Coração Gelado escrita por Jane Viesseli


Capítulo 21
Tudo o que Vai…




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Aproveitando-se da distração que a entrada dos vampiros causaram em Demetri, Jane apoia seus pequenos saltos no peito do vampiro e finca suas unhas em seu rostinho perfeito, arranhando-lhe sobre o olho esquerdo e o obrigando a soltá-la. E com os pés bem posicionados em seu tórax, ela o chuta com toda a força que conseguiu reunir, caindo de bunda no chão logo em seguida, mas conseguindo mandar o rastreador para bem longe.

Os movimentos seguintes aconteceram rapidamente, fazendo Renata congelar em expectativa. Demetri caiu de costas no chão e rolou duas vezes, levantando-se na sequência e avançando contra sua oponente, porém, sendo interceptado no meio do caminho por um fortíssimo soco de Alec, que estava possesso e o colocou novamente no chão.

Enquanto isso, Jane se recuperava de seu tombo com igual ferocidade, correndo em direção ao vampiro com a intenção de golpeá-lo novamente, mas sendo parada por Maximilian, que a segura por trás e a agarra pela cintura, colando os seus corpos e impedindo o seu avanço.

Liberami, camaleonte! – esbraveja em italiano, não controlando mais a língua que falava e soltando alguns protestos adicionais em idiomas que Maximilian não conhecia.

— Não se meta, Alec! – rosna Demetri do outro lado, levantando-se novamente e irritando-se por ser barrado. – Saia do meu caminho ou você também vai se dar mal! Eu vou rasgar a garganta dessa maldita bruxa!

— Não ameace meu irmão. Maledetto verme! Ti finirò per la tua insubordinazione e audacia!!!— grita Jane, interrompendo o irmão quando ele pretendia protestar e debatendo-se sobre o aperto do camaleão, sentindo aquele apelido aumentar a sua fúria.

— Pare, Jane! – pede Maximilian, segurando-a por quase dois minutos até ela finalmente perceber que não seria solta e se conter.

Com a tensão ainda pairando no ar, cada um dos vampiros aproveitou-se da pequena pausa para se concentrar em seus próprios ferimentos, iniciando o processo de cura para estarem prontos para o novo embate, pois nenhum deles estava disposto a sair dali sem um vencedor.

Alec pensa em avançar contra Demetri, não sabendo exatamente o que estava acontecendo, mas sentindo-se furioso pelo rastreador colocar as mãos em sua irmã e ainda chamá-la de bruxa. Porém, prevendo um possível ataque de sua parte e o quanto isso poderia piorar a situação que já estava descontrolada, Maximilian o chamou para perto e o impediu de se intrometer.

Jane mantinha os olhos e a atenção fixas em Demetri, mal percebendo o quanto o corpo do vampiro estava próximo do seu. O camaleão libera um de seus braços do aperto em sua cintura, segurando o braço direito da vampira e o estendendo à frente de seu corpo, deslizando os dedos por toda a sua extensão e segurando firme em seu pulso, mirando-o em direção ao rastreador logo em seguida.

— Acabe com esse maldito ao estilo Jane! – sussurra em seu ouvido, com uma ponta de maldade na voz, desligando o bloqueio de sua camuflagem e liberando todos os dons ofensivos ao seu redor.

Jane ouve um pequeno estalo soar no fundo de sua mente, um pequeno “click!” que iniciou uma inundação de energia em seu interior. A vampira podia sentir o seu poder crescendo, se espalhando por seu corpo como uma onda furiosa, como uma represa que estivera contida por muito tempo e de repente se estourara. Havia muita energia ali, muita carga para ser gasta, e ela sabia exatamente em quem deveria lançar todo aquele poder.

Sua mão direita começa a tremer sob o aperto de Maximilian e ela não conseguiu conter a alegria de ter o seu dom de volta, correndo por seu corpo novamente. Jane começa a rir, sentindo o excesso de energia chegar às pontas de seus dedos como se estivesse ansiosa para sair. Ela encara Demetri com um semblante alegre e cruel, percebendo que ele ainda não tinha notado o que estava prestes a lhe acontecer:

— Sinta a dor de minha fogueira, Demetri – rosna Jane, estreitando os olhos e liberando a onda de poder de seu corpo em direção ao vampiro, fazendo-o arcar o tronco para trás e um grito ficar preso em sua garganta.

