A Ordem Dos 13 : Os Misterios Do Capitão . escrita por Perseus Xang


Capítulo 6
Capítulo 6 : Os misterios do capitão




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Pov Andrômeda :

Seguimos o capitão ate o local onde nosso chalé deveria estar . Tinha esperanças de poder pelo menos dormir na mesma cama com ele como fazíamos em Panem , mas no fundo , eu sabia que ele não permitiria isso . Nem a mim e nem a Adriane . Pelo menos , não hoje .

Após uma breve caminhada , chegamos ao local . O chalé realmente era completamente negro , parecia sugar todas as sombras do ambiente para si . Ao sul do mesmo estava a praia e o mar . A areia era branca e fina , enquanto a agua assumia a cor esverdeada clara , refletindo as luzes solares .

Ao norte se encontrava a floresta negra , um amontoado de arvores de grande porte pareciam querer cobrir o chalé e a leste varias rochas criavam uma grande e resistente parede natural , impedindo que as ondas que elas seguravam entrassem na praia .

O chalé se encontrava no meio de um campo com grama verde e fresca , e o mesmo era rodeado por um muro de arbustos . No pátio , varias arvores cresciam , seus troncos robustos e as poucas folhas me lembravam o formato da arvore branca que Alexander havia adotado como símbolo .

O capitão nada comentou , ele apenas seguiu em frente e entrou em nossa hospedagem . Fiquei surpresa ao ver o seu interior .

Se por fora ele era negro como a noite , por dentro ele era claro como o dia . A cor branca era a predominante , dando um ar de paz e calmaria a sala de estar .

Esta ultima , parecia ter sido feita especialmente para atender aos desejos de lazeres que nos mais apreciávamos . O local era amplo e arejado , mobiliado com estantes repletos de livros que iam desde mitologia grega a romana , de romances a tragédias e dramas , sem contar a enorme televisão e aos vídeos games que o capitão com certeza não tardaria em usar .

Um computador se encontrava em um dos cantos e perto dos sofás encostado ne parede tinha um pequeno frigobar , e conhecendo bem meu mestre devia estar cheio de refrigerantes e gulosinas das mais diversas .

–A porta esquerda levara vocês a cozinha e a dos fundo ao corredor onde os quartos estão ... - disse o capitão pela primeira vez .

–Espera !!! quartos ?! Pensei que íamos dormir no mesmo quarto como sempre ! - exclamou Adriane antes de mim . Mas Sasha parecia cansado e sem vontade de discutir .

–Por favor meninas , pelo menos não aqui esta bem ? Agora por eu vou me retirar aos meus aposentos e sugiro que façam o mesmo - disse ele indo em direção a porta dos fundo e abrindo-a -Ah! Antes que eu esqueça , quero que as duas vão jantar com os outros , e por favor não me arranjem mais problemas ... Entendido ?

Assentimos e então o capitão passou pela porta e fechou-a .

Enquanto ainda processava as ordens eu ainda admirava os últimos detalhes do local . Orquídeas espalhadas e uma fonte com um pequeno chafariz .

–Ei ! Andry ... não acho que ele vá nos deixar ir no seu quarto ... - diz minha irmã . Eu apenas balanço minha cabeça em concordância .

–Ele não vai , mas temos apenas que dar tempo ao tempo ... - respondo - enquanto ele descansa deveríamos estabelecer as regras novamente ...

–E , que tal segunda , quarta e sexta você , e terça quinta e sábado eu ?- propôs minha irmã .

–E domingo dia neutro ?

–Sim !

–Feito . - digo enquanto nos duas nos dávamos as mãos .

Em Panem havíamos feito um trato . Como sempre nos duas tentávamos nos aproximar mais e mais do capitão , sempre uma de nos atrapalhava a outra em suas investidas .

Após muitas falhas decidimos criar regras . Ou seja dividir os dias entre nos .

O tempo entre segunda meio dia ate terça meio dia era meu , assim como quarta meio dia a quinta meio dia e sexta ate sábado .

Adriane tinha ficado com os 24 horas de terça meio dia a quanta , quinta a sexta e sábado ate o domingo . E por fim as 24 horas de domingo meio dia ate segunda da mesma hora era o tempo onde nenhuma de nos duas tentávamos algo com Alexander . Esse era o tempo reservado a ele .

