The New Legends Of Hogwarts escrita por Annabel Lee


Capítulo 11
XI - Enfermaria


Notas iniciais do capítulo

For you: um cap Jarida!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/392210/chapter/11

Merida

Merida perambula pela Sala Comunal da Grifinória quase vomitando. Ela está tonta demais depois da descarga de adrenalina que sofreu a alguns minutos atrás e já está vendo pontinhos brilhantes em todos os lugares. De tanto rodar o lugar já havia virado apenas borrões em amarelo e vermelho.

            Sim, é óbvio que ela está inquieta! Não sabe o que aconteceu com Jack Frost, mas não era como se isso a interessasse de fato...

            Chega! Sim, ela se interessava. O garoto quase teve a alma sugada junto com toda a felicidade, então precisava saber se ele estava bem ou se havia virado um zumbi sem emoções! Visitá-lo na enfermaria era o mínimo depois de ter salvado a vida dele e quase morrido por isso.

            Violet entrou na Sala Comunal como uma louca e Merida sabia que ela estava assistindo à mesma aula que ela. Mas queria evitar a garota depois dela ter traído a ruiva no episódio “Cerveja no Corujal”.

            - Merida! Você está bem? Deveria estar descansando!

            - Cala a boca, Violet – Dispara Merida, ficando um pouco mais tonta – já disse que não tô a fim de papo contigo.

            - Se não vai falar comigo pelo menos pare de andar em círculos! Vai acabar desmaiando.

            É verdade. Merida não consegue mais distinguir o que está embaixo e o que está em cima e ainda precisa visitar Frost antes de ter um desmaio ou qualquer piripaque que viesse.

           Cambaleou para a porta e acaba caindo em Violet, que a ampara.

            - Onde você está indo, Mer? – a morena pergunta.

            - Enfermaria.

            - É uma boa ideia!

            - Não... – Merida se solta, meio incerta – eu vou ver o Frost.

            Violet balança ela, o que só piora as coisas.

            - Frost? Quem é Frost?

            - O sonserino – Responde a ruiva, que se solta da outra e já vai saindo pela porta.

            - Sonserino? – Agora Violet começou a segui-la – está querendo ver o sonserino? Você não está nada bem...

            - Só me leva para a porra da enfermaria!

            Violet finalmente parou de discutir e enlaçou Merida com o braço direito, ajudando-a a chegar à enfermaria. A ruiva mancava e ás vezes caía, mas fazia de tudo para chegar lá rapidamente. Já tinha quase certeza que desmaiaria em questão de minutos.

            Quando elas chegam à porta, Merida consegue visualizar uma cabeleira branca em cima de uma das camas. Vê alguns borrões como um livro e escuta algumas vozes, mas quando se toca que Jack Frost havia se levantado, ela cai no chão e tudo fica escuro depois de ver mais borrões.

Jack Frost

Não havia coisa mais engraçada que Merida DunBronch desmaiando. Ela parecia estar bêbada, mas Jack não fez nenhuma piada, pelo contrário, ele até ajudou a coloca-la numa cama! Não sabia por que estava fazendo isso por ela depois do insulto que ela lhe fez na Floresta, mas sentia que devia alguma coisa.

            Enquanto Merida repousava na cama ao lado, Jack lia um livro qualquer que a enfermeira trouxera. Algo que falava sobre bruxos das trevas e aurores. Era um livro nem interessante, mas ele não parava de olhar para o lado, certificando-se que a ruiva estava bem.

            Sim, ele era um idiota!

            A garota que trouxera Merida – uma pálida com o cabelo preto escorrido – havia saído às pressas sem nem olhar direito na cara dele. Jack a conhecia de vista e também porque é uma das garotas de Hogwarts que Wilbur não para de falar. Se não lhe falha a memória, o nome dela era Violet ou algo do tipo.

            Wilbur era um porre falando dela.

            Mas ele é um porre falando de todo mundo, até da Rapunzel!