Demetri percebeu tarde demais que Jane estava com seu poder novamente. Antes que pudesse esboçar qualquer tipo de reação, a ilusão de dor invadiu a sua mente como se o seu próprio corpo estivesse sendo torturado. Havia dor por toda parte, uma dor intensa e avassaladora em cada centímetro de seu corpo.

Seus joelhos cedem e, ao longe, o vampiro ouve a voz de Felix pedindo para que Jane parasse, pois aquilo já era o suficiente. Contudo, ela não parou e não achava que aquilo era o suficiente. Sua fúria era tamanha, devido às ameaças e insultos que recebera, que Jane manteve-se concentrada no corpo de Demetri, fechando a mão estendida em garra e lançando sobre ele uma porção ainda maior de dor, uma parcela que ela aplicava somente em casos de execução.

O vampiro urrou quando a dor aumentou em todo o seu corpo, dando-lhe a ilusão de ser queimado vivo, sentindo cada pedacinho de sua pele sem devorada pelas ilusões de chamas. Outro grito escapa de suas cordas vocais quando Demetri vai ao chão por completo, contorcendo-se e já com os globos oculares injetados em vermelho.

Sua agonia atravessa o corpo de Maximilian com um calafrio, o levando a perceber que os poderes de Alec e Jane não eram capazes de matar, apenas de imobilizar, mas que eles eram assustados quando vistos pessoalmente e que pareciam ter sido criados para se completarem. Enquanto ela fazia o inimigo sentir a pior dor imaginável, Alec fazia com que não sentissem absolutamente nada. Em ambos os casos, o inimigo era imobilizado por tempo suficiente para que uma terceira pessoa o aniquilasse, tornando os gêmeos uma combinação bastante letal.

Achando que Demetri já tinha recebido a sua punição e também temendo que Jane desviasse todo aquele furor para ele, o camaleão reativou o seu escudo contra poderes ofensivos, desligando o dom da vampira novamente e a impedindo de continuar com o seu torturante ataque.

Jane sente seu dom ser desligado e a energia regredir dentro de seu corpo, como um tsunami que a tudo devasta e em seguida é puxado de volta pra o mar, porém, ela não reclama em momento algum. A vampira havia sentido um prazer imenso em dar a Demetri a lição que ele merecia, e, agora que tinha acabado, também podia sentir uma estranha letargia se apoderar de sua mente, coisa que só lhe acontecia quando usava o seu poder com muita intensidade.

Ela deita a cabeça para trás, apoiando-se contra o corpo de Maximilian e sendo prontamente amparada por ele, fechando os olhos em êxtase e cogitando, pela primeira vez, a ideia de prometer não machucá-lo, como Alec fez tempos atrás, somente para ter o prazer de ter o seu poder de volta.

— Vocês irão se arrepender... – sussurra Demetri, que estava sendo amparado por Felix por quase não conseguir se mover, sentindo o corpo ainda imobilizado depois de tanta dor. – Principalmente você, camaleão… Escolheu o lado errado da balança para ficar... – ameaça, sendo arrastado porta afora por Felix e seguido por Renata, que tinha os olhos esbugalhados.

— O que aconteceu aqui? – pergunta Alec, com os olhos brilhando em satisfação pelo que a irmã fizera, admirando-a ainda mais.

— Ele sabe sobre Andrômeda! – responde depois de um longo minuto de silêncio, já com o rosto quase todo curado, libertando-se do abraço do camaleão e se aproximando de Alec, mal percebendo o momento em que Maximilian estremeceu dos pés à cabeça ao se lembrar do pressentimento de sua morte.

— Como? – questiona o gêmeo.

— Não sei, mas Demetri pensa em nos delatar. Siga-o e esteja lá quando ele interceptar o mestre. Eu preciso de tempo para estar apresentável, mas você sabe o que eu faria em uma situação como essa…

— Agiria como se não tivesse nada a esconder – completa Alec.

