Narrado por Linda Kent

Clarim Diário 6h30min

– Eu adorei a sua reportagem sobre a Super Moça em Nova York – correção Super Woman – e depois aquela sobre o cabeça de teia idiota. – falei mal dele como Peter me aconselhou. Parecia que meu chefe odiava mesmo o Homem Aranha – Com certeza Senhorita Kent você vai cobrir o casamento de Bruce Wayne! – disse meu chefe entusiasmado.

– Mas sou eu que cubro esse tipo de evento! – protestou uma mulher morena atrás de mim.

– E sou eu que mando nesse jornal. A Senhorita Kent irá cobrir esse evento e ponto final! Todos trabalhando, não pago você para ficarem fofocando em quanto tomam café! – J.J. gritou para todos. – E você Parker, vai com ela, quero muitas fotos.

Eu e Peter saímos da sala. Fui até minha mesa e peguei tudo que precisava, Peter me acompanhou até a mesa.

– Com que roupa eu devo ir? Não sei se devo ir como convidada ou se...

– Você deve ir elegante, comportada e linda, mas tente não ficar mais bonita que a noiva! – quando Peter disse isso meu rosto se esquentou, eu devia estar corada. Coloquei uma mão na bochecha involuntariamente e virei o rosto. – Como você vai? Qualquer coisa eu posso te buscar. Onde você mora?

– Pode deixar, eu demoro muito para me aprontar, acho melhor não. Além do mais você deve chegar mais cedo para fotografar o local vazio, os noivos e essas coisas – falei um pouco desconcertada.

– Tudo bem, então até lá! – Peter disse e eu acenei um pouco tímida

Narrado por Sarah Pym

Cobertura Pym 7h00min

Eu estava em casa assistindo Animal Planet. Estava falando sobre uma espécie de formiga que liberava uma toxina mortal, ao atacar sua vítima. Esta atitude servia tanto para defesa, quanto para ataque. Eu e meu pai adorávamos assistir esse canal, porém dessa vez eu estava assistindo sozinha. Tudo estava quieto até minha mãe se posicionar na frente da televisão e começar a fazer um “pronunciamento”.

– Eu estou indo na casa de uma cliente bem rica, para fazer a prova de uma roupa e necessito de ajuda – traduzindo, ela queria a minha ajuda, mas o que a condição financeira da pessoa me faria largar aquele confortável sofá?

– Por que você não pede ajuda a seus ajudantes?

– Como eu disse a pessoa é bem rica e quer que eu leve alguém de confiança e também por conta da descrição. Por favor, filha venha comigo você vai gostar.

– É na casa do Stark? – foi a primeira pessoa rica que me veio à cabeça – ao invés de “bem rico” porque você não disse Stark logo de uma vez? – disse desligando a televisão e indo até meu quarto trocar de roupa.

– Eu não disse Stark porque não é o Stark.

– Então é quem?

– Bruce Wayne. Ele vai se casar e me contratou.

– Bruce Wayne vai se casar? – perguntei surpresa – Que dia é o casamento? Espera aí você disse Wayne?! O Stark sabe disso? Você contou a ele?

– O casamento é hoje. Sim, eu disse Wayne. E não aguentei e acabei contando para o Tony.

– O que ele disse?! – perguntei curiosa.

– Que sou uma traidora. Já a Pepper falou que o vestido ficará tão bonito quanto o que fiz para ela. – quando soube disso tudo fiquei até mais animada para ir ajudar minha mãe.

Narrado por Helena Wayne

Mansão Wayne 9h00min

Estava tudo uma loucura, mas que era um dia muito especial para todos naquela casa. Meus pais iriam se casar, desta vez na igreja, ou melhor, em casa. Aquilo era importante aos olhos da sociedade. Meu pai resolveu tudo de última hora, o que deixou tanto a imprensa de Gotham quanto a dos Estados Unidos ainda mais alvoroçadas.

Eu estava ajudando a organizar tudo, quando a campainha tocou. Fiquei paralisada na escada em quanto James estava indo em direção da porta, mas Alfred se apressou e com um olhar pediu que James voltasse para a cozinha, ele o obedeceu na mesma hora. Alfred abriu a porta e disse uma de suas típicas frases.

– Bem vindas a Mansão Wayne. O que devo a honra?

– Sou a Senhora Pym e está é minha filha, Sarah Pym. – disse a mulher de cabelos negros e curtos estendendo o braço para apresentar a filha. Sarah era uma menina da minha idade de cabelos negros como a mãe, porém Sarah tinha olhos mais claros do que os dela e possuía um estilo um tanto... exótico. Ela deu um leve sorriso. – Estamos aqui para a última prova das roupas.

