Beijos, Beatles E Dúvidas escrita por Alasca


Capítulo 15
Até onde o azar pode ir?


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: Desculpa, desculpa e desculpa! Sei que já devia ter postado o capítulo, mas não tive tempo algum. Segundo: Obrigada por todos os comentários! Isso é incrível! Estamos quase com 50 :D
Sem mais demora, vamos ao capítulo...



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—Por que você não me disse? Por que não disse que gosta de outra pessoa? E pela forma que a sua mãe trata esse cara, ela gosta muito dele também. Vocês são namorados? Meu Deus, Lola não achei que você fosse assim!

—PEDRO! POR FAVOR, ME DEIXA EXPLICAR! QUE DROGA!

De uma hora para outra meu mundo todo desabou e se tornou um inferno, o idiota do meu ex-namorado (acho que nunca fomos namorados afinal) resolveu agir como uma fênix e ressurgir das cinzas com o coração recheado de amor, um amor falso, é claro, deve estar querendo o que não conseguiu da última vez. O Pedro, agora que tudo estava ficando bom, que ele havia se declarado para mim, pensa eu já tenho outra pessoa, que o que fiz foi traição com o outro pobre garoto. Por quê? As coisas simplesmente não podiam dar certo comigo?

—Lola, tudo bem, eu já entendi, ta bom? Sei o que vi. Só me promete uma coisa: Não me deixe gostar de você. Já vi que isso é ruim e que machuca. 

Ele foi em direção à porta, totalmente nervoso, nunca tinha o visto daquele jeito, corri a tempo de empurrá-lo e impedir de sair, Pedro me encarou e falou nervoso:

—Me deixe sair!

—Não enquanto você não me ouvir! Não vai dizer tudo aquilo e me impedir de contar a verdade, vai ficar aqui e vai ficar quieto! -Gritei, fechando e trancando a porta atrás de mim.

Adorei tomar o controle, poxa vida, que adrenalina! O garoto nervosinho cruzou os braços e me olhou tediosamente. Retomei o fôlego e formei as frases em minha cabeça, eu faria ele entender por mais difícil que fosse:

—É um assunto horrível, mas acho que terei que contá-lo. Esse garoto que você acabou de conhecer é o Mário, ele foi o meu primeiro namorado, ou algo do tipo, nunca fomos muito próximos, ou tivemos alianças, mas ele chegou à conhecer meus pais, portanto não era apenas um ficante.

—E o que isso tem de importante?

—Calma! Vou resumir: Ele me levou a uma festa, disse que iria me apresentar para todos os amigos, que me amava mais que conseguiu amar alguém, eu acreditei nele.  Não me julgue, ele era tão convincente. Depois de algumas horas e algumas doses viradas, ele me levou para um dos quartos da casa, as coisas começaram a esquentar, mas eu não estava tão nervosa, pois confiava nele, até que um dos garotos entrou no quarto e pergunto se ele já tinha terminado aquilo, se a aposta havia sido encerrada pois ele precisava ir embora... -Pedro descruzou os braços e ficou com uma impressão confusa e chocada. -Eu fui uma aposta, minha virgindade foi uma aposta! Foi o pior dia da minha vida, passei a odiar esse babaca com todas as minhas forças.

Ah Lola, eu não...

—E depois de todo esse tempo, ele resolve voltar, entra na minha casa, pede desculpas e age como se nada tivesse acontecido! Eu estava muito nervosa, e ele, oh pobrezinho, foi tentar me acalmar passando a mão em mim, e foi quando você entrou.

Terminei tudo o que tinha para falar, senti minhas pernas bambearem por ter relembrado toda aquela maldita história e por ter contado para outra pessoa, ali, em voz alta, admitindo que tinha sido real, que aquela noite não havia sido apenas um pesadelo. Comecei a chorar, já não ligava mais, vou ser fraca na frente dele, fechei os olhos e as lágrimas caíram com muita rapidez. Fui envolvida por um abraço apertado e quente, Pedro me dava beijos leves na bochecha e pescoço, acariciava minhas costas e meu cabelo, dizendo "Calma, respira, já passou, tudo vai ficar bem, estou aqui agora, não vou deixar nada de mal acontecer com você...". Ficamos abraçados, apoiados na porta, por alguns minutos, depois ele me soltou, pegou minha mão e levou-me até o banheiro. Pegou-me pelas coxas e fiquei sentada na pia, Pedro apanhou uma toalha de rosto, molhou e passou pelo meu rosto e pescoço. 

