertasse:

–Eu adoraria acordar todos os dias com seu carinho. Essas mãozinhas pequenas sobre minhas costas e seu cheiro gostoso.

–Eu poderia acordar todos os dias ao seu lado, meu amor. Estava aqui pensando como gosto de você... Do seu corpo, como conheço cada pedacinho dele.

–E eu o seu. A coisa mais gostosa em que já tive o prazer de tocar.

Pedro virou com a barriga para cima o que fez com eu caisse para o lado, rindo ele me puxou para sobre seu peito, ficou me encarando, sorrindo.

–Ora, jovem moça, sabias tu que está apenas com suas roupas de baixo?

–Não tinha nem reparado, tá tão bom meu corpo encostando no teu. E tu, jovem moço, estas apenas de cueca.

–Bom, isso eu logo senti quando passou a mão na minha bunda.

–Pedro!

–Eu sei que não consegue ficar longe de mim, quanto mais esse corpo lindo jogado na sua cama, não tinha como você resistir e não aproveitar do pobrezinho adormecido.

–Amor, às vezes você fica tão gay falando. -Dei risada e abaixei a cabeça sobre seu queixo.

–Opa, agora feriu minha masculinidade! Me chamando de gay, Dona Lola? Vamos ver o que você vai achar disso...

Soltou o lençol que segurava e fortemente colocou as mãos sobre as minhas coxas e apertou, dei um gemido no seu ouvido, o que só fez com que ele subisse as mãos até minha bunda e apertasse também, gemi mais uma vez, instigando-o. Subindo pelas minhas costas, desabotoou meu sutiã.

–Agora eu estou gostando, vamos ver se sabe continuar com isso... -Disse saindo de cima dele e deitando ao seu lado.

Ergui os braços para frente, retirando meu sutiã e pondo as mãos mornas sobre meus seios, aquilo já era excitante de mais pra mim, resolvi agir, ainda abaixo dele, passei minhas mãos nos seus cabelos e trazendo sua boca até a minha. Depois o beijo dele foi descendo, houve alguns chupões mais intensos, que com certeza deixariam marcas, mas quem se importava? Eu tinha dez dias para aproveitar qualquer tipo de prazer que me fosse mostrado! Beijou meus seios e os chupou, continuou até a barriga e coxas, quando finalmente parou.

–Que foi? Por que parou?

–Não sei se devo.

–Pois depois do que viu ontem de madrugada... Sou toda sua.

Essa fala fez com que ele abrisse um sorriso ainda maior e mais malicioso, um sorriso cafajeste a là Pedro. Com as duas mãos, deslizou minha calcinha até os pés e ela caiu no chão. Apoiei a cabeça nos travesseiros e minha cabeça foi tomada pelos pensamentos da noite anterior.

Depois que jantamos, fomos para meu quarto onde ficamos deitados, conversando, o Pedro puxou o assunto de orgasmo novamente e nós conversamos muito sobre isso. Ele me contou o quanto ficou nervoso na primeira vez, eu disse o quão receosa estava por aquilo... Seguindo a conversa, que a cada afirmação e pergunta ficava mais quente, ficamos nus um para o outro. Simples assim hahaha Eu o vi por inteiro pela segunda vez, e ele me viu, disse que o agradou tanto que até fiquei mais calma por estar ali, pelada com um garoto na minha cama. Mais horas passaram e falando disso e daquilo acabamos fazendo algumas coisas um para o outro. Cada qual em um lado da cama. Fitando um ao outro. Excitando e reagindo ao próprio corpo. E foi tão sexy, tão demais.

Agora, quem estava trabalhando em mim era ele.

*Quem vos fala agora, é a escritora dessa história. As coisas a partir desse momento começaram a ficar mais quentes para a nossa protagonista, então achei que estava na hora de eu, a criadora, intervir. As falas a seguir, na verdade são pensamentos. Pensamentos de uma mulher passando pelo seu primeiro orgasmo. Não aquele ao qual ela foi responsável, mas o qual um homem, sim, um homem, era o mentor. Vamos ver o que se passou na cabeça da Lola:*

"Ai minha Nossa... Pedro, como você... Ah, como você aprendeu isso?

