Coração Gelado escrita por Jane Viesseli


Capítulo 38
Addio, Volterra! – Parte II




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/393069/chapter/38

Jane estava fria e intocável quando entrou no salão, ainda de mão dada com o irmão, evitando fortemente olhar para Maximilian e colocando-se em seu costumeiro lugar ao lado dos três tronos. Ela contou rapidamente os vampiros presentes ali: Renata aproximou-se de Aro, como sempre; Demetri e Felix estavam na extremidade direita; Santiago e Heidi na esquerda; a porta do salão fora fechada e Corin e Afton guardavam a entrada do corredor.

Maximilian a segue com o olhar, sentindo a dureza de seu disfarce e notando a velocidade com que seus olhos se moviam, conferindo a posição de todos os vampiros da Guarda Volturi. Alec parecia igualmente alerta, lançando-lhe um olhar rápido e cheio de confiança, que subliminarmente parecia dizer-lhe que agora eles estavam juntos naquilo, todos os três.

Ele sorri vitorioso, gesto que não passou despercebido por Aro e Caius:

— Por que este semblante tão petulante, camaleão? Por acaso o seu destino já não ficou claro quando partiu? – começa Caius, já mostrando-se irritado e pronto para dar-lhe uma sentença.

— Certamente que sim – confirma com uma leve risada, não conseguindo deixar de ser afrontoso quando tinha a alegria transbordando por cada parte de seu corpo –, mas eu ainda tenho uma promessa para cobrar! – Sorri em direção a Jane, vendo-a sussurrar algum comando secreto para Alec, que assentiu discretamente com a cabeça.

― Você é um estúpido por um dia ter pensado que ela sentia o mesmo que você – diz Aro, parecendo ainda mais irritado do que Caius com a sua falta de medo –, um verdadeiro tolo por continuar atrás dela, ignorando as palavras e o comportamento que evidentemente o repudiavam.

— Acredita mesmo que é assim? – questiona Maximilian em desafio, com os olhos ainda grudados na vampira loira que evitava estabelecer um contato visual. – Ela já lhe ofereceu a mão hoje, Aro? – pergunta debochadamente, fazendo Jane apertar os lábios para conter um sorriso e os olhos dos três mestres Volturis se voltarem para ela.

― Impossível – sussurra Caius, quase não encontrando a própria voz.

Maximilian estava ali para tirar sarro deles, esfregando a conquista de seu coração na cara de todos – principalmente de Aro – e a sua vitória sobre as amarras do clã Volturi. Contudo, a vampira não sabia se sorria diante de sua coragem ou o socava por sua atitude tão suicida, lembrando-se do quando o amor poderia tornar uma pessoa forte, apesar de exigir toda aquela preocupação em troca. Qual era a dificuldade dele em obedecer aos seus comandos, afinal?

Jane encara os três mestres calmamente, com o nariz empinado e a seriedade que sempre viram em seu rosto desde que fora transformada. Seus olhos vermelhos param em Marcus por longos segundos, fazendo-o sair de sua constante infelicidade e estreitar os olhos levemente para entender o que estava acontecendo. A vampira parecia lhe dizer alguma coisa com aquele olhar tão intenso, porém, foi somente quando ela virou o rosto e focalizou Maximilian, estabelecendo o contato visual que o camaleão tanto buscava, que ele viu...

Marcus sentia a força dos relacionamentos. Este era o seu poder. E quando Jane colocou seu olhar sobre Maximilian, os olhos que sempre expressavam tristeza viram a linha que os unia, uma longa corrente de energia que ia de um a outro e que brilhava em um intenso tom de vermelho. O mestre Volturi não via o cinza da indiferença, o azul-petróleo da tristeza, o preto do ódio ou o rosa do apego passageiro, mas o forte vermelho do amor profundo e correspondido. E a última vez que ele viu um relacionamento tão forte e brilhante, foi quando Bella Swan pisou em Volterra pela primeira vez atrás de Edward Cullen.

