The New Legends Of Hogwarts escrita por Annabel Lee


Capítulo 5
V - Indecisos & Preocupados


Notas iniciais do capítulo

Esse cap vai ter mais de uma narrativa ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/392210/chapter/5

Soluço

Era noite. Todos os lufanos se recolhiam para seus dormitórios. Alguns bocejando, outros conversando ansiosamente enquanto Soluço estava sentado no velho sofá amarelo da Sala Comunal da Lufa-Lufa. Pensando.

Pensando num bom ataque para dar a Penny por ela ter "roubado" a loira da Corvinal quando iam fazer dupla na aula de História da Magia. Finalmente ele conheceria a garota que o observava no seu Primeiro Ano em Hogwarts. A garota que aparece todas as noites em seus sonhos.

Penny aparece na Sala Comunal. Arrastava um barril de madeira e tossia muito. Uma tosse rouca e seca. Do tipo alerta: Estou gravemente doente!

- Aonde você vai? - Soluço pergunta para a amiga.

- Para o Corujal - responde após mais uma crise de tosse.

- O Corujal? Penny você estava falando sério?

Penny espirra. Seu rosto passa de pálido para verde-vômito. Ela não passava nada bem.

- Soluço - ela diz rouca - eu prometi a eles que iria.

- Mas por que você fez isso?

Soluço falou mais alto que queria. Penny abaixou os olhos. Ele se aproximou dela, muito preocupado com o fato da amiga querer quebrar milhões de regras da escola.. E doente, ainda por cima!

- E-eu não quero mais ser a "Garota Maluca da Casa dos Perdedores", Soluço - ela diz triste - quero fazer algo errado. Algo divertido! Fazer amigos...

- Penny, você tem vários amigos! Aqui na Lufa-Lufa e fora! Você tem amigos até na Sonserina.

Penny dá um sorrisinho.

- Mas todos me acham pirada.

- Você é! Que pessoa em sã consciência sairia à noite pelos corredores de Hogwarts para beber cerveja no Corujal?

Penny fica tristonha e séria.

- Ei - diz Soluço - é isso que te faz demais!

Penny levanta o rosto e abre um sorriso de orelha a orelha. E depois começa a tossir mais ainda. soluço ampara a amiga quando ela quase cai no chão, dando ideia de que ia desmaiar.

Ela dá um longo suspiro.

- Eu prometi para eles - então pega novamente no barril de cerveja, Soluço a impede e as palavras saem de sua boca como se fossem parte de sua respiração:

- Eu vou.

Penny arregala os olhos, incrédula.

- Faria isso por mim?

Claro que ele faria! É um dos títulos da cada lufano: ser leal. E ela era melhor amiga dele. Podia ser muita idiotice da parte dela arrumar esse encontro, mas seria insensibilidade da parte dele se não a impedisse.

- Sim - ele responde, tentando parecer que "quebrar milhões de regras da escola" não era nada demais - eu vou lá rapidinho e volto.

Penny abre o maior sorriso que ele já vira e o abraça, quase sufocando-o.

- Tá bom, menina, me deixa respirar!

Ela ri e o solta. Soluço exibe um sorriso confiante e vai puxando o barril cheio de cerveja enquanto Penny fala vários "obrigada" sem parar. Ele passa pela porta e vai arrastando o barril o mais silencioso que pode pelos corredores da escola.

Rapunzel

Nove horas. Rapunzel ainda estava sentada no velho sofá da Sala Comunal da Corvinal, decidindo se aceitaria ou não o estranho convite de Pennelope Clearwater para quebrar mais de 10 regras da escola.

Ela não poderia! Era uma aluna exemplar! Se alguém a pegasse bebendo cerveja no Corujal retirariam todos os pontos que já conseguiria para a Corvinal pelo seu talento em fazer feitiços e deveres bem feitos.

"Você nunca se diverte"... Foi o que Penny lhe dissera. Era a mais pura verdade! Dois anos estudando numa escola de magia e Rapunzel nunca teve a sensação de se sentir livre. De gargalhar enquanto fugia de algum problema feito por ela. Nunca sentiu nenhum adrenalina sequer.