Onde foi que aprendeu um coisa dessAAH...

Isso não pode estar certo, como é que eu... Pedro, puta que pariu!

Se continuar me tocando assim eu vou... Poxa vida, eu...

É melhor você controlar essas mãos por que se não... Nossa!

Eu vou morrer, vou explodir! Alguém segura esse meniAAAH

Ta bom, ta bom, ta bom... Agora...

Isso não é justo, ele faz parecer tão fáAAAAAAAAAAH!"

*Bom, a partir daqui não houve pensamento algum. E eu me despeço. Fiquem com a mente da Lola.*

Foi como se meu corpo todo explodisse, cada molécula fosse quebrada em outras mil. Meu coração parasse e voltasse a bater mil vezes mais rápido. Minha boca ficou seca e meus braços tremendo. A respiração foi reduzida a pequenos e rápido puxões de ar. Meu pulmão parecia não dar conta de acompanhar e eu não conseguia pensar em nada. Se me perguntasse quem era o baterista dos Beatles eu responderia Madonna e o mundo poderia explodir. Porque agora eu já sabia como era. O prazer absoluto. E pleno. Que de pleno não tem nada.

–Ta tudo bem contigo?

–Pedro, isso lá é pergunta que se faça para alguém que acabou de...

–Então deu certo? Eu consegui?

–Se não conseguiu, eu desisto dessa vida. Por que pra mim, ela já está completa!

–Nossa... Que foda!

–Agora estou até pronta para aguentar a aula de química que for. -Ele riu gostoso, deitando ao meu lado e pegando na minha mão.

–Viu só? Eu disse que você não sabia o que era um orgasmo.

–Okay. Talvez eu não sabia tão bem assim.

–Entendeu agora o que eu senti aquele dia? Pois é...

–Entendi, amor. E uou...Você é bom nisso. Onde é que aprende uma coisa dessas?

–Não sei. Eu te amo e não faça perguntas difíceis.

–Eu também te amo e uou... Não é por nada não, mas to achando que não vou conseguir dormir essa noite sem você. Será que sua mãe ficaria irritada se você puder ficar mais um dia e noite?

–Ela, eu convenço. Ei, que horas são? Você me falou de química e lembrei que hoje infelizmente é segunda-feira.

–Deixa eu ver... Seis e meia.-Ele sentou na cama e foi levantando.-Ah, não vai não, quero ficar aqui com você, faltar que seja.

–Desculpa amor, mas se eu faltar, aí que minha mãe me mata! Vamos levantando, preguiçosa! Vou pegar minhas roupas e to indo pra casa. Já já estou no portão te esperando, vê se não vai voltar a dormir.

–Depois disso aqui? To acordada para até depois do almoço!

–Hm, e depois do almoço o que acontece?

–Teremos que ver isso aí.

Enquanto o Pedro foi pegando suas roupas do chão, fui para o banheiro tomar um banho. Ele saiu e levou a chave reserva, trancando a casa e fazendo com que eu finalmente ficasse sozinha. Tomei um banho gelado rapidinho, coloquei o uniforme, juntei as apostilas e aos cadernos e desci para tomar um café. Claro, esqueci que eu mesma teria que fazer, caso eu quisesse tomar alguma coisa. E foi quando me deu uma saudadezinha dos meus pais, espero que esteja indo tudo bem na viagem deles. Sai e fechei o portão, cuidei para que os cabelos cobrissem um pouco meu pescoço, levando em conta que haviam algumas "marcas". Virei o corpo e quando estava indo em direção ao portão ao lado, fui surpreendida com um buquê enorme de rosas que tampou toda minha visão. Caramba não acredito que ele fez isso!