Palavra alguma saiu de sua boca diante de tal revelação, diante do fato de que mais uma importante Volturi ousava amar verdadeiramente dentro daquele castelo. Ela queria que ele soubesse, é claro, ou não o teria encarado mais do que o necessário como se o intimasse a ver a verdade com seu próprio dom. No entanto, algo se remexeu dentro de seu peito e o fez desviar o olhar de tão poderoso elo, voltando a sua aparente apatia sem contar sua descoberta a Aro.

Jane amava Maximilian assim como Marcus ainda amava Didyme, e agora ele sentia uma imensa empatia por aquele amor. Ele torcia por ela, não desejando que a pequena vampira tivesse o mesmo fim que o dele.

O triste mestre Volturi nunca descobriu quem foi o autor da morte de sua amada, sabendo apenas que tinha sido alguém de dentro do clã e ouvindo da boca de Aro que esse alguém havia sido pego e eliminado. Porém, Aro Volturi era um excelente manipulador, revelando ao clã somente o que ele queria que soubessem. Marcus nunca descobriu ou desconfiou que reinava ao lado do assassino de Didyme, que dava tapinhas nas costas daquele que acarretou o maior sofrimento de sua segunda vida.

Entretanto, seu amor pela falecida vampira nunca se perdeu.

Aro descobriria sobre a ligação de Jane e Maximilian dentro de poucos minutos e não se agradaria com o fato, a vampira sabia disso e secretamente lhe pedia apoio. E por Didyme, sabendo que sua doçura sempre ficaria ao lado do amor, Marcus escolheu ficar contra Aro, recusando-se a ajudá-lo a acabar com aquela história de amor.

— Faça o que tiver de fazer – diz ele diretamente para Jane, fazendo-a dar um sorriso de canto, apesar de Aro pensar que a frase era para ele.

Aro ainda não entendia o que estava se passando ali, mas sentia o formigamento na base de sua nuca dizer que havia algo muito errado em toda aquela história. E quando Marcus pronunciou tal frase, que foi interpretada como uma sugestão à morte de Maximilian, Aro ordenou:

― Matem-no! – ordena Aro num rompante, fazendo Demetri, Felix e Santiago saltaram de seus lugares no mesmo segundo em direção ao camaleão.

— Não!!! – comanda Jane no segundo seguinte, gritando a ordem que Alec precisava para estender ambos os braços e deixar a seu poder ondular para fora de suas mãos, rastejando no chão como serpentes negras famintas e enrolando-se nas pernas dos três atacantes simultaneamente.

Em um segundo eles estavam partindo para cima de Maximilian e no outro, mais nada, pois o dom de Alec os neutralizara totalmente, retirando-os a visão, a audição, o olfato, o movimento e a capacidade de falar, deixando-os a deriva dentro de suas próprias mentes como se estivessem inertes no fundo do oceano.

— O que está fazendo? – questiona Caius, levantando de sua poltrona e olhando ao redor, percebendo que não apenas eles, mas todos os outros vampiros da Guarda Ofensiva e Defensiva estavam igualmente paralisados e fora de si.

Renata era a única imortal – além dos três mestres – que não fora afetada pelo poder de Alec, porque ele simplesmente não tinha coragem de atacá-la daquela forma, de retirar os seus sentidos e a deixar vulnerável. Ela se aproxima de Aro e toca o seu ombro por cima das vestes, preparando-se para defendê-lo como era o esperado de seu cargo, sentindo-se chocada demais com tudo o que estava acontecendo para expressar outra coisa além de surpresa e medo.

— Jane! – chama Aro, com o semblante perturbado de quem não sabia o que estava acontecendo, fazendo a vampira encará-lo com a expressão arrogante de alguém que o desafiava a matar Maximilian. – O que pensa que está fazendo?

— Pagando uma promessa! – responde prontamente, finalmente estendendo a mão direita em direção ao mestre e o convidando silenciosamente a tocá-la.

