Beijos, Beatles E Dúvidas escrita por Alasca


Capítulo 19
Panquecas e banho quente


Notas iniciais do capítulo

como é que é mesmo? Ah sim, Olá!!
Vamos começar aplaudindo duas pessoas: Amber Jones e HelloJude! A Amber escreveu uma recomendação incrível para a história e me mandou uma mensagem super fofa que fiquei até emocionada, então esse capítulo é todo dedicado à você hahahah e a HelloJude fez com que a história chegasse aos 96 comentários! Isso é demais! Nunca achei que a fic teria um reconhecimento tão bom! Um beijo também para a HeyJude que deixou comentário no último capítulo! Muitíssimo obrigada meninas, me deixaram MUITO feliz!
Mas agora, voltando para a fic, como eu disse na última nota, a história terá uma mudança quanto estilo, as coisas ficarão mais quentes, mas não absurdamente, pois a fic não é +18. Só algumas coisinhas ok?
Bom, espero que vocês gostem! E um beijo para todos os novos leitores :)



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Cheguei em casa, liguei as luzes, tirei a blusa e o short, coloquei o volume do som no último e comecei a pular nos sofás. Tem coisa melhor do que ter a casa todinha para você? Vai me dizer que nunca enlouqueceu quando estava sozinha? Que não dançou como louca em frente ao espelho apenas de calcinha e sutiã? Já disse e repito: não há coisa melhor no mundo do que a liberdade. Se bem que nós, humanos, vivemos em uma situação um tanto quanto paradoxal: Nós criamos leis para sermos livres. Isso não é estranho? Ou é estupidez...

Me desculpem por todo esse pensamente filosófico, mas desde que meus pais foram viajar me sinto mais dona de mim, dona dos meus atos, e isso é bom, mas ao mesmo tempo, aterrorizante. É estressante saber que caso tenha algo para fazer, eu que serei a responsável, se faltar alguma coisa, quem terá que correr atrás será eu. Coisas assim me fazem pensar como será a faculdade. Sem meus pais, minha casa... Eles já disseram uma vez que me acompanhariam onde eu fosse, mas acho que foi apenas brincadeira, quer dizer, acho que "sair do ninho" me faria crescer.

Penso tanto sobre o futuro, tenho tantas coisas planejadas. Mas uma vez li em algum lugar que "Criar expectativas é fazer com que o fracasso seja antecipado", não sei o que fazer se algum desses planos falhar, não tenho muitas segundas opções. Nunca sabemos o dia de amanhã, portanto fazer um roteiro para sua vida é uma tarefa um tanto quanto complicado. Deve ser apenas um modelo, não levar tudo exatamente como está previsto (pré-visto). Por exemplo: Não estava nos meus planos me apaixonar perdidamente por alguém.

A questão "se apaixonar" é tão importante que faz uma pessoa mudar seu caminho para iniciar um novo junto com seu amor. E nesse caminho há várias passagens e formas de seguir. Ando empacada em uma ponte terrível, quem passar por ela não tem mais volta, acreditem, estou fazendo uma breve metáfora para a virgindade. Desculpem, isso ficou realmente ruim, mas continuando com ela... Esperamos a vida toda chegar nessa ponte, ouvimos que várias pessoas já passaram por ela, cada uma tem uma forma de contar como fez isso, algumas esperam mais tempo que outras, alguns dizem que se arrependem, outros dizem que atravessar a ponte nem foi tão difícil e que pretendem atravessar outras em breve. Ok, ok, isso está muito ruim hahahahaha Devo estar pensando nisso demais. Estou criando até metáforas! Veja só!

Agora, já em baixo do chuveiro, ouvindo um dos meus discos, uma das minhas músicas preferidas começou a tocar, o que me deixou ainda mais pensativa:

All my loving I will send to you (Todo meu amor, vou mandar pra você)

All my loving, darling I'll be true (Todo meu amor, querida serei verdadeiro)

Close your eyes and I'll kiss you (Feche os olhos e eu te beijarei)

Tomorrow I'll miss you (Amanhã sentirei sua falta)

Remember I'll always be true (Lembre-se que sempre serei verdadeiro)

(All My Loving - The Beatles)

Com a água caindo, vou olhando para meu corpo, penso em Pedro, penso se estou preparada para tê-lo como meu homem, dar um passo a mais. Afinal, eu tenho a oportunidade perfeita, com meus pais viajando e a casa toda para mim. Mas tudo ia mais que isso, envolvia outra serie de fatores. Caso eu transasse mesmo com ele, teria que contar à minha mãe, acho isso importante, e infelizmente não faço a mínima ideia de como ela reagiria com isso, depois tem o motivo da dor, que eu morro de medo só de pensar, e outra é da confiança. Será que posso me entregar tanto assim para o Pedro? Nos conhecemos a pouco tempo, eu sei, mas o que sinto por ele... Olha, o Mário nunca chegou nem perto disso. E, poxa vida, ele me deixa tão excitada, quando estamos sozinhos eu não consigo pensar em outra coisa, minha cabeça fica a mil por hora.

Depois do banho, peguei o telefone e resolvi ligar para o Pedro, estava precisando muito do abraço dele, e além do mais eu estava pensando em fazer panquecas, seria ótimo ter uma ajudinha:

–Amor, ta ocupado?