— Exatamente! Vá e faça isso, ofereça sua mão a ele, se necessário. Vamos mostrar a Demetri que, no final do jogo de xadrez, o peão continua sendo um maldito peão – rosna, ainda sentindo os resquícios de raiva da batalha circulando em seu interior.

Alec assente com a cabeça e corre porta afora, sabendo que o rastreador também precisaria de tempo para se recuperar, mas que certamente iria atrás dos três mestres assim que estivesse em condições de se manter em pé novamente.

Ficando para trás com o camaleão, Jane apanha o manto que lhe fora arrancado e limpa o sangue de seu rosto, tocando-o logo em seguida para se certificar que o processo de cura estava finalizado. Ela encara Maximilian logo em seguida, pensando em comentar algo sobre o uso de seu poder e sobre se comprometer em não atacá-lo, mas congelando ao vê-lo com um semblante carregado, como se estivesse pensando demais em algo que o estava chateando.

— Fico feliz que você e Alec tenham se acertado – comenta casualmente ao perceber que era observado, denunciando que o gêmeo já o havia alertado sobre sua reconciliação com a irmã. – Me desculpe, eu não queria fazê-los brigar por minha causa.

— Não há nada capaz de nos separar por muito tempo, nem mesmo você! – rebate rapidamente, estreitando os olhos na sequência ao perceber que ele não dissera nada, que apenas aceitara as suas palavras com extrema facilidade.

Ele sorri, tentando espantar o que quer que estivesse em seus pensamentos.

— Nada pode derrotá-los também, pelo que vejo. Vocês são tão letais juntos quanto o são separados. – Pausa, percebendo de repente que ele sentia inveja deles, pois os irmãos tinham um ao outro e ele não tinha ninguém. Ele perdera tudo ao abraçar a eternidade e, ao que tudo indicava, encontraria a morte final sem nada também, e sozinho.

Jane se aproxima lentamente, observando o sorriso em seu rosto e percebendo que, apesar dele tentar parecer bem-humorado como sempre, algo havia mudado, porque o seu riso não resplandecia em seus olhos. Um longo silêncio se instalou entre eles, e enquanto o camaleão levantava uma poltrona e oferecia o assento a ela, Jane tentou ver além de seu semblante, pois seu comportamento estava nitidamente diferente.

— Por que está tão calado? – pergunta depois de algum tempo, fazendo o vampiro levantar o olhar para encará-la.

— Não é nada.

— Responda! – ordena ela, sabendo que ele estava mentindo descaradamente.

— Toda vez que eu abro a minha boca você fica irritada e vai embora. Eu só quero aproveitar um pouco mais a sua companhia, mesmo que tenha que ficar em silêncio para isso.

Jane estreita os olhos novamente, não compreendendo o comportamento do vampiro e vendo um resquício de tristeza atravessar o rosto dele. Em contrapartida, ela estranhou o fato de se importar com aquilo. O que lhe interessava o que acontecia a ele ou com ele? O que importava se algo o estava incomodando ou se estava escondendo algo dela? Maximilian não era nada do que alguém que ela conheceu no passado…

Um esclarecimento lampejou em sua mente de repente.

Tudo aquilo era consequência do vislumbre que tivera de seu passado, pois, no momento em que o reconheceu como sendo verdadeiro e que aceitou o fato de ter conhecido o camaleão quando ainda era uma mortal, sua mente pareceu ter sido reprogramada para aceitá-lo como alguém por quem ela se importava.

Contudo, ela não se importava! Não queria se importar!

— Jane, posso lhe fazer uma pergunta? – recomeça ele, puxando-a de seus pensamentos de volta à biblioteca bagunçada. Ela não responde de início, mas levanta levemente as sobrancelhas como se desse autorização para que ele continuasse. – Em algum momento, desde que cheguei aqui até o dia de hoje, você se lembrou de mim?

— Não – menti rapidamente, respondendo de forma dura para que ele não pudesse ver a verdade escondida por trás de seu semblante frio.

— Nem mesmo um resquício de lembrança? – insiste ele, ainda se agarrando à esperança, mesmo que ela teimasse em escorrer por seus dedos.

— Nada!