–Pedro, eu não acredit...

–Pedro? Que Pedro, garota?

Ah não, só pode estar de brincadeira. Só faltava essa para estragar um dia tão bom quanto esse!

–Mário, o que você ta fazendo aqui? Eu já não falei para sumir da minha frente pra sempre?!

–Calma, lindinha. Vim aqui me desculpar por tudo. Olha só, eu trouxe flores pra você. -E voltou a enfiar as flores no meu nariz.

–Seu idiota, tira isso daqui! Não sabe que eu sou alergia à rosas!? Estúpido! Sai daqui e vai viver a sua vida! Não me ganha mais!

–Ah amorzinho, não faz assim... Eu te amo. Só quero ficar com você. Teremos novas oportunidades de fazer o que não fizemos.

–Lola, esse cara ta te chateando de novo?

Graças a todos os deuses do Olímpo!

–Eu tenho nome, garotinho.

–E eu tenho a infelicidade de saber qual é. Agora será que pode, por favor, se afastar da Lola? Ela é alérgica à flores, e a você. -Me puxou pelas mãos e me pôs atrás das suas costas. Do lado de dentro, vi que a Duda estava ali, olhando preocupada para o irmão que estava bufando de raiva.

–Será que o nanico pode me dar licença para que eu possa falar com a minha garota?

–Sua garota? Cala sua boca Mário! Eu odeio você!

–Como você pode dizer isso? Era caidinha por mim!

–Sai daqui e deixa a Lola em paz, ta legal?

–Já entendi. Esse franguinho que ta te comendo Lola? Então é esse o idiota que...

As palavras não foram ditas e a frase nunca foi terminada. O sangue já pingava na camiseta azul. E o Mário já se contorcia de dor apoiado na portão de casa. As flores tacadas ao chão e eu podia sentir a raiva que pairava sobre o lugar. A Duda saiu correndo e foi até o irmão:

–Pedro, o que foi que você fez?

–Dei uma lição pra esse otário!

–Mas não é assim que se resolve as coisas! Olha só pra ele! Ta todo ensanguentado!

–Ele mereceu, Dudinha. Fez coisas horríveis comigo. Muito bem feito. Seu idiota! -Ainda apoiando-se no portão, ele se virou para mim e mostrou o dedo do meio.-Otário, pode pegar esse dedo pra você e se divertir com ele, porque se depender de mim todas as meninas vão saber o que você quase conseguiu comigo e jamais vão querer um idiota como você!

–Sua vadiazinha, vai se ferrar! -Levantou o corpo e foi a direção do Pedro, apontando o dedo para o peito dele.-E quanto a você, nanico, não vai ficar assim. Mexeu com o cara errado.

–Vai cuidar da sua vida e deixa a gente em paz ou vou ser obrigado a acabar com o outro lado da sua cara.

–Vamos gente, vamos sair daqui agora.

E a Duda foi nos puxando pelas mochilas para o outro lado da rua, e por mais um segundo eu pude olhar para trás e ver o rosto daquele que me causara tão mal. Quem diria que o Mário era tão medroso a ponto de, depois daquela manhã, eu nunca mais ter notícias dele. É impressionante o que um cara não faz para uma transa. Recebe até um soco na cara. Pena que para ele as coisas não funcionaram como imaginara. Pena? To apenas brincando. Muito bem feito! Que se diverta sozinho enquanto eu tenho Meu Amor para explodir minhas moléculas quando eu quiser.


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Notas finais do capítulo

Tan tan tan é isso galerinha.
Três strikes e Mário está fora! Espero que tenham gostado. Comentem e me mandem mps dizendo o que acharam. Podem me dar sugestoes para o fim da história.
Ps: esqueci de comentar com vocês. Pela primeira vez, no ano passado, fiz o Enem. E consegui ir muitíssimo bem na redação, graças ao treino que a fanfic é! Obrigada por sempre me apoiarem.
Beijim e tchauu