The New Legends Of Hogwarts escrita por Annabel Lee


Capítulo 16
XVI - O Clarão Verde


Notas iniciais do capítulo

AMOOOOOOOOOOOOOOOOORES! Demorei mas cheguei!!! A Tooth betou o cap com carinho, então leia com carinho!

Beijos!

Annie!



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Merida

Merida e Rapunzel saíram bem fácil da aula; o professor nem sequer viu, o que fez a ruiva desconfiar se ele era cego ou simplesmente muito burro.

Depois das duas saírem com Jack do castelo, Merida e o Frost tiveram que aguentar os miados de Rapunzel chorando e reclamando o quanto irresponsável fora, que matar aula é errado e que ela iria ser provavelmente presa.

– Para de ser dramática, Rapunzel – diz Merida tentando calar a boca da amiga, mas Rapunzel só chora mais, depois do comentário. Merida olha para Frost procurando ajuda, só que o sonserino evitava os olhares dela. Quase não se falaram desde a enfermaria e a ruiva não sabe o motivo.

– E o Soluço? – pergunta Rapunzel, limpando as lágrimas com a manga das vestes.

– Já está lá – Jack responde – estava tão doido depois da aula de “Não Sei o Quê”, que pensei que teria um ataque cardíaco.

– Trato das Criaturas Mágicas – sussurra a loira, como se estivesse se lembrando – seria com dragões. Ele ama dragões!

– Oh. Mais do que ama você?

Primeiro, Rapunzel fez uma cara do tipo “Que merda esse alienígena acabou de dizer?” para Jack; depois ela quase voou para cima dele e Merida teve que segurá-la. Nunca viu a loira tão eufórica daquele jeito e fora apenas uma das brincadeiras ridículas de Frost.

– Nós não estamos namorando! – grita Punz, enquanto Merida a prende num abraço. Jack ergue as mãos, num gesto de inocência e redenção, sarcástico.

– Calma, loira! – ele diz – eu não falei nada demais...

– Relaxa, Punz – Merida sussurra para a amiga – não ligue para o que esse babaca diz.

Rapunzel se acalmou. Ela respirou fundo e saiu andando mais rápido na frente deles, talvez para não olhar a cara de Jack por alguns minutos. Ou talvez para aliviar-se do estresse, Merida não sabia. Apenas caminhou ao lado de Jack enquanto observa a corvinal com olhos atentos.

– Apanhadora, hein... – ela escuta o sonserino dizer a seu lado – interessante!

– Problema? – ela pergunta com uma sobrancelha arqueada, num tom desafiador. Sim, ela preferia ser batedora, mas adorava curtir com a cara do Frost; Era incrível dizer que ela estava no Time da Grifinória depois dele caçoar tanto dela.

– Nenhum – respondeu, dando de ombros – só espero que saiba que seremos inimigos amanhã. No jogo.

– AMANHÃ TEM JOGO?

Jack exibe um sorriso torto e sarcástico.

– Não sabia, DunBronch? O querido Flyn não falou nada?

– Não, não falou – Merida jurou para si mesma que quando voltasse ao castelo, mataria Flyn com o feitiço mais doloroso possível. Ou apenas daria um tiro nele e acabava com o drama.

– Que pena. Grifinória Versus Sonserina.

– Eles têm que adiar o jogo.

– Não têm não!

– Espero que consiga se concentrar na nossa parceira na Aula de Poções e não ficar pensando no jogo!

Dessa vez Jack olha para ela, os olhos cinzentos estão arregalados e surpresos.

– Quer ser minha parceira em Poções? – pergunta boquiaberto.

– Por quê não? Você tem opiniões bem interessantes sobre as aulas de poções... E teremos aula prática!

Ela consegue ver um sorriso rasgar-se no rosto pálido de Jack Frost. Não um sorriso sarcástico, ou desafiador, ou irritante; um sorriso quase que... agradecido!

– Legal – ele diz.

