O Último Relato De Dominique Weasley escrita por MahDants


Capítulo 4
James, Lily e Hugo


Notas iniciais do capítulo

Eu esqueci de postar! uahsuahsuhaush' Aqui está.



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Aproveitando que já estava ali, fui até o campo de quadribol, sabendo que encontraria James, sétimo item da lista. Porém ele não estava lá e tive que esperar ele aparecer.

Observei o céu, observei Albus e Scorpius sentando na outra arquibancada, observei Rose chegar e dar um tapa no loiro, enquanto Albus se dobrava rindo. Então observei o campo e vi corvinos ocupando o lugar.

James apareceu, com exatamente a mesma cara do tio Harry, e começou a treinar com eles, sem nenhum grifino por perto. Essa é a vantagem de ser James Sirius Potter, ser filho de Harry Potter (que salvou o mundo bruxo, praticamente), ser filho de Gina Potter (que jogou quadribol profissionalmente durante anos), ser do sétimo ano, ser o grifino mais popular, namorar a sobrinha do professor de poções... James é o cara e bem visto aos olhos de todos, até de alguns sonserinos.

Voltando... Eu desci até o campo, com os saltos batendo no chão, e gritei por James.

“O que foi?” ele perguntou assim que chegou ao chão.

“Me ensina a jogar quadribol?” pedi.

“É o que?” ele perguntou rindo.

“Agora” pedi.

Ele cerrou os olhos e olhou pra cima, como se pedisse a Merlin uma ajuda, mas então voltou-se pra mim e assentiu.

“Louis falou comigo antes de vim pra cá” ele disse.

“Por Merlin! Eu vou matar aquele loiro...” eu falei.

“Já não basta uma morte?” ele fez humor e riu. Acabei rindo também. “Você quer falar sobre isso?”

“Ele contou pra mais alguém?” perguntei.

“Não” ele respondeu. “Nem eu vou contar pra ninguém. Eu estava vindo pra cá quando vi vocês dois sentados no chão. Então você se levantou antes que eu chegasse perto... E deixou um papel cair” ele tirou o papel do bolso e me entregou. Era o bilhete do elfo doméstico. “Então olhei pra Louis e ele estava lá, chorando. Ele me disse”

“E você...?”

“O acalmei” ele respondeu começando a andar para os vestiários. O segui. “Falei que você não gostaria que ninguém soubesse”

“É verdade”

“Então ele disse que ia pro quarto” ele falou. “O que você está fazendo?”

"Estou cansada de falsidade, Jay. Muito cansada. Hoje estou ignorando tudo isso e tentando ser feliz uma última vez. Por isso você vai me ensinar a jogar quadribol!”

“É” ele concordou.

James era o que mais me conhecia até que começou a me trocar para pegar meninas pela escola. Aquela conversa que estávamos tendo me irritava, porque ele parou de demonstrar se importar fazia muito tempo.

Eu sabia que ele se importava, mas não podia ignorar que ele praticamente me largou.

Então, inesperadamente, ele me abraçou. E disse todas as palavras que eu queria ouvir:

"Eu sei que você vai fazer isso” ele disse. “Mas... Quero acreditar que até o resto do dia, sabe... Com o resto dos primos... Você vai mudar de ideia”

“Acho difícil”

"Mas se você não mudar..." ele se separou do abraço e olhou nos meus olhos. "Sei que eu não tenho sido presente. Sei que você tá pensando no quanto é ridículo eu decidir fazer um discurso só porque é uma despedida. Mas é sério o que eu vou falar: me desculpe por todas as vezes que você perguntava 'por que você tá me ignorando?', eu responder 'eu não estou te ignorando'... Eu estava ignorando, pra pegar as meninas. Não me arrependo de ter pego as meninas, nem de ter me tornado quem me tornei. Também não me arrependo por ter me afastado. Mas me arrependo por ter me afastado sem explicações"

Meus olhos estavam cheios d'água. Eu sorri e as lágrimas caíram. James as enxugou e sorriu:

“Vamos ao quadribol?” ele me entregou uma roupa apropriada.

“Vamos” respondi.

Troquei de roupa e James arranjou uma vassoura pra mim. Eu já sabia voar. Não muito bem, mas sabia. Então ele, eu e os corvinos levantamos voo. Houve piadas da parte dos azulzinhos, mas eles ajudaram simpaticamente.

“Nikki” gritou James. “Existem três bolas: a goles, os balaços e o pomo de ouro. Você quer cuidar de qual dessas?”

“O pombo de ouro” eu disse.

“É pomo, Nikki” ele disse rindo. “Então tá, você vai ficar como apanhadora. Sua função é achar uma bolinha dourada que se move rapidamente”

“Mas é muito difícil”

“Dane-se” ele falou. “Tu vai ser apanhadora”

“Mas eu não quero!” falei como uma menina birrenta e alguns riram.

“E o que você quer?” perguntou uma corvina.

“Quero ser goleira”

“Então você vai ser goleira” disse James revirando os olhos.