Entrei pela porta que tinha meu nome escrito e me deparei com um quarto aconchegante e parecido com aquele que eu tinha em Panem . Uma cama grande e arrumada pareceu-me bem convidativa no momento , mas antes de me jogar nela , notei uma mala em um canto do quarto . Só ai entendi , dentro dela roupas e outras coisas que ia precisar se encontravam . E relutante tirei tudo o que estava dentro dela e fui arruma-las dentro de um armário que ali se encontrava .

Após um bom tempo arrumando meus pertences e um bom banho , escutei a concha soar . A hora do jantar já havia chegado , levantei-me da cama e me aprontei para sair . Não encontrei ninguém dentro do chalé , então presumi que os dois já deveriam ter partido .

Sai apresada do local mas assim que sai pela porta , sinto uma enorme concentração de energia . Viro-me e me deparo com o capitão sentado em cima de um galho enquanto olhava para o ceu alaranjado da tarde , que escurecia rapidamente .

–Hoje ... serra .... uma noite de lua cheia - disse ele . Nesse instante arregalei os olhos e fiquei de boca aberta .

O capitão estava com as costas encostadas no tronco , enquanto ele abraçava uma das pernas . Pude ver seu olho esquerdo . E o lado esquerdo de seu rosto .

O capitão emanava uma enorme quantidade de energia . E isso tinha uma explicação . Alexander geralmente ocultava por completo sua energia , ocultava tão bem que ele emanava menos que um humano normal .

Mas a quantidade de energia que o capitão emanava e produzia dependia da hora e local . Quanto mais frio for o local , mais sombrio e escuro e mais úmido for , Alexander produzia mais energia , produzia tanto que ele não podia faze-la ocultar-se . E em noites de lua cheia , era o momento em que ele mais produzia .

–Você ... você esta bem ? Si quiser eu posso ficar e ...

–Não e preciso ... vá se enturmar ... precisamos manter boas relações com eles si quisermos sucesso em nossa missão . E também preciso de alguém de confiança para cuidar do Lurcark ...- disse ele abrindo um belo sorriso .

Nesse momento ele vira um pouco o rosto , e pude ver . Seu olho esquerdo tinha adquirido um tom vermelho sangue , e uma cicatriz em forma de cruz tinha aparecido em seu rosto . Ambos eram um legado de sua vida passada . De quando ele ainda era Perceus .

E ambos eram uma das saídas por onde a sua energia saia . Não iria demorar muito ate que lagrimas aparecerem de seu olho assim como não demoraria para a cicatriz horizontal que começava da extremidade direita de seu rosto , que passava por cima de seu nariz e atingisse a extremidade esquerda . Que formava junto da cicatriz que começava exatamente em baixo de seu olho esquerdo e descia ate seu queixo onde ele repentinamente fazia uma curva aguda e as duas juntas formavam a cruz ; sangrar .

–Apenas ... apenas fique bem ... por favor ... - digo com o peito apertado . Sasha apenas balança a cabeça e então eu sigo meu caminho .


Mal chego a entrar no refeitório e sou "sequestrada" por varias meninas , que me levam ate uma mesa de mármore com um raio encravado no centro .

Era a mesa de Zeus . Nela estavam as mais diversas comidas que se podia imaginar . E varias pessoas já estavam lá . Aparentemente estavam festejando .

Eu sento em um lugar vazio , e noto que do meu lado esquerdo estava Adriane e do outro lado Mellina . Todos ali pareciam se divertir , principalmente Lurcark que não saia de perto de duas garotas , uma punk morena e a outra loira de olhos cinzas . Que logo as reconheci como membros da guarda olimpiana e antigas amigas do tenente .

Todos ali pareciam se divertir , todos pareciam felizes , todos aqui no acampamento pareciam ter esquecido do porque virmos ate este plano . Todos menos o capitão . Que hoje sofreria , sofreria por ser forte , por ser leal e por ser o capitão .

–Ei! Andry ! Cadê o capitão ?! Cadê ele nas horas em que precisamos dele ?! Era para ele estar aqui ! -exclamou Castelhano - Sempre que precisamos dele ele nunca aparece !

Vários presentes na mesa gritaram em concordância , eu apenas ignorei ele e levantei a cabeça . Vi a noite sombria tomar o céu , assim como uma lua cheia e sem brilho quase que negra aparecer entre as nuvens .

–E! cadê o capitão de vocês gostaríamos de conversar um pouco ...

–Conhecer ele ...

–Ver ele

Disseram varias pessoas . Mas a nenhuma eu respondi . Adriane pareceu notar o porque , uma vez que parecia tão deprimida quanto eu .