– Ei, pessoal! – grita Rapunzel lá da frente, enquanto eles caminhavam na estrada para Hogsmeagle. Merida quase mata a loira por estar gritando, enquanto eles matavam aula – estou vendo o vilarejo!

– São 16:30... será que ainda está aberto? – Jack pergunta.

– Fecha às oito, eu acho – Merida respondeu – Ei, Punz, não corra!

Rapunzel parou de correr feito uma maluca e Merida sentiu-se mais aliviada. Os três começaram a andar lado a lado e demoraram mais meia hora até chegarem em Hogsmeagle. O crepúsculo se aproximava e as luzes se acendiam, mostrando o quanto o vilarejo sempre fica mais bonito a essa hora.

Caminharam até uma loja colorida, iluminada por luzes amanteigadas numa esquina. Doces finos e malucos se exibiam na vitrine da Dedos de Mel, cada um mais atraente que o outro. E Merida sentiu que poderia comer todos.

Soluço os aguardava, comendo Feijõezinhos de Todos os Sabores do lado de fora da loja, apoiado na parede ao lado da porta.

– Ei! – ele diz, sorrindo ao vê-los – que demora!

– Rapunzel ficou reclamando a viajem toda – diz Jack, cumprimentando-o com um soquinho na mão.

Soluço e Rapunzel se entreolham de uma forma estranha, e depois desviaram os olhos rapidamente, sorrindo de orelha a orelha.

Merida achou aquilo estranho e teve a certeza absoluta que os dois se gostavam, embora nenhum deles pudesse assumir isso. Ela pode ver que as bochechas rosadas de Rapunzel coraram e que Soluço está mais vermelho que um tomate.

– E então – diz a ruiva, olhando cada doce da vitrine – vamos comprar?

– Claro! – Soluço a responde animado – eu tenho uma coisa incrível para contar pra vocês!

. . .

Jack Frost

Os quatro estavam sentados numa mesinha redonda da Dedos de Mel – uma das duas únicas mesas que havia na lojas de doces mais conhecida de Hogsmeagle. E na conversa dos quatro, apenas Soluço falava.

Soluço ficou contando de seu voo no dragão durante uma eternidade. Bom, pelo menos para Jack pareceu uma eternidade! O lufano achou tão incrível que provavelmente se apaixonou pelo dragão – já que até deu nome pro bicho; Banguela. Vê se pode! Chamar um dragão de Banguela?

Jack fez um esforço para não rir na cara do colega, mas teve horas que não conseguiu. Nessas horas específicas, Merida DunBronch dava uma cotovelada ou um soco nele e então Jack comprava ou comia algum doce para disfarçar.

Quando Soluço finalmente calou a boca, Rapunzel voltava do balcão com vários Sapos de Chocolate nas mãos. Ela sorria como uma maníaca; Jack não fazia ideia do quanto ela era chocólatra.

– Alguém vai de Sapos de Chocolate? – perguntou.

– Já comi doces demais – disse Soluço dramaticamente.

– E falou demais, também – acrescentou Jack e Merida o chutou por baixo da mesa. – Ai! – ele sussurrou para a grifinória, que o ignorou. Ela estava encostada em sua cadeira como se fosse um homem. Ás vezes, Jack não acreditava que ela vinha de uma das famílias mais ricas da Grã-Betanha, além da família dele...

Rapunzel despejou os sapos na mesa e começou a come-los antes que fugissem. Jack estava com os cotovelos apoiados na mesinha – algo que matava as regrinhas de etiqueta – mas só os tirou para pegar um pacote de Sapos e comê-lo.

Soluço devia ter engordado uns nove quilos depois dos vários doces que comeu; dois pacotes de Feijõezinhos de Todos os Sabores, cinco pacotes de alcaçuz, três pedaços de bolo de abóbora e agora pegava um sapo de chocolate. Esse garoto era um poço sem fundo e continuava magro!