“Jones” uma corvina chamou o lufano. “Você vai jogar?”

“Tudo por Dominique Weasley” ele disse sorrindo e ela revirou os olhos.

Então no fim, Scorpius foi jogar com Zabini, no mesmo time que Jones e alguns lufanos. Eu, James e os corvinos ficamos no outro time. Eu estava desesperada. Ele não me ensinou a jogar, ele simplesmente me colocou como goleira, mas tudo bem.

“Antes de começar, deixa eu explicar uma coisa pra Nikki” gritou James, então ele se aproximou de mim. “Meu sonho era ensinar alguma prima minha quadribol, obrigado, Nikki”

“Você não me ensinou nada”

“Então...” ele riu. “Sua única função é defender os três aros da goles, que é aquela bola maior ali”

“Certo”

“Os artilheiros do outro time vão tentar fazer gol...”

“E eu vou defender” deduzi.

“Isso” ele sorriu. “Não é tão difícil. Uma dica? Não fique parada. Fique zanzando na frente do aro do meio e quando alguém se aproximar, veja para que lado sua mão está direcionada”

“É fácil falar, Potter”

“Mais fácil ainda fazer” ele disse e sorriu.

“Muito bem, vamos jogar” falei e ele se afastou, dando início a partida.

Eu era uma negação nessa coisa, mas me diverti como nunca! Tanto com meu primo, como quanto os corvinos, lufanos e sonserinos. Era legal ver que as casas estavam unidas e em paz. No fim da partida, quando já estava quase escurecendo, nosso time venceu, graças a um corvino que pegou o pomo. James explicou que aquela bolinha fofa nos dá pontos a mais.

“Falta você se despedir de quem?” ele perguntou.

“Seus irmãos e Hugo” respondi. “Para de falar sobre isso! Eu vou acabar ficando triste...”

“Tudo bem” ele disse. “Então... Corre!”

“Pra que?”

“Um...” ele contou. “Dois...”

Não escutei o três, comecei a correr e rir. A roupa estava colada no meu corpo, devido ao suor, mas eu não parei de correr em nenhum minuto. Nem de rir. Rir como nunca, pois James corria gritando coisas sem sentido e ameaçando fazer cosquinhas.

Jay... Desculpa outros primos... Mas ele costumava ser meu primo favorito, e então naquele momento, depois de seu pedido de desculpas, parecia que nada tinha mudado. E não era de um modo superficial! Porque ele tinha sido sincero.

Não só por isso, mas também por quando eu tinha nove anos e matei o gatinho da Molly, ele ter guardado segredo. Por me entender em todas as situações... Enfim, por ser o melhor primo do mundo.

Estava na corrida com James, certo? Quando meu cansaço me atingiu, parei e James caiu por cima de mim. Olhamos um pra cara do outro e começamos a rir. Então ele se levantou, estendeu a mão pra mim e me puxou para um abraço. Eu queria chorar, mas não ia. Até que ele se separou com os olhos vermelhos, mas com um sorriso no rosto:

“A gente poderia tentar reconstruir a amizade..." ele propôs.

Eu sorri e fiz que não.

"Dominique Weasley, se você se matar, eu te mato, tá ouvindo?”

Muito engraçado!” eu disse e soltei uma risada fraca.

Dei um beijo em sua bochecha e saí andando dali, com alguns olhares em mim. Provavelmente alguns pensariam besteira daquilo, que ele estava traindo a Katherine, mas não importa. Essas foram as últimas palavras que eu disse a James Sirius Potter.

Lily... Droga, por que estou chorando agora? Porque por alguns verdadeiros, vale a falsidade dos outros. Mas eu cheguei até aqui, não voltarei atrás.

Enfim, Lily, minha linda... Comece a ler a carta agora.

Cheguei no Salão Comunal da Grifinória, e lá estava a Lily e o Hugo. Primos, me matem por isso, mas eu acho eles dois tão fofos juntos! Eita! Eu já tô morta... Cara, eu preciso parar com esse humor negro.

“Lily” a chamei e ela saiu de perto de Hugo.

“Merlin, Nikki, você tá suada! Tava praticando algum tipo de esporte? Eu lembro a última vez que pratiquei um... Fiquei tão soada e comecei a feder. Passei, provavelmente, uns trinta minutos no banho e Albus passou o resto da vida fazendo piada comigo, além das outras, tipo...”

“Já chega, fofinha, entendi” eu falei. Gostava do jeito tagarela da Lily, mas chega, né? Então eu sorri. Assim quando sorri quando Fred olhou pra bunda de Lynn... Algumas coisas nunca vão mudar.... “Estou indo pro banheiro dos monitores agora... Você tem biquíni aí? Vamos tomar banho!”

Qualquer um maliciaria esse meu pedido, mas não a Lily. Nunca vi alguém tão inocente. Primeiro, ela questionou como eu iria pro banheiro dos monitores, depois foi pegar o biquíni e outra roupa. A ruiva foi saltitante ao meu lado, e entramos no banheiro.