Jane se aproxima lentamente do Volturi, realizando pela última vez o ritual de verificação das lembranças, pois, dali em diante, Aro nunca mais teria a oportunidade de fazê-lo. O mestre segura sua mão rapidamente, penetrando em sua mente e levando vários minutos para conferir tudo o que precisava, chocando-se com tudo o que encontrou ali, com o turbilhão de acontecimentos e sentimentos que estavam ocultos sobre a pele angelical e o semblante controlado da vampira, coisas que nunca teriam se revelado se Maximilian não tivesse pisado naquele castelo.

O amor. De novo Aro encontrou-se numa queda de braço com aquele maldito sentimento, que novamente parecia ganhar e ameaçava retirar mais um vampiro de seu clã, justamente a sua serva mais importante e leal. Ele podia ver a dimensão do sentimento de Jane e a decisão que ela tomara de deixar os Volturis, assim como a sua estratégia de voltar por Alec, pois jamais deixaria o irmão permanecer onde estava.

Aro sentia-se imensamente traído e, mais do que nunca, desejou a morte de Maximilian, porque se não fosse por ele e suas estúpidas histórias sobre o passado, o coração gélido de Jane jamais teria derretido e o clã jamais a perderia. O Volturi tinha sido tolo por novamente subestimar o poder do amor e cego por achar que estava no comando de tudo, quando ele próprio colaborou com a aproximação de ambos.

O vampiro solta a mão que lhe era oferecida com o semblante enfurecido e os caninos salientes, irritado o bastante para decepá-la ali mesmo, mas sem ter coragem o bastante para tentar. Jane não era mais uma Volturi, ele vira isso em suas lembranças, e era uma vampira perigosa demais para se enfrentar sem apoio.

Bem, ele tinha Caius e o escudo de Renata, porém, Jane tinha o seu gêmeo e o camaleão, e os oponentes continham mais poder e habilidade de luta do que os que estavam ao seu lado. Marcus jamais entraria naquele confronto ou se moveria em seu favor devido a sua extensa apatia e desinteresse pela existência, ele sabia disso, e também zangava-se por tal comportamento.

Amor. Tudo por causa do maldito amor.

— O que pretende agora? – rosna Aro com desgosto, sentindo o doce sabor da vitória – que sentira momentos antes – ser substituído pelo fel da traição, pois a sua súdita mais querida, a sua favorita, agora se voltava contra ele por algo ridículo como o amor.

— Vou pegar o que me pertence e partir. Cesse a ordem de ataque ou me certificarei de que não fique um só vampiro vivo neste castelo para ferir Maximilian! – ameaça com sutileza, com os olhos brilhando em seriedade, apesar da voz macia que saía de seus lábios. Jane passara tempo o bastante ao lado dos Volturis para saber como as coisas funcionavam, para saber que o camaleão não estaria seguro até que Aro desse a sua palavra de que não o atacaria.

— Não pode deixá-los saírem ilesos!!! – esbraveja Caius, possesso e querendo ver o sangue dos pequenos traidores escorrerem pelas paredes de pedra, calando-se quando Aro levantou a mão como um claro sinal de que ficasse quieto.

Aro rosna com a ameaça, ainda não acreditando na reviravolta dos acontecimentos e no fato de que os seus preciosos gêmeos estavam se colocando contra ele. Os dois vampiros mais poderosos de seu clã agora aliavam-se ao camaleão e tornavam-se seus inimigos, e o Volturi não sabia bem o que achar de tudo aquilo.

Ele os havia transformado, descoberto os seus dons e os treinados, tornando-os os vampiros mais fortes e letais que já vira em toda a sua existência. Aro não tinha como pará-los agora, não tinha como deter Jane, a pequena e sádica vampira que sentia prazer com a dor, cujo semblante e aparência angelical ocultavam os poderes e a fúria de um demônio.

— Pararei o ataque por hora – concorda forçadamente, fazendo Jane deitar a cabeça levemente para a direita ao constatar a ameaça por trás de suas palavras, pois “por hora” queria dizer somente naquele momento, o que, consequentemente, significava que outras tentativas viriam no futuro.

Jane e Alec se colocam lado a lado, e, com um aceno sutil de cabeça da gêmea, o vampiro cessou o aprisionamento causado por seu dom, sentindo a ondulação de poder retornar para o interior do seu corpo e libertar todos os vampiros cativos do salão.