–Não me diga que o grande Alexander e nobre e digno demais para sentar na mesma mesa que a gente ! Ele na verdade e apenas um verme convencido ....

Assim que reconheci aquela voz perdi a cabeça e me levantei junto de Adriane as presas e violência . Marco estava provocando-me novamente , e me tirando a paciência . Todos ali se calaram e prestaram atenção em nos . Enquanto o desgraçado apenas sustentava o olhar , pensando ser superior a nos .

–ELE E SIM DIGNO E NOBRE DEMAIS PARA COMER NA MESMA MESA QUE UM VERME COMO VOCÊ ! - grito já alterada . Mas a escoria do mar parecia que não ia deixar barato . Pois também se pôs de pé .

–O QUE VOCÊ DISSE SUA P...

Marco não termina de falar , pois um poderoso raio corta o céu carregado seguido de um abalo sísmico que o fez cair de costa .

Nesse instante sinto uma presença tão grande e sufocante quanto a de um dos três grande . Na entrada esta de pé Alexander .

Ele ainda usava as mesmas roupas que de manha , e inclusive a capa negra , e ainda carregava suas armas . Sua três fieis espadas .

Ele adentrou no refeitório , e pude sentir todos inclusive os integrantes da ordem sentarem-se e tremerem . Como havia previsto , a cicatriz em forma de cruz já tinha se formado e sangrava , assim como o seu olho esquerdo vermelho , que derramava lagrimas de sangue .

Todos aqueles da ordem ao verem o comandante armado e com a cicatriz subitamente se lembraram que hoje era uma noite de lua cheia . Uma noite de dor .

Alexander sustentava um olhar severo , apesar de estar com um olho vermelho e o outro fechado , por motivos que eu não sabia .

Em suas costas ele carregava Excalibur , sua ultima arma conquistada , o que foi um surpresa para todos , pois não podiamos ter mais de uma arma divina , quanto que ele tinha duas . Excalibur era a mais grande e robustas das três espadas , com um meto de largura e com a lamina com quase dez centímetros de grossura , era uma espada sem fio . Lamina plana , apenas nas extremidades ela era talhada , e na ponta , formava um triangulo reto . A espada toda negra , era a mais poderosa das três . Mas era também a que ele menos sabia manejar . O cabo era coberto por esparadrapos brancos que cobriam os seis selos das arma . E na ponta um pomo circular com um vazio no centro se destacava .

Derfinguer foi sua segunda espada , na verdade ela não era uma arma divina , porem no passado ela já fora , ela foi uma espada divina corrompida , e atualmente era considerada como uma arma demoníaca , uma das mais poderosas que já existiram . Ela não tinha lamina , na verdade nunca vira Alexander usa-la , ela basicamente era o cabo com um pomo e um guarda-mão .

E por fim a sua primeira espada , Zanguetsu , assim como todas suas armas estavam na forma selada . Que era uma katana fina e delicada sem uma guarda-mão , parecia ser um pedaço de madeira polida de um metro .

Alexander nada dissera , ele apenas nos fitou por alguns segundos antes de das meia volta , mas antes disso , ele abriu seu olho direito . Assustei-me com o que vi . Seu olho direito que nunca ficara assim agora estava com a íris vermelha , e a pupila negra estava envolta por três pontinho pretos que pareciam gotas .... Ele havia despertado o olho espiral .

O capitão nada dissera , apenas deu meia volta e saiu a passos lentos do local . Levando com sigo sua aura sufocante e energética . Provavelmente ele iria a um local desértico para liberar sua energia .

Sentei-me com o coração acelerado e olhos arregalados e marejados . O silencio ainda dominava o local . Adriane me abraçou com firmeza e eu retribui , rodos os integrantes da ordem haviam entendido o recado .

"A hora de ficar serio chegou ... "

Foi isso o que ele quis disser . Quem não era da ordem permaneceu sem entender nada . Mas pelo menos ficaram em silencio .

–Vocês ... vocês ... vocês não entendem ... não entende o que ele passou e o que ele esta passando ... não sabem ... então não abram a boca ... para falar mal dele e julgar suas ações e modos ... não façam isso ... ele esta sofrendo sozinho ... e vocês não sabem de nada ... - disse derramando um lagrima e sentindo meu peito apertar-me . Ao escutar dentro da minha cabeça os gritos de agonia e dor que ele deveria estar dando nesse exato momento .


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Notas finais do capítulo

por favor caro leitores , deixem sugestões e ideias pare que possa melhorar a historia de acordo com os gostos de vocês . Agradeço .