Jack percebeu que ele hesitava antes de comer as coisas com coloração vermelha, mas não perguntou sobre isso. Sabia que Soluço era um dos que mais ficaram chocados com a morte de Agnes, que aliás ninguém mais comentava.

– Qual é o seu bruxo? – Rapunzel perguntou para Jack.

Jack pegou a cartela roxa dentro do pacote e a virou. Exibia uma imagem de Norte, o diretor barbudo e barrigudo de Hogwarts. Ele virou a cartela para Rapunzel.

– Norte. E o seu?

Ela tirou a carta de um dos quatro pacotes que já havia comido, e ao vê-la seus olhos se arregalaram por um instante. Jack não soube o porquê, nem quando ela virou a carta que exibia uma mulher de cabelos negros e vestido azul.

– Rowena Corvinal – respondeu.

– Maneiro – disse Jack ignorando o comportamento estranho da amiga – e você Soluço?

– Xosteu Sqtonagal – ele responde com a boca cheia de chocolate.

– O quê?

– Gothel McGonagall.

– Ela está nas figurinhas? – perguntou Merida, finalmente interessada no assunto, tomando a cartela das mãos de Soluço a avaliando-a com reprovação.

– Soube que ela já derrotou um Bruxo das Trevas – Soluço comentou.

– Dizem que ela o transformou em Bicho Papão – reforçou Jack, lembrando-se das lendas que sua mãe contava sobre bruxos caídos, onde os aurores eram sempre os vilões.

– Como se transforma alguém em Bicho Papão? – Merida perguntou.

E Rapunzel respondeu, como a nerd que era:

– É impossível! Um Bicho Papão é uma criatura das sombras, que nasceu das trevas e do medo das pessoas. Não há como um bruxo transformar-se em Bicho Papão.

– E se um bruxo, a partir do medo e das trevas, transmutar-se para Bicho Papão? – Jack pergunta, pois era exatamente assim que lembrava-se da lenda de Gothel... Uma bruxa poderosa que se apaixonara pelo inimigo, e ao invés de mata-lo afogou-o nas próprias trevas e no medo que ele conseguia causar nas pessoas.

Jack nunca acreditou na lenda, até o dia que o Bicho Papão fugiu.

Merida parecia pensar exatamente a mesma coisa, pois os dois trocaram olhares. O dia da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas repassando em suas mentes. Ela provavelmente sabia mais que ele, pois foi a ruiva quem viu o Bicho Papão tomar a verdadeira forma quando Gothel a defendeu. A grifinória tinha as informações que incomodavam Jack... E ele as descobriria.

– Não tem como – Rapunzel torna a responder – pelo menos nenhum bruxo falou sobre isso...

– Estou achando que Gothel tem algo haver com a morte de Agnes – Soluço comentou sombrio – e com a doença de Penny.

Aquilo silenciou todos. Eles desconfiavam da mesmíssima coisa, mas não falaram nada para não demonstrar desrespeito. Agora Soluço reunira coragem suficiente para dizer o que incomodava os quatro, e Jack o admirava por isso.

– Será que é algo relacionado ao amuleto? – perguntou Merida, deixando seu Sapo de Chocolate em cima da mesa escapar.

– Eu não duvido – disse Jack – quem não garante que aquele anel também não tem algo de maligno?

Jack sentira algo estranho ao por o anel no dedo, mas não comentou com eles. Foi como se uma mão fria percorresse suas costas e uma escuridão apagasse seus olhos por um segundo. Não soube como aconteceu, mas foi o que aconteceu.

– Melhor mudarmos de assunto – Merida falou – e voltarmos para o castelo.

Rapunzel assentiu.

– Está ficando tarde – disse – podemos acabar ficando na Detenção.

Então algo acontece; do lado de fora da lanchonete, uma luz verde brilha como um clarão, envolvendo o céu escuro numa coloração verde por alguns segundos, e depois um grito alto e estridente é escutado.

Alguém havia morrido.


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Notas finais do capítulo

Vish.. começaram as treetas