Toda a Guarda cai de joelhos simultaneamente, recobrando os sentidos pouco a pouco e olhando ao redor, desnorteados, procurando saber onde estavam e o que estava acontecendo. E conforme se davam conta do que acontecia e recebiam de seu mestre a ordem para recuar, todos os pares de olhos observaram perplexos que os gêmeos Volturi haviam mudado de lado, que agora estavam protegendo Maximilian em vez dos mestres, e que destruiriam qualquer um que se levantassem contra eles.

— Hora de partir! – conclui Jane, fazendo Maximilian e Alec sorrirem ao mesmo tempo.

— Obrigado pela estadia, mestre Aro – diz Maximilian, que até então permanecera calado e assistindo o desenrolar dos acontecimentos, mas que não conteve o sorriso debochado ao fazer uma exagerada reverência de despedida. Ele retira o brasão Volturi de seu bolso pela corrente, permitindo que ele balançasse duas ou três vezes antes de deixá-lo ir ao chão.— Agradeço pela oportunidade de fazer parte do clã, foi deveras… Estimulante!

Sendo contagiado pelas frivolidades do amigo e pela empolgação da partida, Alec retira o manto escuro de seus ombros e a grossa corrente de seu pescoço, pensando que, seja lá para onde eles fossem, aquilo não lhe seria mais útil.

— Obrigado por tudo, mestres – despede-se com mais formalidade, tratando-os com respeito e os chamando de “mestres” uma última vez, pois, assim que cruzasse aquelas portas, ele não seria mais um Volturi. – A segunda vida, o treinamento, o conhecimento das leis e o senso de responsabilidade… Agradeço por tudo, mas creio que seja hora de eu partir.

Alec solta o manto no chão, bem a frente de seu corpo, concentrando-se no brasão que segurava na outra mão e o beijando na sequência, como um sinal de que, apesar de tudo, ele os respeitava e era realmente grato. Com uma reverência respeitosa o vampiro estende a corrente a frente do corpo em sinal de devolução, e gira levemente a palma para que a joia caísse sobre o manto negro. E quando ele se colocou de pé novamente, endireitando a coluna e sentindo um enorme peso ser retirado de seus ombros, Alec sorriu para todos eles.

— Eu vou primeiro! – exclama alegremente, parecendo não se dirigir a nenhuma pessoa em especial, mas fazendo Renata estremecer por saber que aquele recado era para ela, porque o acordo que fizeram ainda estava de pé.

O vampiro permitiu que seus olhares se encontrassem uma última vez, para que a escudeira tivesse certeza de que poderia vir ao seu encontro no futuro porque ele a protegeria. Alec gira em seus calcanhares em seguida e sai do salão, escancarando a imensa porta com um puxão forte e desaparecendo no corredor que o levaria para a entrada principal do castelo.

Jane sorri de canto, simpatizando cada vez mais com essa nova versão de seu irmão, a versão que expressava coisas naturalmente e que parecia estar em sintonia com a nova versão de si mesma. Seus olhos ainda estavam atentos a qualquer movimentação estranha, já que, apesar de Aro sempre honrar com sua palavra, ela nunca tinha visto um vampiro deixar Volterra depois de tamanha afronta, e ainda esperava por algum tipo de represália.

Com dedos ágeis ela repetiu o gesto do irmão, retirando o manto negro de seus ombros e o deixando cair ao chão. Depois retirou o brasão Volturi do pescoço e o analisou detalhadamente, percebendo que Alec estava certo em agradecer, porque, apesar de sua lealdade ser de Maximilian por direito e por opção, foi Aro quem a salvou daqueles aldeões infernais, que lhe deu a imortalidade, instigou o seu dom e a levou ao ápice de sua existência, tornando-a não apenas a líder da Guarda, mas também a vampira mais poderosa que já passou por aquele clã.