– Claro, queriam me acompanhar, por favor. – As duas pegaram algumas sacolas, Alfred as ajudou e começaram a vir em minha direção para alcançarem o segundo andar. Me adiantei e falei:

– Pode deixar Alfred, eu as acompanho. – Alfred simplesmente me entregou as sacolas que segurava. Essa atitude mostrava o quanto ele estava atarefado, porque em um dia normal ele nunca me deixaria ajudá-las.

– Sou Helena Wayne. – me apresentei. – Minha mãe está no quarto, já meu pai está no quarto de hóspedes, vocês sabem o noivo não pode ver a noiva.

– Claro, tradições são tradições. – disse a Senhora Pym. Já a sua filha estava admirada com a mansão e deslizava seus olhos por cada canto do ambiente. Seus olhos chegavam a brilhar de deslumbre.

– Vamos primeiro olhar as roupas da noiva e da dama. – Ou seja, a da minha mãe e a minha. – Por favor, por aqui. – as conduzi até o quarto.

Eu e minha mãe provamos as roupas que ficaram impecáveis, não foi necessária nenhuma alteração. O vestido da minha mãe era incrível. Simples, porém elegante, combinava com ela, com a ocasião e com o estilo oculto do meu pai.

– Quero ver vocês aqui na hora do casamento! – disse minha mãe enquanto ainda vestida se admirava no espelho.

– Quê isso Senhora Wayne. – falou a Senhora Pym.

– Pode me chamar de Selina e eu faço questão que você e sua filha estejam aqui para a cerimônia!

– Se é assim tudo bem, “Selina”. – disse ela dando ênfase ao nome da minha mãe.

Depois fomos até o quarto onde meu pai estava, a roupa dele também havia ficado impecável, Janet Pym era com certeza uma das melhores estilistas do mundo. Ela e a filha foram embora logo depois com a promessa de voltarem para o casamento.

Narrado por Barbara Gordon

Delegacia de Gotham 12h00min

– Comissário, estou me retirando para o casamento do Senhor Wayne.

– Você está liberada. – ele falou – Eu já estou de saída também, avise a Sara que já estou chegando. – ele falou essa frase com uma voz muito menos autoritária com que tinha dito a primeira.

– Claro até mais.

Quando cheguei à porta da delegacia dei de cara com Blake encostado no seu carro popular, de terno e óculos escuros.

– Quer carona? – perguntou Blake abaixado os óculos.

– Pode deixar, estou indo para casa e de lá vou para o casamento com meus pais. Muito obrigada mesmo assim. – Disse tentando segurar o riso.

– Tem certeza? – insistiu Blake.

– Tenho. É melhor você ir andando, meu pai não vai gostar de ver você conversando com a princesinha dele. – falei e Blake entrou no carro com um sorriso um tanto debochado, mas um tanto desanimado com o “fora” que havia acabado de tomar. Para falar a verdade meu pai faria de tudo para eu namorar e largar a vida de Batgirl. Mas eu não queria me relacionar com ninguém. E mesmo que eu quisesse meu pai não gostaria que fosse com Blake. Meu pai o adorava, mas não seria um bom genro, já que ele era também o Assa Noturna, o mais novo integrante da Batcaverna.

Narrado por Jason White

Apartamento de Richard White 12h30min

Peguei o jornal que já estava na cozinha pronto para ir ao lixo e decidi lê-lo. No meio de algumas notícias que tinha destaque na capa, uma me chamou a atenção:

“Casamento relâmpago! Bruce Wayne decidiu se casar, agora na igreja, com sua secretária Selina. Segundo ele o casamento foi decidido recentemente e os convidados receberam convite hoje, dia do casamento.”

Escutei a porta se abrindo, era meu pai, Richard, voltando do trabalho no Planeta Diário para almoçar. Mostrei o jornal para ele e o joguei na lata de lixo.

– Você foi convidado, para o casamento do Wayne? – perguntei.

– Infelizmente não. Bem que meu tio poderia pedir para que eu cobrisse o evento, mas infelizmente a Lois é a jornalista mais famosa do Planeta Diário. Além disso, Bruce fez questão da presença de Clark e Lois.

– Por que ele não nos convidou?

– Filho, bem que ele queria chamar todos os verdadeiros amigos, mas não tem como. Wayne nos convidou para um jantar na mansão dele, só para os íntimos, tradução só para a Liga, a Jaustiça Jovem e eu, um intruso total.

– Fazer o quê, tenho que me contentar com o jantar. Pelo menos não vou ter que me preocupar tanto assim com a roupa, afinal não vou aparecer em nenhum jornal. Entrada pela Batcaverna?

– Sim, sempre quis conhecê-la! – meu pai estava adorando não ir à festa e sim ao jantar. Para falar a verdade todos estavam ansiosos para conhecer a lendária Batcaverna.