Enfim, enchemos a enorme banheira e entramos ali. Ela virou de costas para eu entrar sem roupa, a espuma cobriria tudo. Ela entrou de biquíni e ficou brincando com a água.

“Então... Zabini, em?” falei de sobrancelhas erguidas.

“O que tem ele? Ah, sim, nós estamos ficando. Nossa, como fofoca vai rápido. Foi muito fofo ele me pedindo pra ficar, sabe. Eu disse que nunca ficaria com ele, a menos que ele fizesse alguma coisa de trouxas comigo, então fomos ao cinema e pá. E o filme era tão lindo, contava a história de uma menina toda nerd, trouxa, que se apaixonava por um popular metido a gostoso. Sabe, acabei me lembrando da Rose e do Scorpius, mas a Rose não é tão nerd assim. Digo, ela é inteligente, mas não nerd”

“Entendo” falei. "Então, vocês já... Você sabe"

“Sabe como é, né?” ela disse e se afundou na água, lavando o cabelo.

“Seu cabelo tá enorme!” observei quando ela submergiu.

“Queria pintar ele de loiro, mas não sei se teria coragem. Digo, poderiam achar que sou adotada. Pensei em preto, por causa do papai, e aí eu colocaria umas mechas azuis e tal”

“O que?! Lily, pode parar! Seu cabelo é perfeito... Eu queria ter o cabelo ruivo” falei. “Mentira, eu amo meu loiro"

“Será que hoje no jantar vai ter pastel?” ela perguntou.

“Não sei” respondi rindo.

“Espero que tenha!” ela disse. “Você quer jogar um jogo?”

“Claro!” respondi animada. Isso não tava nos meus planos, mas seria divertido.

“Vamos assim... Eu falo uma palavra e você tem que dizer alguma coisa haver com essa palavra. Mas não pode ser nem com C nem com S” ela explicou.

“Tudo bem”

“Avião”

“Céu” falei e depois bati a mão na testa. Lily apenas riu. “Droga, bora de novo”

“Mar”

“Água”

“Terra”

“Ar”

“Fogo” ela disse.

“Quente”

“Frio”

“Gelo” eu falei.

Ficamos nesse joguinho por um tempo e era extremamente divertido! Até que Lily disse “buraco” e eu comecei a rir.

“Por que você tá rindo?”

“Nada, Lils” falei. “Não irei te corromper”

“Ok” ela falou.

Por Merlin, já deve estar tarde! Precisamos terminar esse banho...” eu falei e ela fez que sim com a cabeça.

Hugo, seu lindo, pega a carta. Então eu terminei meu banho sem falar nada, embora ela continuasse tagarelando, e saí da banheira. Colocando um short e uma blusa azul. Não me arrumei, afinal, eu iria trocar de roupa em alguns minutos. Então eu só fui até o Salão Principal e procurei Hugo. Antes, obviamente, passei no quarto do Fred e peguei uma surpresinha pro meu primo ruivo.

Quando vi sua cabeça ruiva devorando, provavelmente, o quarto prato do seu jantar, sentei-me ao seu lado e enxotei seus amigos de lá. Ele disse um oi com a boca cheia, e encheu o prato novamente. Pior que ele comendo, acho que só o tio Rony.

“Huguito”

“Que foi?” ele perguntou de boca cheia enquanto eu enchia meu prato com comida.

“Você não acha que já comeu demais, não?

“Vai pintar as unhas, vai, Dominique”

“Grosso!” falei, mas sorri. “Qual a sua comida favorita?”

“Com certeza não é alguma feita pela mamãe” ele anunciou e depois sussurrou: “Ela cozinha muito mal”

“Mas no Natal...” comecei, mas ele começou a rir.

“Você acha que ela que fez aquela comida?”

“E não foi?”

“Ela comprou na Londres trouxa” ele falou ainda rindo. “Perto da casa dos meus avós maternos”

“Ela devolveu a memória deles?!” perguntei com olhos arregalados enquanto tomava o suco.

“Não” respondeu. “Tá sem coragem, ainda”

“Só por causa da tua tia?”

“É” ele respondeu revirando os olhos. “Ela não quer estragar a vida perfeita deles”

“Mas ela também é filha deles!”

“Eu sei, Nikki, mas depois que Voldemort foi morto, ela foi lá devolver a memória e eles estavam sorrindo, felizes e minha vó estava grávida!”

“Ela não queria estragar... Entendi” falei. “Huguito, eu ia colocar uma coisa na sua comida... Cortesia do Fred Weasley... Ia ser uma aranha, mas você é legal”

“Aranha de verdade?” ele perguntou.

“Claro que não!”

“Ainda bem...” ele disse aliviado. “Mas mesmo assim, obrigado por me poupar o susto”

Isso ia ser muito divertido, mas tudo bem” falei e saí da mesa.

Pedi para um primeiranista mandar o Albus na Sala Precisa em uma hora e subi até o sétimo andar. Finalmente... O último primo.

Albus Severus Potter, pegue a carta.


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