Mesmo não tendo os amado como a uma família – porque eles nunca agiram como uma família –, tudo o que Jane era, ela devia aos Volturis. E foi pensando nisso que ela fechou os olhos e beijou o brasão com carinho, agachando-se em seguida e o depositando sobre o manto, colocando ali um ponto final em sua história com aquele clã, mas sentindo-se feliz por ter estado nele, visto que, se não fosse por isso, Maximilian nunca a teria reencontrado.

A vampira se coloca de pé assim que sente a mão de Maximilian tocar o seu ombro, sentindo todos os olhos cravados em seu rosto e em seu comportamento. Alguns semblantes esboçavam raiva, enquanto outros eram uma mistura de estupefação e indignação, visto que a maioria deles ainda não entendia como ela pudera mudar tanto em tão pouco tempo.

Grazie per tutto!— agradece calmamente, sentindo o camaleão segurar sua mão esquerda e a guiar lentamente para trás, em direção a porta. – Addio, maestro! – despede-se com um leve aceno de cabeça, percebendo que Aro avançara dois pequenos passos como se estivesse contendo o impulso de detê-la.

Jane não ousava dar as costas para nenhum deles, conhecendo a todos os vampiros ali e sabendo o que cada um dos mestres estava pensando somente de olhar. Caius parecia tentar explodir sua cabeça com a mente, enquanto Marcus assistia a sua partida com satisfação e interesse. Entretanto, era Aro quem despertava nela a maior desconfiança, visto que, apesar de sua enorme capacidade de dissimular e mentir, estava claro em seu rosto que ele não estava contente com aquilo.

Ele odiava perder os seus tesouros e impedia qualquer um de deixar o clã, sendo capaz de matar a própria irmã ao saber que Marcus deixaria a liderança dos Volturis para viver com ela. E agora ele queria repetir aquela história, queria a cabeça de Maximilian sobre uma bandeja de prata porque não aceitava perder dois de seus preciosos servos de uma só vez.

Represálias e perseguições viriam no futuro, Jane podia ver isso nos olhos de Aro, e foi por isso que, assim que eles alcançaram a porta do grande salão, sua postura mudou repentinamente. Seus músculos enrijecem, obrigando Maximilian a parar de caminhar e se colocar em posição de defesa, cuidando de sua retaguarda. A energia de seu poder tremulou sobre sua pele como se tivesse vida própria, fazendo a aura ameaçadora pulsar de seu corpo.

A vampira olha para todos os imortais do salão, conectando sua mente em todos os integrantes da Guarda – incluindo Renata – e os atingindo com uma parcela igual de dor e sofrimento, levando-os a arcar as costas simultaneamente como numa coreografia bizarra. E, em seguida, ela fixou os seus intensos olhos vermelhos em Aro, que parecia imensamente surpreso com seu ataque:

— Se ousarem nos seguir, matarei a todos! – alerta com firmeza, mantendo o olhar fixo em Aro para que suas palavras penetrassem fundo em sua mente.

— Não pode me ameaçar! Eu criei você! – cospe Aro com nítida irritação.

— Em respeito a isso é que estou o alertando! Você me criou e conhece a minha reputação, sabe do que sou capaz... Sairei daqui sem lutar, mas se vierem contra nós eu os aniquilarei sem nem hesitar. — Pausa, encarando Caius e Marcus para mostrar que o recado valia para os três, retornando o olhar para Aro logo em seguida. – Se tentarem fazer algo conosco, no futuro, eu voltarei... E se eu voltar, o chão de Volterra sangrará e as paredes estremecerão diante do meu poder, porque eu o farei prostrar-se aos meus pés implorando por misericórdia!

— Fechem essa maldita porta! – ordena Aro com a voz levemente esganiçada, tomado pela raiva, mas sentindo um calafrio amedrontador subir por sua coluna diante da intensa ameaça.

Felix e Santiago se levantam do chão com dificuldade, ainda se recuperando da dor que os afligira, correndo desengonçadamente até as portas do salão e as empurrando rapidamente. E a última visão que os mestres Volturis tiveram de Jane, foi a da pequena vampira esboçando o sorriso lindo e diabólico de quem já planejava como iria executá-los caso não fosse obedecida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Coração Gelado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.