Ela tinha que sentir isso. Pelo menos uma única vez.

Não se vive duas vezes...

Ela se levanta sorrateiramente e vai andando até a porta pela pontas dos pés.

- Rapunzel?

Ela se vira, xingando em sussurros. Louis estava ali, de pé. Usando um pijama azul-bebê e com os óculos habitualmente caindo sobre o nariz.

- Onde você vai? - pergunta ele.

- Para o Corujal.

Louis franze o cenho.

- O Corujal? Tem alguma coisa errada com o Pascal?

Pascal era a coruja dela. Enfeitiçada assim como a dona. A coruja de Rapunzel tinha o dom de mudar de cor a vontade. E até se camuflar ao ambiente... Como um camaleão.

- Tem - ela responde - ele está... com câncer.

- Câncer?

- É. Eu quero curá-lo. Você sabe que eu posso.

Louis sabia. Rapunzel lhe contara que, 13 anos atrás, foi enfeitiçada por uma bruxa das trevas para curar qualquer coisa conhecida pelo homem (uma doença ou até a velhice). Ela estava a ponto de raptar Rapunzel, quando o pai impediu.

Ela a raptara por conta do sangue que Rapunzel tinha. O sangue da própria Rowena Revenclaw.

De fato, ninguém sabia nada. Nem mesmo Louis.

- Então tá - o amigo diz para ela, ainda preocupado - mas volte rápido. Se não vamos acabar perdendo muitos pontos.

- Pode deixar - ela responde.

Rapunzel abre a porta da Sala devagar, sem provocar nenhum rangido, e sai pelos corredores silenciosa como uma raposa.

Merida

Merida andava sozinha pelos extensos corredores de Hogwarts. A doce Violet amarelou em cima da hora. Deu a desculpa de que tinha muitos deveres de casa e que não poderia acompanha-la. Covarde.

Merida estava com a varinha erguida, usando o feitiço Lummus para iluminar o caminho. O único problema eram os malditos quadros que reclamavam da luz.

O caminho estava incerto. Ela sabia onde era o Corujal, mas teve que virar algumas curvas de volta.

Um momento, teve que abaixar a varinha, e acabou esbarrando em algum ser e caindo no chão.

O susto foi substituído por raiva quando ela dá de cara com Jack Frost, vestindo seu traje sonserino e com a varinha usando o mesmo feitiço que ela.

- Opa! Desculpa aí. - ele diz.

Ela se levanta.

- Só use o feitiço direito, Frost. O que está fazendo a esta hora nos corredores?

Ele abre um sorriso torto.

- Provavelmente o mesmo que você... Indo tomar cerveja.

Ela revira os olhos. A última coisa que queria era beber escondido com Jack Frost. Ela, que toda a família era Grifinória. Não havia uma pessoa que fosse de outra casa dentre seus parentes. Ela foi feita para odiar sonserinos.

- Pode ir comigo - ela diz entredentes - só hoje.

- Tudo bem... você é...?

- Merida Dunbronch.

- É um prazer! Sou Jac...

- Eu sei quem você é. Agora vamos.

Eles foram andando até encontrarem a porta do Corujal. Todas as corujas estavam acordadas, mas nenhuma se inquietou ao vê-los. Apenas permaneceram com seus grandes olhos vidrados. Então eles escutam um movimento.

- Ei - era um lufano, vestindo seus trajes negros e amarelos e carregando um barril de madeira - pensei que não vinha ninguém.

- Nós viemos - diz Jack sorridente - essa é a cerveja?

- É.

- Perfeito.

- Hã... é aqui que vão beber? - pergunta uma quarta voz.

Era uma garota loira, com imensos cabelos, que Merida notou observá-la no café. Ela tinha os olhos fixos no garoto da Lufa-Lufa, então olhou para cada um.

- Eu sou Rapunzel - diz aos sussurros - Rapunzel Corona.

- Soluço Spantosicus Strondus III - diz o lufano.

- Merida Dunbronch.

- Jack Frost.

Então uma quinta voz se eleva sobre as outras, apresentando seu nome como os outros fizeram:

- Gothel Mcgonagall. E quero que os quatro venham comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

VISH!