            Por falar nela, ela e o tal Soluço eram ótimos amigos. Jack sentiu uma centelha de amizade com os dois na aula de DCAT mais cedo. Pareciam gente fina e ele se perguntou onde estariam naquele momento.

            Houve uma movimentação na cama ao lado que lhe chamou a atenção, distraindo-o de seus pensamentos.

            Jack virou o rosto e viu dois olhos azuis encarando-o; Merida havia acordado e visualizava cada ponto dele, como se estivesse preocupada se ele ainda estava inteiro ou vivo.

            Ele duvida disso.

            - Oi, ruiva – ele diz indiferente.

            Ela pareceu não gostar do apelido.

            - Oi, Frost – retrucou. Então do nada sua expressão ficou suave e preocupada – como você está?

            - Está preocupada comigo, srta. DunBronch? Eu, um sonserino?

            Ela se senta na cama, com uma raiva óbvia. As sobrancelhas estavam unidas e seu rosto começou a passar do branco para o vermelho-vivo mais vivo que seus cabelos rebeldes.

            - Eu não estaria, mas tive que arriscar minha droga de vida para aquele Dementador não sugar sua alma! De nada.

            Jack está boquiaberto. Foiela? Ela quem o salvou? Maravilha! Agora ele devia uma para aquela grifinória mesquinha e metida a superior. Como se já não bastasse o ódio que ela por ele e por toda a Sonserina!    

            Aliás, por que ela fez isso?

            - Por que você me salvou se me odeia tanto? – ele finalmente pergunta.

            Ela abaixa os olhos. Jack jura que a viu corar.

            - Ninguém se movia – ela diz quase gaguejando – eu tive que fazer alguma coisa. Não queria... Não podia deixar você perder a alma e tudo o mais.

            Mais um longo momento de silencio se estende. Jack ainda não podia acreditar que ela o salvou. Elaquissalvá-lo. E ainda disse algo sobre arriscar sua vida por isso. Aquilo era mais do que ajuda-lo! Ele teria uma dívida eterna com Merida DunBronch.

            - Obrigado – ele disse enfim.

            Um vestígio de sorriso se passa pelo rosto dela.

            - De nada – responde.

            A enfermeira entra na sala carregando uma bebida, ela para na cama de Merida e sorri para os dois com malícia. Jack sente as bochechas queimarem; O que aquela tia estava pensando?

            - Beba – ela diz para a ruiva – ajuda em tontura!

            - Obrigada – ele escuta Merida agradecer com uma voz doce completamente diferente daquele sotaque escocês que adorava xingá-lo e insulta-lo de todas as formas possíveis.

            - De nada, minha jovem. - A moça sai, mas não antes de olhar para Jack e piscar um olho. Que velha saliente!

            Merida acaba com a tal bebida em um gole.

            - Eita – ele brinca – esse negócio deve ser bom...

            Ela sorri.

            - E é!

            Eles ficam mais um tempo em silencio.

            - Ei, Merida.

            Era a primeira vez que ele dizia o nome sem sarcasmo, zoeira ou escarno. Ele só havia chamado ela e nunca imaginou que seu nome fluía tão bem em seus lábios. Ela se vira para ele, igualmente surpresa.

            - O que foi, Jack?

            Também é a primeira vez que ela disse o nome dele daquela maneira. Jack tenta evitar de sorrir com aquilo, mas não consegue. Seu nome nunca foi tão bem dito por alguém.

            - O que você acha de irmos no...

            A fala dele é interrompida por dois loucos que entraram na enfermaria ofegantes e suando. Eram Soluço e Rapunzel. A loira parecia que ia morrer e seu imenso cabelo estava molhado de suor. Soluço estava vermelho e quase caiu no chão.

            - Ei, Jack – ele diz recuperando o fôlego – está se sentindo melhor?

            - Sim, obrigado – ele responde – o que vocês estavam fazendo?

            - Nada demais – responde Rapunzel sorrindo – mas amanhã vocês vão conosco no Três Vassouras! O Soluço vai pagar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The New Legends Of Hogwarts" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.