Maximilian morde o lábio inferior com força, levantando outra poltrona que estava caída e se apoiando nela, como se buscasse um sustento para permanecer de pé depois que sua esperança de ter Jane ao seu lado se findou. Porém, mesmo assim, ele perguntou:

— Se eu partisse hoje, para bem longe, para não retornar mais... Você iria comigo?

Certo che no! – responde num rompante, achando aquela ideia absurda. – Eu sou leal ao clã e jamais o deixaria!

— Eu imaginei que diria isso – sussurra, sentindo novamente o seu coração se partir por ter Jane tão perto, sem de fato tê-la em seus braços, como se a estivesse perdendo pela segunda vez.

— Por que você pensa em fugir? – pergunta sem rodeios, dando-se conta de que a pergunta dele não fora feita ao acaso, que ele pensava justamente em fazer aquilo: em partir.

— Porque somente agora eu estou me dando conta de que não sou tão bom ou esperto quanto imaginava. Que, na verdade, eu me tornei um vampiro morto no dia em que coloquei os pés neste castelo pela primeira vez...

— Não seja tolo, Maximilian – repreende a vampira rapidamente, sentindo o corpo estremecer com a ideia de vê-lo morto. Porém, no segundo seguinte, ela sente-se congelar ao perceber o que tinha dito.

— Você disse o meu nome! – diz ele, com o corpo formigando e um misto de perplexidade e felicidade preenchendo o seu interior, espantando momentaneamente a tristeza de seus olhos.

— Esqueça isso – sussurra Jane igualmente perplexa, não sabendo quando, como ou porquê, o nome dele se instalara em sua mente a ponto de ser pronunciado tão naturalmente. Ela nunca quis chamá-lo pelo nome, nunca quis estabelecer qualquer tipo de ligação com ele, e aquele pequeno deslize não poderia ter acontecido.

— Eu não quero esquecer – responde no mesmo tom, se aproximando lentamente da vampira. – Gosto da sua voz pronunciando o meu nome. Esperei ansiosamente para ouvi-lo sair de seus lábios novamente… Mesmo que fosse uma última vez – admite num sussurro, erguendo a mão e tocando levemente os cabelos desalinhados de Jane, que estavam presos em um rabo de cavalo, apenas para registrar em sua memória como seria a sensação de tocá-los.

Jane pensa em pronunciar alguma coisa, mas se cala; pensa em afastá-lo, contudo, não o faz; pois a forma com que dissera aquilo, como se eles nunca mais fossem se falar, e a forma com que ele tocava em seus cabelos, como se nunca mais fosse vê-la, a paralisou por um momento.

E enquanto o camaleão sentia a textura de seus cabelos macios e era tragado pela lembrança do último momento em que Jane dissera o seu nome – o dia em que também lhe fez a sua tão importante promessa –, a vampira sentiu a vista perder o foco novamente, também sendo absorvida pela névoa de um novo fragmento de seu passado.

A névoa embaça sua visão e novamente ela se reconheceu na pequena Jane, a criança mortal que um dia ela fora. Um vulto de cabelos escuros e roupas claras se aproxima, mostrando ser um pouco maior do que ela, e o conhecimento de que ele era dois anos mais velho a tomou rapidamente.

— Pare, Maximilian, você vai estragar a minha trança – reclama a menina, ao ter os seus cabelos tocados pela mão desajeitada do garoto.

— Desculpe, Jane. Eu só queria vê-los de perto... – explica ele, com uma voz que ainda não havia passado pela puberdade e que ainda era bastante infantil. – Você tem cabelos tão bonitos…

A vampira sente a pequena Jane ruborizar com o elogio. A lembrança era turva em sua aparência, mas a sensação era bastante real e ela soube, no ato, que o seu “eu” infantil estava sensibilizado com Maximilian.

— Obrigada, Max – agradece, sacudindo seu vestido azul levemente enquanto tomava coragem para chamá-lo por seu apelido pela primeira vez.

Jane fecha os olhos de repente, retornando ao mundo real pouco antes de Maximilian, precisando de todo o seu autocontrole para não deixá-lo perceber o que havia lhe acontecido. Ela ainda não sabia como lidar com o fato de estar se lembrando do passado, e, menos ainda, com o fato de estar se lembrando do dele.