—Lola, me desculpa, acabei sendo tão idiota quanto ele! Estou envergonhado por ter te dito todas aquelas coisas, você é boa de mais para mim.

—Eu te entendo, agiria do mesmo jeito se visse outra garota te acariciando daquela forma... -Ainda sentada na pia, o apertei entre minhas pernas e fiz com que chegasse mais perto.- Tenho medo de sofrer. O amor causa isso.

—O amor não causa isso, e sim a falta dele. 

Onde minutos antes estava sendo molhado pela toalha, agora recebia beijos, mas intensos que antes, nossas mãos se soltaram e ele finalmente tomou minha boca, sua respiração ofegante, seu perfume, seus sussurros, tudo me causava arrepios e eu queria mais, precisava dele mais perto. Sem pensar muito coloquei as mãos dentro da camisa branca a minha frente, Pedro não esperava por isso por parou de me beijar e olhou alguns segundos para mim, que retribui com um sorriso. Voltou a me beijar, mas acabou descendo as mãos do meu cabelo para minhas coxas nuas, aquilo havia se tornado totalmente excitante. Arranhei seu peito, ao passo que ele fazia o mesmo, subindo os dedos pela parte de baixo da minha blusa, chegou as minhas costelas e por lá ficou, não foi atrevido, não pegou nos meus seios. E foi assim, tão carinhoso, que eu percebi o quanto gostava daquele garoto, ele parecia me tratar como uma princesa, me colocava em um pedestal e admirava com ternura, mas, como deve ser às vezes, adorava me tocar e agarrar. Posso conviver com isso numa boa. 

Lola, por favor, para...-Disse entre um beijo e outro.

Que foi? -Não queria parar...

Você... Por Deus... Me deixa louco, não vou conseguir me controlar se não parar com essas mãos...

—Seu bobo! Depois dessa não vou te deixar sair daqui.

Ah garota, vai acabar se arrependendo disso.

Pedro me deu mais um beijinho, desci da pia, pegou minha mão, atravessamos o quarto, ele abriu a porta e muito sorridente disse: 

—Sabia que eu gosto de você?

Eu gosto de você, e gosto de ficar com você, meu riso é tão feliz contigo, e o meu melhor amigo é o meu amor...

Você é assim, um sonho para mim... Tchau, minha linda.

Fiquei sozinha e mais uma vez o perfume dele me acompanhou até na cama, deitada pensei em quão sortuda era, mas havia algo que me impedia de ter uma felicidade plena, uma pedra no meu all star. Decidi contar para a Sophia, não iria esconder mais nada dela, peguei meu celular na cabeceira da cama e antes de discar seu número percebi que havia uma nova mensagem:

Oh meu anjo, quanto tempo eu não te via, continua tão gata quanto antes! Tem algum plano pra sábado? Quero te ver. Me liga! Dá um beijo na dona Clara :)

DONA CLARA? MAS ELE SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA! QUE IDIOTA! ME VER SÁBADO? NOS SONHOS DELE! Vou ter que explicar pra ele de novo?

Mário, chega, me esquece, você é um estúpido! 

Não demorou muito tempo, recebi uma resposta:

Como assim? Amor, calma, está muito fria.

Paciência!

Sofria. Sou fria. Não me procure mais!

Se eu dormir, tudo isso será esquecido e eu estarei a sós com o Pedro? Parece um bom negócio.


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Notas finais do capítulo

Então, fiz um bom trabalho com a cena do beijo? Aprovam?
Mais uma vez, mil perdões pela demora!
Obrigada por lerem!

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