–Não, por quê? Precisando de mim?

–Na verdade sim! Poderia vir aqui pra casa?

–Agora? Tudo bem, mas algum motivo em especial?

–Panquecas.

–Abre o portão aí!

Não é por nada não, mas tenho que admitir: Minhas panquecas são as melhores que existem! Umas das coisas que minha mãe, depois de ordens, conseguiu me ensinar na cozinha, não sei cozinhar muuuita coisa, mas até que consigo me virar. Estava colocando os ingredientes no liquidificar quando o interfone tocou, era o Pedro. Ele chegou e entrou na cozinha esfregando as mãos uma na outra, dizendo:

–Mãos à obra, parceira? O que posso fazer?

–Oi parceiro -Beijei sua bochecha e ele me deu um selinho.- Pode começar colocando a farinha aqui dentro...

–Ok! Ei, tem uma mosca aqu...

–Pedro, já estou avisando, se você assoprar isso na minha cara, vai se arrepender!

Ah Lola, como você é chata! Como sabia que eu ia fazer isso? -Cruzei os braços, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.- Uma pena porque seria muito engraçad...

E fui atingida por um sopro cheio de farinha. Claro, fiquei com a cara todinha branca.

–Pedro! Que saco! Eu falei que isso não tinha graça!- Disse, pegando o guardanapo para me limpar.

–Não, você disse que me faria arrepender.

–Que assim seja! -Peguei um dos ovos que estavam no balcão e ameacei jogar em sua direção.

–NÃO FAÇA ISSO!

Dito e feito, lá se foi o ovo direito no peito dele, fazendo com que a gema espalhasse por toda a camiseta branca. Bem feito! HAHAHAHA

–Ah garota, agora é hora da revanche! -Ele pegou o outro ovo e estava pronto para jogar, mas sai correndo de trás do balcão.-Volta aqui Lola, tem que ser justo!

–Vem me pegar então!

Rodeamos a mesa da cozinha por alguns segundos e por duas vezes ele quase jogou o ovo, mas acho que ficou preocupado pois faria uma sujeira enorme no tapete, então sai correndo para a sala, passei por ela e subi as escadas, tudo isso seguido por muitos gritos e risadas. Já no andar de cima ele continuava fazendo ameaças, o que me fez rir de montão, pois ele tentava falar sério, mas não conseguia! Fui para dentro do banheiro e antes que pudesse fechar a porta, o Pedro entrou:

–Bom senhorita, não há mais escapatória...- Foi dizendo enquanto andava lentamente em minha direção...

Sem perceber, pela falta de espaço, quando dei por mim já estava dentro do box sem lugar para onde fugir, com as mãos para a frente impedindo que ele se aproximasse mais:

–Não Pedro, por favor, não faz isso!

–Sinto muito!

Em um passo longo ele veio para a frente, o ovo na palma da mão, em direção ao meu rosto, enquanto ele fez esse movimento, fui para o lado e me esquivei, sem antes passar a mão no chuveiro e o ligar direto em cima dele. Aquele havia sido o Gran Finale. Agora com a camiseta toda molhada, me puxou para baixo da águae rimos pra caramba, até que as risadas foram diminuindo, o silêncio aumentando e eu pude ficar de frente para ele, ali abraçados, olhando nos seus olhos, eu tinha certeza: Podia confiar no Pedro. Inteiramente. Ali mesmo, com a água quente caindo sobre nós, começamos a nos beijar e foi tão intenso, tão cheio de desejo... Puxei sua camiseta para cima e pude sentir seu corpo colado no meu, minha blusa, também encharcada já estava no chão.

Naquele momento eu já não me importava com mais ninguém, eu só queria o amor dele. As mãos dele percorram minhas costas, minha barriga, meu pescoço, meus seios, nem sei! Já não conseguia mais pensar, minha mente novamente estava acelerada e não me contive em tocá-lo também, os ombros tão largos, o tórax marcado... O beijo foi aumentando de intensidade, já mal podia ficar em pé, foi quando ele me pegou pela cintura, e me tirou do chão. Desligou o chuveiro, nós dois, todos molhados, ainda nos seus braços fui posta sobre a minha cama, com shorts e sutiã, ele passou a me beijar inteira, das bochechas ao pescoço, do pescoço à barriga, da barriga aos seios.

–Lola, eu não... não aguento... você assim...

Foi quando eu despertei para a realidade e me toquei de como estava aquela situação. Abri os olhos e pensei na melhor forma de terminar aquilo.

–Olha Pedro, não sei muito bem, mas acho que eu posso fazer uma coisa para você que talvez você goste.

Ele abriu o zíper. E depois de algum tempo ouvi o disco arranhar na vitrola.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, vou ser sincera com vocês, esse capítulo veio até mim como um sonho. Antes mesmo de escrever a fanfic, antes mesmo de ter algum desses personagens criados, eu já havia esse capítulo na mente. E olha, estou muito contente por finalmente tê-lo escrito. É muito importante pra mim. Eu realmente espero que vocês tenham gostado.
Agora, mais do que nunca, quero saber o que vocês acharam, por favor, comentem e me digam: gostaram da descrição? ficou muito quente ou está bom assim?
Me contem! Um beijo e até breve!

Aliás, FELIZ 2014 antecipado! Amo vocês!