Tudo estava acontecendo rápido demais para que ela conseguisse processar.

— Acho que você obterá a liderança da Guarda antes do que imagina – comenta Maximilian assim que retorna para a realidade, tentando ser casual, mas não conseguindo mais esconder a sua total falta de esperança quanto a sua sobrevivência.

— Por que está dizendo isso? – questiona Jane, não gostando da forma com que ele pronunciara aquelas palavras e sentindo uma sensação estranha em seus instintos, como se eles estivessem se colocando em alerta de novo.

— Por que Aro logo perceberá que eu não sou mais necessário e irá me matar.

Com certeza iria. Jane sabia que, depois que ele descobrisse sobre Andrômeda e sobre as coisas que o camaleão esconde a respeito dela, Aro o mataria por traição. Entretanto, apesar de ter desejado se livrar dele há meses e de ter ameaçado matá-lo, a vampira não estava mais feliz com a perspectiva de sua morte.

Será que ela ainda queria aquilo? Queria vê-lo morto? A pequena Jane certamente não quereria, a pequena Jane corava ao ouvi-lo falar com ela, a pequena Jane parecia gostar da companhia dele… A pequena Jane era ela, no passado, mas será que ela sentia o mesmo no presente?

— Sentir não é permitido! – pensa ela, conflituando-se consigo mesma. – Sentir gera laços e laços resultam em misericórdia. Um Volturi não pode ter misericórdia. Eu não posso ter misericórdia, afinal, sou Jane Volturi, a temida Jane Volturi...

A porta da biblioteca se abre ruidosamente e Alec entra no cômodo com pressa, retirando Jane de seus devaneios e chamando a atenção de Maximilian. O gêmeo os encara demoradamente, parecendo aflito com alguma coisa.

— Mestre Aro convoca a todos para a sala dos três tronos!

Maximilian respira profundamente e alonga os braços para cima, depois para trás; mexe os ombros como se estivesse se aquecendo e estufa o peito para não parecer tão deprimente ou apavorado quanto se sentia.

— Eu me tornei um vampiro morto no dia em que coloquei os pés neste castelo pela primeira vez – repete ele em pensamento, disposto a enfrentar o seu destino de cabeça erguida, porque fugir e viver uma imortalidade sem Jane não lhe era mais atraente do que a morte.

— Ele parece nervoso, Jane. Ouviu o relato de Demetri, mas parece estar mais centrado em Andrômeda e Maximilian do que no fato de termos o acobertado…— Volta-se para Maximilian. – E se ele investigar você?

— Minta – sugere o camaleão, fazendo ambos os gêmeos o encararem. – Não há como eu fugir disso, mas você não precisa vir junto, Alec. Quando for questionado, faça como Jane lhe disse e aja como se não tivesse nada a esconder, diga que eu lhe contei sobre Andrômeda, que contou a sua irmã e lhe pediu segredo para que pudesse me investigar mais e me delatar aos mestres.

— Não pode assumir tudo isso sozinho!

— Posso sim, Alec. Esse segredo é meu, no fim das contas. É o meu passado, a minha história e somente eu preciso lidar com as consequências dele.

— Se o mestre o investigar, poderá descobrir sobre a Notte Rossa! – lembra de repente, não querendo deixar o amigo passar por aquilo sozinho e buscando, de alguma forma, mostrar que eles estavam juntos naquilo tudo.

— Não se aflija antes da hora, Alec! Faça como ele disse e minta. Até que se diga o contrário, nós não fizemos nada de errado naquela noite — responde Jane de forma calculista, aceitando a ideia de Maximilian e colocando em seu rosto o mais perfeito semblante de frieza, caminhando em direção ao grande salão no segundo seguinte como se o seu interior não estivesse um completo caos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :D
Tenho boas notícias para vocês! Em Novembro entrei no evento NaNoWriMo e trabalhei duro para escrever essa fanfic toda em um mês. Foi difícil, mas consegui!
A fanfic já está todinha escrita, faltando apenas revisá-la e postá-la, e, por causa disso, as frequências de atualizações vão aumentar...

Fiquem ligados!

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